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16 Mar 2025, Sun

Filme Vitória revela os 20 anos de luta e resiliência de Dona Vitória contra o crime

King Charles


Duas décadas após as gravações caseiras que chocaram o Brasil, a história de Joana Zeferino da Paz, mais conhecida como Dona Vitória, ganha vida nas telas com o filme “Vitória”, lançado em 13 de março de 2025. Estrelado por Fernanda Montenegro, o longa dirigido por Andrucha Waddington reconta a saga da aposentada que, aos 80 anos, usou uma câmera VHS para denunciar traficantes e policiais corruptos na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana. A produção, que marca o último trabalho idealizado por Breno Silveira, morto em 2022, não apenas celebra a coragem de uma mulher comum, mas também expõe a persistência do crime organizado e a ausência do poder público na comunidade, 20 anos depois de suas denúncias.

A trama, baseada em fatos reais, mergulha na vida de Dona Vitória, uma alagoana que transformou sua indignação em ação ao filmar a rotina de violência que via de sua janela. As fitas, entregues ao jornalista Fábio Gusmão em 2005, resultaram na prisão de mais de 30 pessoas e ganharam o país na série “Janela Indiscreta”, publicada pelo jornal Extra. Hoje, o filme reacende essa narrativa com uma mistura de emoção e crítica social, enquanto a Ladeira dos Tabajaras segue dominada pelo Comando Vermelho, evidenciando que a luta de Joana não alterou o destino do morro.

Com uma atuação visceral de Fernanda Montenegro, o longa é o primeiro original do Globoplay a chegar aos cinemas, distribuído pela Sony Pictures. A estreia lotou salas e trouxe à tona debates sobre resistência, memória e o impacto de ações individuais diante de problemas estruturais, como o tráfico e a desigualdade no Rio de Janeiro.

Como o filme Vitória retrata a coragem de Joana da Paz

O filme “Vitória” começa com uma cena poderosa: Dona Vitória, interpretada por Fernanda Montenegro, ajusta sua câmera na janela de um pequeno apartamento em Copacabana, narrando com voz firme o vaivém de traficantes armados na Ladeira dos Tabajaras. Entre 2003 e 2004, Joana gravou mais de 20 fitas VHS, documentando o comércio de drogas e a cumplicidade de policiais da 12ª DP. Essas imagens, que no longa ganham tons dramáticos, mostram uma mulher determinada a romper o silêncio, mesmo sob ameaça de morte.

A produção recria o momento em que as gravações chegam às mãos de Fábio Gusmão, vivido por Cauã Reymond, e desencadeiam uma operação policial que prendeu 15 criminosos em um único dia. A narrativa também explora a vida pessoal de Dona Vitória: uma mãe que perdeu um filho na infância, enfrentou abusos na juventude e, na velhice, recusou se calar diante da violência. Ameaçada após a denúncia, ela ingressou no Programa de Proteção à Testemunha, deixando o Rio para viver em anonimato até sua morte em 2023, aos 97 anos, em Salvador.

Fernanda Montenegro, aos 95 anos, entrega uma atuação que já é cotada para premiações. Em entrevistas, ela destacou a relevância de dar voz a Joana: “É uma história de alguém que, com quase nada, fez muito”. O filme, filmado em locações reais no Rio, usa a fotografia de Fernando Young para contrastar a beleza de Copacabana com a crueza do morro, reforçando a dualidade da cidade.

A produção de Vitória: um marco cultural e emocional

A jornada do filme “Vitória” até as telas é tão marcante quanto sua história. Idealizado por Breno Silveira, diretor de sucessos como “2 Filhos de Francisco”, o projeto começou em 2020, mas foi interrompido pela morte do cineasta em 2022, vítima de um infarto durante as filmagens de “Dona Vitória” em Alagoas. Andrucha Waddington assumiu a direção, concluindo a obra como uma homenagem ao amigo e ao legado de Joana da Paz. O resultado é uma coprodução entre Globo Filmes, Conspiração e Globoplay, com distribuição da Sony Pictures.

A estreia, em 13 de março de 2025, foi acompanhada de eventos especiais no Rio e em São Paulo, com a presença de Fábio Gusmão, que assina o livro relançado “Dona Vitória Joana da Paz” em 2024. A trilha sonora, composta por Berna Ceppas, mistura tensão e melancolia, enquanto o roteiro de Patrícia Andrade equilibra fatos históricos com momentos de ficção que aprofundam a emoção da protagonista. O filme também marca a volta de Fernanda Montenegro ao cinema após cinco anos, desde “A Vida Invisível” (2019).

Nos bastidores, a produção enfrentou desafios como recriar o Rio de Janeiro dos anos 2000 e garantir a segurança da equipe em locações próximas à Ladeira dos Tabajaras. O esforço valeu a pena: em sua primeira semana, “Vitória” atraiu mais de 150 mil espectadores, segundo dados preliminares, consolidando-se como um sucesso de público e crítica.

O impacto das denúncias de Dona Vitória no filme e na realidade

No filme, as fitas de Dona Vitória são o estopim para uma operação policial que desmantela parte do tráfico local. Em agosto de 2005, após a publicação da série “Janela Indiscreta”, 15 traficantes foram presos no primeiro dia, seguidos por sete policiais da 12ª DP no dia seguinte. As gravações ainda embasaram interceptações telefônicas que levaram a mais detenções meses depois. A narrativa cinematográfica destaca a vitória temporária de Joana, mas não ignora o custo: ela abandonou seu lar de 38 anos e viveu sob proteção até 2006, passando por Itália e Mato Grosso antes de se fixar em Salvador.

Na vida real, o impacto foi significativo, mas efêmero. A Ladeira dos Tabajaras, palco das denúncias, segue sob o domínio do Comando Vermelho. O tráfico evoluiu, incorporando drogas sintéticas e taxas ilegais sobre serviços como transporte e gás, enquanto figuras como Thiago Veras Matos, o Carreirinha, e Ronaldo Pinto Lima e Silva, o Ronaldinho Tabajara, mantêm o controle. O filme usa essa continuidade como pano de fundo, mostrando que a bravura de Dona Vitória, embora histórica, não transformou a comunidade.

A produção opta por não romantizar o desfecho. Cenas finais mostram Fernanda Montenegro em um silêncio contemplativo, olhando para um horizonte que mistura esperança e resignação, enquanto a legenda revela a morte de Joana em 2023, vítima de um AVC.

Cronologia da história que inspirou o filme Vitória

Os eventos que moldaram a vida de Dona Vitória e culminaram no filme seguem uma linha do tempo marcante:

  • 2003-2004: Joana grava o tráfico na Ladeira dos Tabajaras, acumulando mais de 20 fitas VHS.
  • Agosto de 2005: A série “Janela Indiscreta” é publicada, levando a prisões e ameaças contra Joana.
  • 2006: Ela deixa o Programa de Proteção à Testemunha e vive em diferentes locais até se estabelecer em Salvador.
  • Fevereiro de 2023: Joana morre aos 97 anos, e sua identidade é revelada como Joana Zeferino da Paz.
  • Março de 2025: “Vitória” estreia, com Fernanda Montenegro no papel principal.

Essa cronologia é revisitada no filme, que intercala flashbacks com a narração da protagonista.

O contraste entre a ficção e a Ladeira dos Tabajaras atual

Enquanto “Vitória” celebra a luta de Joana, a realidade da Ladeira dos Tabajaras permanece sombria. A comunidade cresceu, com prédios de até seis andares substituindo casas simples, mas a infraestrutura não acompanhou: não há escolas ou postos de saúde no morro, e serviços básicos como transporte custam caro – R$ 5 para subir de kombi. O Comando Vermelho lucra com drogas e taxas, e tiroteios seguem frequentes, especialmente em disputas com o Chapéu Mangueira, controlado pelo Terceiro Comando Puro.

O filme retrata essa dualidade ao mostrar o Rio de Janeiro como uma cidade de contrastes, onde a beleza de Copacabana convive com o abandono do morro. A equipe de produção consultou moradores durante as filmagens, e muitos assistiram à estreia com orgulho, mas também com a percepção de que a vitória de Joana foi apenas simbólica.

Curiosidades sobre o filme Vitória

Alguns detalhes tornam “Vitória” uma obra única:

  • Último projeto de Breno Silveira: O diretor faleceu durante as filmagens, deixando um legado concluído por Andrucha Waddington.
  • Estreia multiplataforma: Primeiro longa original do Globoplay a chegar aos cinemas antes do streaming.
  • Atuação premiada: Fernanda Montenegro já é cotada para o Oscar 2026 por sua interpretação.
  • Locação real: Cenas foram gravadas próximas à Ladeira dos Tabajaras, com segurança reforçada.

Esses elementos reforçam o peso cultural do filme e sua conexão com a realidade.

Um tributo à resistência que emociona o Brasil

“Vitória” é mais do que um filme: é um tributo à coragem de Joana da Paz e um espelho da resiliência dos moradores da Ladeira dos Tabajaras. Fernanda Montenegro, em uma de suas atuações mais marcantes, dá vida a uma mulher que enfrentou o crime com uma câmera e um ideal. A pré-estreia, no Rio, reuniu nomes como Cauã Reymond e Patrícia Andrade, que celebraram o poder da história em emocionar e provocar reflexão.

Nas salas de cinema, o público se divide entre lágrimas e aplausos, enquanto a crítica elogia a fidelidade aos fatos e a sensibilidade da direção. Para os moradores do morro, o filme é um lembrete agridoce de uma luta que, embora imortalizada, não mudou sua realidade



Duas décadas após as gravações caseiras que chocaram o Brasil, a história de Joana Zeferino da Paz, mais conhecida como Dona Vitória, ganha vida nas telas com o filme “Vitória”, lançado em 13 de março de 2025. Estrelado por Fernanda Montenegro, o longa dirigido por Andrucha Waddington reconta a saga da aposentada que, aos 80 anos, usou uma câmera VHS para denunciar traficantes e policiais corruptos na Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana. A produção, que marca o último trabalho idealizado por Breno Silveira, morto em 2022, não apenas celebra a coragem de uma mulher comum, mas também expõe a persistência do crime organizado e a ausência do poder público na comunidade, 20 anos depois de suas denúncias.

A trama, baseada em fatos reais, mergulha na vida de Dona Vitória, uma alagoana que transformou sua indignação em ação ao filmar a rotina de violência que via de sua janela. As fitas, entregues ao jornalista Fábio Gusmão em 2005, resultaram na prisão de mais de 30 pessoas e ganharam o país na série “Janela Indiscreta”, publicada pelo jornal Extra. Hoje, o filme reacende essa narrativa com uma mistura de emoção e crítica social, enquanto a Ladeira dos Tabajaras segue dominada pelo Comando Vermelho, evidenciando que a luta de Joana não alterou o destino do morro.

Com uma atuação visceral de Fernanda Montenegro, o longa é o primeiro original do Globoplay a chegar aos cinemas, distribuído pela Sony Pictures. A estreia lotou salas e trouxe à tona debates sobre resistência, memória e o impacto de ações individuais diante de problemas estruturais, como o tráfico e a desigualdade no Rio de Janeiro.

Como o filme Vitória retrata a coragem de Joana da Paz

O filme “Vitória” começa com uma cena poderosa: Dona Vitória, interpretada por Fernanda Montenegro, ajusta sua câmera na janela de um pequeno apartamento em Copacabana, narrando com voz firme o vaivém de traficantes armados na Ladeira dos Tabajaras. Entre 2003 e 2004, Joana gravou mais de 20 fitas VHS, documentando o comércio de drogas e a cumplicidade de policiais da 12ª DP. Essas imagens, que no longa ganham tons dramáticos, mostram uma mulher determinada a romper o silêncio, mesmo sob ameaça de morte.

A produção recria o momento em que as gravações chegam às mãos de Fábio Gusmão, vivido por Cauã Reymond, e desencadeiam uma operação policial que prendeu 15 criminosos em um único dia. A narrativa também explora a vida pessoal de Dona Vitória: uma mãe que perdeu um filho na infância, enfrentou abusos na juventude e, na velhice, recusou se calar diante da violência. Ameaçada após a denúncia, ela ingressou no Programa de Proteção à Testemunha, deixando o Rio para viver em anonimato até sua morte em 2023, aos 97 anos, em Salvador.

Fernanda Montenegro, aos 95 anos, entrega uma atuação que já é cotada para premiações. Em entrevistas, ela destacou a relevância de dar voz a Joana: “É uma história de alguém que, com quase nada, fez muito”. O filme, filmado em locações reais no Rio, usa a fotografia de Fernando Young para contrastar a beleza de Copacabana com a crueza do morro, reforçando a dualidade da cidade.

A produção de Vitória: um marco cultural e emocional

A jornada do filme “Vitória” até as telas é tão marcante quanto sua história. Idealizado por Breno Silveira, diretor de sucessos como “2 Filhos de Francisco”, o projeto começou em 2020, mas foi interrompido pela morte do cineasta em 2022, vítima de um infarto durante as filmagens de “Dona Vitória” em Alagoas. Andrucha Waddington assumiu a direção, concluindo a obra como uma homenagem ao amigo e ao legado de Joana da Paz. O resultado é uma coprodução entre Globo Filmes, Conspiração e Globoplay, com distribuição da Sony Pictures.

A estreia, em 13 de março de 2025, foi acompanhada de eventos especiais no Rio e em São Paulo, com a presença de Fábio Gusmão, que assina o livro relançado “Dona Vitória Joana da Paz” em 2024. A trilha sonora, composta por Berna Ceppas, mistura tensão e melancolia, enquanto o roteiro de Patrícia Andrade equilibra fatos históricos com momentos de ficção que aprofundam a emoção da protagonista. O filme também marca a volta de Fernanda Montenegro ao cinema após cinco anos, desde “A Vida Invisível” (2019).

Nos bastidores, a produção enfrentou desafios como recriar o Rio de Janeiro dos anos 2000 e garantir a segurança da equipe em locações próximas à Ladeira dos Tabajaras. O esforço valeu a pena: em sua primeira semana, “Vitória” atraiu mais de 150 mil espectadores, segundo dados preliminares, consolidando-se como um sucesso de público e crítica.

O impacto das denúncias de Dona Vitória no filme e na realidade

No filme, as fitas de Dona Vitória são o estopim para uma operação policial que desmantela parte do tráfico local. Em agosto de 2005, após a publicação da série “Janela Indiscreta”, 15 traficantes foram presos no primeiro dia, seguidos por sete policiais da 12ª DP no dia seguinte. As gravações ainda embasaram interceptações telefônicas que levaram a mais detenções meses depois. A narrativa cinematográfica destaca a vitória temporária de Joana, mas não ignora o custo: ela abandonou seu lar de 38 anos e viveu sob proteção até 2006, passando por Itália e Mato Grosso antes de se fixar em Salvador.

Na vida real, o impacto foi significativo, mas efêmero. A Ladeira dos Tabajaras, palco das denúncias, segue sob o domínio do Comando Vermelho. O tráfico evoluiu, incorporando drogas sintéticas e taxas ilegais sobre serviços como transporte e gás, enquanto figuras como Thiago Veras Matos, o Carreirinha, e Ronaldo Pinto Lima e Silva, o Ronaldinho Tabajara, mantêm o controle. O filme usa essa continuidade como pano de fundo, mostrando que a bravura de Dona Vitória, embora histórica, não transformou a comunidade.

A produção opta por não romantizar o desfecho. Cenas finais mostram Fernanda Montenegro em um silêncio contemplativo, olhando para um horizonte que mistura esperança e resignação, enquanto a legenda revela a morte de Joana em 2023, vítima de um AVC.

Cronologia da história que inspirou o filme Vitória

Os eventos que moldaram a vida de Dona Vitória e culminaram no filme seguem uma linha do tempo marcante:

  • 2003-2004: Joana grava o tráfico na Ladeira dos Tabajaras, acumulando mais de 20 fitas VHS.
  • Agosto de 2005: A série “Janela Indiscreta” é publicada, levando a prisões e ameaças contra Joana.
  • 2006: Ela deixa o Programa de Proteção à Testemunha e vive em diferentes locais até se estabelecer em Salvador.
  • Fevereiro de 2023: Joana morre aos 97 anos, e sua identidade é revelada como Joana Zeferino da Paz.
  • Março de 2025: “Vitória” estreia, com Fernanda Montenegro no papel principal.

Essa cronologia é revisitada no filme, que intercala flashbacks com a narração da protagonista.

O contraste entre a ficção e a Ladeira dos Tabajaras atual

Enquanto “Vitória” celebra a luta de Joana, a realidade da Ladeira dos Tabajaras permanece sombria. A comunidade cresceu, com prédios de até seis andares substituindo casas simples, mas a infraestrutura não acompanhou: não há escolas ou postos de saúde no morro, e serviços básicos como transporte custam caro – R$ 5 para subir de kombi. O Comando Vermelho lucra com drogas e taxas, e tiroteios seguem frequentes, especialmente em disputas com o Chapéu Mangueira, controlado pelo Terceiro Comando Puro.

O filme retrata essa dualidade ao mostrar o Rio de Janeiro como uma cidade de contrastes, onde a beleza de Copacabana convive com o abandono do morro. A equipe de produção consultou moradores durante as filmagens, e muitos assistiram à estreia com orgulho, mas também com a percepção de que a vitória de Joana foi apenas simbólica.

Curiosidades sobre o filme Vitória

Alguns detalhes tornam “Vitória” uma obra única:

  • Último projeto de Breno Silveira: O diretor faleceu durante as filmagens, deixando um legado concluído por Andrucha Waddington.
  • Estreia multiplataforma: Primeiro longa original do Globoplay a chegar aos cinemas antes do streaming.
  • Atuação premiada: Fernanda Montenegro já é cotada para o Oscar 2026 por sua interpretação.
  • Locação real: Cenas foram gravadas próximas à Ladeira dos Tabajaras, com segurança reforçada.

Esses elementos reforçam o peso cultural do filme e sua conexão com a realidade.

Um tributo à resistência que emociona o Brasil

“Vitória” é mais do que um filme: é um tributo à coragem de Joana da Paz e um espelho da resiliência dos moradores da Ladeira dos Tabajaras. Fernanda Montenegro, em uma de suas atuações mais marcantes, dá vida a uma mulher que enfrentou o crime com uma câmera e um ideal. A pré-estreia, no Rio, reuniu nomes como Cauã Reymond e Patrícia Andrade, que celebraram o poder da história em emocionar e provocar reflexão.

Nas salas de cinema, o público se divide entre lágrimas e aplausos, enquanto a crítica elogia a fidelidade aos fatos e a sensibilidade da direção. Para os moradores do morro, o filme é um lembrete agridoce de uma luta que, embora imortalizada, não mudou sua realidade



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