Mais de 10,4 milhões de brasileiros estão prestes a recuperar uma fortuna esquecida que soma R$ 26,3 bilhões, guardada há décadas no antigo fundo PIS/Pasep. Esses recursos, acumulados entre 1971 e 1988 para trabalhadores com carteira assinada e servidores públicos, começarão a ser liberados no dia 28 de março, conforme anúncio do Ministério da Fazenda. Para facilitar o acesso, foi lançado neste mês o site Repis Cidadão, além da opção de consulta pelo aplicativo do FGTS, permitindo que beneficiários e herdeiros verifiquem se têm direito ao dinheiro. O saldo médio por pessoa é de R$ 2,8 mil, já corrigido pela inflação, mas o valor exato depende do tempo de trabalho e do salário recebido na época. Caso os saques não sejam solicitados até setembro de 2028, os montantes serão incorporados ao Tesouro Nacional, encerrando qualquer chance de resgate.
A iniciativa abrange tanto os trabalhadores que contribuíram diretamente para o fundo quanto os herdeiros de beneficiários falecidos, que também podem reivindicar as cotas. O acesso às plataformas exige uma conta gov.br nos níveis prata ou ouro, garantindo segurança no processo. O governo estima que muitos dos elegíveis desconhecem a existência desses valores, o que torna essencial a ampla divulgação da campanha. Os recursos, transferidos em 2020 para o FGTS e, em 2023, para o Tesouro Nacional, agora estão disponíveis em um sistema estruturado para devolução.
Com o início dos pagamentos marcado para o fim deste mês, a expectativa é que a liberação movimente a economia e traga alívio financeiro a milhões de famílias. O processo digitalizado, aliado à possibilidade de atendimento presencial nas agências da Caixa Econômica Federal, visa alcançar o maior número possível de pessoas antes do prazo final, evitando que bilhões de reais fiquem retidos permanentemente.
Plataformas digitais simplificam acesso aos valores
Consultar os valores disponíveis no antigo fundo PIS/Pasep ficou mais fácil com o lançamento do site Repis Cidadão. A plataforma exige apenas o login via conta gov.br e o número do NIS (Número de Identificação Social), encontrado em documentos como carteira de trabalho ou extrato do FGTS. Após a pesquisa, o sistema informa se há saldo a receber e orienta sobre os passos seguintes, seja para o beneficiário direto ou para herdeiros. O procedimento é intuitivo e pode ser concluído em poucos minutos, eliminando barreiras que antes dificultavam o acesso a essas cotas.
Outra opção prática é o aplicativo do FGTS, que oferece a mesma funcionalidade na seção “ressarcimento PIS/Pasep”. Por meio do app, o usuário faz o login, seleciona a opção correspondente e anexa os documentos necessários, como um documento de identidade oficial no caso de beneficiários ou certidões específicas para herdeiros. A digitalização do processo reflete um esforço do governo para modernizar o atendimento e alcançar milhões de brasileiros que trabalharam formalmente entre 1971 e 1988.
A simplicidade das ferramentas é um avanço em relação ao passado, quando muitos deixaram de sacar o dinheiro por falta de informação ou dificuldade de acesso. Agora, com poucos cliques, é possível confirmar o direito aos valores e dar início ao pedido de resgate, que será processado conforme um calendário oficial divulgado pela Caixa.
Pagamentos seguem cronograma até 2026
Os saques dos R$ 26,3 bilhões obedecem a um calendário estruturado, começando em 28 de março e se estendendo até janeiro de 2026. O pagamento é depositado diretamente em conta bancária indicada pelo solicitante ou em uma conta poupança social digital, dependendo da escolha feita no pedido. Veja as principais datas:
- Solicitações até 28 de fevereiro: pagamento em 28 de março.
- Solicitações até 31 de março: pagamento em 25 de abril.
- Solicitações até 30 de abril: pagamento em 26 de maio.
- Solicitações até 31 de maio: pagamento em 25 de junho.
- Solicitações até 30 de junho: pagamento em 25 de julho.
O cronograma segue mensalmente até o último lote, previsto para 26 de janeiro de 2026, para pedidos feitos até 31 de dezembro do ano anterior. Após a solicitação, a Caixa analisa os documentos e repassa as informações ao Ministério da Fazenda, que autoriza a liberação em até 30 dias. Casos mais complexos, como os envolvendo herdeiros, podem demandar um pouco mais de tempo, mas o processo foi desenhado para ser eficiente.
O prazo final de setembro de 2028 é um alerta para que os beneficiários não deixem o resgate para depois. Após essa data, os valores não reclamados serão permanentemente transferidos ao Tesouro Nacional, o que reforça a necessidade de agir rapidamente para garantir o acesso ao dinheiro.
História do fundo explica origem dos bilhões
Surgido em 1970, o Programa de Integração Social (PIS) foi criado para formar uma poupança individual aos trabalhadores do setor privado, com contribuições dos empregadores. No ano seguinte, o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) trouxe o mesmo benefício aos servidores civis e militares. Em 1975, os dois programas foram unificados no Fundo PIS-Pasep, que operou até 1988, quando deu lugar ao abono salarial atual, um benefício anual diferente das cotas acumuladas no passado.
As cotas do fundo antigo representam o dinheiro depositado ao longo dos anos de trabalho, mas muitos beneficiários nunca as resgataram. Em 2020, esses saldos foram transferidos para o FGTS e, três anos depois, realocados para o Tesouro Nacional, o que permitiu a organização do processo de devolução atual. Os R$ 26,3 bilhões disponíveis são o resultado dessas contribuições, corrigidas pela inflação, e variam conforme o período de trabalho e o salário da época.
O fundo foi uma política econômica importante em seu tempo, mas a falta de saques ao longo das décadas deixou bilhões de reais parados. Hoje, a iniciativa de resgate busca corrigir essa lacuna, devolvendo os recursos a trabalhadores e herdeiros que têm direito a essa herança financeira.
Documentos e passos para o resgate
Para garantir o saque, o primeiro passo é consultar o saldo no site Repis Cidadão ou no aplicativo do FGTS, usando o NIS e a conta gov.br. Confirmado o direito, o beneficiário deve reunir os documentos e protocolar o pedido, seja digitalmente, pelo app, seja em uma agência da Caixa. Trabalhadores precisam apenas de um documento de identidade oficial, enquanto herdeiros devem apresentar certidões como a de dependentes habilitados à pensão por morte ou uma autorização judicial assinada por todos os sucessores.
O processo é gratuito e não exige intermediários, o que facilita o acesso direto aos valores. Após a solicitação, o pagamento segue o calendário oficial, mas a recomendação é agir rápido, especialmente com o início dos saques em 28 de março. A campanha visa alcançar os 10,4 milhões de elegíveis, mas depende da iniciativa de cada um para que o dinheiro não fique perdido.
Herdeiros enfrentam exigências adicionais, como a comprovação da relação com o beneficiário falecido, mas o sistema foi projetado para atender a todos os casos. Com a proximidade do primeiro lote de pagamentos, a expectativa é que o volume de consultas e pedidos cresça nas próximas semanas.
Efeitos dos R$ 26,3 bilhões na economia
A entrada de R$ 26,3 bilhões na economia pode trazer benefícios significativos nos próximos anos. Com um saldo médio de R$ 2,8 mil por pessoa, os recursos têm potencial para aquecer o consumo, pagar dívidas ou até mesmo fomentar pequenos investimentos. Especialistas destacam que essa injeção de dinheiro chega em um momento estratégico, ajudando a impulsionar a recuperação econômica após períodos de desafios.
Para muitas famílias, especialmente herdeiros, o resgate representa um ganho inesperado, ligado a contribuições feitas por parentes décadas atrás. A diversidade nos valores — que refletem o tempo de serviço e os salários da época — mostra como o impacto será sentido de forma desigual, mas ampla, entre os 10,4 milhões de beneficiários. O governo espera que a campanha alcance o maior número possível de pessoas, reduzindo o montante não reclamado até 2028.
Com o prazo final se aproximando em pouco mais de três anos, a urgência em consultar e solicitar os valores é evidente. A liberação dos saques, começando em 28 de março, marca o início de um processo que pode transformar a realidade financeira de milhões de brasileiros, desde que aproveitem a oportunidade antes que ela se perca.

Mais de 10,4 milhões de brasileiros estão prestes a recuperar uma fortuna esquecida que soma R$ 26,3 bilhões, guardada há décadas no antigo fundo PIS/Pasep. Esses recursos, acumulados entre 1971 e 1988 para trabalhadores com carteira assinada e servidores públicos, começarão a ser liberados no dia 28 de março, conforme anúncio do Ministério da Fazenda. Para facilitar o acesso, foi lançado neste mês o site Repis Cidadão, além da opção de consulta pelo aplicativo do FGTS, permitindo que beneficiários e herdeiros verifiquem se têm direito ao dinheiro. O saldo médio por pessoa é de R$ 2,8 mil, já corrigido pela inflação, mas o valor exato depende do tempo de trabalho e do salário recebido na época. Caso os saques não sejam solicitados até setembro de 2028, os montantes serão incorporados ao Tesouro Nacional, encerrando qualquer chance de resgate.
A iniciativa abrange tanto os trabalhadores que contribuíram diretamente para o fundo quanto os herdeiros de beneficiários falecidos, que também podem reivindicar as cotas. O acesso às plataformas exige uma conta gov.br nos níveis prata ou ouro, garantindo segurança no processo. O governo estima que muitos dos elegíveis desconhecem a existência desses valores, o que torna essencial a ampla divulgação da campanha. Os recursos, transferidos em 2020 para o FGTS e, em 2023, para o Tesouro Nacional, agora estão disponíveis em um sistema estruturado para devolução.
Com o início dos pagamentos marcado para o fim deste mês, a expectativa é que a liberação movimente a economia e traga alívio financeiro a milhões de famílias. O processo digitalizado, aliado à possibilidade de atendimento presencial nas agências da Caixa Econômica Federal, visa alcançar o maior número possível de pessoas antes do prazo final, evitando que bilhões de reais fiquem retidos permanentemente.
Plataformas digitais simplificam acesso aos valores
Consultar os valores disponíveis no antigo fundo PIS/Pasep ficou mais fácil com o lançamento do site Repis Cidadão. A plataforma exige apenas o login via conta gov.br e o número do NIS (Número de Identificação Social), encontrado em documentos como carteira de trabalho ou extrato do FGTS. Após a pesquisa, o sistema informa se há saldo a receber e orienta sobre os passos seguintes, seja para o beneficiário direto ou para herdeiros. O procedimento é intuitivo e pode ser concluído em poucos minutos, eliminando barreiras que antes dificultavam o acesso a essas cotas.
Outra opção prática é o aplicativo do FGTS, que oferece a mesma funcionalidade na seção “ressarcimento PIS/Pasep”. Por meio do app, o usuário faz o login, seleciona a opção correspondente e anexa os documentos necessários, como um documento de identidade oficial no caso de beneficiários ou certidões específicas para herdeiros. A digitalização do processo reflete um esforço do governo para modernizar o atendimento e alcançar milhões de brasileiros que trabalharam formalmente entre 1971 e 1988.
A simplicidade das ferramentas é um avanço em relação ao passado, quando muitos deixaram de sacar o dinheiro por falta de informação ou dificuldade de acesso. Agora, com poucos cliques, é possível confirmar o direito aos valores e dar início ao pedido de resgate, que será processado conforme um calendário oficial divulgado pela Caixa.
Pagamentos seguem cronograma até 2026
Os saques dos R$ 26,3 bilhões obedecem a um calendário estruturado, começando em 28 de março e se estendendo até janeiro de 2026. O pagamento é depositado diretamente em conta bancária indicada pelo solicitante ou em uma conta poupança social digital, dependendo da escolha feita no pedido. Veja as principais datas:
- Solicitações até 28 de fevereiro: pagamento em 28 de março.
- Solicitações até 31 de março: pagamento em 25 de abril.
- Solicitações até 30 de abril: pagamento em 26 de maio.
- Solicitações até 31 de maio: pagamento em 25 de junho.
- Solicitações até 30 de junho: pagamento em 25 de julho.
O cronograma segue mensalmente até o último lote, previsto para 26 de janeiro de 2026, para pedidos feitos até 31 de dezembro do ano anterior. Após a solicitação, a Caixa analisa os documentos e repassa as informações ao Ministério da Fazenda, que autoriza a liberação em até 30 dias. Casos mais complexos, como os envolvendo herdeiros, podem demandar um pouco mais de tempo, mas o processo foi desenhado para ser eficiente.
O prazo final de setembro de 2028 é um alerta para que os beneficiários não deixem o resgate para depois. Após essa data, os valores não reclamados serão permanentemente transferidos ao Tesouro Nacional, o que reforça a necessidade de agir rapidamente para garantir o acesso ao dinheiro.
História do fundo explica origem dos bilhões
Surgido em 1970, o Programa de Integração Social (PIS) foi criado para formar uma poupança individual aos trabalhadores do setor privado, com contribuições dos empregadores. No ano seguinte, o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) trouxe o mesmo benefício aos servidores civis e militares. Em 1975, os dois programas foram unificados no Fundo PIS-Pasep, que operou até 1988, quando deu lugar ao abono salarial atual, um benefício anual diferente das cotas acumuladas no passado.
As cotas do fundo antigo representam o dinheiro depositado ao longo dos anos de trabalho, mas muitos beneficiários nunca as resgataram. Em 2020, esses saldos foram transferidos para o FGTS e, três anos depois, realocados para o Tesouro Nacional, o que permitiu a organização do processo de devolução atual. Os R$ 26,3 bilhões disponíveis são o resultado dessas contribuições, corrigidas pela inflação, e variam conforme o período de trabalho e o salário da época.
O fundo foi uma política econômica importante em seu tempo, mas a falta de saques ao longo das décadas deixou bilhões de reais parados. Hoje, a iniciativa de resgate busca corrigir essa lacuna, devolvendo os recursos a trabalhadores e herdeiros que têm direito a essa herança financeira.
Documentos e passos para o resgate
Para garantir o saque, o primeiro passo é consultar o saldo no site Repis Cidadão ou no aplicativo do FGTS, usando o NIS e a conta gov.br. Confirmado o direito, o beneficiário deve reunir os documentos e protocolar o pedido, seja digitalmente, pelo app, seja em uma agência da Caixa. Trabalhadores precisam apenas de um documento de identidade oficial, enquanto herdeiros devem apresentar certidões como a de dependentes habilitados à pensão por morte ou uma autorização judicial assinada por todos os sucessores.
O processo é gratuito e não exige intermediários, o que facilita o acesso direto aos valores. Após a solicitação, o pagamento segue o calendário oficial, mas a recomendação é agir rápido, especialmente com o início dos saques em 28 de março. A campanha visa alcançar os 10,4 milhões de elegíveis, mas depende da iniciativa de cada um para que o dinheiro não fique perdido.
Herdeiros enfrentam exigências adicionais, como a comprovação da relação com o beneficiário falecido, mas o sistema foi projetado para atender a todos os casos. Com a proximidade do primeiro lote de pagamentos, a expectativa é que o volume de consultas e pedidos cresça nas próximas semanas.
Efeitos dos R$ 26,3 bilhões na economia
A entrada de R$ 26,3 bilhões na economia pode trazer benefícios significativos nos próximos anos. Com um saldo médio de R$ 2,8 mil por pessoa, os recursos têm potencial para aquecer o consumo, pagar dívidas ou até mesmo fomentar pequenos investimentos. Especialistas destacam que essa injeção de dinheiro chega em um momento estratégico, ajudando a impulsionar a recuperação econômica após períodos de desafios.
Para muitas famílias, especialmente herdeiros, o resgate representa um ganho inesperado, ligado a contribuições feitas por parentes décadas atrás. A diversidade nos valores — que refletem o tempo de serviço e os salários da época — mostra como o impacto será sentido de forma desigual, mas ampla, entre os 10,4 milhões de beneficiários. O governo espera que a campanha alcance o maior número possível de pessoas, reduzindo o montante não reclamado até 2028.
Com o prazo final se aproximando em pouco mais de três anos, a urgência em consultar e solicitar os valores é evidente. A liberação dos saques, começando em 28 de março, marca o início de um processo que pode transformar a realidade financeira de milhões de brasileiros, desde que aproveitem a oportunidade antes que ela se perca.
