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19 Mar 2025, Wed

30 anos da internet comercial no Brasil: veja transformação no consumo

30 anos da internet comercial veja a transformação no consumo – Metrópoles


Em 2025, o Brasil comemora 30 anos da internet comercial, um marco que mudou a forma como produtos e serviços são consumidos e alterou a relação entre marcas e consumidores.

Segundo a We Are Social, cerca de 6,6% da população brasileira está conectada à internet, totalizando 187,9 milhões de pessoas.

“Hoje, o público não apenas compra on-line, mas pesquisa, compara preços e busca avaliações antes de decidir. Além disso, transita entre diferentes plataformas e canais, combinando compras on e off-line. Isso exige que as marcas ofereçam uma experiência fluida e integrada”, afirma Kenneth Corrêa, especialista em dados, palestrante e professor de MBA da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Redes sociais

A internet reconfigurou a dinâmica de poder entre marcas e consumidores, dando voz ao público. No Brasil, plataformas como Instagram e Facebook se tornaram canais estratégicos para reputação e relacionamento com clientes.

“Uma experiência negativa compartilhada no X ou um vídeo viral no TikTok pode causar uma crise de reputação em horas. Por outro lado, marcas que dominam a comunicação digital constroem comunidades engajadas. O Nubank é um exemplo disso, usando redes sociais não só para atendimento, mas para fortalecer sua identidade e criar a ‘cultura roxa’.”

Kenneth Corrêa, especialista em dados, palestrante e professor de MBA da FGV

Com o avanço da IA, a personalização se tornou mandatória. Empresas como a Magazine Luiza já utilizam IA para sugerir produtos e enviar notificações no momento ideal de compra.

O tempo de resposta também mudou drasticamente. Se antes os consumidores esperavam dias para um retorno via Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), hoje exigem respostas em minutos.

“Os consumidores também querem saber a origem dos produtos, as práticas da empresa e seu posicionamento em questões sociais e ambientais. Não basta ter um bom produto, é preciso ter propósito e demonstrá-lo de forma autêntica”, complementa o especialista.

Transformações

A internet revolucionou a forma como consumimos, tornando as compras mais rápidas, acessíveis e personalizadas.

Desde o surgimento do e-commerce até o avanço dos pagamentos digitais, das redes sociais e da economia compartilhada, a conectividade remodelou a relação entre consumidores e marcas.

A seguir, Kenneth Corrêa, compartilha algumas das principais mudanças promovidas pela internet. Confira:

E-commerce

Segundo o relatório The Global Payments Report, o mercado global de e-commerce deve crescer mais de 55,3% até o fim de 2025, atingindo US$ 8 trilhões em transações.

Outra pesquisa, da Octadesk em parceria com o Opinion Box, revelou que 62% dos consumidores fazem de duas a cinco compras on-line por mês enquanto 85% compram on-line pelo menos uma vez no mesmo período.

Pagamentos digitais

No passado, as compras dependiam de dinheiro físico ou cartões. Hoje, o Pix e as carteiras digitais se tornaram as transações acessíveis.

“Até pequenos comércios agora vendem pelo WhatsApp, fazem entregas via aplicativos e aceitam Pix, mostrando como a digitalização chegou a todos os níveis do varejo”, pondera Corrêa.

Influenciadores digitais

Se antes confiávamos apenas em propagandas tradicionais, atualmente os influenciadores têm grande impacto nas decisões de compra.

No Brasil, 144 milhões de pessoas são ativas nas redes sociais, e criadores de conteúdo moldam tendências e constroem reputações de marcas.

A Magalu, por exemplo, transformou a assistente virtual “Lu” em uma influenciadora digital com milhões de seguidores, reforçando o vínculo emocional com os clientes.

Delivery

A internet trouxe a conveniência dos aplicativos de entrega, mudando a relação dos consumidores com restaurantes, supermercados e farmácias.

“O Grupo Pão de Açúcar adotou dark stores (mini centros de distribuição urbanos) e entregas ultra rápidas pelo aplicativo, entendendo que o consumidor moderno quer não apenas comprar on-line, mas receber o produto em minutos”, declara Kenneth Corrêa.

Streaming

Plataformas como Netflix e Amazon Prime revolucionaram o consumo de entretenimento, tornando obsoletos locais como locadoras.

“Recentemente ainda existiam diversas livrarias dentro dos shoppings. No entanto, grandes nomes como a Saraiva, maior rede de livrarias do país, entrou em recuperação judicial e depois foi à falência, hoje o domínio dela está disponibilizado para registro. Enquanto isso, serviços de streaming como Netflix e Amazon Prime dominaram o entretenimento doméstico”, completa.

Personalização e uso de dados

A ascensão da inteligência artificial e do big data revolucionou a forma como as empresas interagem com os consumidores, permitindo ofertas cada vez mais personalizadas.

Hoje, varejistas e plataformas utilizam algoritmos avançados para analisar preferências, histórico de compras e comportamento on-line, entregando recomendações precisas e aumentando a eficiência das compras.

Segundo o relatório Consumer Trends 2025, 78% dos consumidores dão preferência a marcas que oferecem experiências personalizadas e satisfatórias.

“A personalização deixou de ser um diferencial e se tornou uma expectativa do consumidor moderno. As empresas que sabem utilizar dados de forma estratégica criam conexões mais profundas com seus clientes, impulsionando engajamento e fidelização”, destaca.

Economia compartilhada

Modelos como locações, como Airbnb, brechós on-line e leilões mostram que a internet potencializou o consumo colaborativo, em que a posse dá lugar ao acesso, otimizando recursos e reduzindo desperdícios.

Novos ecossistemas estão surgindo para novos segmentos, como compartilhamento de carros elétricos ou até compartilhamento de geração de energia (Brooklyn Microgrid nos EUA).

Consumo digital

Com a evolução da tecnologia, o metaverso surge como a próxima fronteira do consumo, permitindo experiências imersivas, lojas virtuais interativas e novas formas de interação entre marcas e clientes.

“Grandes marcas já utilizam ambientes virtuais para treinamento, engajamento de clientes e novos modelos de negócio. A principal aposta do momento são os óculos de realidade aumentada, que são mais leves, permitindo que o usuário continue vendo o mundo real enquanto vê uma camada adicional de informação em seu espectro de visão, projetado nas lentes”, assegura Kenneth.

Presente e futuro

O futuro da internet no Brasil promete transformações ainda mais profundas. A IA, mas especificamente a próxima geração, a IA Generativa, já surgiu no mercado e está começando a revolução.

“Em minhas palestras, demonstro como empresas já alcançam ganhos de produtividade de até 40% por meio dessa tecnologia. O framework PINS (Palavras, Imagens, Números, Sons), desenvolvido em Harvard, mostra como implementar ferramentas de IA no dia a dia corporativo, desde a criação de conteúdo até a análise de dados”, acrescenta o especialista.

As redes de agentes inteligentes representarão o próximo salto tecnológico. Não se trata mais de ferramentas isoladas, mas de redes de IA trabalhando em conjunto com os humanos. “No Hospital das Clínicas de São Paulo, agentes de IA já monitoram prontuários, prevendo riscos de infecções hospitalares (Robô Laura) e otimizando recursos”, ressalta.

A privacidade e a ética digital também serão temas centrais. Com o avanço da IA e da personalização, as empresas precisarão equilibrar inovação e proteção de dados, respeitando legislações como a LGPD.

“Ou seja, há 30 anos, a internet revolucionou o consumo, e essa evolução continuará pelos próximos 30 anos. As novas tecnologias transformarão ainda mais a forma como compramos, interagimos e vivemos no mundo digital e físico”, frisa Kenneth Corrêa.

Em 2025, o Brasil comemora 30 anos da internet comercial, um marco que mudou a forma como produtos e serviços são consumidos e alterou a relação entre marcas e consumidores.

Segundo a We Are Social, cerca de 6,6% da população brasileira está conectada à internet, totalizando 187,9 milhões de pessoas.

“Hoje, o público não apenas compra on-line, mas pesquisa, compara preços e busca avaliações antes de decidir. Além disso, transita entre diferentes plataformas e canais, combinando compras on e off-line. Isso exige que as marcas ofereçam uma experiência fluida e integrada”, afirma Kenneth Corrêa, especialista em dados, palestrante e professor de MBA da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Redes sociais

A internet reconfigurou a dinâmica de poder entre marcas e consumidores, dando voz ao público. No Brasil, plataformas como Instagram e Facebook se tornaram canais estratégicos para reputação e relacionamento com clientes.

“Uma experiência negativa compartilhada no X ou um vídeo viral no TikTok pode causar uma crise de reputação em horas. Por outro lado, marcas que dominam a comunicação digital constroem comunidades engajadas. O Nubank é um exemplo disso, usando redes sociais não só para atendimento, mas para fortalecer sua identidade e criar a ‘cultura roxa’.”

Kenneth Corrêa, especialista em dados, palestrante e professor de MBA da FGV

Com o avanço da IA, a personalização se tornou mandatória. Empresas como a Magazine Luiza já utilizam IA para sugerir produtos e enviar notificações no momento ideal de compra.

O tempo de resposta também mudou drasticamente. Se antes os consumidores esperavam dias para um retorno via Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), hoje exigem respostas em minutos.

“Os consumidores também querem saber a origem dos produtos, as práticas da empresa e seu posicionamento em questões sociais e ambientais. Não basta ter um bom produto, é preciso ter propósito e demonstrá-lo de forma autêntica”, complementa o especialista.

Transformações

A internet revolucionou a forma como consumimos, tornando as compras mais rápidas, acessíveis e personalizadas.

Desde o surgimento do e-commerce até o avanço dos pagamentos digitais, das redes sociais e da economia compartilhada, a conectividade remodelou a relação entre consumidores e marcas.

A seguir, Kenneth Corrêa, compartilha algumas das principais mudanças promovidas pela internet. Confira:

E-commerce

Segundo o relatório The Global Payments Report, o mercado global de e-commerce deve crescer mais de 55,3% até o fim de 2025, atingindo US$ 8 trilhões em transações.

Outra pesquisa, da Octadesk em parceria com o Opinion Box, revelou que 62% dos consumidores fazem de duas a cinco compras on-line por mês enquanto 85% compram on-line pelo menos uma vez no mesmo período.

Pagamentos digitais

No passado, as compras dependiam de dinheiro físico ou cartões. Hoje, o Pix e as carteiras digitais se tornaram as transações acessíveis.

“Até pequenos comércios agora vendem pelo WhatsApp, fazem entregas via aplicativos e aceitam Pix, mostrando como a digitalização chegou a todos os níveis do varejo”, pondera Corrêa.

Influenciadores digitais

Se antes confiávamos apenas em propagandas tradicionais, atualmente os influenciadores têm grande impacto nas decisões de compra.

No Brasil, 144 milhões de pessoas são ativas nas redes sociais, e criadores de conteúdo moldam tendências e constroem reputações de marcas.

A Magalu, por exemplo, transformou a assistente virtual “Lu” em uma influenciadora digital com milhões de seguidores, reforçando o vínculo emocional com os clientes.

Delivery

A internet trouxe a conveniência dos aplicativos de entrega, mudando a relação dos consumidores com restaurantes, supermercados e farmácias.

“O Grupo Pão de Açúcar adotou dark stores (mini centros de distribuição urbanos) e entregas ultra rápidas pelo aplicativo, entendendo que o consumidor moderno quer não apenas comprar on-line, mas receber o produto em minutos”, declara Kenneth Corrêa.

Streaming

Plataformas como Netflix e Amazon Prime revolucionaram o consumo de entretenimento, tornando obsoletos locais como locadoras.

“Recentemente ainda existiam diversas livrarias dentro dos shoppings. No entanto, grandes nomes como a Saraiva, maior rede de livrarias do país, entrou em recuperação judicial e depois foi à falência, hoje o domínio dela está disponibilizado para registro. Enquanto isso, serviços de streaming como Netflix e Amazon Prime dominaram o entretenimento doméstico”, completa.

Personalização e uso de dados

A ascensão da inteligência artificial e do big data revolucionou a forma como as empresas interagem com os consumidores, permitindo ofertas cada vez mais personalizadas.

Hoje, varejistas e plataformas utilizam algoritmos avançados para analisar preferências, histórico de compras e comportamento on-line, entregando recomendações precisas e aumentando a eficiência das compras.

Segundo o relatório Consumer Trends 2025, 78% dos consumidores dão preferência a marcas que oferecem experiências personalizadas e satisfatórias.

“A personalização deixou de ser um diferencial e se tornou uma expectativa do consumidor moderno. As empresas que sabem utilizar dados de forma estratégica criam conexões mais profundas com seus clientes, impulsionando engajamento e fidelização”, destaca.

Economia compartilhada

Modelos como locações, como Airbnb, brechós on-line e leilões mostram que a internet potencializou o consumo colaborativo, em que a posse dá lugar ao acesso, otimizando recursos e reduzindo desperdícios.

Novos ecossistemas estão surgindo para novos segmentos, como compartilhamento de carros elétricos ou até compartilhamento de geração de energia (Brooklyn Microgrid nos EUA).

Consumo digital

Com a evolução da tecnologia, o metaverso surge como a próxima fronteira do consumo, permitindo experiências imersivas, lojas virtuais interativas e novas formas de interação entre marcas e clientes.

“Grandes marcas já utilizam ambientes virtuais para treinamento, engajamento de clientes e novos modelos de negócio. A principal aposta do momento são os óculos de realidade aumentada, que são mais leves, permitindo que o usuário continue vendo o mundo real enquanto vê uma camada adicional de informação em seu espectro de visão, projetado nas lentes”, assegura Kenneth.

Presente e futuro

O futuro da internet no Brasil promete transformações ainda mais profundas. A IA, mas especificamente a próxima geração, a IA Generativa, já surgiu no mercado e está começando a revolução.

“Em minhas palestras, demonstro como empresas já alcançam ganhos de produtividade de até 40% por meio dessa tecnologia. O framework PINS (Palavras, Imagens, Números, Sons), desenvolvido em Harvard, mostra como implementar ferramentas de IA no dia a dia corporativo, desde a criação de conteúdo até a análise de dados”, acrescenta o especialista.

As redes de agentes inteligentes representarão o próximo salto tecnológico. Não se trata mais de ferramentas isoladas, mas de redes de IA trabalhando em conjunto com os humanos. “No Hospital das Clínicas de São Paulo, agentes de IA já monitoram prontuários, prevendo riscos de infecções hospitalares (Robô Laura) e otimizando recursos”, ressalta.

A privacidade e a ética digital também serão temas centrais. Com o avanço da IA e da personalização, as empresas precisarão equilibrar inovação e proteção de dados, respeitando legislações como a LGPD.

“Ou seja, há 30 anos, a internet revolucionou o consumo, e essa evolução continuará pelos próximos 30 anos. As novas tecnologias transformarão ainda mais a forma como compramos, interagimos e vivemos no mundo digital e físico”, frisa Kenneth Corrêa.



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