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19 Mar 2025, Wed

Ingressos para Brasil x Argentina nas Eliminatórias disparam para até R$ 2.550 e irritam torcedores

Eliminatorias da Copa do Mundo 2026


O clássico entre Brasil e Argentina, válido pela 14ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, está gerando polêmica antes mesmo de a bola rolar. Marcada para a próxima terça-feira no estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, a partida tem ingressos cujos preços alcançam até 480 mil pesos argentinos, equivalente a R$ 2.550 na cotação atual. Os valores, divulgados pela Associação do Futebol Argentino (AFA), surpreenderam os torcedores, que não pouparam críticas nas redes sociais, questionando a acessibilidade e o custo-benefício do evento.

A venda das entradas começou com exclusividade para clientes American Express na segunda-feira, enquanto o público geral teve acesso a partir desta quarta-feira, 19 de março, às 16h, pelo site deportick.com. Os preços variam de 90 mil pesos argentinos (R$ 478) para os setores populares até os exorbitantes R$ 2.550 das áreas mais privilegiadas, como San Martín e Belgrano Média. A disparidade gerou revolta entre os fãs, muitos dos quais apontaram que astros como Lionel Messi e Neymar podem nem estar em campo, o que torna os valores ainda mais difíceis de justificar.

No Brasil, a insatisfação não foi menor. Torcedores que planejam viajar para acompanhar a seleção de perto lamentaram a falta de opções acessíveis. A partida, que promete ser um dos confrontos mais aguardados do ano, ocorre em um momento em que a Argentina lidera as Eliminatórias com folga, enquanto o Brasil busca se consolidar entre os primeiros colocados.

Preços elevados transformam clássico em evento de elite

A decisão de estipular ingressos a partir de R$ 478 para os setores mais simples já seria suficiente para afastar parte do público, mas os valores praticados nos melhores lugares do Monumental de Núñez elevam o jogo a um patamar quase inacessível. O setor San Martín y Belgrano Média, por exemplo, custa 480 mil pesos argentinos, enquanto áreas intermediárias como Sívori y Centenario Média saem por 320 mil pesos (R$ 1.700). Esses preços refletem uma tendência crescente de elitização no futebol sul-americano, especialmente em duelos de grande apelo como Brasil x Argentina.

Torcedores argentinos também expressaram frustração, destacando que a inflação no país, que ultrapassou 100% ao ano em 2024, torna o custo ainda mais proibitivo. Um ingresso popular de R$ 478 equivale a cerca de 20% do salário mínimo local, estimado em 450 mil pesos argentinos para março de 2025. Para os brasileiros, o câmbio desfavorável, com o real valendo menos frente ao peso argentino ajustado pela inflação, também dificulta a presença em massa da torcida verde-amarela.

Apesar disso, a expectativa é de casa cheia. O Monumental de Núñez, com capacidade para mais de 80 mil pessoas, é palco tradicional de clássicos continentais e deve receber um público majoritariamente argentino, beneficiado pela proximidade geográfica. Ainda assim, a comercialização dos ingressos em plataformas digitais abriu espaço para cambistas, que já revendem entradas a preços ainda mais altos, chegando a R$ 3.500 em alguns casos.

Cronograma apertado antes do grande duelo

As seleções chegam ao confronto com agendas movimentadas. Antes de encarar o Brasil, a Argentina enfrenta o Uruguai na sexta-feira, em Montevidéu, em outro clássico sul-americano de peso. Já o Brasil recebe a Colômbia na quinta-feira, no Maracanã, buscando uma vitória para embalar nas Eliminatórias. Esses jogos prévios podem influenciar diretamente o desempenho no Monumental, especialmente se lesões ou suspensões afetarem os elencos.

O calendário das Eliminatórias está estruturado da seguinte forma para a próxima semana:

  • Quinta-feira, 20 de março: Brasil x Colômbia, no Rio de Janeiro.
  • Sexta-feira, 21 de março: Uruguai x Argentina, em Montevidéu.
  • Terça-feira, 25 de março: Argentina x Brasil, em Buenos Aires.

Essa sequência de partidas intensifica a preparação das equipes, que terão poucos dias para ajustes táticos e recuperação física. Para os torcedores, o ritmo acelerado também significa um gasto adicional, já que muitos planejam acompanhar mais de um jogo ao vivo.

Valores dos ingressos detalhados e comparação com edições anteriores

Os preços anunciados para o clássico no Monumental variam conforme o setor do estádio. Confira a lista completa:

  • Popular: 90 mil pesos argentinos (R$ 478).
  • Sívori y Centenario Alta: 158 mil pesos (R$ 840).
  • Sívori y Centenario Média: 320 mil pesos (R$ 1.700).
  • San Martín y Belgrano Alta: 320 mil pesos (R$ 1.700).
  • San Martín y Belgrano Baja: 450 mil pesos (R$ 2.400).
  • San Martín y Belgrano Média: 480 mil pesos (R$ 2.550).

Em comparação com o último confronto entre as duas seleções em solo argentino, pelas Eliminatórias de 2022, os valores subiram significativamente. Naquela ocasião, o ingresso mais barato custava 40 mil pesos argentinos (cerca de R$ 200 à época), enquanto o mais caro não passava de 250 mil pesos (R$ 1.250). Ajustados pela inflação, os preços atuais ainda representam um aumento real, o que reforça a percepção de encarecimento do espetáculo.

A alta demanda por ingressos, impulsionada pelo histórico de rivalidade e pelo bom momento da Argentina, atual campeã mundial, explica parte do reajuste. No entanto, a ausência confirmada de alguns titulares nas últimas convocações, como Messi e Neymar, ambos lidando com questões físicas, alimenta o debate sobre se os valores condizem com o que será visto em campo.

Repercussão nas redes sociais expõe insatisfação geral

Basta uma rápida navegação pelas redes sociais para perceber o tom de indignação dos torcedores. Comentários como “R$ 2.500 para ver reservas?” e “Futebol é para o povo, não para a elite” dominaram as discussões desde o anúncio dos preços. Brasileiros que sonhavam em viajar para Buenos Aires reconsideram os planos, enquanto argentinos lamentam a exclusão de grande parte da classe trabalhadora do estádio.

A crítica não se limita aos valores. A logística da venda online, que exige cadastro prévio e pagamento imediato, também foi alvo de reclamações. Em 2023, durante um amistoso entre Argentina e Panamá, o site de vendas entrou em colapso devido ao alto tráfego, deixando milhares de fãs sem ingressos. Há temor de que o mesmo ocorra agora, especialmente com a procura elevada para o clássico.

Por outro lado, alguns torcedores defendem os preços, argumentando que o confronto é um “evento premium” no futebol mundial. A presença de craques como Julián Álvarez, Lautaro Martínez, Vinícius Jr. e Rodrygo, que devem assumir o protagonismo caso os veteranos fiquem de fora, é vista como um atrativo para justificar o investimento.

Desafios econômicos pesam na experiência do torcedor

No contexto argentino, os ingressos caros refletem um cenário econômico delicado. A inflação acumulada em 2024 chegou a 115%, segundo projeções recentes, e o custo de vida em Buenos Aires disparou. Para um trabalhador médio, desembolsar R$ 478 por um ingresso popular significa sacrificar despesas essenciais, como transporte ou alimentação. Esse fator explica por que muitos optam por assistir ao jogo em bares ou em casa, mesmo sendo um clássico histórico.

Já para os brasileiros, o desafio inclui o custo da viagem. Passagens aéreas de São Paulo a Buenos Aires, ida e volta, custam em média R$ 1.800 em março, sem contar hospedagem e alimentação. Somado ao preço do ingresso, o pacote completo para ver Brasil x Argentina pode ultrapassar R$ 5.000 por pessoa, valor inviável para a maioria dos fãs da seleção.

A rivalidade entre as duas equipes, que já protagonizaram finais de Copa América e duelos memoráveis nas Eliminatórias, continua sendo o grande chamariz. Ainda assim, o preço elevado dos ingressos ameaça transformar o Monumental de Núñez em um espaço restrito a quem pode pagar, distanciando o futebol de sua essência popular.

O que esperar do confronto no Monumental

Faltando poucos dias para o jogo, a preparação das seleções está a todo vapor. A Argentina, sob o comando de Lionel Scaloni, lidera as Eliminatórias com 28 pontos em 13 rodadas, ostentando uma campanha sólida com apenas uma derrota. O Brasil, atualmente na terceira posição com 20 pontos, vive altos e baixos, mas conta com um elenco renovado para buscar a vitória fora de casa.

O histórico recente favorece os argentinos, que venceram o último encontro pelas Eliminatórias, em 2023, por 1 a 0, no Maracanã. O gol de Otamendi, em uma partida marcada por confusão nas arquibancadas, ainda está fresco na memória dos brasileiros, que veem o duelo em Buenos Aires como uma chance de revanche. A escalação de ambas as equipes, porém, só será confirmada nos próximos dias, dependendo do desgaste dos jogos anteriores.

Independentemente do resultado, o clássico promete emoção. O estádio lotado, a rivalidade centenária e a qualidade técnica em campo são ingredientes que mantêm Brasil x Argentina como um dos maiores espetáculos do futebol mundial, ainda que a um custo cada vez mais alto para os torcedores.



O clássico entre Brasil e Argentina, válido pela 14ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, está gerando polêmica antes mesmo de a bola rolar. Marcada para a próxima terça-feira no estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, a partida tem ingressos cujos preços alcançam até 480 mil pesos argentinos, equivalente a R$ 2.550 na cotação atual. Os valores, divulgados pela Associação do Futebol Argentino (AFA), surpreenderam os torcedores, que não pouparam críticas nas redes sociais, questionando a acessibilidade e o custo-benefício do evento.

A venda das entradas começou com exclusividade para clientes American Express na segunda-feira, enquanto o público geral teve acesso a partir desta quarta-feira, 19 de março, às 16h, pelo site deportick.com. Os preços variam de 90 mil pesos argentinos (R$ 478) para os setores populares até os exorbitantes R$ 2.550 das áreas mais privilegiadas, como San Martín e Belgrano Média. A disparidade gerou revolta entre os fãs, muitos dos quais apontaram que astros como Lionel Messi e Neymar podem nem estar em campo, o que torna os valores ainda mais difíceis de justificar.

No Brasil, a insatisfação não foi menor. Torcedores que planejam viajar para acompanhar a seleção de perto lamentaram a falta de opções acessíveis. A partida, que promete ser um dos confrontos mais aguardados do ano, ocorre em um momento em que a Argentina lidera as Eliminatórias com folga, enquanto o Brasil busca se consolidar entre os primeiros colocados.

Preços elevados transformam clássico em evento de elite

A decisão de estipular ingressos a partir de R$ 478 para os setores mais simples já seria suficiente para afastar parte do público, mas os valores praticados nos melhores lugares do Monumental de Núñez elevam o jogo a um patamar quase inacessível. O setor San Martín y Belgrano Média, por exemplo, custa 480 mil pesos argentinos, enquanto áreas intermediárias como Sívori y Centenario Média saem por 320 mil pesos (R$ 1.700). Esses preços refletem uma tendência crescente de elitização no futebol sul-americano, especialmente em duelos de grande apelo como Brasil x Argentina.

Torcedores argentinos também expressaram frustração, destacando que a inflação no país, que ultrapassou 100% ao ano em 2024, torna o custo ainda mais proibitivo. Um ingresso popular de R$ 478 equivale a cerca de 20% do salário mínimo local, estimado em 450 mil pesos argentinos para março de 2025. Para os brasileiros, o câmbio desfavorável, com o real valendo menos frente ao peso argentino ajustado pela inflação, também dificulta a presença em massa da torcida verde-amarela.

Apesar disso, a expectativa é de casa cheia. O Monumental de Núñez, com capacidade para mais de 80 mil pessoas, é palco tradicional de clássicos continentais e deve receber um público majoritariamente argentino, beneficiado pela proximidade geográfica. Ainda assim, a comercialização dos ingressos em plataformas digitais abriu espaço para cambistas, que já revendem entradas a preços ainda mais altos, chegando a R$ 3.500 em alguns casos.

Cronograma apertado antes do grande duelo

As seleções chegam ao confronto com agendas movimentadas. Antes de encarar o Brasil, a Argentina enfrenta o Uruguai na sexta-feira, em Montevidéu, em outro clássico sul-americano de peso. Já o Brasil recebe a Colômbia na quinta-feira, no Maracanã, buscando uma vitória para embalar nas Eliminatórias. Esses jogos prévios podem influenciar diretamente o desempenho no Monumental, especialmente se lesões ou suspensões afetarem os elencos.

O calendário das Eliminatórias está estruturado da seguinte forma para a próxima semana:

  • Quinta-feira, 20 de março: Brasil x Colômbia, no Rio de Janeiro.
  • Sexta-feira, 21 de março: Uruguai x Argentina, em Montevidéu.
  • Terça-feira, 25 de março: Argentina x Brasil, em Buenos Aires.

Essa sequência de partidas intensifica a preparação das equipes, que terão poucos dias para ajustes táticos e recuperação física. Para os torcedores, o ritmo acelerado também significa um gasto adicional, já que muitos planejam acompanhar mais de um jogo ao vivo.

Valores dos ingressos detalhados e comparação com edições anteriores

Os preços anunciados para o clássico no Monumental variam conforme o setor do estádio. Confira a lista completa:

  • Popular: 90 mil pesos argentinos (R$ 478).
  • Sívori y Centenario Alta: 158 mil pesos (R$ 840).
  • Sívori y Centenario Média: 320 mil pesos (R$ 1.700).
  • San Martín y Belgrano Alta: 320 mil pesos (R$ 1.700).
  • San Martín y Belgrano Baja: 450 mil pesos (R$ 2.400).
  • San Martín y Belgrano Média: 480 mil pesos (R$ 2.550).

Em comparação com o último confronto entre as duas seleções em solo argentino, pelas Eliminatórias de 2022, os valores subiram significativamente. Naquela ocasião, o ingresso mais barato custava 40 mil pesos argentinos (cerca de R$ 200 à época), enquanto o mais caro não passava de 250 mil pesos (R$ 1.250). Ajustados pela inflação, os preços atuais ainda representam um aumento real, o que reforça a percepção de encarecimento do espetáculo.

A alta demanda por ingressos, impulsionada pelo histórico de rivalidade e pelo bom momento da Argentina, atual campeã mundial, explica parte do reajuste. No entanto, a ausência confirmada de alguns titulares nas últimas convocações, como Messi e Neymar, ambos lidando com questões físicas, alimenta o debate sobre se os valores condizem com o que será visto em campo.

Repercussão nas redes sociais expõe insatisfação geral

Basta uma rápida navegação pelas redes sociais para perceber o tom de indignação dos torcedores. Comentários como “R$ 2.500 para ver reservas?” e “Futebol é para o povo, não para a elite” dominaram as discussões desde o anúncio dos preços. Brasileiros que sonhavam em viajar para Buenos Aires reconsideram os planos, enquanto argentinos lamentam a exclusão de grande parte da classe trabalhadora do estádio.

A crítica não se limita aos valores. A logística da venda online, que exige cadastro prévio e pagamento imediato, também foi alvo de reclamações. Em 2023, durante um amistoso entre Argentina e Panamá, o site de vendas entrou em colapso devido ao alto tráfego, deixando milhares de fãs sem ingressos. Há temor de que o mesmo ocorra agora, especialmente com a procura elevada para o clássico.

Por outro lado, alguns torcedores defendem os preços, argumentando que o confronto é um “evento premium” no futebol mundial. A presença de craques como Julián Álvarez, Lautaro Martínez, Vinícius Jr. e Rodrygo, que devem assumir o protagonismo caso os veteranos fiquem de fora, é vista como um atrativo para justificar o investimento.

Desafios econômicos pesam na experiência do torcedor

No contexto argentino, os ingressos caros refletem um cenário econômico delicado. A inflação acumulada em 2024 chegou a 115%, segundo projeções recentes, e o custo de vida em Buenos Aires disparou. Para um trabalhador médio, desembolsar R$ 478 por um ingresso popular significa sacrificar despesas essenciais, como transporte ou alimentação. Esse fator explica por que muitos optam por assistir ao jogo em bares ou em casa, mesmo sendo um clássico histórico.

Já para os brasileiros, o desafio inclui o custo da viagem. Passagens aéreas de São Paulo a Buenos Aires, ida e volta, custam em média R$ 1.800 em março, sem contar hospedagem e alimentação. Somado ao preço do ingresso, o pacote completo para ver Brasil x Argentina pode ultrapassar R$ 5.000 por pessoa, valor inviável para a maioria dos fãs da seleção.

A rivalidade entre as duas equipes, que já protagonizaram finais de Copa América e duelos memoráveis nas Eliminatórias, continua sendo o grande chamariz. Ainda assim, o preço elevado dos ingressos ameaça transformar o Monumental de Núñez em um espaço restrito a quem pode pagar, distanciando o futebol de sua essência popular.

O que esperar do confronto no Monumental

Faltando poucos dias para o jogo, a preparação das seleções está a todo vapor. A Argentina, sob o comando de Lionel Scaloni, lidera as Eliminatórias com 28 pontos em 13 rodadas, ostentando uma campanha sólida com apenas uma derrota. O Brasil, atualmente na terceira posição com 20 pontos, vive altos e baixos, mas conta com um elenco renovado para buscar a vitória fora de casa.

O histórico recente favorece os argentinos, que venceram o último encontro pelas Eliminatórias, em 2023, por 1 a 0, no Maracanã. O gol de Otamendi, em uma partida marcada por confusão nas arquibancadas, ainda está fresco na memória dos brasileiros, que veem o duelo em Buenos Aires como uma chance de revanche. A escalação de ambas as equipes, porém, só será confirmada nos próximos dias, dependendo do desgaste dos jogos anteriores.

Independentemente do resultado, o clássico promete emoção. O estádio lotado, a rivalidade centenária e a qualidade técnica em campo são ingredientes que mantêm Brasil x Argentina como um dos maiores espetáculos do futebol mundial, ainda que a um custo cada vez mais alto para os torcedores.



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