São Paulo viveu mais um capítulo na luta contra a criminalidade nesta quarta-feira, 19 de março de 2025, com a prisão de Jeferson de Souza, 28 anos, apontado como o piloto da moto usada no assassinato do ciclista Vitor Medrado, 46 anos. O crime, ocorrido em 13 de fevereiro, no bairro nobre do Itaim Bibi, chocou a capital paulista pela brutalidade e reacendeu o debate sobre a segurança pública na cidade. Conhecido como “Gordo da Paraisópolis”, o suspeito foi detido em uma operação da Polícia Civil na comunidade de Paraisópolis, zona sul, onde a quadrilha supostamente planejava suas ações. A ação policial também expôs a rede criminosa liderada por Suedna Barbosa Carneiro, a “Mainha do Crime”, presa em fevereiro, que financiava assaltos violentos na região.
A prisão de Jeferson é o mais recente desdobramento de uma investigação que começou há meses, após a morte do delegado Josenildo Belarmino de Moura Júnior, em janeiro, e ganhou força com o latrocínio de Vitor Medrado. Segundo Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública de São Paulo, o suspeito confessou participação no crime contra o ciclista, cometido ao lado de Erick Benedito Veríssimo, 20 anos, preso no início de março. A dupla, que agia em motos clonadas e se disfarçava de entregadores de aplicativos, foi responsável por uma onda de assaltos que aterrorizou bairros como Itaim Bibi, Brooklin e Santo Amaro.
Com a detenção de Jeferson, a polícia avança no desmantelamento de uma organização criminosa que operava com estrutura sofisticada, utilizando armas alugadas e comprando produtos roubados para revenda. A operação desta manhã apreendeu uma arma em sua residência, que agora passa por perícia para confirmar se foi usada no latrocínio. O caso expõe os desafios enfrentados pelas autoridades para conter a violência urbana e a reincidência de criminosos com histórico de prisões.
Operação em Paraisópolis revela detalhes do crime
A captura de Jeferson de Souza foi resultado de um trabalho minucioso da 1ª Delegacia de Roubos e Latrocínios, ligada ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Os investigadores rastrearam o suspeito por meio de imagens de câmeras de segurança, que flagraram a rota da moto desde o local do crime, próximo ao Parque do Povo, até Paraisópolis. Ronaldo Sayeg, delegado responsável pelo Deic, destacou que as características físicas do piloto — um homem de porte robusto — foram fundamentais para identificá-lo, assim como o monitoramento detalhado do trajeto percorrido após o assassinato.
Na casa de Jeferson, os policiais encontraram uma arma de fogo que pode estar ligada ao latrocínio de Vitor Medrado. O suspeito, que já tinha passagens por tráfico de drogas e receptação, foi surpreendido ainda dormindo, o que facilitou a ação das equipes. A operação reforça a estratégia da polícia de usar tecnologia, como o sistema Smart Sampa e outras câmeras estaduais, para mapear os movimentos de criminosos que saem de comunidades como Paraisópolis para cometer delitos em áreas mais abastadas da cidade.
Rede criminosa sob comando da “Mainha do Crime”
Antes da prisão de Jeferson, a Polícia Civil já havia detido Suedna Barbosa Carneiro, 41 anos, em 18 de fevereiro. Conhecida como “Mainha do Crime”, ela é apontada como a líder da quadrilha que financiava e organizava os assaltos. Na residência dela, em Paraisópolis, foram apreendidos três revólveres, 18 celulares, R$ 21 mil em dinheiro, além de mochilas de entrega, capacetes e eletrônicos roubados. Suedna, que já foi condenada a mais de 10 anos de prisão por receptação e posse ilegal de armas em 2022, alugava armamento aos assaltantes e comprava os itens subtraídos, funcionando como uma espécie de “banqueira” do crime.
A investigação revelou que a quadrilha, composta por pelo menos sete ou oito integrantes, operava com motos adulteradas, trocando placas e acessórios para dificultar a identificação. Os criminosos saíam de Paraisópolis, cometiam assaltos em bairros como Campo Belo, Pinheiros e Itaim Bibi, e retornavam com os produtos roubados, que eram revendidos por Suedna. A líder negou em depoimento que incentivasse os crimes, mas admitiu que os objetos em sua posse eram provenientes de roubos, o que reforça a tese da polícia sobre seu papel central na organização.
Cronologia dos crimes que abalaram São Paulo
O avanço das investigações permitiu à polícia traçar uma linha do tempo dos principais crimes atribuídos à quadrilha. Confira os eventos mais marcantes:
- 14 de janeiro: O delegado Josenildo Belarmino de Moura Júnior, 32 anos, é morto a tiros em Santo Amaro durante uma tentativa de assalto. O caso dá início à investigação que leva à identificação da quadrilha.
- 13 de fevereiro, 6h10: Vitor Medrado, ciclista e personal trainer, é baleado no pescoço próximo ao Parque do Povo, no Itaim Bibi, e morre no local. Câmeras flagram a ação rápida da dupla em uma moto.
- 13 de fevereiro, 11h: Horas depois, outra vítima é baleada a três quilômetros do primeiro crime, no Brooklin. A placa da moto, clonada, é a mesma usada no latrocínio de Medrado.
- 18 de fevereiro: Suedna Barbosa Carneiro, a “Mainha do Crime”, é presa em Paraisópolis, com armas e produtos roubados.
- 8 de março: Erick Benedito Veríssimo, o atirador, é detido em flagrante no Brooklin, com uma arma que ele afirma ter usado contra Medrado.
- 19 de março: Jeferson de Souza, piloto da moto, é preso em operação matinal em Paraisópolis.
Essa sequência de eventos mostra a escalada de violência da quadrilha e os esforços da polícia para desarticulá-la, embora outros integrantes ainda estejam foragidos.
Como a quadrilha operava na capital paulista
Funcionando como uma rede estruturada, a quadrilha liderada por Suedna tinha um modus operandi bem definido. Os assaltantes usavam motos com placas clonadas e se disfarçavam de entregadores de aplicativos, aproveitando a facilidade de locomoção no trânsito caótico de São Paulo e o anonimato proporcionado por mochilas e capacetes. Armas eram alugadas de Suedna, que recebia em troca os produtos roubados, como celulares, joias e eletrônicos, revendidos no mercado clandestino.
A polícia identificou que o grupo atuava em um circuito que incluía bairros como Santo Amaro, Brooklin, Itaim Bibi e Pinheiros. A agilidade dos criminosos, que pilotavam motos em alta velocidade e manejavam armas com destreza, dificultava a ação imediata das autoridades. Marcel Druziani, delegado do 11º DP, destacou que a investigação usou imagens de satélite e rastreamento de celulares para mapear os deslocamentos da quadrilha, o que foi essencial para chegar aos suspeitos.
Prisão do atirador e novos crimes em sequência
Erick Benedito Veríssimo, 20 anos, foi preso em 8 de março enquanto roubava celulares no Brooklin. Portando uma arma com numeração raspada e uma moto furtada, ele confessou ser o autor do disparo que matou Vitor Medrado. A prisão não foi divulgada na época para evitar que Jeferson, o piloto, fugisse. Segundo Derrite, a arma apreendida com Erick é a mesma usada no latrocínio, e a perícia está em andamento para confirmar a informação.
Na manhã do crime contra Medrado, Erick também participou de outro assalto no Brooklin, a cerca de três quilômetros do Parque do Povo. Uma vítima foi baleada por volta das 11h, mas sobreviveu. Nesse segundo caso, Jeferson não estava presente, e outro piloto, ainda não identificado, conduzia a moto. A placa clonada, registrada em Dourados, Mato Grosso do Sul, foi o elo que conectou os dois crimes, evidenciando a ousadia e a frequência das ações do grupo.
Impacto da morte de Vitor Medrado na cidade
Vitor Medrado, conhecido como “Vitão” ou “Mineirinho”, era um personal trainer querido na região do Parque do Povo, onde foi morto. Aos 46 anos, ele pedalava regularmente e dava aulas de ciclismo, utilizando a ciclovia da Marginal Pinheiros e outras áreas da cidade. No dia do crime, esperava uma aluna para um treino quando foi abordado pela dupla. As imagens das câmeras mostram que a ação durou segundos: o ciclista caiu após ser baleado no pescoço, e o assaltante pegou seu celular antes de fugir.
A brutalidade do latrocínio gerou revolta entre moradores e frequentadores do Itaim Bibi, um bairro conhecido por sua infraestrutura e alto padrão de vida. Amigos e familiares de Vitor organizaram atos pedindo justiça e mais segurança, enquanto a população cobra medidas para conter a onda de assaltos na região. O caso também reacendeu críticas à legislação penal, com Derrite apontando a reincidência de criminosos como um problema grave.
Principais alvos da quadrilha em São Paulo
A quadrilha focava em bairros ricos e áreas de grande circulação. Veja os locais mais visados:
- Itaim Bibi: Cenário do assassinato de Vitor Medrado, é um bairro de escritórios e residências de alto padrão.
- Brooklin: Alvo de assaltos a pedestres e motociclistas, como o caso registrado horas após a morte do ciclista.
- Santo Amaro: Onde o delegado Josenildo Belarmino foi morto, uma região comercial e residencial.
- Pinheiros: Outro ponto de ação, conhecido por sua vida noturna e comércio movimentado.
- Campo Belo: Área residencial frequentemente visada por assaltantes em motos.
Esses bairros, próximos a Paraisópolis, formavam o circuito preferencial da quadrilha, que explorava a proximidade para atacar e retornar rapidamente à base.
Avanço policial e desafios futuros
Com as prisões de Suedna, Erick e Jeferson, a polícia desferiu golpes importantes contra a quadrilha, mas o trabalho está longe de terminar. Outros integrantes, incluindo o piloto do segundo assalto no Brooklin, permanecem foragidos, e as autoridades intensificam as operações para localizá-los. A análise pericial das armas apreendidas pode trazer mais evidências e conexões com crimes adicionais, ampliando o alcance da investigação.
A tecnologia tem sido uma aliada crucial, com o uso de câmeras e rastreamento por satélite permitindo identificar padrões de deslocamento. No entanto, a reincidência de criminosos como Suedna, que já havia sido condenada, levanta questões sobre a eficácia do sistema prisional e da legislação vigente. Derrite enfatizou que a polícia continuará “caçando” os responsáveis, prometendo reforçar o policiamento ostensivo e o monitoramento nas regiões afetadas.

São Paulo viveu mais um capítulo na luta contra a criminalidade nesta quarta-feira, 19 de março de 2025, com a prisão de Jeferson de Souza, 28 anos, apontado como o piloto da moto usada no assassinato do ciclista Vitor Medrado, 46 anos. O crime, ocorrido em 13 de fevereiro, no bairro nobre do Itaim Bibi, chocou a capital paulista pela brutalidade e reacendeu o debate sobre a segurança pública na cidade. Conhecido como “Gordo da Paraisópolis”, o suspeito foi detido em uma operação da Polícia Civil na comunidade de Paraisópolis, zona sul, onde a quadrilha supostamente planejava suas ações. A ação policial também expôs a rede criminosa liderada por Suedna Barbosa Carneiro, a “Mainha do Crime”, presa em fevereiro, que financiava assaltos violentos na região.
A prisão de Jeferson é o mais recente desdobramento de uma investigação que começou há meses, após a morte do delegado Josenildo Belarmino de Moura Júnior, em janeiro, e ganhou força com o latrocínio de Vitor Medrado. Segundo Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública de São Paulo, o suspeito confessou participação no crime contra o ciclista, cometido ao lado de Erick Benedito Veríssimo, 20 anos, preso no início de março. A dupla, que agia em motos clonadas e se disfarçava de entregadores de aplicativos, foi responsável por uma onda de assaltos que aterrorizou bairros como Itaim Bibi, Brooklin e Santo Amaro.
Com a detenção de Jeferson, a polícia avança no desmantelamento de uma organização criminosa que operava com estrutura sofisticada, utilizando armas alugadas e comprando produtos roubados para revenda. A operação desta manhã apreendeu uma arma em sua residência, que agora passa por perícia para confirmar se foi usada no latrocínio. O caso expõe os desafios enfrentados pelas autoridades para conter a violência urbana e a reincidência de criminosos com histórico de prisões.
Operação em Paraisópolis revela detalhes do crime
A captura de Jeferson de Souza foi resultado de um trabalho minucioso da 1ª Delegacia de Roubos e Latrocínios, ligada ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Os investigadores rastrearam o suspeito por meio de imagens de câmeras de segurança, que flagraram a rota da moto desde o local do crime, próximo ao Parque do Povo, até Paraisópolis. Ronaldo Sayeg, delegado responsável pelo Deic, destacou que as características físicas do piloto — um homem de porte robusto — foram fundamentais para identificá-lo, assim como o monitoramento detalhado do trajeto percorrido após o assassinato.
Na casa de Jeferson, os policiais encontraram uma arma de fogo que pode estar ligada ao latrocínio de Vitor Medrado. O suspeito, que já tinha passagens por tráfico de drogas e receptação, foi surpreendido ainda dormindo, o que facilitou a ação das equipes. A operação reforça a estratégia da polícia de usar tecnologia, como o sistema Smart Sampa e outras câmeras estaduais, para mapear os movimentos de criminosos que saem de comunidades como Paraisópolis para cometer delitos em áreas mais abastadas da cidade.
Rede criminosa sob comando da “Mainha do Crime”
Antes da prisão de Jeferson, a Polícia Civil já havia detido Suedna Barbosa Carneiro, 41 anos, em 18 de fevereiro. Conhecida como “Mainha do Crime”, ela é apontada como a líder da quadrilha que financiava e organizava os assaltos. Na residência dela, em Paraisópolis, foram apreendidos três revólveres, 18 celulares, R$ 21 mil em dinheiro, além de mochilas de entrega, capacetes e eletrônicos roubados. Suedna, que já foi condenada a mais de 10 anos de prisão por receptação e posse ilegal de armas em 2022, alugava armamento aos assaltantes e comprava os itens subtraídos, funcionando como uma espécie de “banqueira” do crime.
A investigação revelou que a quadrilha, composta por pelo menos sete ou oito integrantes, operava com motos adulteradas, trocando placas e acessórios para dificultar a identificação. Os criminosos saíam de Paraisópolis, cometiam assaltos em bairros como Campo Belo, Pinheiros e Itaim Bibi, e retornavam com os produtos roubados, que eram revendidos por Suedna. A líder negou em depoimento que incentivasse os crimes, mas admitiu que os objetos em sua posse eram provenientes de roubos, o que reforça a tese da polícia sobre seu papel central na organização.
Cronologia dos crimes que abalaram São Paulo
O avanço das investigações permitiu à polícia traçar uma linha do tempo dos principais crimes atribuídos à quadrilha. Confira os eventos mais marcantes:
- 14 de janeiro: O delegado Josenildo Belarmino de Moura Júnior, 32 anos, é morto a tiros em Santo Amaro durante uma tentativa de assalto. O caso dá início à investigação que leva à identificação da quadrilha.
- 13 de fevereiro, 6h10: Vitor Medrado, ciclista e personal trainer, é baleado no pescoço próximo ao Parque do Povo, no Itaim Bibi, e morre no local. Câmeras flagram a ação rápida da dupla em uma moto.
- 13 de fevereiro, 11h: Horas depois, outra vítima é baleada a três quilômetros do primeiro crime, no Brooklin. A placa da moto, clonada, é a mesma usada no latrocínio de Medrado.
- 18 de fevereiro: Suedna Barbosa Carneiro, a “Mainha do Crime”, é presa em Paraisópolis, com armas e produtos roubados.
- 8 de março: Erick Benedito Veríssimo, o atirador, é detido em flagrante no Brooklin, com uma arma que ele afirma ter usado contra Medrado.
- 19 de março: Jeferson de Souza, piloto da moto, é preso em operação matinal em Paraisópolis.
Essa sequência de eventos mostra a escalada de violência da quadrilha e os esforços da polícia para desarticulá-la, embora outros integrantes ainda estejam foragidos.
Como a quadrilha operava na capital paulista
Funcionando como uma rede estruturada, a quadrilha liderada por Suedna tinha um modus operandi bem definido. Os assaltantes usavam motos com placas clonadas e se disfarçavam de entregadores de aplicativos, aproveitando a facilidade de locomoção no trânsito caótico de São Paulo e o anonimato proporcionado por mochilas e capacetes. Armas eram alugadas de Suedna, que recebia em troca os produtos roubados, como celulares, joias e eletrônicos, revendidos no mercado clandestino.
A polícia identificou que o grupo atuava em um circuito que incluía bairros como Santo Amaro, Brooklin, Itaim Bibi e Pinheiros. A agilidade dos criminosos, que pilotavam motos em alta velocidade e manejavam armas com destreza, dificultava a ação imediata das autoridades. Marcel Druziani, delegado do 11º DP, destacou que a investigação usou imagens de satélite e rastreamento de celulares para mapear os deslocamentos da quadrilha, o que foi essencial para chegar aos suspeitos.
Prisão do atirador e novos crimes em sequência
Erick Benedito Veríssimo, 20 anos, foi preso em 8 de março enquanto roubava celulares no Brooklin. Portando uma arma com numeração raspada e uma moto furtada, ele confessou ser o autor do disparo que matou Vitor Medrado. A prisão não foi divulgada na época para evitar que Jeferson, o piloto, fugisse. Segundo Derrite, a arma apreendida com Erick é a mesma usada no latrocínio, e a perícia está em andamento para confirmar a informação.
Na manhã do crime contra Medrado, Erick também participou de outro assalto no Brooklin, a cerca de três quilômetros do Parque do Povo. Uma vítima foi baleada por volta das 11h, mas sobreviveu. Nesse segundo caso, Jeferson não estava presente, e outro piloto, ainda não identificado, conduzia a moto. A placa clonada, registrada em Dourados, Mato Grosso do Sul, foi o elo que conectou os dois crimes, evidenciando a ousadia e a frequência das ações do grupo.
Impacto da morte de Vitor Medrado na cidade
Vitor Medrado, conhecido como “Vitão” ou “Mineirinho”, era um personal trainer querido na região do Parque do Povo, onde foi morto. Aos 46 anos, ele pedalava regularmente e dava aulas de ciclismo, utilizando a ciclovia da Marginal Pinheiros e outras áreas da cidade. No dia do crime, esperava uma aluna para um treino quando foi abordado pela dupla. As imagens das câmeras mostram que a ação durou segundos: o ciclista caiu após ser baleado no pescoço, e o assaltante pegou seu celular antes de fugir.
A brutalidade do latrocínio gerou revolta entre moradores e frequentadores do Itaim Bibi, um bairro conhecido por sua infraestrutura e alto padrão de vida. Amigos e familiares de Vitor organizaram atos pedindo justiça e mais segurança, enquanto a população cobra medidas para conter a onda de assaltos na região. O caso também reacendeu críticas à legislação penal, com Derrite apontando a reincidência de criminosos como um problema grave.
Principais alvos da quadrilha em São Paulo
A quadrilha focava em bairros ricos e áreas de grande circulação. Veja os locais mais visados:
- Itaim Bibi: Cenário do assassinato de Vitor Medrado, é um bairro de escritórios e residências de alto padrão.
- Brooklin: Alvo de assaltos a pedestres e motociclistas, como o caso registrado horas após a morte do ciclista.
- Santo Amaro: Onde o delegado Josenildo Belarmino foi morto, uma região comercial e residencial.
- Pinheiros: Outro ponto de ação, conhecido por sua vida noturna e comércio movimentado.
- Campo Belo: Área residencial frequentemente visada por assaltantes em motos.
Esses bairros, próximos a Paraisópolis, formavam o circuito preferencial da quadrilha, que explorava a proximidade para atacar e retornar rapidamente à base.
Avanço policial e desafios futuros
Com as prisões de Suedna, Erick e Jeferson, a polícia desferiu golpes importantes contra a quadrilha, mas o trabalho está longe de terminar. Outros integrantes, incluindo o piloto do segundo assalto no Brooklin, permanecem foragidos, e as autoridades intensificam as operações para localizá-los. A análise pericial das armas apreendidas pode trazer mais evidências e conexões com crimes adicionais, ampliando o alcance da investigação.
A tecnologia tem sido uma aliada crucial, com o uso de câmeras e rastreamento por satélite permitindo identificar padrões de deslocamento. No entanto, a reincidência de criminosos como Suedna, que já havia sido condenada, levanta questões sobre a eficácia do sistema prisional e da legislação vigente. Derrite enfatizou que a polícia continuará “caçando” os responsáveis, prometendo reforçar o policiamento ostensivo e o monitoramento nas regiões afetadas.
