O fim de ano se aproxima, e com ele a expectativa pelo 13º salário, um dos benefícios mais aguardados pelos trabalhadores brasileiros. Instituído em 1962, esse pagamento extra é um direito garantido pela Constituição Federal e funciona como um alívio financeiro para milhões de pessoas, seja para quitar dívidas, planejar festas ou investir em projetos pessoais. Neste ano de 2025, o calendário de pagamento já está definido, com a primeira parcela devendo ser depositada até 30 de novembro e a segunda até 20 de dezembro, dependendo da escolha do empregador. Aposentados e pensionistas do INSS, por outro lado, já receberam suas parcelas antecipadamente entre abril e maio, enquanto trabalhadores com carteira assinada e servidores públicos seguem o cronograma tradicional.
O valor do 13º varia conforme o tempo de serviço e a remuneração. Quem trabalhou o ano inteiro recebe o equivalente a um salário mensal completo, enquanto os contratados ao longo de 2025 terão o pagamento proporcional aos meses trabalhados, desde que tenham atuado por pelo menos 15 dias em cada mês considerado. Além disso, adicionais como horas extras, comissões e benefícios como insalubridade entram no cálculo, o que pode aumentar o montante final.
Aproximadamente 87,7 milhões de brasileiros foram beneficiados pelo 13º em 2023, movimentando cerca de R$ 267 bilhões na economia, segundo estimativas recentes. Para 2025, o impacto deve ser ainda maior, com o salário mínimo ajustado para R$ 1.518, influenciando diretamente os valores pagos. Com prazos se aproximando, é hora de entender quem tem direito, como calcular e planejar o uso desse recurso essencial.
Saiba mais sobre o 13º salário
Quem pode receber o benefício
Trabalhadores com carteira assinada, servidores públicos, aposentados e pensionistas do INSS estão entre os principais beneficiários do 13º salário. Para os empregados regidos pela CLT, o direito é garantido a quem trabalhou pelo menos 15 dias em 2025, incluindo temporários, rurais, urbanos e domésticos. O mesmo vale para quem foi demitido sem justa causa, que recebe o valor proporcional ao período trabalhado no ano. Já estagiários e autônomos ficam de fora, pois não possuem vínculo empregatício formal.
Aposentados e pensionistas do INSS têm um calendário diferenciado. Em 2025, a antecipação do pagamento ocorreu entre 24 de abril e 8 de maio para a primeira parcela, e de 24 de maio a 7 de junho para a segunda, beneficiando milhões de segurados antes do cronograma padrão. Para servidores públicos, as datas variam conforme o órgão, mas geralmente seguem o mesmo padrão das empresas privadas, com parcelas até novembro e dezembro.
Datas importantes para o pagamento
O calendário do 13º salário segue regras claras. A primeira parcela deve ser paga entre 1º de fevereiro e 30 de novembro, correspondendo a 50% do valor bruto, sem descontos. A segunda, que inclui deduções como INSS e Imposto de Renda, tem prazo até 20 de dezembro. Empregadores podem optar por pagar tudo de uma vez, mas o limite é o fim de novembro, e atrasos podem gerar multas e correções monetárias.
Detalhes para entender o benefício
Calcular o 13º salário é simples, mas exige atenção. O valor base é o salário bruto de dezembro, dividido por 12 e multiplicado pelo número de meses trabalhados em 2025. Cada mês com pelo menos 15 dias de serviço conta como um mês inteiro. Por exemplo, um trabalhador com salário de R$ 3.000 que atuou por 8 meses receberá R$ 2.000: (3.000 ÷ 12) x 8. Adicionais como horas extras ou comissões frequentes também são somados, elevando o total.
Para a primeira parcela, paga até 30 de novembro, o empregado recebe metade do valor bruto estimado, sem descontos. A segunda parcela, até 20 de dezembro, ajusta o cálculo com base no salário final do ano e aplica as deduções legais. Empregados com salário variável, como vendedores, devem usar a média dos últimos 12 meses para definir o montante. Já afastados por auxílio-doença recebem proporcionalmente da empresa até o 15º dia e o restante do INSS.
Regras e exceções do pagamento
Nem todo mundo segue as mesmas condições. Funcionárias em licença-maternidade têm o 13º integral garantido, pago pelo INSS durante o período de afastamento. Quem foi demitido por justa causa perde o direito ao benefício, mas em rescisões sem justa causa ou por fim de contrato temporário, o valor proporcional é assegurado. Faltas não justificadas podem reduzir o total, já que meses com menos de 15 dias trabalhados não entram no cálculo.
O empregador tem flexibilidade para antecipar a primeira parcela, como durante as férias, desde que o trabalhador solicite por escrito até janeiro de 2025. Pagamentos únicos após 30 de novembro são ilegais, sujeitando a empresa a penalidades. Para aposentados, a antecipação já é prática consolidada, enquanto trabalhadores ativos dependem da política da empresa ou órgão público.
Impacto econômico do 13º
O 13º salário movimenta bilhões na economia brasileira. Em 2023, foram injetados R$ 267 bilhões, beneficiando 87,7 milhões de pessoas, entre trabalhadores, aposentados e pensionistas. Para 2025, com o aumento do salário mínimo para R$ 1.518, o montante deve crescer, impulsionando o comércio, especialmente no fim de ano. Setores como varejo, serviços e turismo são os mais impactados, com alta nas vendas de bens duráveis e alimentos.
Planeje seu 13º salário
Confira as datas-chave para o pagamento do 13º salário neste ano:
- Primeira parcela: entre 1º de fevereiro e 30 de novembro.
- Segunda parcela: até 20 de dezembro.
- Pagamento único (se escolhido): até 30 de novembro.
- Aposentados e pensionistas (INSS): 24 de abril a 8 de maio (1ª parcela) e 24 de maio a 7 de junho (2ª parcela).
Os prazos são rígidos, e o descumprimento pode gerar multas ao empregador.
Dicas para usar o dinheiro extra
Receber o 13º salário abre diversas possibilidades. Veja algumas ideias práticas para aproveitar o benefício:
- Pague dívidas pendentes, priorizando as de juros altos, como cartão de crédito.
- Crie uma reserva de emergência, guardando pelo menos uma parte em aplicações seguras.
- Invista em compras planejadas, como presentes de Natal ou itens essenciais para o lar.
- Considere aplicações financeiras, como Tesouro Direto, para fazer o dinheiro render.
Planejar o uso evita gastos impulsivos e maximiza o impacto positivo do benefício.
Cuidados para não perder o direito
Garantir o recebimento exige atenção. Trabalhadores devem conferir se o empregador enviou os dados corretamente à Rais até maio de 2025, pois erros podem comprometer o pagamento. Em caso de atraso, é possível recorrer à Justiça do Trabalho, que pode obrigar a empresa a pagar com correção. Para aposentados, a antecipação elimina esse risco, mas é bom monitorar o depósito no extrato do INSS. Faltas injustificadas ou demissões por justa causa são os principais fatores que podem reduzir ou anular o benefício.
