Breaking
27 Mar 2025, Thu

Brasil segue longe do 'céu', mas também não está no 'inferno'




Seleção oscilou bastante ao longo do jogo, mas pressionou no fim e teve Vini Jr decisivo para dormir na vice-liderança Ainda não foi desta vez que a seleção brasileira conseguiu ter uma atuação equilibrada e convincente durante os 90 minutos. Se não é possível cravar que a equipe evoluiu, como insistiu Dorival Junior em seu discurso pré-jogo, também não é verdade afirmar que foi uma atuação ruim. Há pontos positivos a serem destacados diante de uma Colômbia nitidamente mais ajustada coletivamente.
O primeiro deles foi a atitude de buscar transformar o cenário da partida quando a adversidade surgiu. E não foram poucos os desafios. O segundo, a variação de um modelo mais móvel para atacar no 1º tempo, com outro de posições mais fixas no ataque na reta final do jogo. E o terceiro, a aparição da capacidade decisiva de Vinícius Junior com a camisa da seleção.
Ele vinha fazendo um jogo de boa participação, mas de escolhas ruins ao ter chances de marcar. Se redimiu no fim, ao acertar um chute de fora da área, aos 53 minutos do 2º tempo. É verdade que contou com o desvio de Lerma no meio do caminho, o que foi decisivo para a bola entrar no canto esquerdo de Vargas, mas chamou a responsabilidade em jogadas seguidas nos acréscimos.
Escalações
Dorival Junior confirmou a equipe com João Pedro no centro do ataque, e Raphinha, Vini Jr e Rodrygo completando o quarteto ofensivo. Nestor Lorenzo também não surpreendeu ao escalar a Colômbia com a estrutura dos últimos jogos. Córdoba foi o parceiro de Luis Diaz no ataque. James Rodriguez atuou solto à frente de Lerma, Richard Rios e Jhon Arias.
Como Brasil e Colômbia iniciaram o duelo válido pela 13ª rodada das Eliminatórias para a Copa de 2026
Rodrigo Coutinho
O jogo
O torcedor brasileiro viveu cerca de 15 minutos de êxtase no começo da partida em Brasília. Time solto, trocas de posição entre os atacantes, laterais participativos no campo de ataque, e Raphinha convertendo a penalidade sofrida por Vini Jr poucos instantes depois do apito inicial.
O atacante do Real Madrid não se restringiu ao lado esquerdo do ataque, traçou diagonais na direção da área. Raphinha trabalhou nas costas de Lerma, foi desta forma que recebeu o passe de Bruno Guimarães para deixar Vini em boas condições. Mas também circulava para o lado esquerdo, setor em que voltava auxiliando Guilherme Arana no momento defensivo. Rodrygo transitava a partir da direita.
Um detalhe, no entanto, merece menção especial. Posicionada em um 4-3-1-2, a Colômbia sofria demais para encontrar o melhor encaixe de marcação na saída de bola brasileira. Bruno Guimarães e Gérson conseguiam sobrar às costas de James Rodriguez e da dupla de ataque, atraíam pressões descoordenadas de Richard Rios e Lerma, e o Brasil entrava no campo de ataque.
Nestor Lorenzo foi rápido para corrigir. Abriu Arias na direita. Definiu a marcação de maneira mais simples com duas linhas de quatro, James e Córdoba dando o primeiro combate. Basicamente trabalhou a abordagem ”homem a homem” o campo todo, e causou muitas dificuldades na saída de bola brasileira.
A formatação colombiana após o ajuste feito por Néstor Lorenzo. O Brasil ficou travado depois disso
Rodrigo Coutinho
A última boa jogada da Seleção no 1º tempo aconteceu aos 13 minutos. Um chute cruzado de Rodrygo no período em que o Brasil ainda dominava as ações. Não por acaso, logo depois pouco pisou de maneira efetiva no campo de ataque. Passou a cometer erros no próprio campo e ser empurrado para trás por uma Colômbia que rodava a bola sem penetrar na área, mas incomodava.
A situação se agravou com a saída de Gérson por lesão. Joelinton entrou em seu lugar e não possui a mesma capacidade de retenção de bola, de superar marcações ao receber de costas para o gol rival. Esteve perdido também na marcação, e foi desarmado por Arias na entrada da área brasileira, na origem do gol marcado por Luis Diaz aos 40 minutos.
O meia-atacante do Fluminense a esta altura já havia feito boas combinações com Muñoz pela direita. Vencia duelos contra Guilherme Arana. James entrou no jogo. Lerma se impôs na intermediária brasileira, e Luis Diaz deu muito trabalho a Vanderson. O Brasil tentava pressionar a Colômbia para tirar o time de trás, mas não tinha coordenação e confiança.
Córdoba foi outro a gerar bons movimentos aos ”Cafeteros”. Além de pressionar insanamente os zagueiros e o goleiro Alisson, fez muitas corridas nas costas da defesa. Um dínamo na parte física! Raphinha, Vini, Rodrygo e João Pedro, que se destacavam nos primeiros minutos, passaram a não receber bolas em zonas mais adiantadas do campo e sumiram da partida.
Brasil x Colombia
Reuters
O Brasil conseguiu sair do sufoco no início do 2º tempo. Primeiro porque achou rotas de passe interessantes para Vini Jr e Raphinha a partir dos zagueiros, e segundo por uma queda de intensidade na pressão colombiana. A Seleção conseguiu dois bons ataques em velocidade antes dos dez minutos. Em ambos Camilo Vargas fez defesas importantes nas finalizações de Raphinha e Vini.
Aos poucos o time de Dorival foi se aproximando da proposta inicial, de ter mobilidade e trocas de posição nas peças ofensivas ao se estabelecer no campo de ataque. A troca de João Pedro por Matheus Cunha, aos 14 minutos, veio para acrescentar mais um jogador com potencial de superar pressões e trocar passes.
O atacante do Wolverhampton não demorou a participar de boa trama pelo lado esquerdo e deixar Vini Jr em ótimas condições para marcar. O camisa 7 hesitou diante de Camilo Vargas e tentou servir Raphinha, mas a zaga afastou. A Colômbia também teve seus momentos de perigo. Trabalhou a bola mais tempo no campo de ataque e contou com a passividade brasileira na marcação.
Davinson Sánchez afasta bola de bicicleta contra o Brasil
André Durão/ge
Córdoba e James Rodriguez foram imprecisos em boas situações criadas pelo lado direito, setor em que Arias seguia apavorando Arana. Richard Rios cresceu no jogo e fez Alisson trabalhar também. O ritmo do jogo sofreu uma quebra depois da longa paralisação em virtude do choque de cabeça entre Alisson e Sanchez aos 29 minutos. Eles foram substituídos.
Dorival aproveitou para realizar mais substituições e, além da entrada de Bento, fez com que Wesley, André e Savinho fossem ao gramado. Vanderson, Bruno Guimarães e Rodrygo saíram. Cuesta entrou na zaga ”cafetera”.
A parada fez bem ao Brasil, que voltou a crescer em campo, principalmente a partir da volúpia e do rápido entendimento entre Wesley e Savinho pela direita. Guilherme Arana e Joelinton assustaram em chutes de fora da área. Borré e Carrascal foram as opções de Nestor Lorenzo para tentar tornar a Colômbia agressiva novamente. Arias e Cordoba saíram.
Os colombianos ainda buscaram segurar a pressão brasileira nos acréscimos com a entrada do volante Castaño na vaga de James Rodriguez, mas sucumbiram ao time que buscou a vitória até o fim. Vini Jr foi premiado depois de diversos lances em que comandou ações ofensivas. Joelinton e Arana cresceram na reta final da partida. Matheus Cunha e André merecem destaque também.


Seleção oscilou bastante ao longo do jogo, mas pressionou no fim e teve Vini Jr decisivo para dormir na vice-liderança Ainda não foi desta vez que a seleção brasileira conseguiu ter uma atuação equilibrada e convincente durante os 90 minutos. Se não é possível cravar que a equipe evoluiu, como insistiu Dorival Junior em seu discurso pré-jogo, também não é verdade afirmar que foi uma atuação ruim. Há pontos positivos a serem destacados diante de uma Colômbia nitidamente mais ajustada coletivamente.
O primeiro deles foi a atitude de buscar transformar o cenário da partida quando a adversidade surgiu. E não foram poucos os desafios. O segundo, a variação de um modelo mais móvel para atacar no 1º tempo, com outro de posições mais fixas no ataque na reta final do jogo. E o terceiro, a aparição da capacidade decisiva de Vinícius Junior com a camisa da seleção.
Ele vinha fazendo um jogo de boa participação, mas de escolhas ruins ao ter chances de marcar. Se redimiu no fim, ao acertar um chute de fora da área, aos 53 minutos do 2º tempo. É verdade que contou com o desvio de Lerma no meio do caminho, o que foi decisivo para a bola entrar no canto esquerdo de Vargas, mas chamou a responsabilidade em jogadas seguidas nos acréscimos.
Escalações
Dorival Junior confirmou a equipe com João Pedro no centro do ataque, e Raphinha, Vini Jr e Rodrygo completando o quarteto ofensivo. Nestor Lorenzo também não surpreendeu ao escalar a Colômbia com a estrutura dos últimos jogos. Córdoba foi o parceiro de Luis Diaz no ataque. James Rodriguez atuou solto à frente de Lerma, Richard Rios e Jhon Arias.
Como Brasil e Colômbia iniciaram o duelo válido pela 13ª rodada das Eliminatórias para a Copa de 2026
Rodrigo Coutinho
O jogo
O torcedor brasileiro viveu cerca de 15 minutos de êxtase no começo da partida em Brasília. Time solto, trocas de posição entre os atacantes, laterais participativos no campo de ataque, e Raphinha convertendo a penalidade sofrida por Vini Jr poucos instantes depois do apito inicial.
O atacante do Real Madrid não se restringiu ao lado esquerdo do ataque, traçou diagonais na direção da área. Raphinha trabalhou nas costas de Lerma, foi desta forma que recebeu o passe de Bruno Guimarães para deixar Vini em boas condições. Mas também circulava para o lado esquerdo, setor em que voltava auxiliando Guilherme Arana no momento defensivo. Rodrygo transitava a partir da direita.
Um detalhe, no entanto, merece menção especial. Posicionada em um 4-3-1-2, a Colômbia sofria demais para encontrar o melhor encaixe de marcação na saída de bola brasileira. Bruno Guimarães e Gérson conseguiam sobrar às costas de James Rodriguez e da dupla de ataque, atraíam pressões descoordenadas de Richard Rios e Lerma, e o Brasil entrava no campo de ataque.
Nestor Lorenzo foi rápido para corrigir. Abriu Arias na direita. Definiu a marcação de maneira mais simples com duas linhas de quatro, James e Córdoba dando o primeiro combate. Basicamente trabalhou a abordagem ”homem a homem” o campo todo, e causou muitas dificuldades na saída de bola brasileira.
A formatação colombiana após o ajuste feito por Néstor Lorenzo. O Brasil ficou travado depois disso
Rodrigo Coutinho
A última boa jogada da Seleção no 1º tempo aconteceu aos 13 minutos. Um chute cruzado de Rodrygo no período em que o Brasil ainda dominava as ações. Não por acaso, logo depois pouco pisou de maneira efetiva no campo de ataque. Passou a cometer erros no próprio campo e ser empurrado para trás por uma Colômbia que rodava a bola sem penetrar na área, mas incomodava.
A situação se agravou com a saída de Gérson por lesão. Joelinton entrou em seu lugar e não possui a mesma capacidade de retenção de bola, de superar marcações ao receber de costas para o gol rival. Esteve perdido também na marcação, e foi desarmado por Arias na entrada da área brasileira, na origem do gol marcado por Luis Diaz aos 40 minutos.
O meia-atacante do Fluminense a esta altura já havia feito boas combinações com Muñoz pela direita. Vencia duelos contra Guilherme Arana. James entrou no jogo. Lerma se impôs na intermediária brasileira, e Luis Diaz deu muito trabalho a Vanderson. O Brasil tentava pressionar a Colômbia para tirar o time de trás, mas não tinha coordenação e confiança.
Córdoba foi outro a gerar bons movimentos aos ”Cafeteros”. Além de pressionar insanamente os zagueiros e o goleiro Alisson, fez muitas corridas nas costas da defesa. Um dínamo na parte física! Raphinha, Vini, Rodrygo e João Pedro, que se destacavam nos primeiros minutos, passaram a não receber bolas em zonas mais adiantadas do campo e sumiram da partida.
Brasil x Colombia
Reuters
O Brasil conseguiu sair do sufoco no início do 2º tempo. Primeiro porque achou rotas de passe interessantes para Vini Jr e Raphinha a partir dos zagueiros, e segundo por uma queda de intensidade na pressão colombiana. A Seleção conseguiu dois bons ataques em velocidade antes dos dez minutos. Em ambos Camilo Vargas fez defesas importantes nas finalizações de Raphinha e Vini.
Aos poucos o time de Dorival foi se aproximando da proposta inicial, de ter mobilidade e trocas de posição nas peças ofensivas ao se estabelecer no campo de ataque. A troca de João Pedro por Matheus Cunha, aos 14 minutos, veio para acrescentar mais um jogador com potencial de superar pressões e trocar passes.
O atacante do Wolverhampton não demorou a participar de boa trama pelo lado esquerdo e deixar Vini Jr em ótimas condições para marcar. O camisa 7 hesitou diante de Camilo Vargas e tentou servir Raphinha, mas a zaga afastou. A Colômbia também teve seus momentos de perigo. Trabalhou a bola mais tempo no campo de ataque e contou com a passividade brasileira na marcação.
Davinson Sánchez afasta bola de bicicleta contra o Brasil
André Durão/ge
Córdoba e James Rodriguez foram imprecisos em boas situações criadas pelo lado direito, setor em que Arias seguia apavorando Arana. Richard Rios cresceu no jogo e fez Alisson trabalhar também. O ritmo do jogo sofreu uma quebra depois da longa paralisação em virtude do choque de cabeça entre Alisson e Sanchez aos 29 minutos. Eles foram substituídos.
Dorival aproveitou para realizar mais substituições e, além da entrada de Bento, fez com que Wesley, André e Savinho fossem ao gramado. Vanderson, Bruno Guimarães e Rodrygo saíram. Cuesta entrou na zaga ”cafetera”.
A parada fez bem ao Brasil, que voltou a crescer em campo, principalmente a partir da volúpia e do rápido entendimento entre Wesley e Savinho pela direita. Guilherme Arana e Joelinton assustaram em chutes de fora da área. Borré e Carrascal foram as opções de Nestor Lorenzo para tentar tornar a Colômbia agressiva novamente. Arias e Cordoba saíram.
Os colombianos ainda buscaram segurar a pressão brasileira nos acréscimos com a entrada do volante Castaño na vaga de James Rodriguez, mas sucumbiram ao time que buscou a vitória até o fim. Vini Jr foi premiado depois de diversos lances em que comandou ações ofensivas. Joelinton e Arana cresceram na reta final da partida. Matheus Cunha e André merecem destaque também.



Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *