Atriz conversou com a Glamour sobre o sucesso da vilã Lola, de “Beleza Fatal”, pressão estética, redes sociais e novos projetos (ela estará na próxima novela da TV Globo, “Dona De Mim”) Camila Pitanga nunca imaginou que sua Lola fosse ganhar tantos fãs. A personagem de “Beleza Fatal” viralizou nas redes sociais e já é uma das vilãs mais amadas de novelas. Nesta sexta-feira (21.03), com a exibição do último capítulo da trama na plataforma Max, os “lolovers” já estão saudosistas. “É uma recepção muito além do que eu poderia sonhar! E que delícia viver! Porque as pessoas realmente torcem, repetem falas dela… É um barato”, diz, em entrevista à Glamour.
Na produção, Camila interpreta a dona de uma clínica de estética que está disposta a tudo para proteger seu “império da beleza”. Entre suas artimanhas, Lola mantém sempre um visual impecável – vaidosa ao extremo, não permite que uma única ruga ou marca do tempo fique à mostra. “O tempo inteiro nós mulheres somos encorajadas ou amedrontadas, acho que essa é a expressão mais correta pra dizer, a se reportar um tipo de estética, um tipo de imagem e ficar confrontada com esses procedimentos estéticos e cirurgias como um ponto de partida de manter a juventude”, afirma.
Com 40 anos de carreira, a artista de 47 anos já se viu pressionada para mudar a aparência, mas a maturidade e muita terapia a fizeram a se aceitar mais. “Acho que apagar essas marcas, com o tempo, seria apagar também a minha liberdade de atuação. Eu me safo um pouco dessa pressão por ter entendido, até mais recentemente, que é do meu desejo ser uma atriz que ostenta suas marcas, suas fissuras e que reconhece valor no tempo”, fala.
Depois do sucesso de Lola, Camila tem muito trabalho pela frente. Além de estrelar “Malês”, filme dirigido pelo seu pai, Antonio Pitanga, que será lançado no primeiro semestre desse ano, a atriz volta à TV Globo em “Dona De Mim”, próxima novela das 19h. “Faço uma participação muito especial! E no segundo semestre vem filme, vem peça. O ano está bombando, assim como a Lola! (risos)”
Confira o bate-papo!
Como foi dar vida à Lola, uma personagem que, imagino, seja bem diferente de você? O que mais te desafiou nesse papel?
Quando eu li todos os capítulos, de saída entendi que eu tinha um grande personagem. Claro que tem aquele momento ainda de ficar um pouco no vazio, de entender o que eu posso emprestar e, nesse caso, o que eu poderia emprestar da minha pessoa, da minha alma, pra uma mulher radicalmente diferente. Então eu tive que compreendê-la. Acho que a minha maneira foi tentar me aproximar dela, do seu conceito de vida, do seu conceito de sobrevivência… pra isso foi muito importante um documentário que eu assisti que se chama “Um Lugar Ao Sol”, que é até relativamente antigo, mas que o algoritmo foi gentil comigo e me mostrou um trecho desse filme. E eu acho que aí entendi um pouco a cabeça da Lola, a cabeça de toda uma parte da sociedade que impõe o capital e a ostentação na frente de tudo, com muita naturalidade. Mas, além disso, que era importante me aproximar do conceito de vida dela, e de valores, com naturalidade.
Precisava entender o jeito dela mesmo, jeito de falar, de andar… E pra isso eu lancei mão do que eu sempre faço que é ir pra uma sala de ensaio com a Márcia Feijó, a pessoa que trabalha comigo já há muitos anos, pra buscar o modo de ser da Lola, essa coisa exagerada, excêntrica e ao mesmo tempo vital de uma mulher que tem muita vitalidade, que tem muita intensidade e que gosta da vida. Ainda que ela seja muito diferente de mim em tudo de valores, se tem uma coisa que ela tem, é muito tesão pela vida e isso é um grande ponto de contato.
Como tem sido a recepção do público? Você esperava essa repercussão toda? Tenho a impressão de que Lola é a vilã mais amada…
Olha, é uma recepção muito além do que eu poderia imaginar, sonhar! E que delícia viver! Porque as pessoas realmente torcem, repetem falas dela… O que eu mais tenho recebido, diariamente, são reproduções, as pessoas repercutem imagens, ideias, interpretam a Lola. E agora na reta final elas estão se organizando pra ver o último episódio juntas, isso é inimaginável, é uma alegria sem tamanho, uma felicidade mesmo. Quando na sua interpretação, o jeito de falar, chega nas pessoas de modo que elas reproduzem, se encantam, amam e odeiam como você mesma falou, é um barato!
Camila Pitanga
André Nicolau
Qual foi o maior desafio durante as gravações?
Acho que um grande desafio nesse trabalho, embora eu tivesse todos os episódios na minha mão e pra isso pudesse me preparar, estudar todos os textos, é que a gente gravava por cenário, e gravar por cenário muitas vezes não atende a cronologia da personagem, do que ela estava vivendo. Então tem saltos temporais. E como a Lola é muito intensa, eu vivia radicalmente momentos muitos opostos né? Tem desde ela tentando se matar até em profundo amor com o seu marido… A historia que o Rafael Montes escreveu é uma montanha russa de emoções, então, pensa, quando você faz o recorte por cenário, eu tinha que fazer esse looping que era maior ainda.
A novela aborda um tema muito em alta: cirurgias plásticas e procedimentos estéticos. Como você enxerga essa questão? É um universo distante da sua realidade?
Não é distante da minha realidade porque o próprio algoritmo fica te mostrando procedimentos, acho também por causa da pesquisa que eu tive que fazer por causa da Lola, o tempo inteiro nós mulheres somos encorajadas ou amedrontadas, acho que essa é a expressão mais correta pra dizer, a se reportar um tipo de estética, um tipo de imagem e ficar o tempo inteiro confrontada com esses procedimentos estéticos e cirurgias como um ponto de partida de manter a juventude, de manter um modo de ser belo, um tipo de estética né… Impossível não ser atravessada por essa pressão, mas, se tem uma coisa que, anos de terapia ajuda, é o fato de não ter ficado presa somente à ideia de um tipo de imagem. Eu me sinto mais conectada com a naturalidade, em também não ter problema com o tempo, em ver o que é bem-vindo em termos de maturidade, de respeito ao tempo… Nesse sentido, eu acabo me blindando um pouco disso, mas, sim, sou atravessada por essa pressão o tempo inteiro.
Camila Pitanga
André Nicolau
Na trama, a Lola não aceita uma única ruga… E você, como lida com a passagem do tempo?
Talvez pelo fato de ser atriz, e de como eu encaro o meu trabalho como atriz, acho que apagar essas marcas, com o tempo, pra mim, seria apagar também a minha liberdade de atuação. Acho que eu me safo um pouco dessa pressão por ter entendido, até mais recentemente, que é do meu desejo ser uma atriz que ostenta suas marcas, suas fissuras e que reconhece valor no tempo.
Você mencionou recentemente que, depois dos 40, sentiu um renascimento. O que quis dizer com isso?
Anos de terapia me fortaleceram no sentido de eu me aceitar mais, ter um maior entendimento sobre mim mesma e isso pra mim é um renascer. É uma fase de mais liberdade, de escolhas mais conscientes, de saber dizer não sem tanta culpa. Tem sido uma onda muito boa essa fase da minha vida.
Já passou por momentos em que se olhava no espelho e queria mudar algo, seja por vontade própria ou por pressão externa, ainda mais trabalhando com a imagem?
Ah, acho que todo mundo, né? Principalmente pra quem vive no meio artístico e tem essa exposição constante, e às vezes a gente se pega comparando, questionando. Mas a maturidade ajuda demais. Faz a gente se aceitar como é.
Camila Pitanga
André Nicolau
Aliás, você é adepta de procedimentos estéticos ou tem receio de perder a naturalidade, como a expressão facial?
Meu rosto é meu instrumento de trabalho, né? Então cuido muito dele, mas sempre com equilíbrio justamente pra não perder a naturalidade.
A Lola também é influencer e compartilha sua rotina nas redes sociais, incentivando procedimentos estéticos. Como você vê essa influência das redes na busca pela beleza?
Não à toa que a gente vê inúmeros casos de dismorfia corporal. São muitas meninas e mulheres que não conseguem admitir como beleza sua própria singularidade, porque elas ficam sujeitas a um tipo de padrão de beleza, e, nesse sentido, as influências que não falam de diversidade, que não têm responsabilidade ou que propagam só um tipo de estética, elas são, sim, muito perigosas. Nesse sentido, a Lola é o exemplo clássico da mulher que acredita numa beleza branca, numa beleza europeia, numa beleza que, no caso do Brasil, descaracteriza a nossa identidade e a nossa diversidade. Mas, a gente pode ver também influências que sabem do seu papel, e da sua responsabilidade e que trazem novas vozes, novos rostos e novas formas de viver.
E você, estabelece limites quando o assunto são redes sociais? Procura manter sua vida pessoal mais reservada?
A gente foi naturalizando o uso indiscriminado das redes e não foi percebendo que foi ficando refém da dispersão total das nossa ideias, do nosso tempo. Tem momentos que faço detox digital, vou descansar, abro mão de conexão pra estar inteira no que estou fazendo, que é vida presencial, no contato corpo a corpo, mas é uma luta diária porque a gente tem a tendência a ficar online seja porque a gente resolve a vida no celular, seja por curiosidade em ver as redes sociais, mas acho que a moderação no uso das redes é muito importante.
Beleza Fatal é um grande sucesso e reforça o crescimento das novelas no streaming. Como você enxerga essa expansão da indústria audiovisual?
Acho maravilhoso! A gente sempre teve potencial pra isso, que bom que está acontecendo! O streaming trouxe uma nova dinâmica para as novelas, permitindo que mais gente, de diferentes lugares e ritmos de vida, possa acompanhar. A dramaturgia brasileira é muito rica, a gente faz isso como ninguém! Eu acho que todo mundo ganha!
Depois da novela, quais são os próximos projetos?
Tenho Malês, filme dirigido pelo meu pai, Antonio Pitanga, que será lançado no primeiro semestre desse ano ainda. Tem “Dona De Mim”, próxima novela das 19h da Globo que faço uma participação muito especial! E no segundo semestre vem filme, vem peça. O ano está bombando, assim como a Lola! (risos)
Beleza: Carla Biriba/Stylist: Thico
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Atriz conversou com a Glamour sobre o sucesso da vilã Lola, de “Beleza Fatal”, pressão estética, redes sociais e novos projetos (ela estará na próxima novela da TV Globo, “Dona De Mim”) Camila Pitanga nunca imaginou que sua Lola fosse ganhar tantos fãs. A personagem de “Beleza Fatal” viralizou nas redes sociais e já é uma das vilãs mais amadas de novelas. Nesta sexta-feira (21.03), com a exibição do último capítulo da trama na plataforma Max, os “lolovers” já estão saudosistas. “É uma recepção muito além do que eu poderia sonhar! E que delícia viver! Porque as pessoas realmente torcem, repetem falas dela… É um barato”, diz, em entrevista à Glamour.
Na produção, Camila interpreta a dona de uma clínica de estética que está disposta a tudo para proteger seu “império da beleza”. Entre suas artimanhas, Lola mantém sempre um visual impecável – vaidosa ao extremo, não permite que uma única ruga ou marca do tempo fique à mostra. “O tempo inteiro nós mulheres somos encorajadas ou amedrontadas, acho que essa é a expressão mais correta pra dizer, a se reportar um tipo de estética, um tipo de imagem e ficar confrontada com esses procedimentos estéticos e cirurgias como um ponto de partida de manter a juventude”, afirma.
Com 40 anos de carreira, a artista de 47 anos já se viu pressionada para mudar a aparência, mas a maturidade e muita terapia a fizeram a se aceitar mais. “Acho que apagar essas marcas, com o tempo, seria apagar também a minha liberdade de atuação. Eu me safo um pouco dessa pressão por ter entendido, até mais recentemente, que é do meu desejo ser uma atriz que ostenta suas marcas, suas fissuras e que reconhece valor no tempo”, fala.
Depois do sucesso de Lola, Camila tem muito trabalho pela frente. Além de estrelar “Malês”, filme dirigido pelo seu pai, Antonio Pitanga, que será lançado no primeiro semestre desse ano, a atriz volta à TV Globo em “Dona De Mim”, próxima novela das 19h. “Faço uma participação muito especial! E no segundo semestre vem filme, vem peça. O ano está bombando, assim como a Lola! (risos)”
Confira o bate-papo!
Como foi dar vida à Lola, uma personagem que, imagino, seja bem diferente de você? O que mais te desafiou nesse papel?
Quando eu li todos os capítulos, de saída entendi que eu tinha um grande personagem. Claro que tem aquele momento ainda de ficar um pouco no vazio, de entender o que eu posso emprestar e, nesse caso, o que eu poderia emprestar da minha pessoa, da minha alma, pra uma mulher radicalmente diferente. Então eu tive que compreendê-la. Acho que a minha maneira foi tentar me aproximar dela, do seu conceito de vida, do seu conceito de sobrevivência… pra isso foi muito importante um documentário que eu assisti que se chama “Um Lugar Ao Sol”, que é até relativamente antigo, mas que o algoritmo foi gentil comigo e me mostrou um trecho desse filme. E eu acho que aí entendi um pouco a cabeça da Lola, a cabeça de toda uma parte da sociedade que impõe o capital e a ostentação na frente de tudo, com muita naturalidade. Mas, além disso, que era importante me aproximar do conceito de vida dela, e de valores, com naturalidade.
Precisava entender o jeito dela mesmo, jeito de falar, de andar… E pra isso eu lancei mão do que eu sempre faço que é ir pra uma sala de ensaio com a Márcia Feijó, a pessoa que trabalha comigo já há muitos anos, pra buscar o modo de ser da Lola, essa coisa exagerada, excêntrica e ao mesmo tempo vital de uma mulher que tem muita vitalidade, que tem muita intensidade e que gosta da vida. Ainda que ela seja muito diferente de mim em tudo de valores, se tem uma coisa que ela tem, é muito tesão pela vida e isso é um grande ponto de contato.
Como tem sido a recepção do público? Você esperava essa repercussão toda? Tenho a impressão de que Lola é a vilã mais amada…
Olha, é uma recepção muito além do que eu poderia imaginar, sonhar! E que delícia viver! Porque as pessoas realmente torcem, repetem falas dela… O que eu mais tenho recebido, diariamente, são reproduções, as pessoas repercutem imagens, ideias, interpretam a Lola. E agora na reta final elas estão se organizando pra ver o último episódio juntas, isso é inimaginável, é uma alegria sem tamanho, uma felicidade mesmo. Quando na sua interpretação, o jeito de falar, chega nas pessoas de modo que elas reproduzem, se encantam, amam e odeiam como você mesma falou, é um barato!
Camila Pitanga
André Nicolau
Qual foi o maior desafio durante as gravações?
Acho que um grande desafio nesse trabalho, embora eu tivesse todos os episódios na minha mão e pra isso pudesse me preparar, estudar todos os textos, é que a gente gravava por cenário, e gravar por cenário muitas vezes não atende a cronologia da personagem, do que ela estava vivendo. Então tem saltos temporais. E como a Lola é muito intensa, eu vivia radicalmente momentos muitos opostos né? Tem desde ela tentando se matar até em profundo amor com o seu marido… A historia que o Rafael Montes escreveu é uma montanha russa de emoções, então, pensa, quando você faz o recorte por cenário, eu tinha que fazer esse looping que era maior ainda.
A novela aborda um tema muito em alta: cirurgias plásticas e procedimentos estéticos. Como você enxerga essa questão? É um universo distante da sua realidade?
Não é distante da minha realidade porque o próprio algoritmo fica te mostrando procedimentos, acho também por causa da pesquisa que eu tive que fazer por causa da Lola, o tempo inteiro nós mulheres somos encorajadas ou amedrontadas, acho que essa é a expressão mais correta pra dizer, a se reportar um tipo de estética, um tipo de imagem e ficar o tempo inteiro confrontada com esses procedimentos estéticos e cirurgias como um ponto de partida de manter a juventude, de manter um modo de ser belo, um tipo de estética né… Impossível não ser atravessada por essa pressão, mas, se tem uma coisa que, anos de terapia ajuda, é o fato de não ter ficado presa somente à ideia de um tipo de imagem. Eu me sinto mais conectada com a naturalidade, em também não ter problema com o tempo, em ver o que é bem-vindo em termos de maturidade, de respeito ao tempo… Nesse sentido, eu acabo me blindando um pouco disso, mas, sim, sou atravessada por essa pressão o tempo inteiro.
Camila Pitanga
André Nicolau
Na trama, a Lola não aceita uma única ruga… E você, como lida com a passagem do tempo?
Talvez pelo fato de ser atriz, e de como eu encaro o meu trabalho como atriz, acho que apagar essas marcas, com o tempo, pra mim, seria apagar também a minha liberdade de atuação. Acho que eu me safo um pouco dessa pressão por ter entendido, até mais recentemente, que é do meu desejo ser uma atriz que ostenta suas marcas, suas fissuras e que reconhece valor no tempo.
Você mencionou recentemente que, depois dos 40, sentiu um renascimento. O que quis dizer com isso?
Anos de terapia me fortaleceram no sentido de eu me aceitar mais, ter um maior entendimento sobre mim mesma e isso pra mim é um renascer. É uma fase de mais liberdade, de escolhas mais conscientes, de saber dizer não sem tanta culpa. Tem sido uma onda muito boa essa fase da minha vida.
Já passou por momentos em que se olhava no espelho e queria mudar algo, seja por vontade própria ou por pressão externa, ainda mais trabalhando com a imagem?
Ah, acho que todo mundo, né? Principalmente pra quem vive no meio artístico e tem essa exposição constante, e às vezes a gente se pega comparando, questionando. Mas a maturidade ajuda demais. Faz a gente se aceitar como é.
Camila Pitanga
André Nicolau
Aliás, você é adepta de procedimentos estéticos ou tem receio de perder a naturalidade, como a expressão facial?
Meu rosto é meu instrumento de trabalho, né? Então cuido muito dele, mas sempre com equilíbrio justamente pra não perder a naturalidade.
A Lola também é influencer e compartilha sua rotina nas redes sociais, incentivando procedimentos estéticos. Como você vê essa influência das redes na busca pela beleza?
Não à toa que a gente vê inúmeros casos de dismorfia corporal. São muitas meninas e mulheres que não conseguem admitir como beleza sua própria singularidade, porque elas ficam sujeitas a um tipo de padrão de beleza, e, nesse sentido, as influências que não falam de diversidade, que não têm responsabilidade ou que propagam só um tipo de estética, elas são, sim, muito perigosas. Nesse sentido, a Lola é o exemplo clássico da mulher que acredita numa beleza branca, numa beleza europeia, numa beleza que, no caso do Brasil, descaracteriza a nossa identidade e a nossa diversidade. Mas, a gente pode ver também influências que sabem do seu papel, e da sua responsabilidade e que trazem novas vozes, novos rostos e novas formas de viver.
E você, estabelece limites quando o assunto são redes sociais? Procura manter sua vida pessoal mais reservada?
A gente foi naturalizando o uso indiscriminado das redes e não foi percebendo que foi ficando refém da dispersão total das nossa ideias, do nosso tempo. Tem momentos que faço detox digital, vou descansar, abro mão de conexão pra estar inteira no que estou fazendo, que é vida presencial, no contato corpo a corpo, mas é uma luta diária porque a gente tem a tendência a ficar online seja porque a gente resolve a vida no celular, seja por curiosidade em ver as redes sociais, mas acho que a moderação no uso das redes é muito importante.
Beleza Fatal é um grande sucesso e reforça o crescimento das novelas no streaming. Como você enxerga essa expansão da indústria audiovisual?
Acho maravilhoso! A gente sempre teve potencial pra isso, que bom que está acontecendo! O streaming trouxe uma nova dinâmica para as novelas, permitindo que mais gente, de diferentes lugares e ritmos de vida, possa acompanhar. A dramaturgia brasileira é muito rica, a gente faz isso como ninguém! Eu acho que todo mundo ganha!
Depois da novela, quais são os próximos projetos?
Tenho Malês, filme dirigido pelo meu pai, Antonio Pitanga, que será lançado no primeiro semestre desse ano ainda. Tem “Dona De Mim”, próxima novela das 19h da Globo que faço uma participação muito especial! E no segundo semestre vem filme, vem peça. O ano está bombando, assim como a Lola! (risos)
Beleza: Carla Biriba/Stylist: Thico
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