Os transtornos alimentares são caracterizados por padrões persistentes de comportamento alimentar disfuncional, incluindo preocupação excessiva com o corpo, alimentação e peso O jovem se olha no espelho e não se sente bem com seu corpo, para de comer adequadamente ou, ao contrário, consome alimentos em excesso. Situações como essas são frequentes na vida de adolescentes que enfrentam transtornos alimentares — condições psiquiátricas classificadas no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.
Transtornos alimentares podem levar a uma preocupação excessiva com o corpo
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Pessoas com transtornos alimentares possuem padrões persistentes de comportamento disfuncional, incluindo preocupação excessiva com o corpo, alimentação e peso, resultando em intenso sofrimento emocional e impactos significativos na saúde física e mental. “Eles frequentemente começam na adolescência, fase em que ocorrem intensas transformações corporais e psíquicas, podendo gerar insatisfação e insegurança com a imagem corporal”, destaca Teresa Müller, psicóloga especialista em transtornos alimentares.
A situação tem se tornado cada vez mais preocupante com os conteúdos divulgados nas redes sociais. “Adolescentes expostos a influenciadores fitness e padrões estéticos irreais podem desenvolver uma relação disfuncional com o próprio corpo, intensificando comportamentos de comparação e adesão a práticas de dietas extremamente restritivas. Além disso, os meninos podem sentir maior pressão para ganhar massa muscular, enquanto as meninas tendem a ser incentivadas a emagrecer, reforçando a vulnerabilidade nessa fase”.
Quais são os transtornos alimentares mais comuns na adolescência?
Anorexia Nervosa: caracteriza-se por uma restrição alimentar severa, acompanhada de um medo intenso de ganhar peso e uma distorção da imagem corporal (percebem e veem o corpo de forma distorcida). Pessoas com anorexia podem enxergar um corpo maior do que realmente têm, mesmo quando estão em desnutrição severa. Esse transtorno apresenta uma das maiores taxas de mortalidade entre os transtornos psiquiátricos, devido às complicações médicas e ao risco aumentado de suicídio. Traços comuns do quadro incluem perfeccionismo, rigidez e busca extrema por controle por meio da restrição alimentar.
Bulimia Nervosa: caracteriza-se por episódios recorrentes de compulsão alimentar (grande ingestão calórica em um curto período, com sensação de perda de controle), seguidos por comportamentos compensatórios para evitar o ganho de peso, como indução de vômito, uso de laxantes, jejuns prolongados ou exercícios físicos excessivos. Pessoas com bulimia costumam manter um peso dentro da faixa considerada adequada ou sobrepeso e, frequentemente, apresentam histórico de dietas restritivas seguidas por episódios de compulsão alimentar. Costumam ter personalidades mais impulsivas e extrovertidas, além de altos níveis de autocrítica.
Transtorno de Compulsão Alimentar (TCA): envolve episódios frequentes de compulsão alimentar, semelhantes aos da bulimia, mas sem a prática dos comportamentos compensatórios. A pessoa come rapidamente, muitas vezes sem fome, e pode sentir culpa ou vergonha durante e após os episódios. O TCA está fortemente associado a quadros de obesidade e, muitas vezes, reflete dificuldades emocionais, como ansiedade, baixa autoestima e necessidade de conforto emocional por meio da comida.
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Quais são as causas dos transtornos alimentares?
Ver o filho lidando com problemas relacionados à alimentação é extremamente desafiador. É natural buscar um culpado por trás desse tipo de condição. No entanto, os transtornos alimentares são muito complexos e têm origens multifatoriais. “Não é possível atribuir uma única causa para o seu surgimento. Vários determinantes podem estar envolvidos”, explica Karla Cristina Malta Vilanova — especialista em Nutrologia Pediátrica e docente dos cursos de Pós-Graduação da ABRAN.
Os fatores incluem uma relação complexa de fatores biológicos, psicológicos, sociais e culturais.
Influências genéticas.
Traços de personalidade, como perfeccionismo e compulsividade, são frequentemente observados em adolescentes com transtornos alimentares. Indivíduos com grande necessidade de aprovação externa e altas expectativas pessoais também podem ser mais suscetíveis.
Transtornos de ansiedade preexistentes podem aumentar o risco.
História familiar de depressão e obesidade também pode ser um fator contribuinte.
As pressões de pares, familiares e culturais em relação à aparência exercem uma influência significativa. A preferência cultural pela magreza, a exposição à cultura ocidental que valoriza um corpo magro para as mulheres e a exposição à mídia que promove esses ideais desempenham um papel importante no aumento da prevalência de transtornos alimentares em todo o mundo.
Grandes transformações corporais decorrentes da aceleração do crescimento e das mudanças hormonais na adolescência podem levar à insatisfação com o próprio corpo.
Baixa autoestima e sentimentos de desesperança são comuns em adolescentes com transtornos alimentares.
Dificuldade em enfrentar angústias e ansiedades.
Experiências precoces no desenvolvimento infantil, como o abuso sexual infantil.
Traumas e experiências adversas, como bullying, abuso emocional.
O papel da mídia e das redes sociais é apontado como facilitador da propagação dos transtornos alimentares, por meio da busca pelo corpo perfeito e da divulgação de dietas e métodos de perda de peso. Existem até mesmo comunidades virtuais que incentivam comportamentos relacionados à anorexia e à bulimia.
Como é feito o diagnóstico dos transtornos alimentares?
Segundo a psicóloga Teresa Müller, o diagnóstico de transtornos alimentares é realizado por psicólogos ou psiquiatras especializados, com base nos critérios estabelecidos pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Ao longo da avaliação clínica, os adolescentes e os pais passam por entrevistas. Em alguns casos, exames médicos e nutricionais podem ser necessários para avaliar os impactos físicos do transtorno.
A médica Karla Cristina ainda destaca que os critérios de diagnóstico mudam dependendo do tipo de transtorno. No caso da Anorexia Nervosa (AN), por exemplo, é avaliada, especialmente, a perda significativa de peso, devido à restrição alimentar severa. “Uma perda de peso muito rápida, mesmo em adolescentes com sobrepeso ou obesidade, também pode levantar suspeitas de um transtorno alimentar”, explica a especialista.
Já no caso da bulimia nervosa, são avaliados os hábitos alimentares dos jovens, pois pessoas com esse tipo de transtorno consomem uma quantidade de alimento muito grande em um período curto de tempo. No entanto, buscam evitar o ganho de peso induzindo o vômito ou até mesmo tomando laxantes e diuréticos. “Ao contrário da anorexia nervosa, os indivíduos com bulimia nervosa geralmente mantêm um peso normal ou podem estar com excesso de peso”, destaca a especialista.
A nutróloga também menciona que, de acordo com os critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, para fechar o diagnóstico de bulimia é necessário pelo menos um episódio de compulsão alimentar com comportamento compensatório por semana durante um mínimo de 3 meses.
Como é feito o tratamento de jovens com transtornos alimentares?
Se seu filho está lidando com os transtornos alimentares mencionados, o primeiro é manter a calma e buscar ajuda de uma equipe multidisciplinar, incluindo psicólogo, para trabalhar as questões emocionais e comportamentais associadas ao transtorno. Um nutricionista também é importante para orientar uma reeducação alimentar adequada; e o psiquiatra, caso haja necessidade do uso de medicamentos. “Dependendo da gravidade do quadro, pode ser necessária a internação hospitalar ou acompanhamento por outros profissionais, como endocrinologistas e clínicos gerais. O envolvimento da família é essencial para a recuperação”, explica.
Como os transtornos alimentares afetam o organismo a curto e longo prazo?
Além do impacto na saúde mental, os transtornos alimentares ainda podem afetar o organismo dos jovens, tanto a curto quanto a longo prazo, menciona a nutróloga Karla Cristina. A curto prazo, a restrição alimentar severa e os comportamentos compensatórios (como purgação ou exercício excessivo) podem levar a várias alterações no funcionamento do organismo. Algumas destas incluem: desnutrição, alterações metabólicas (níveis baixos de potássio, sódio e magnésio), intolerância ao frio, pressão arterial baixa, frequência cardíaca lenta, irritabilidade excessiva, ansiedade, insegurança, baixa autoestima, alteração de humor e até atraso ou retardo do desenvolvimento puberal.
Se o transtorno alimentar persistir por um longo período, as complicações se tornam mais graves e, em alguns casos, irreversíveis. Os jovens podem desenvolver complicações neurológicas, problemas oftalmológicos — como catarata, atrofia do nervo óptico, degeneração da retina e diminuição da acuidade visual — osteopenia ou osteoporose, devido à perda de densidade óssea, complicações gastrointestinais, problemas renais e até complicações pulmonares e alterações hematológicas como anemia, leucopenia (diminuição dos glóbulos brancos), trombocitopenia (diminuição das plaquetas) e neutropenia (diminuição dos neutrófilos).
No caso da bulimia nervosa, existem ainda comorbidades psiquiátricas associadas, incluindo abuso de substâncias (drogas e álcool), síndromes depressivas, transtornos de ansiedade (como fobia social e transtorno obsessivo-compulsivo) e transtornos de personalidade, além de um maior risco de suicídio e comportamentos impulsivos.
Os transtornos alimentares são caracterizados por padrões persistentes de comportamento alimentar disfuncional, incluindo preocupação excessiva com o corpo, alimentação e peso O jovem se olha no espelho e não se sente bem com seu corpo, para de comer adequadamente ou, ao contrário, consome alimentos em excesso. Situações como essas são frequentes na vida de adolescentes que enfrentam transtornos alimentares — condições psiquiátricas classificadas no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais.
Transtornos alimentares podem levar a uma preocupação excessiva com o corpo
Freepik
Taboola Recommendation
Pessoas com transtornos alimentares possuem padrões persistentes de comportamento disfuncional, incluindo preocupação excessiva com o corpo, alimentação e peso, resultando em intenso sofrimento emocional e impactos significativos na saúde física e mental. “Eles frequentemente começam na adolescência, fase em que ocorrem intensas transformações corporais e psíquicas, podendo gerar insatisfação e insegurança com a imagem corporal”, destaca Teresa Müller, psicóloga especialista em transtornos alimentares.
A situação tem se tornado cada vez mais preocupante com os conteúdos divulgados nas redes sociais. “Adolescentes expostos a influenciadores fitness e padrões estéticos irreais podem desenvolver uma relação disfuncional com o próprio corpo, intensificando comportamentos de comparação e adesão a práticas de dietas extremamente restritivas. Além disso, os meninos podem sentir maior pressão para ganhar massa muscular, enquanto as meninas tendem a ser incentivadas a emagrecer, reforçando a vulnerabilidade nessa fase”.
Quais são os transtornos alimentares mais comuns na adolescência?
Anorexia Nervosa: caracteriza-se por uma restrição alimentar severa, acompanhada de um medo intenso de ganhar peso e uma distorção da imagem corporal (percebem e veem o corpo de forma distorcida). Pessoas com anorexia podem enxergar um corpo maior do que realmente têm, mesmo quando estão em desnutrição severa. Esse transtorno apresenta uma das maiores taxas de mortalidade entre os transtornos psiquiátricos, devido às complicações médicas e ao risco aumentado de suicídio. Traços comuns do quadro incluem perfeccionismo, rigidez e busca extrema por controle por meio da restrição alimentar.
Bulimia Nervosa: caracteriza-se por episódios recorrentes de compulsão alimentar (grande ingestão calórica em um curto período, com sensação de perda de controle), seguidos por comportamentos compensatórios para evitar o ganho de peso, como indução de vômito, uso de laxantes, jejuns prolongados ou exercícios físicos excessivos. Pessoas com bulimia costumam manter um peso dentro da faixa considerada adequada ou sobrepeso e, frequentemente, apresentam histórico de dietas restritivas seguidas por episódios de compulsão alimentar. Costumam ter personalidades mais impulsivas e extrovertidas, além de altos níveis de autocrítica.
Transtorno de Compulsão Alimentar (TCA): envolve episódios frequentes de compulsão alimentar, semelhantes aos da bulimia, mas sem a prática dos comportamentos compensatórios. A pessoa come rapidamente, muitas vezes sem fome, e pode sentir culpa ou vergonha durante e após os episódios. O TCA está fortemente associado a quadros de obesidade e, muitas vezes, reflete dificuldades emocionais, como ansiedade, baixa autoestima e necessidade de conforto emocional por meio da comida.
O que é neofobia? Saiba como identificar os sintomas no seu filho
7 sinais de compulsão alimentar em crianças
O que é vigorexia? Saiba identificar os sintomas nos seus filhos
Quais são as causas dos transtornos alimentares?
Ver o filho lidando com problemas relacionados à alimentação é extremamente desafiador. É natural buscar um culpado por trás desse tipo de condição. No entanto, os transtornos alimentares são muito complexos e têm origens multifatoriais. “Não é possível atribuir uma única causa para o seu surgimento. Vários determinantes podem estar envolvidos”, explica Karla Cristina Malta Vilanova — especialista em Nutrologia Pediátrica e docente dos cursos de Pós-Graduação da ABRAN.
Os fatores incluem uma relação complexa de fatores biológicos, psicológicos, sociais e culturais.
Influências genéticas.
Traços de personalidade, como perfeccionismo e compulsividade, são frequentemente observados em adolescentes com transtornos alimentares. Indivíduos com grande necessidade de aprovação externa e altas expectativas pessoais também podem ser mais suscetíveis.
Transtornos de ansiedade preexistentes podem aumentar o risco.
História familiar de depressão e obesidade também pode ser um fator contribuinte.
As pressões de pares, familiares e culturais em relação à aparência exercem uma influência significativa. A preferência cultural pela magreza, a exposição à cultura ocidental que valoriza um corpo magro para as mulheres e a exposição à mídia que promove esses ideais desempenham um papel importante no aumento da prevalência de transtornos alimentares em todo o mundo.
Grandes transformações corporais decorrentes da aceleração do crescimento e das mudanças hormonais na adolescência podem levar à insatisfação com o próprio corpo.
Baixa autoestima e sentimentos de desesperança são comuns em adolescentes com transtornos alimentares.
Dificuldade em enfrentar angústias e ansiedades.
Experiências precoces no desenvolvimento infantil, como o abuso sexual infantil.
Traumas e experiências adversas, como bullying, abuso emocional.
O papel da mídia e das redes sociais é apontado como facilitador da propagação dos transtornos alimentares, por meio da busca pelo corpo perfeito e da divulgação de dietas e métodos de perda de peso. Existem até mesmo comunidades virtuais que incentivam comportamentos relacionados à anorexia e à bulimia.
Como é feito o diagnóstico dos transtornos alimentares?
Segundo a psicóloga Teresa Müller, o diagnóstico de transtornos alimentares é realizado por psicólogos ou psiquiatras especializados, com base nos critérios estabelecidos pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Ao longo da avaliação clínica, os adolescentes e os pais passam por entrevistas. Em alguns casos, exames médicos e nutricionais podem ser necessários para avaliar os impactos físicos do transtorno.
A médica Karla Cristina ainda destaca que os critérios de diagnóstico mudam dependendo do tipo de transtorno. No caso da Anorexia Nervosa (AN), por exemplo, é avaliada, especialmente, a perda significativa de peso, devido à restrição alimentar severa. “Uma perda de peso muito rápida, mesmo em adolescentes com sobrepeso ou obesidade, também pode levantar suspeitas de um transtorno alimentar”, explica a especialista.
Já no caso da bulimia nervosa, são avaliados os hábitos alimentares dos jovens, pois pessoas com esse tipo de transtorno consomem uma quantidade de alimento muito grande em um período curto de tempo. No entanto, buscam evitar o ganho de peso induzindo o vômito ou até mesmo tomando laxantes e diuréticos. “Ao contrário da anorexia nervosa, os indivíduos com bulimia nervosa geralmente mantêm um peso normal ou podem estar com excesso de peso”, destaca a especialista.
A nutróloga também menciona que, de acordo com os critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, para fechar o diagnóstico de bulimia é necessário pelo menos um episódio de compulsão alimentar com comportamento compensatório por semana durante um mínimo de 3 meses.
Como é feito o tratamento de jovens com transtornos alimentares?
Se seu filho está lidando com os transtornos alimentares mencionados, o primeiro é manter a calma e buscar ajuda de uma equipe multidisciplinar, incluindo psicólogo, para trabalhar as questões emocionais e comportamentais associadas ao transtorno. Um nutricionista também é importante para orientar uma reeducação alimentar adequada; e o psiquiatra, caso haja necessidade do uso de medicamentos. “Dependendo da gravidade do quadro, pode ser necessária a internação hospitalar ou acompanhamento por outros profissionais, como endocrinologistas e clínicos gerais. O envolvimento da família é essencial para a recuperação”, explica.
Como os transtornos alimentares afetam o organismo a curto e longo prazo?
Além do impacto na saúde mental, os transtornos alimentares ainda podem afetar o organismo dos jovens, tanto a curto quanto a longo prazo, menciona a nutróloga Karla Cristina. A curto prazo, a restrição alimentar severa e os comportamentos compensatórios (como purgação ou exercício excessivo) podem levar a várias alterações no funcionamento do organismo. Algumas destas incluem: desnutrição, alterações metabólicas (níveis baixos de potássio, sódio e magnésio), intolerância ao frio, pressão arterial baixa, frequência cardíaca lenta, irritabilidade excessiva, ansiedade, insegurança, baixa autoestima, alteração de humor e até atraso ou retardo do desenvolvimento puberal.
Se o transtorno alimentar persistir por um longo período, as complicações se tornam mais graves e, em alguns casos, irreversíveis. Os jovens podem desenvolver complicações neurológicas, problemas oftalmológicos — como catarata, atrofia do nervo óptico, degeneração da retina e diminuição da acuidade visual — osteopenia ou osteoporose, devido à perda de densidade óssea, complicações gastrointestinais, problemas renais e até complicações pulmonares e alterações hematológicas como anemia, leucopenia (diminuição dos glóbulos brancos), trombocitopenia (diminuição das plaquetas) e neutropenia (diminuição dos neutrófilos).
No caso da bulimia nervosa, existem ainda comorbidades psiquiátricas associadas, incluindo abuso de substâncias (drogas e álcool), síndromes depressivas, transtornos de ansiedade (como fobia social e transtorno obsessivo-compulsivo) e transtornos de personalidade, além de um maior risco de suicídio e comportamentos impulsivos.