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24 Mar 2025, Mon

R$ 20 mil em passagens e volta adiada: os perrengues de brasileiros após incêndio em aeroporto de Londres




Heathrow, o maior aeroporto da Europa, cancelou todos os voos após incêndio em uma estação de energia no início desta sexta-feira (21).
Ben e Gabriela (à esquerda) e Lorena (à direita) foram alguns dos turistas afetados por paralisação no aeroporto de Heathrow, em Londres
Arquivo pessoal
O aeroporto internacional de Heathrow, o principal de Londres (Inglaterra), o maior da Europa e um dos mais movimentados do mundo, cancelou todos os voos após passar por um incêndio em uma estação de energia nesta sexta-feira (21). A operação deve retornar no sábado (22).
De acordo com a administração do aeroporto, 1.357 voos estavam programados — 679 de chegada e 678 de saída — e 291 mil passageiros circulariam pelo Heathrow apenas nesta sexta.
Entre eles, estão as brasileiras Lorena de Souza, de 25 anos, e Gabriela Correa, de 29. Veja os relatos delas abaixo:
Diferença de R$ 20 mil entre passagens
Gabriela Correa e o namorado inglês, Ben.
Arquivo pessoal
Gabriela mora há três anos em Birmingham, cidade que fica a 2 horas de Londres, na Inglaterra. Ela é engenheira e estava planejando as suas férias há pelo menos 6 meses com o namorado inglês, Ben.
“A ideia era ser uma viagem barata”, conta. “Usamos milhas e compramos duas passagens de ida e volta do aeroporto de Heathrow, em Londres, para Miami (EUA) por 300 libras [cerca de R$ 2.000, em 21 de março]”.
O plano era passar dois dias em Miami e depois embarcar em um cruzeiro pelas Bahamas por seis dias. O passeio de navio custou 800 libras (cerca de R$ 6 mil) por pessoa.
O que ela não esperava é que a sua viagem caísse bem no dia em que os voos do maior aeroporto da Europa fossem paralisados, o que ela só soube pelo rádio quando já estava no carro, na metade do trajeto para o aeroporto.
“Ficamos assustados, mas, no aplicativo da companhia, o voo estava confirmado para o horário normal (às 9h50). Então, seguimos”.
Voo cancelado após paralisação de Heathrow: quais os direitos dos passageiros?
Incêndio que gerou apagão no aeroporto de Heathrow, em Londres, atinge estação de energia
Os planos só mudaram quando eles chegaram mais perto do aeroporto e viram as placas indicando que ele estava fechado. Então, decidiram voltar para casa.
“Tentamos obter mais informações com a British, mas eles não tinham orientações. Foi bastante frustrante”, desabafa.
Gabriela conta que o voo seguiu confirmado no aplicativo até 15 minutos antes do embarque — quando também não foi cancelado, mas foi adiado para as 12h.
No início da tarde, ela conseguiu contato com a companhia aérea inglesa, que a informou que, até quinta-feira (27), não seria possível realocá-los em um novo voo para Miami.
Mas, ao comunicar que precisaria viajar antes devido ao cruzeiro, que sairá de Miami no domingo (23), a British a orientou a comprar um voo reembolsável com outra companhia, enquanto seguiriam tentando remanejar as suas passagens.
Foi então, no desespero, que Gabriela e Ben compraram passagens reembolsáveis só de ida da Air France saindo do aeroporto de Birmingham neste sábado (22). As duas passagens custaram 3.200 libras (cerca de R$ 24 mil), R$ 20 mil a mais do que o gasto anteriormente na ida e volta do casal.
Na tarde desta sexta, Gabriela foi informada pela British que ela e o namorado seriam realocados em um voo saindo de Heathrow no sábado (22). Mas, como a situação segue incerta, ela decidiu manter sua passagem da Air France até obter mais informações.
“O ideal seria ir pela British por Heathrow amanhã [sábado] e pegarmos o reembolso da passagem da Air France. Mas, por ora, estamos esperando a situação ficar mais tranquila”, conta.
Reino Unido alerta brasileiros sobre golpe envolvendo nova autorização de viagem e dá dicas para identificar fraude
Volta pra casa adiada
Lorena de Souza estava passando as férias em Paris, quando teve o voo adiado.
Arquivo pessoal.
Lorena também mora na Inglaterra e estava de férias em Paris, na França, com a amiga Evini, quando soube que o voo que pegariam de volta para Londres, na tarde desta sexta, tinha sido cancelado.
“Recebemos um e-mail dizendo que o voo foi remarcado para o dia seguinte e para outro aeroporto”, conta a turista, que viajaria de volta em um avião da companhia espanhola Vueling.
Apesar de conseguir a passagem para o dia seguinte, ela vai precisar arcar com as despesas por ficar um dia a mais longe de casa.
Como não conseguiu prorrogar a reserva no hotel em que estava hospedadas, Lorena precisou encontrar outro, que custou 90 euros (cerca de R$ 560) para cada uma.
Ela também teve prejuízo com a passagem de ônibus que já tinha comprado para o retorno de Londres para Bournemouth, cidade em que mora na Inglaterra. Isso sem contar os gastos com alimentação no dia extra na França.
Agora, além de aguardar o novo voo, ela busca acionar a companhia aérea para conseguir um reembolso pelas despesas adicionais.
“Mandei e-mail pra companhia, mas ainda não tive resposta”, conta Lorena. “Não acredito que vou ser reembolsada por isso”.
Veja mais:
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Ben e Gabriela (à esquerda) e Lorena (à direita) foram alguns dos turistas afetados por paralisação no aeroporto de Heathrow, em Londres
Arquivo pessoal
O aeroporto internacional de Heathrow, o principal de Londres (Inglaterra), o maior da Europa e um dos mais movimentados do mundo, cancelou todos os voos após passar por um incêndio em uma estação de energia nesta sexta-feira (21). A operação deve retornar no sábado (22).
De acordo com a administração do aeroporto, 1.357 voos estavam programados — 679 de chegada e 678 de saída — e 291 mil passageiros circulariam pelo Heathrow apenas nesta sexta.
Entre eles, estão as brasileiras Lorena de Souza, de 25 anos, e Gabriela Correa, de 29. Veja os relatos delas abaixo:
Diferença de R$ 20 mil entre passagens
Gabriela Correa e o namorado inglês, Ben.
Arquivo pessoal
Gabriela mora há três anos em Birmingham, cidade que fica a 2 horas de Londres, na Inglaterra. Ela é engenheira e estava planejando as suas férias há pelo menos 6 meses com o namorado inglês, Ben.
“A ideia era ser uma viagem barata”, conta. “Usamos milhas e compramos duas passagens de ida e volta do aeroporto de Heathrow, em Londres, para Miami (EUA) por 300 libras [cerca de R$ 2.000, em 21 de março]”.
O plano era passar dois dias em Miami e depois embarcar em um cruzeiro pelas Bahamas por seis dias. O passeio de navio custou 800 libras (cerca de R$ 6 mil) por pessoa.
O que ela não esperava é que a sua viagem caísse bem no dia em que os voos do maior aeroporto da Europa fossem paralisados, o que ela só soube pelo rádio quando já estava no carro, na metade do trajeto para o aeroporto.
“Ficamos assustados, mas, no aplicativo da companhia, o voo estava confirmado para o horário normal (às 9h50). Então, seguimos”.
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Os planos só mudaram quando eles chegaram mais perto do aeroporto e viram as placas indicando que ele estava fechado. Então, decidiram voltar para casa.
“Tentamos obter mais informações com a British, mas eles não tinham orientações. Foi bastante frustrante”, desabafa.
Gabriela conta que o voo seguiu confirmado no aplicativo até 15 minutos antes do embarque — quando também não foi cancelado, mas foi adiado para as 12h.
No início da tarde, ela conseguiu contato com a companhia aérea inglesa, que a informou que, até quinta-feira (27), não seria possível realocá-los em um novo voo para Miami.
Mas, ao comunicar que precisaria viajar antes devido ao cruzeiro, que sairá de Miami no domingo (23), a British a orientou a comprar um voo reembolsável com outra companhia, enquanto seguiriam tentando remanejar as suas passagens.
Foi então, no desespero, que Gabriela e Ben compraram passagens reembolsáveis só de ida da Air France saindo do aeroporto de Birmingham neste sábado (22). As duas passagens custaram 3.200 libras (cerca de R$ 24 mil), R$ 20 mil a mais do que o gasto anteriormente na ida e volta do casal.
Na tarde desta sexta, Gabriela foi informada pela British que ela e o namorado seriam realocados em um voo saindo de Heathrow no sábado (22). Mas, como a situação segue incerta, ela decidiu manter sua passagem da Air France até obter mais informações.
“O ideal seria ir pela British por Heathrow amanhã [sábado] e pegarmos o reembolso da passagem da Air France. Mas, por ora, estamos esperando a situação ficar mais tranquila”, conta.
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Volta pra casa adiada
Lorena de Souza estava passando as férias em Paris, quando teve o voo adiado.
Arquivo pessoal.
Lorena também mora na Inglaterra e estava de férias em Paris, na França, com a amiga Evini, quando soube que o voo que pegariam de volta para Londres, na tarde desta sexta, tinha sido cancelado.
“Recebemos um e-mail dizendo que o voo foi remarcado para o dia seguinte e para outro aeroporto”, conta a turista, que viajaria de volta em um avião da companhia espanhola Vueling.
Apesar de conseguir a passagem para o dia seguinte, ela vai precisar arcar com as despesas por ficar um dia a mais longe de casa.
Como não conseguiu prorrogar a reserva no hotel em que estava hospedadas, Lorena precisou encontrar outro, que custou 90 euros (cerca de R$ 560) para cada uma.
Ela também teve prejuízo com a passagem de ônibus que já tinha comprado para o retorno de Londres para Bournemouth, cidade em que mora na Inglaterra. Isso sem contar os gastos com alimentação no dia extra na França.
Agora, além de aguardar o novo voo, ela busca acionar a companhia aérea para conseguir um reembolso pelas despesas adicionais.
“Mandei e-mail pra companhia, mas ainda não tive resposta”, conta Lorena. “Não acredito que vou ser reembolsada por isso”.
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