João Fonseca, aos 18 anos, transformou-se em uma das maiores atrações do Miami Open 2025, capturando a atenção de torcedores e lendas do tênis com atuações brilhantes no Hard Rock Stadium. O jovem brasileiro, que enfrenta o australiano Alex de Minaur nesta segunda-feira, 24 de março, pela terceira rodada, recebeu novos elogios de Novak Djokovic, número cinco do mundo e dono de 24 títulos de Grand Slam. Após avançar às oitavas de final do torneio, o sérvio destacou a potência e o potencial de Fonseca, mas fez questão de lembrar que ele não é o único talento da nova geração a despontar no circuito. A partida contra De Minaur, marcada para não antes das 20h (horário de Brasília), promete ser um marco na ascensão meteórica do carioca.
A campanha de Fonseca em Miami começou com uma vitória suada contra o americano Learner Tien na estreia (6/7, 6/3, 6/4), em um duelo que testou sua resistência mental. Na segunda rodada, ele surpreendeu ao despachar o francês Ugo Humbert, número 20 do mundo, com um placar de 6/4 e 6/3 em apenas 70 minutos. Esses resultados colocaram o brasileiro na terceira fase de um Masters 1000 pela primeira vez, um feito que não era alcançado por alguém tão jovem desde Carlos Alcaraz em Paris, em 2021. Com um forehand devastador e um saque sólido, Fonseca tem mostrado por que é considerado uma das maiores promessas do esporte mundial.
Djokovic, que venceu o argentino Tomás Etcheverry na terceira rodada (6/4, 7/5), não poupou palavras ao analisar o jogo do brasileiro. Ele elogiou a capacidade de Fonseca de bater na bola com força impressionante de ambos os lados da quadra e destacou sua compostura em momentos de pressão, algo incomum para um atleta com tão pouca experiência em torneios de elite. O sérvio também apontou o impacto do jovem para o tênis global, especialmente por representar o Brasil, um país com um mercado esportivo gigantesco e apaixonado por esportes.
- Destaques do desempenho de Fonseca:
- Forehand com velocidade média de 130 km/h, acima da média do circuito (122 km/h).
- Rotação média de 3019 rpm, contra 2844 rpm do tour.
- Apenas 4 pontos perdidos no saque contra Humbert.
High praise for Joao Fonseca from @DjokerNole ⭐️🤝@MiamiOpen | #MiamiOpen pic.twitter.com/nTlRm2Woum
— ATP Tour (@atptour) March 24, 2025
O show de Fonseca nas quadras de Miami
A potência do forehand de João Fonseca tem sido uma das marcas de sua campanha no Miami Open. Contra Ugo Humbert, ele alcançou picos de 181 km/h em winners que deixaram o adversário sem resposta, consolidando sua fama de dono de um dos golpes mais letais da nova geração. A ATP, em análise recente, descreveu a direita do brasileiro como “assustadora” devido à combinação de velocidade e rotação, características que o diferenciam no circuito. Esse estilo agressivo, aliado a um saque preciso, tem encantado os torcedores que lotam as arquibancadas do Hard Rock Stadium.
O próximo desafio de Fonseca será contra Alex de Minaur, décimo cabeça de chave e número 11 do ranking mundial. O australiano, de 26 anos, chega ao confronto após uma vitória tranquila sobre o chinês Yunchaokete Bu (6/3, 6/2) e traz um retrospecto sólido em 2025, com 16 triunfos e apenas 5 derrotas. Conhecido por sua velocidade e jogo defensivo, De Minaur será um teste de fogo para o brasileiro, que busca sua primeira vitória contra um top 15 em um Masters 1000. O duelo, transferido para a quadra principal devido à popularidade de Fonseca, reflete o apelo do jovem junto ao público.
Fãs brasileiros têm comparecido em peso para apoiar o tenista, transformando cada partida em um evento vibrante. Após o jogo contra Humbert, Fonseca agradeceu o carinho da torcida, destacando como o apoio o ajudou a manter a calma nos momentos cruciais. A energia das arquibancadas, com gritos de incentivo e bandeiras verde-amarelas, tem sido um combustível extra para o carioca, que vive um momento de ascensão impressionante no circuito internacional.
A ascensão de um talento brasileiro
João Fonseca não é apenas uma novidade no Miami Open; ele representa uma esperança concreta de retomada do tênis brasileiro no cenário global. Desde Gustavo Kuerten, o país não via um jogador com tanto potencial para alcançar o topo do ranking mundial. Em 2025, o jovem já conquistou o ATP 250 de Buenos Aires, em fevereiro, derrotando o argentino Diego Schwartzman na final (6/4, 6/2), e o Challenger 175 de Phoenix, na semana passada, superando o cazaque Alexander Bublik em dois tiebreaks (7/6, 7/6). Esses títulos o levaram ao 60º lugar do ranking ATP, uma escalada notável para quem começou o ano fora do top 100.
A vitória em Buenos Aires marcou Fonseca como o tenista mais jovem a ganhar um torneio ATP desde Alexander Zverev em 2016, superando nomes como Federer, Nadal e Djokovic em conquistas na mesma idade. Em Phoenix, ele mostrou consistência ao vencer cinco partidas em uma semana, perdendo apenas um set. Agora, em Miami, cada jogo reforça sua reputação como um competidor feroz, capaz de enfrentar adversários mais experientes sem se intimidar.
O impacto de Fonseca vai além das quadras. Sua ascensão tem reacendido o interesse pelo tênis no Brasil, um esporte que perdeu espaço nas últimas décadas. Torcedores e analistas veem nele um possível sucessor de Guga, não apenas pelo talento, mas pelo carisma que atrai multidões. Em Miami, a presença de uma comunidade latina expressiva amplifica esse apoio, transformando suas partidas em celebrações que ecoam fora do estádio.
- Conquistas de Fonseca em 2025:
- Título ATP 250 em Buenos Aires.
- Troféu do Challenger 175 de Phoenix.
- Terceira rodada inédita no Miami Open.
Djokovic e a nova geração em foco
Novak Djokovic, ao exaltar João Fonseca, trouxe uma visão ampla sobre o futuro do tênis. Ele descreveu o brasileiro como um jogador completo, com potência nos golpes de fundo e um saque que surpreende pela precisão. No entanto, o sérvio fez questão de lembrar outros nomes da nova geração, como Jakub Mensik, da República Tcheca, e Learner Tien, dos Estados Unidos, ambos com 18 anos. Para Djokovic, esses jovens formam um grupo promissor que pode desafiar os atuais líderes do esporte, como Jannik Sinner e Carlos Alcaraz, em um futuro próximo.
O confronto contra Alex de Minaur será um teste crucial para Fonseca provar que pertence a esse patamar. O australiano, com nove títulos ATP na carreira, aposta em sua movimentação e consistência para neutralizar adversários agressivos. Já o brasileiro confia no forehand e na confiança adquirida em suas recentes vitórias. Será o primeiro encontro entre os dois no circuito profissional, o que aumenta a expectativa para um duelo que pode definir o próximo passo na carreira do carioca.
Djokovic também destacou o valor de Fonseca para o mercado do tênis. Ele enfatizou como a presença de um brasileiro talentoso pode atrair novos fãs e patrocinadores, especialmente em um país com milhões de apaixonados por esportes. Em Miami, onde a comunidade latina tem forte presença, o apoio ao jovem tenista já é visível, com arquibancadas lotadas e uma atmosfera que lembra os grandes momentos do esporte na região.
O duelo contra De Minaur: um marco à vista
Enfrentar Alex de Minaur na terceira rodada do Miami Open é mais do que um jogo para João Fonseca; é uma chance de consolidar seu nome entre os melhores do mundo. O australiano, que nunca passou das oitavas em suas cinco participações no torneio, chega com um recorde de 10-1 contra jogadores fora do top 50 em 2025. Fonseca, por outro lado, vive um ano de afirmação, com 22 vitórias e apenas 4 derrotas, incluindo 9 triunfos em eventos ATP. Uma vitória hoje pode levá-lo às oitavas de final pela primeira vez em um Masters 1000.
A preparação do brasileiro para o confronto tem sido intensa. Antes de chegar a Miami, ele viralizou nas redes sociais com vídeos de treinos descontraídos, exibindo a facilidade com que executa golpes potentes. Em quadra, porém, o foco é evidente. Contra Humbert, Fonseca variou jogadas, usou o forehand com precisão e manteve a calma nos momentos decisivos, qualidades que precisará repetir contra De Minaur. O australiano, conhecido por desgastar adversários com sua defesa, exigirá paciência e resistência do jovem carioca.
O histórico de Fonseca contra jogadores do top 20 é promissor. Ele já soma três vitórias nessa categoria em 2025, incluindo um triunfo sobre Andrey Rublev, então número 9 do mundo, no Australian Open (6/4, 7/6). Se derrotar De Minaur, o brasileiro ganhará 100 pontos no ranking e uma premiação de 103 mil dólares (cerca de 592 mil reais), um salto em relação aos 60,4 mil dólares (347 mil reais) garantidos pela terceira rodada. Mais do que números, a vitória seria uma declaração de que Fonseca está pronto para competir entre os grandes.
Etapas do Miami Open e o caminho de Fonseca
O Miami Open 2025 teve início em 19 de março e segue até 30 de março, quando será disputada a final masculina. Para João Fonseca, cada rodada é uma oportunidade de avançar no torneio e no ranking mundial. Após o jogo contra De Minaur, as oitavas de final estão programadas para 25 e 26 de março, dependendo da organização. Com a vitória sobre Humbert, o brasileiro subiu para o 58º lugar no ranking ao vivo, com 961 pontos, e uma nova vitória pode colocá-lo ainda mais perto do top 50.
- Cronograma do Miami Open:
- Terceira rodada: 24 de março.
- Oitavas de final: 25 e 26 de março.
- Quartas de final: 27 e 28 de março.
- Semifinais: 29 de março.
- Final: 30 de março.
A força do forehand e os números que impressionam
O forehand de João Fonseca é uma das armas que têm chamado atenção no Miami Open. Segundo dados da ATP, o golpe do brasileiro alcança uma velocidade média de 130 km/h e uma rotação de 3019 rpm, superando as médias do circuito (122 km/h e 2844 rpm). Em situações específicas, como os forehands com topspin, os números sobem para 135 km/h e 3034 rpm, evidenciando a potência que ele imprime à bola. Contra Humbert, esses números se traduziram em winners decisivos que levantaram a torcida.
A facilidade com que Fonseca gera potência, descrita pelo francês Arthur Fils como “easy power”, é outro diferencial. Essa combinação de força e técnica tem feito dele um adversário temido, mesmo por jogadores mais experientes. Em Miami, ele perdeu apenas um set em duas partidas, mostrando consistência e controle em um torneio de alto nível. Esses números reforçam a análise de Djokovic, que vê no brasileiro um jogador completo com potencial para chegar ao topo.
A escalada de Fonseca no ranking também impressiona. Há 12 meses, ele ocupava a 651ª posição mundial; hoje, é o 60º colocado e o mais jovem no top 100 desde Carlos Alcaraz em 2021. Cada vitória em Miami adiciona pontos valiosos à sua pontuação, e uma campanha sólida pode levá-lo ao top 50 antes do fim do torneio. Esse crescimento reflete não apenas seu talento, mas também sua dedicação em um esporte altamente competitivo.
O apoio da torcida e o fenômeno Fonseca
Os torcedores têm sido protagonistas na campanha de João Fonseca no Miami Open. Em suas duas primeiras partidas, o Hard Rock Stadium virou um palco de apoio maciço, com bandeiras brasileiras e gritos de incentivo ecoando a cada ponto. A comunidade latina da Flórida, especialmente os brasileiros, abraçou o jovem tenista, criando uma atmosfera que ele descreveu como essencial para seu desempenho. Após a vitória sobre Humbert, Fonseca destacou como se sentiu em casa com o carinho da arquibancada.
Esse apoio vai além do emocional; ele reflete o potencial de Fonseca como um ídolo em construção. No Brasil, onde o tênis perdeu terreno nas últimas décadas, sua ascensão reacende a paixão pelo esporte. A comparação com Neymar, feita por fãs e até por Humbert após a derrota, mostra como o carioca já inspira uma nova geração. Em Miami, ele é visto como um símbolo de renovação, carregando o peso e a honra de representar um país faminto por conquistas no circuito internacional.
A presença de Fonseca em quadra também tem impacto econômico. Com o Brasil sendo um mercado de milhões de fãs, seu sucesso pode atrair investimentos e patrocinadores para o tênis nacional. Em Miami, cada vitória amplia sua visibilidade, consolidando-o como uma figura que transcende o esporte. Para os torcedores presentes, ele é mais do que um jogador; é a promessa de um futuro brilhante.
- Curiosidades sobre Fonseca em Miami:
- Primeiro brasileiro na terceira rodada do torneio desde Thiago Monteiro em 2017.
- Mais jovem a vencer dois jogos seguidos em Miami desde Juan Martín del Potro em 2007.
- Já garantiu 60,4 mil dólares (347 mil reais) em premiação.

João Fonseca, aos 18 anos, transformou-se em uma das maiores atrações do Miami Open 2025, capturando a atenção de torcedores e lendas do tênis com atuações brilhantes no Hard Rock Stadium. O jovem brasileiro, que enfrenta o australiano Alex de Minaur nesta segunda-feira, 24 de março, pela terceira rodada, recebeu novos elogios de Novak Djokovic, número cinco do mundo e dono de 24 títulos de Grand Slam. Após avançar às oitavas de final do torneio, o sérvio destacou a potência e o potencial de Fonseca, mas fez questão de lembrar que ele não é o único talento da nova geração a despontar no circuito. A partida contra De Minaur, marcada para não antes das 20h (horário de Brasília), promete ser um marco na ascensão meteórica do carioca.
A campanha de Fonseca em Miami começou com uma vitória suada contra o americano Learner Tien na estreia (6/7, 6/3, 6/4), em um duelo que testou sua resistência mental. Na segunda rodada, ele surpreendeu ao despachar o francês Ugo Humbert, número 20 do mundo, com um placar de 6/4 e 6/3 em apenas 70 minutos. Esses resultados colocaram o brasileiro na terceira fase de um Masters 1000 pela primeira vez, um feito que não era alcançado por alguém tão jovem desde Carlos Alcaraz em Paris, em 2021. Com um forehand devastador e um saque sólido, Fonseca tem mostrado por que é considerado uma das maiores promessas do esporte mundial.
Djokovic, que venceu o argentino Tomás Etcheverry na terceira rodada (6/4, 7/5), não poupou palavras ao analisar o jogo do brasileiro. Ele elogiou a capacidade de Fonseca de bater na bola com força impressionante de ambos os lados da quadra e destacou sua compostura em momentos de pressão, algo incomum para um atleta com tão pouca experiência em torneios de elite. O sérvio também apontou o impacto do jovem para o tênis global, especialmente por representar o Brasil, um país com um mercado esportivo gigantesco e apaixonado por esportes.
- Destaques do desempenho de Fonseca:
- Forehand com velocidade média de 130 km/h, acima da média do circuito (122 km/h).
- Rotação média de 3019 rpm, contra 2844 rpm do tour.
- Apenas 4 pontos perdidos no saque contra Humbert.
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— ATP Tour (@atptour) March 24, 2025
O show de Fonseca nas quadras de Miami
A potência do forehand de João Fonseca tem sido uma das marcas de sua campanha no Miami Open. Contra Ugo Humbert, ele alcançou picos de 181 km/h em winners que deixaram o adversário sem resposta, consolidando sua fama de dono de um dos golpes mais letais da nova geração. A ATP, em análise recente, descreveu a direita do brasileiro como “assustadora” devido à combinação de velocidade e rotação, características que o diferenciam no circuito. Esse estilo agressivo, aliado a um saque preciso, tem encantado os torcedores que lotam as arquibancadas do Hard Rock Stadium.
O próximo desafio de Fonseca será contra Alex de Minaur, décimo cabeça de chave e número 11 do ranking mundial. O australiano, de 26 anos, chega ao confronto após uma vitória tranquila sobre o chinês Yunchaokete Bu (6/3, 6/2) e traz um retrospecto sólido em 2025, com 16 triunfos e apenas 5 derrotas. Conhecido por sua velocidade e jogo defensivo, De Minaur será um teste de fogo para o brasileiro, que busca sua primeira vitória contra um top 15 em um Masters 1000. O duelo, transferido para a quadra principal devido à popularidade de Fonseca, reflete o apelo do jovem junto ao público.
Fãs brasileiros têm comparecido em peso para apoiar o tenista, transformando cada partida em um evento vibrante. Após o jogo contra Humbert, Fonseca agradeceu o carinho da torcida, destacando como o apoio o ajudou a manter a calma nos momentos cruciais. A energia das arquibancadas, com gritos de incentivo e bandeiras verde-amarelas, tem sido um combustível extra para o carioca, que vive um momento de ascensão impressionante no circuito internacional.
A ascensão de um talento brasileiro
João Fonseca não é apenas uma novidade no Miami Open; ele representa uma esperança concreta de retomada do tênis brasileiro no cenário global. Desde Gustavo Kuerten, o país não via um jogador com tanto potencial para alcançar o topo do ranking mundial. Em 2025, o jovem já conquistou o ATP 250 de Buenos Aires, em fevereiro, derrotando o argentino Diego Schwartzman na final (6/4, 6/2), e o Challenger 175 de Phoenix, na semana passada, superando o cazaque Alexander Bublik em dois tiebreaks (7/6, 7/6). Esses títulos o levaram ao 60º lugar do ranking ATP, uma escalada notável para quem começou o ano fora do top 100.
A vitória em Buenos Aires marcou Fonseca como o tenista mais jovem a ganhar um torneio ATP desde Alexander Zverev em 2016, superando nomes como Federer, Nadal e Djokovic em conquistas na mesma idade. Em Phoenix, ele mostrou consistência ao vencer cinco partidas em uma semana, perdendo apenas um set. Agora, em Miami, cada jogo reforça sua reputação como um competidor feroz, capaz de enfrentar adversários mais experientes sem se intimidar.
O impacto de Fonseca vai além das quadras. Sua ascensão tem reacendido o interesse pelo tênis no Brasil, um esporte que perdeu espaço nas últimas décadas. Torcedores e analistas veem nele um possível sucessor de Guga, não apenas pelo talento, mas pelo carisma que atrai multidões. Em Miami, a presença de uma comunidade latina expressiva amplifica esse apoio, transformando suas partidas em celebrações que ecoam fora do estádio.
- Conquistas de Fonseca em 2025:
- Título ATP 250 em Buenos Aires.
- Troféu do Challenger 175 de Phoenix.
- Terceira rodada inédita no Miami Open.
Djokovic e a nova geração em foco
Novak Djokovic, ao exaltar João Fonseca, trouxe uma visão ampla sobre o futuro do tênis. Ele descreveu o brasileiro como um jogador completo, com potência nos golpes de fundo e um saque que surpreende pela precisão. No entanto, o sérvio fez questão de lembrar outros nomes da nova geração, como Jakub Mensik, da República Tcheca, e Learner Tien, dos Estados Unidos, ambos com 18 anos. Para Djokovic, esses jovens formam um grupo promissor que pode desafiar os atuais líderes do esporte, como Jannik Sinner e Carlos Alcaraz, em um futuro próximo.
O confronto contra Alex de Minaur será um teste crucial para Fonseca provar que pertence a esse patamar. O australiano, com nove títulos ATP na carreira, aposta em sua movimentação e consistência para neutralizar adversários agressivos. Já o brasileiro confia no forehand e na confiança adquirida em suas recentes vitórias. Será o primeiro encontro entre os dois no circuito profissional, o que aumenta a expectativa para um duelo que pode definir o próximo passo na carreira do carioca.
Djokovic também destacou o valor de Fonseca para o mercado do tênis. Ele enfatizou como a presença de um brasileiro talentoso pode atrair novos fãs e patrocinadores, especialmente em um país com milhões de apaixonados por esportes. Em Miami, onde a comunidade latina tem forte presença, o apoio ao jovem tenista já é visível, com arquibancadas lotadas e uma atmosfera que lembra os grandes momentos do esporte na região.
O duelo contra De Minaur: um marco à vista
Enfrentar Alex de Minaur na terceira rodada do Miami Open é mais do que um jogo para João Fonseca; é uma chance de consolidar seu nome entre os melhores do mundo. O australiano, que nunca passou das oitavas em suas cinco participações no torneio, chega com um recorde de 10-1 contra jogadores fora do top 50 em 2025. Fonseca, por outro lado, vive um ano de afirmação, com 22 vitórias e apenas 4 derrotas, incluindo 9 triunfos em eventos ATP. Uma vitória hoje pode levá-lo às oitavas de final pela primeira vez em um Masters 1000.
A preparação do brasileiro para o confronto tem sido intensa. Antes de chegar a Miami, ele viralizou nas redes sociais com vídeos de treinos descontraídos, exibindo a facilidade com que executa golpes potentes. Em quadra, porém, o foco é evidente. Contra Humbert, Fonseca variou jogadas, usou o forehand com precisão e manteve a calma nos momentos decisivos, qualidades que precisará repetir contra De Minaur. O australiano, conhecido por desgastar adversários com sua defesa, exigirá paciência e resistência do jovem carioca.
O histórico de Fonseca contra jogadores do top 20 é promissor. Ele já soma três vitórias nessa categoria em 2025, incluindo um triunfo sobre Andrey Rublev, então número 9 do mundo, no Australian Open (6/4, 7/6). Se derrotar De Minaur, o brasileiro ganhará 100 pontos no ranking e uma premiação de 103 mil dólares (cerca de 592 mil reais), um salto em relação aos 60,4 mil dólares (347 mil reais) garantidos pela terceira rodada. Mais do que números, a vitória seria uma declaração de que Fonseca está pronto para competir entre os grandes.
Etapas do Miami Open e o caminho de Fonseca
O Miami Open 2025 teve início em 19 de março e segue até 30 de março, quando será disputada a final masculina. Para João Fonseca, cada rodada é uma oportunidade de avançar no torneio e no ranking mundial. Após o jogo contra De Minaur, as oitavas de final estão programadas para 25 e 26 de março, dependendo da organização. Com a vitória sobre Humbert, o brasileiro subiu para o 58º lugar no ranking ao vivo, com 961 pontos, e uma nova vitória pode colocá-lo ainda mais perto do top 50.
- Cronograma do Miami Open:
- Terceira rodada: 24 de março.
- Oitavas de final: 25 e 26 de março.
- Quartas de final: 27 e 28 de março.
- Semifinais: 29 de março.
- Final: 30 de março.
A força do forehand e os números que impressionam
O forehand de João Fonseca é uma das armas que têm chamado atenção no Miami Open. Segundo dados da ATP, o golpe do brasileiro alcança uma velocidade média de 130 km/h e uma rotação de 3019 rpm, superando as médias do circuito (122 km/h e 2844 rpm). Em situações específicas, como os forehands com topspin, os números sobem para 135 km/h e 3034 rpm, evidenciando a potência que ele imprime à bola. Contra Humbert, esses números se traduziram em winners decisivos que levantaram a torcida.
A facilidade com que Fonseca gera potência, descrita pelo francês Arthur Fils como “easy power”, é outro diferencial. Essa combinação de força e técnica tem feito dele um adversário temido, mesmo por jogadores mais experientes. Em Miami, ele perdeu apenas um set em duas partidas, mostrando consistência e controle em um torneio de alto nível. Esses números reforçam a análise de Djokovic, que vê no brasileiro um jogador completo com potencial para chegar ao topo.
A escalada de Fonseca no ranking também impressiona. Há 12 meses, ele ocupava a 651ª posição mundial; hoje, é o 60º colocado e o mais jovem no top 100 desde Carlos Alcaraz em 2021. Cada vitória em Miami adiciona pontos valiosos à sua pontuação, e uma campanha sólida pode levá-lo ao top 50 antes do fim do torneio. Esse crescimento reflete não apenas seu talento, mas também sua dedicação em um esporte altamente competitivo.
O apoio da torcida e o fenômeno Fonseca
Os torcedores têm sido protagonistas na campanha de João Fonseca no Miami Open. Em suas duas primeiras partidas, o Hard Rock Stadium virou um palco de apoio maciço, com bandeiras brasileiras e gritos de incentivo ecoando a cada ponto. A comunidade latina da Flórida, especialmente os brasileiros, abraçou o jovem tenista, criando uma atmosfera que ele descreveu como essencial para seu desempenho. Após a vitória sobre Humbert, Fonseca destacou como se sentiu em casa com o carinho da arquibancada.
Esse apoio vai além do emocional; ele reflete o potencial de Fonseca como um ídolo em construção. No Brasil, onde o tênis perdeu terreno nas últimas décadas, sua ascensão reacende a paixão pelo esporte. A comparação com Neymar, feita por fãs e até por Humbert após a derrota, mostra como o carioca já inspira uma nova geração. Em Miami, ele é visto como um símbolo de renovação, carregando o peso e a honra de representar um país faminto por conquistas no circuito internacional.
A presença de Fonseca em quadra também tem impacto econômico. Com o Brasil sendo um mercado de milhões de fãs, seu sucesso pode atrair investimentos e patrocinadores para o tênis nacional. Em Miami, cada vitória amplia sua visibilidade, consolidando-o como uma figura que transcende o esporte. Para os torcedores presentes, ele é mais do que um jogador; é a promessa de um futuro brilhante.
- Curiosidades sobre Fonseca em Miami:
- Primeiro brasileiro na terceira rodada do torneio desde Thiago Monteiro em 2017.
- Mais jovem a vencer dois jogos seguidos em Miami desde Juan Martín del Potro em 2007.
- Já garantiu 60,4 mil dólares (347 mil reais) em premiação.
