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26 Mar 2025, Wed

13 casos registrados pela Anvisa em 2025

Colgate Brasil


Dezenas de consumidores brasileiros estão enfrentando um problema inesperado ao escovar os dentes: reações alérgicas graves que incluem inchaços, aftas, ardência e até dormência na boca. O motivo, segundo relatos que se multiplicam nas redes sociais e em plataformas como o Reclame Aqui, está na nova fórmula da pasta de dente Colgate Total Prevenção Ativa, lançada em julho de 2024. A mudança na composição, que substituiu o fluoreto de sódio pelo fluoreto de estanho, pegou muitos de surpresa, gerando um aumento significativo de queixas e chamando a atenção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que já registra casos oficiais neste ano.

A situação tem gerado desconforto e preocupação entre usuários antigos da marca, que afirmam nunca terem enfrentado problemas com a versão anterior, conhecida como Colgate Total 12. Nas últimas semanas, histórias de bocas machucadas, gengivas irritadas e dificuldades para comer ou falar tomaram conta de plataformas digitais, enquanto especialistas tentam explicar o que pode estar por trás dessas reações. A Colgate-Palmolive, por sua vez, defende a segurança do novo ingrediente, mas reconhece que uma parcela dos consumidores pode ser sensível a ele, recomendando a interrupção do uso em casos de sintomas.

Entre janeiro e março deste ano, a Anvisa contabilizou oito notificações envolvendo 13 casos de eventos adversos relacionados ao creme dental da marca. Os sintomas mais relatados incluem inchaço nas amígdalas, lábios e mucosa oral, além de vermelhidão, sensação de queimação e ressecamento. A agência segue monitorando a situação e incentiva que consumidores e profissionais de saúde relatem qualquer problema, enquanto o Conselho Federal de Odontologia (CFO) aguarda mais informações da fabricante para se posicionar oficialmente.

  • Inchaço nas amígdalas, lábios e mucosa oral
  • Sensação de ardência e dormência
  • Gengiva irritada e vermelhidão
  • Boca seca e aftas recorrentes

Mudança na fórmula surpreende consumidores fiéis

A alteração na composição da Colgate Total Prevenção Ativa não foi amplamente comunicada antes de o produto chegar às prateleiras, o que deixou muitos consumidores desprevenidos. Introduzido em meados de 2024, o fluoreto de estanho substituiu o fluoreto de sódio, presente na fórmula anterior por anos. A empresa anunciou a novidade oficialmente em outubro do ano passado, destacando que o novo ingrediente traria benefícios adicionais, como maior eficácia antibacteriana e proteção gengival. No entanto, o que era para ser uma evolução acabou se transformando em um pesadelo para alguns usuários.

Relatos nas redes sociais mostram a frustração de quem confiava na marca há décadas. Um internauta descreveu como ele e a mãe passaram 20 dias com a boca ferida, enfrentando dores intensas e recorrendo a antialérgicos e anti-inflamatórios sem sucesso, até descobrirem que a causa estava na pasta de dente. Outro usuário relatou gânglios inchados, lábios que pareciam ter recebido preenchimento e uma quantidade incomum de aftas, demorando dias para associar os sintomas ao produto. A falta de um aviso claro sobre a mudança é uma das principais críticas levantadas por esses consumidores.

A Colgate-Palmolive afirma que a nova fórmula é resultado de mais de dez anos de pesquisa e testes extensivos, inclusive no Brasil. Segundo a empresa, o fluoreto de estanho é amplamente utilizado em cremes dentais ao redor do mundo e foi aprovado por agências regulatórias globais. Apesar disso, a onda de reclamações sugere que a transição pode não ter sido tão suave quanto o esperado, especialmente para aqueles com sensibilidades específicas a componentes químicos.

Anvisa entra em ação com 13 casos confirmados

Desde o início de 2025, a Anvisa tem acompanhado de perto os relatos de eventos adversos ligados à Colgate Total Prevenção Ativa. Entre 1º de janeiro e 19 de março, foram registradas oito notificações oficiais, totalizando 13 casos confirmados. Esses números, embora ainda modestos em comparação com o volume de usuários do produto, indicam um padrão preocupante que levou a agência a intensificar o monitoramento. Os sintomas reportados oficialmente coincidem com os compartilhados por consumidores em plataformas digitais: inchaços, ardência, dormência e irritação nas gengivas.

A agência enfatiza a importância de que consumidores e profissionais de saúde continuem reportando qualquer problema por meio de seu sistema de vigilância de produtos de higiene pessoal. Esses dados são essenciais para avaliar a segurança do creme dental no mercado e determinar se medidas adicionais serão necessárias. Até o momento, não há indícios de que a Anvisa planeje retirar o produto das prateleiras, mas o aumento nas queixas mantém o caso sob análise rigorosa.

No Reclame Aqui, a situação é ainda mais alarmante. Entre setembro de 2024 e o final do mesmo mês, a plataforma registrou 783 reclamações relacionadas à “má qualidade e alergia” da pasta, com 77,8% delas solucionadas pela empresa. Apenas nas últimas 24 horas antes de 19 de março, mais de 20 novas queixas foram adicionadas, evidenciando que o problema persiste e continua a afetar novos usuários.

O que dizem os especialistas sobre o fluoreto de estanho

A troca do fluoreto de sódio pelo fluoreto de estanho na fórmula da Colgate Total Prevenção Ativa tem sido o foco das discussões entre especialistas em odontologia. O íon estanho, conhecido por suas propriedades antibacterianas, é apontado como um avanço na proteção contra cáries e doenças gengivais. Jaime Aparecido Cury, doutor em Ciências Biológicas e professor emérito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), destaca que todos os ingredientes usados em dentifrícios são aprovados pela Anvisa como seguros para a saúde geral dos consumidores.

Por outro lado, dentistas como Aline Laignier, especializada em odontopediatria e ortodontia, alertam que nem todos reagem da mesma forma ao composto. Ela explica que a alergia ao fluoreto de estanho não é universal, mas pode se manifestar de maneiras variadas, como ardência, aftas e inchaços na gengiva. A profissional ressalta que outros componentes das pastas, como saborizantes ou detergentes, também podem desencadear reações, o que torna o diagnóstico mais complexo. Para identificar a causa exata, testes cutâneos de sensibilidade são recomendados.

O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) reforça que as reações adversas geralmente cessam após a interrupção do uso do produto. A entidade orienta que, ao perceber sintomas como sensibilidade ou irritação ao usar um novo dentifrício, o consumidor deve suspender o uso imediatamente e buscar uma alternativa. O CROSP também esclarece que o fluoreto, presente tanto na fórmula antiga quanto na nova, não é o responsável pelas reações, já que é um componente comum às duas versões.

  • Fluoreto de estanho: possui ação antibacteriana e protege as gengivas
  • Fluoreto de sódio: eficaz contra cáries, usado na fórmula anterior
  • Testes de sensibilidade: única forma de confirmar a causa da alergia
  • Interrupção do uso: recomendada para cessar os sintomas

Reclamações explodem nas redes e no Reclame Aqui

A insatisfação com a nova fórmula da Colgate Total Prevenção Ativa ganhou força nas redes sociais, onde consumidores compartilham experiências pessoais e alertam outros sobre os riscos. Um usuário relatou que, após uma semana de uso, enfrentou um quadro alérgico severo, com gengivas doloridas, aftas em grande quantidade e lábios inchados. Outro descreveu o produto como “ácido sulfúrico” em tom irônico, contando que sofreu inflamações na língua e na boca por mais de 20 dias, precisando de consultas médicas para aliviar o desconforto.

No Reclame Aqui, a página da Colgate-Palmolive tornou-se um ponto de encontro para os afetados. Nos últimos sete dias antes de 21 de março, cerca de 250 reclamações foram registradas, muitas ainda sem resposta da empresa. Um consumidor fiel da marca há anos relatou que, pela primeira vez, enfrentou problemas como língua branca e feridas, o que o levou a abandonar o produto. A plataforma mostra que, apesar de a maioria das queixas de 2024 ter sido resolvida, o volume de novos relatos não para de crescer.

A Colgate responde individualmente a muitos desses casos, oferecendo o número 0800 703 7722 para contato direto. Em mensagens públicas, a empresa reitera que o fluoreto de estanho passou por testes rigorosos e é seguro, mas sugere que os consumidores com reações suspendam o uso. A abordagem, no entanto, não tem sido suficiente para acalmar os ânimos de quem se sente prejudicado pela mudança inesperada.

Cronologia da polêmica: do lançamento às queixas

A trajetória da Colgate Total Prevenção Ativa começou com promessas de inovação, mas rapidamente se transformou em uma crise de confiança para a marca. Confira os principais marcos dessa história:

  • Julho de 2024: Lançamento da nova fórmula com fluoreto de estanho
  • Outubro de 2024: Anúncio oficial da mudança pela Colgate-Palmolive
  • Setembro de 2024: Primeiras reclamações surgem no Reclame Aqui
  • Janeiro de 2025: Anvisa registra os primeiros casos oficiais
  • Março de 2025: Queixas nas redes sociais e plataformas disparam

Esse calendário reflete como o problema evoluiu de uma alteração silenciosa para um tema de interesse nacional, com a Anvisa e o público acompanhando de perto os desdobramentos.

Impacto vai além do desconforto físico

Para muitos consumidores, as reações alérgicas à nova pasta de dente não se limitam a sintomas físicos. Há também um custo emocional e financeiro envolvido. Pedro Maciel, estudante de 25 anos, relatou ter desenvolvido mais de 50 aftas na boca em janeiro, enfrentando dores que o impediram de se alimentar normalmente por quase uma semana. Ele precisou consultar quatro médicos, que suspeitaram de estomatite e candidíase, e gastar com medicamentos antes de identificar a causa no creme dental.

Casos como esse mostram que o problema pode afetar a qualidade de vida, dificultando atividades simples como comer, falar ou dormir. Aline Dourado, de 30 anos, observou aftas no freio da língua e inchaço que prejudicaram sua fala logo após começar a usar o produto em dezembro. A demora para associar os sintomas à pasta é um ponto comum entre os relatos, o que prolonga o sofrimento e aumenta os gastos com tratamentos.

A Colgate-Palmolive reconhece que uma “pequena minoria” pode ser sensível ao fluoreto de estanho ou a outros ingredientes, como corantes e sabores. A empresa garante que monitora os casos individualmente e mantém um canal de atendimento ativo, mas a falta de uma solução definitiva mantém os consumidores em alerta.

Alternativas e orientações para os afetados

Diante da onda de reações, especialistas e entidades odontológicas têm oferecido orientações para quem enfrenta problemas com a nova fórmula. O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo destaca que a interrupção do uso é o primeiro passo para aliviar os sintomas. A entidade sugere que os consumidores busquem pastas com fórmulas mais simples ou sem componentes potencialmente irritantes, como o fluoreto de estanho.

Dentistas também recomendam cautela ao experimentar novos produtos. Para quem já foi afetado, a busca por um profissional de saúde pode ajudar a tratar os sintomas residuais, como aftas ou inflamações. Além disso, testes de sensibilidade são indicados para quem deseja identificar o componente exato responsável pela alergia, evitando problemas futuros com outros cremes dentais.

A Colgate, por sua vez, mantém a posição de que o produto é seguro para a maioria, mas não descarta a possibilidade de reações isoladas. A empresa continua a oferecer suporte pelo telefone de atendimento, enquanto os consumidores afetados buscam alternativas no mercado para retomar suas rotinas de higiene bucal sem medo.

  • Interrompa o uso imediatamente ao notar sintomas
  • Consulte um dentista para tratar reações persistentes
  • Opte por fórmulas simples se houver histórico de alergias
  • Realize testes de sensibilidade para evitar novos problemas



Dezenas de consumidores brasileiros estão enfrentando um problema inesperado ao escovar os dentes: reações alérgicas graves que incluem inchaços, aftas, ardência e até dormência na boca. O motivo, segundo relatos que se multiplicam nas redes sociais e em plataformas como o Reclame Aqui, está na nova fórmula da pasta de dente Colgate Total Prevenção Ativa, lançada em julho de 2024. A mudança na composição, que substituiu o fluoreto de sódio pelo fluoreto de estanho, pegou muitos de surpresa, gerando um aumento significativo de queixas e chamando a atenção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que já registra casos oficiais neste ano.

A situação tem gerado desconforto e preocupação entre usuários antigos da marca, que afirmam nunca terem enfrentado problemas com a versão anterior, conhecida como Colgate Total 12. Nas últimas semanas, histórias de bocas machucadas, gengivas irritadas e dificuldades para comer ou falar tomaram conta de plataformas digitais, enquanto especialistas tentam explicar o que pode estar por trás dessas reações. A Colgate-Palmolive, por sua vez, defende a segurança do novo ingrediente, mas reconhece que uma parcela dos consumidores pode ser sensível a ele, recomendando a interrupção do uso em casos de sintomas.

Entre janeiro e março deste ano, a Anvisa contabilizou oito notificações envolvendo 13 casos de eventos adversos relacionados ao creme dental da marca. Os sintomas mais relatados incluem inchaço nas amígdalas, lábios e mucosa oral, além de vermelhidão, sensação de queimação e ressecamento. A agência segue monitorando a situação e incentiva que consumidores e profissionais de saúde relatem qualquer problema, enquanto o Conselho Federal de Odontologia (CFO) aguarda mais informações da fabricante para se posicionar oficialmente.

  • Inchaço nas amígdalas, lábios e mucosa oral
  • Sensação de ardência e dormência
  • Gengiva irritada e vermelhidão
  • Boca seca e aftas recorrentes

Mudança na fórmula surpreende consumidores fiéis

A alteração na composição da Colgate Total Prevenção Ativa não foi amplamente comunicada antes de o produto chegar às prateleiras, o que deixou muitos consumidores desprevenidos. Introduzido em meados de 2024, o fluoreto de estanho substituiu o fluoreto de sódio, presente na fórmula anterior por anos. A empresa anunciou a novidade oficialmente em outubro do ano passado, destacando que o novo ingrediente traria benefícios adicionais, como maior eficácia antibacteriana e proteção gengival. No entanto, o que era para ser uma evolução acabou se transformando em um pesadelo para alguns usuários.

Relatos nas redes sociais mostram a frustração de quem confiava na marca há décadas. Um internauta descreveu como ele e a mãe passaram 20 dias com a boca ferida, enfrentando dores intensas e recorrendo a antialérgicos e anti-inflamatórios sem sucesso, até descobrirem que a causa estava na pasta de dente. Outro usuário relatou gânglios inchados, lábios que pareciam ter recebido preenchimento e uma quantidade incomum de aftas, demorando dias para associar os sintomas ao produto. A falta de um aviso claro sobre a mudança é uma das principais críticas levantadas por esses consumidores.

A Colgate-Palmolive afirma que a nova fórmula é resultado de mais de dez anos de pesquisa e testes extensivos, inclusive no Brasil. Segundo a empresa, o fluoreto de estanho é amplamente utilizado em cremes dentais ao redor do mundo e foi aprovado por agências regulatórias globais. Apesar disso, a onda de reclamações sugere que a transição pode não ter sido tão suave quanto o esperado, especialmente para aqueles com sensibilidades específicas a componentes químicos.

Anvisa entra em ação com 13 casos confirmados

Desde o início de 2025, a Anvisa tem acompanhado de perto os relatos de eventos adversos ligados à Colgate Total Prevenção Ativa. Entre 1º de janeiro e 19 de março, foram registradas oito notificações oficiais, totalizando 13 casos confirmados. Esses números, embora ainda modestos em comparação com o volume de usuários do produto, indicam um padrão preocupante que levou a agência a intensificar o monitoramento. Os sintomas reportados oficialmente coincidem com os compartilhados por consumidores em plataformas digitais: inchaços, ardência, dormência e irritação nas gengivas.

A agência enfatiza a importância de que consumidores e profissionais de saúde continuem reportando qualquer problema por meio de seu sistema de vigilância de produtos de higiene pessoal. Esses dados são essenciais para avaliar a segurança do creme dental no mercado e determinar se medidas adicionais serão necessárias. Até o momento, não há indícios de que a Anvisa planeje retirar o produto das prateleiras, mas o aumento nas queixas mantém o caso sob análise rigorosa.

No Reclame Aqui, a situação é ainda mais alarmante. Entre setembro de 2024 e o final do mesmo mês, a plataforma registrou 783 reclamações relacionadas à “má qualidade e alergia” da pasta, com 77,8% delas solucionadas pela empresa. Apenas nas últimas 24 horas antes de 19 de março, mais de 20 novas queixas foram adicionadas, evidenciando que o problema persiste e continua a afetar novos usuários.

O que dizem os especialistas sobre o fluoreto de estanho

A troca do fluoreto de sódio pelo fluoreto de estanho na fórmula da Colgate Total Prevenção Ativa tem sido o foco das discussões entre especialistas em odontologia. O íon estanho, conhecido por suas propriedades antibacterianas, é apontado como um avanço na proteção contra cáries e doenças gengivais. Jaime Aparecido Cury, doutor em Ciências Biológicas e professor emérito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), destaca que todos os ingredientes usados em dentifrícios são aprovados pela Anvisa como seguros para a saúde geral dos consumidores.

Por outro lado, dentistas como Aline Laignier, especializada em odontopediatria e ortodontia, alertam que nem todos reagem da mesma forma ao composto. Ela explica que a alergia ao fluoreto de estanho não é universal, mas pode se manifestar de maneiras variadas, como ardência, aftas e inchaços na gengiva. A profissional ressalta que outros componentes das pastas, como saborizantes ou detergentes, também podem desencadear reações, o que torna o diagnóstico mais complexo. Para identificar a causa exata, testes cutâneos de sensibilidade são recomendados.

O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) reforça que as reações adversas geralmente cessam após a interrupção do uso do produto. A entidade orienta que, ao perceber sintomas como sensibilidade ou irritação ao usar um novo dentifrício, o consumidor deve suspender o uso imediatamente e buscar uma alternativa. O CROSP também esclarece que o fluoreto, presente tanto na fórmula antiga quanto na nova, não é o responsável pelas reações, já que é um componente comum às duas versões.

  • Fluoreto de estanho: possui ação antibacteriana e protege as gengivas
  • Fluoreto de sódio: eficaz contra cáries, usado na fórmula anterior
  • Testes de sensibilidade: única forma de confirmar a causa da alergia
  • Interrupção do uso: recomendada para cessar os sintomas

Reclamações explodem nas redes e no Reclame Aqui

A insatisfação com a nova fórmula da Colgate Total Prevenção Ativa ganhou força nas redes sociais, onde consumidores compartilham experiências pessoais e alertam outros sobre os riscos. Um usuário relatou que, após uma semana de uso, enfrentou um quadro alérgico severo, com gengivas doloridas, aftas em grande quantidade e lábios inchados. Outro descreveu o produto como “ácido sulfúrico” em tom irônico, contando que sofreu inflamações na língua e na boca por mais de 20 dias, precisando de consultas médicas para aliviar o desconforto.

No Reclame Aqui, a página da Colgate-Palmolive tornou-se um ponto de encontro para os afetados. Nos últimos sete dias antes de 21 de março, cerca de 250 reclamações foram registradas, muitas ainda sem resposta da empresa. Um consumidor fiel da marca há anos relatou que, pela primeira vez, enfrentou problemas como língua branca e feridas, o que o levou a abandonar o produto. A plataforma mostra que, apesar de a maioria das queixas de 2024 ter sido resolvida, o volume de novos relatos não para de crescer.

A Colgate responde individualmente a muitos desses casos, oferecendo o número 0800 703 7722 para contato direto. Em mensagens públicas, a empresa reitera que o fluoreto de estanho passou por testes rigorosos e é seguro, mas sugere que os consumidores com reações suspendam o uso. A abordagem, no entanto, não tem sido suficiente para acalmar os ânimos de quem se sente prejudicado pela mudança inesperada.

Cronologia da polêmica: do lançamento às queixas

A trajetória da Colgate Total Prevenção Ativa começou com promessas de inovação, mas rapidamente se transformou em uma crise de confiança para a marca. Confira os principais marcos dessa história:

  • Julho de 2024: Lançamento da nova fórmula com fluoreto de estanho
  • Outubro de 2024: Anúncio oficial da mudança pela Colgate-Palmolive
  • Setembro de 2024: Primeiras reclamações surgem no Reclame Aqui
  • Janeiro de 2025: Anvisa registra os primeiros casos oficiais
  • Março de 2025: Queixas nas redes sociais e plataformas disparam

Esse calendário reflete como o problema evoluiu de uma alteração silenciosa para um tema de interesse nacional, com a Anvisa e o público acompanhando de perto os desdobramentos.

Impacto vai além do desconforto físico

Para muitos consumidores, as reações alérgicas à nova pasta de dente não se limitam a sintomas físicos. Há também um custo emocional e financeiro envolvido. Pedro Maciel, estudante de 25 anos, relatou ter desenvolvido mais de 50 aftas na boca em janeiro, enfrentando dores que o impediram de se alimentar normalmente por quase uma semana. Ele precisou consultar quatro médicos, que suspeitaram de estomatite e candidíase, e gastar com medicamentos antes de identificar a causa no creme dental.

Casos como esse mostram que o problema pode afetar a qualidade de vida, dificultando atividades simples como comer, falar ou dormir. Aline Dourado, de 30 anos, observou aftas no freio da língua e inchaço que prejudicaram sua fala logo após começar a usar o produto em dezembro. A demora para associar os sintomas à pasta é um ponto comum entre os relatos, o que prolonga o sofrimento e aumenta os gastos com tratamentos.

A Colgate-Palmolive reconhece que uma “pequena minoria” pode ser sensível ao fluoreto de estanho ou a outros ingredientes, como corantes e sabores. A empresa garante que monitora os casos individualmente e mantém um canal de atendimento ativo, mas a falta de uma solução definitiva mantém os consumidores em alerta.

Alternativas e orientações para os afetados

Diante da onda de reações, especialistas e entidades odontológicas têm oferecido orientações para quem enfrenta problemas com a nova fórmula. O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo destaca que a interrupção do uso é o primeiro passo para aliviar os sintomas. A entidade sugere que os consumidores busquem pastas com fórmulas mais simples ou sem componentes potencialmente irritantes, como o fluoreto de estanho.

Dentistas também recomendam cautela ao experimentar novos produtos. Para quem já foi afetado, a busca por um profissional de saúde pode ajudar a tratar os sintomas residuais, como aftas ou inflamações. Além disso, testes de sensibilidade são indicados para quem deseja identificar o componente exato responsável pela alergia, evitando problemas futuros com outros cremes dentais.

A Colgate, por sua vez, mantém a posição de que o produto é seguro para a maioria, mas não descarta a possibilidade de reações isoladas. A empresa continua a oferecer suporte pelo telefone de atendimento, enquanto os consumidores afetados buscam alternativas no mercado para retomar suas rotinas de higiene bucal sem medo.

  • Interrompa o uso imediatamente ao notar sintomas
  • Consulte um dentista para tratar reações persistentes
  • Opte por fórmulas simples se houver histórico de alergias
  • Realize testes de sensibilidade para evitar novos problemas



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