A tarde desta terça-feira, 25 de março, reserva um momento nostálgico para os fãs de animação e comédia na TV Globo. Às 15h25, horário de Brasília, a Sessão da Tarde apresenta Garfield: O Filme, lançado em 2004 e dirigido por Peter Hewitt. Com duração de 1 hora e 20 minutos, o longa traz o icônico gato laranja em uma aventura repleta de humor, lasanha e uma inesperada missão heroica. Estrelado por Bill Murray, que empresta sua voz ao preguiçoso felino, o filme mistura live-action e animação para contar a história de Garfield, um gato que vê sua rotina de sossego ameaçada pela chegada de um novo integrante na casa: o cãozinho Odie. O que começa como uma rivalidade típica logo se transforma em uma jornada de resgate que leva o felino a abandonar o conforto do sofá.
Nos Estados Unidos, Garfield: O Filme arrecadou mais de 75 milhões de dólares nas bilheterias, enquanto globalmente superou os 200 milhões, números expressivos para uma produção que adapta as tirinhas criadas por Jim Davis em 1978. A exibição na TV aberta brasileira ocorre em um horário estratégico, aproveitando o público que busca entretenimento leve no meio da tarde. A escolha do filme também reflete a popularidade duradoura do personagem, que há décadas conquista gerações com seu sarcasmo e amor por comida.
A trama acompanha Garfield em sua vida tranquila ao lado de Jon, seu dono interpretado por Breckin Meyer. Tudo muda quando Jon, apaixonado pela veterinária Liz (Jennifer Love Hewitt), decide adotar Odie, um filhote adorável, mas desajeitado. O que parecia apenas uma inconveniência para o gato preguiçoso toma um rumo inesperado com o sequestro de Odie por um treinador de cães sem escrúpulos. É nesse ponto que o filme ganha ritmo, mostrando um Garfield determinado a salvar seu novo rival, em uma reviravolta que mistura humor e emoção.
- Aventura inesperada: Garfield troca a lasanha por uma missão de resgate.
- Elenco de peso: Bill Murray dá vida ao gato com seu tom sarcástico característico.
- Sucesso mundial: Filme ultrapassou 200 milhões de dólares em bilheteria global.
Origem de um ícone preguiçoso
Criado por Jim Davis, Garfield surgiu nas tirinhas de jornal em 19 de junho de 1978, rapidamente se tornando um fenômeno cultural. O gato laranja, conhecido por sua aversão a segundas-feiras e paixão por lasanha, apareceu em mais de 2.500 jornais ao redor do mundo em seu auge. Antes de chegar às telas em 2004, o personagem já havia estrelado especiais de TV e conquistado uma legião de fãs. A adaptação para o cinema, produzida pela 20th Century Fox, trouxe uma abordagem híbrida, combinando animação digital com atores reais, uma técnica inovadora para a época.
O filme de 2004 não foi o primeiro passo de Garfield no audiovisual. Nos anos 1980 e 1990, ele protagonizou animações como Garfield e Seus Amigos, exibida no Brasil pela Globo e pelo SBT. Essas produções solidificaram sua fama entre o público infantil e adulto, preparando o terreno para o salto ao cinema. A escolha de Bill Murray para dublar o protagonista foi um acerto: o ator, famoso por papéis em Os Caça-Fantasmas e Encontros e Desencontros, trouxe um tom irônico que casou perfeitamente com a personalidade do gato.
A produção enfrentou desafios para equilibrar o humor das tirinhas com uma narrativa cinematográfica. Enquanto as histórias originais de Jim Davis focam em situações cotidianas, o filme optou por uma trama mais dinâmica, com vilões e reviravoltas. O resultado agradou o público, embora alguns críticos tenham apontado que a essência minimalista das tiras se perdeu em meio à ação. Ainda assim, o carisma de Garfield e a química entre os personagens garantiram seu lugar na memória dos espectadores.
Uma trama de rivalidade e redenção
Jon, o dono de Garfield, é um cartunista de bom coração que vive uma vida simples ao lado de seu gato. Interpretado por Breckin Meyer, ele representa o típico humano que tenta agradar a todos, mas acaba complicando as coisas. Sua paixão pela veterinária Liz, vivida por Jennifer Love Hewitt, é o estopim da história. Liz, uma profissional dedicada, convence Jon a adotar Odie, um filhote que logo vira alvo da inveja de Garfield. O cãozinho, dublado por efeitos sonoros e sem falas, rouba a cena com sua energia inocente.
A tranquilidade da casa é abalada quando Odie é sequestrado por Happy Chapman, um apresentador de TV interpretado por Stephen Tobolowsky. Chapman planeja usar o cão em seu programa para alavancar a audiência, revelando-se um vilão caricato, mas eficaz na trama. Garfield, inicialmente feliz com a ausência do rival, percebe que precisa agir. A operação de resgate liderada pelo gato envolve momentos de tensão e comédia, como quando ele invade um estúdio de televisão para salvar o amigo.
A relação entre Garfield e Odie evolui ao longo do filme, passando de competição a companheirismo. Essa transformação é o coração da narrativa, mostrando que até o mais preguiçoso dos gatos pode encontrar motivação quando o assunto é lealdade. A interação entre os dois animais, combinada com o humor ácido de Bill Murray, mantém o público entretido do início ao fim.
Números e curiosidades do sucesso de Garfield
O impacto de Garfield: O Filme vai além da bilheteria. Nos Estados Unidos, o longa estreou em 11 de junho de 2004 e arrecadou 21 milhões de dólares apenas no primeiro fim de semana. No Brasil, o filme chegou aos cinemas em agosto do mesmo ano, atraindo famílias e fãs do personagem. A receita global de mais de 200 milhões de dólares consolidou Garfield como um nome forte no entretenimento, levando à produção de uma sequência, Garfield 2, lançada em 2006.
- Estreia marcante: 21 milhões de dólares no primeiro fim de semana nos EUA.
- Elenco estelar: Além de Murray, Jennifer Love Hewitt e Breckin Meyer brilham na tela.
- Sequência garantida: Sucesso abriu portas para Garfield 2 em 2006.
O filme também gerou uma onda de produtos licenciados, como brinquedos, roupas e até edições especiais de lasanha congelada, aproveitando a paixão do protagonista pela iguaria italiana. Nos anos seguintes, Garfield continuou presente na cultura pop, com relançamentos em DVD e exibições frequentes na TV. A Sessão da Tarde, tradicional faixa da Globo dedicada a filmes familiares, já reprisou o longa em outras ocasiões, sempre com boa receptividade.
Por trás das câmeras: a criação do filme
Dirigido por Peter Hewitt, conhecido por As Aventuras de Tom Jones, o filme teve um orçamento estimado em 50 milhões de dólares. A escolha de combinar animação com live-action exigiu um trabalho meticuloso da equipe de efeitos visuais, liderada pela Rhythm & Hues Studios. Cada movimento de Garfield foi cuidadosamente planejado para refletir sua personalidade preguiçosa, mas astuta. A dublagem de Bill Murray, gravada em sessões separadas, adicionou camadas de humor ao personagem, com improvisos que enriqueceram o roteiro.
A trilha sonora, composta por Christophe Beck, mistura tons leves e divertidos, complementando o clima descontraído do filme. Músicas como Sweet Home Alabama, interpretada por uma banda cover, aparecem em momentos-chave, reforçando a vibe descontraída. A produção também contou com a aprovação de Jim Davis, que atuou como produtor executivo e garantiu que o espírito das tirinhas fosse preservado, mesmo com as adaptações.
Jennifer Love Hewitt, que na época era um nome em alta por séries como Party of Five, trouxe um charme natural à veterinária Liz. Sua química com Breckin Meyer ajudou a humanizar a trama, enquanto Stephen Tobolowsky entregou um vilão exagerado na medida certa. O elenco de apoio, incluindo vozes adicionais para personagens secundários, completou o tom leve e familiar do longa.
Cronologia de Garfield nas telas
A trajetória de Garfield no audiovisual é rica e variada. Antes de chegar ao cinema, o gato laranja deixou sua marca em diversas produções. Confira os principais marcos:
- 1978: Estreia nas tirinhas de Jim Davis, publicadas em jornais.
- 1982: Primeiro especial de TV, Here Comes Garfield, exibido nos EUA.
- 1988: Lançamento de Garfield e Seus Amigos, série animada de sucesso.
- 2004: Estreia de Garfield: O Filme nos cinemas.
- 2006: Lançamento da sequência Garfield 2.
Essa linha do tempo mostra como o personagem evoluiu de tirinhas simples para um ícone multimídia. A exibição na Sessão da Tarde reforça sua relevância, trazendo a história para uma nova geração de espectadores.
Recepção e legado do filme
Quando lançado, Garfield: O Filme dividiu opiniões. Enquanto o público infantil adorou a aventura e o humor físico, alguns críticos sentiram falta da sutileza das tirinhas originais. Ainda assim, o longa conquistou um espaço cativo entre os fãs, especialmente pela performance de Bill Murray. No Brasil, a dublagem brasileira, com vozes conhecidas como Carlos Falat, deu um toque local que ampliou seu apelo.
A bilheteria robusta e o merchandising mostram que o filme foi mais do que uma adaptação passageira. Ele pavimentou o caminho para a sequência e manteve Garfield vivo na cultura pop. Hoje, o personagem segue inspirando novas produções, como a animação The Garfield Movie, lançada em 2024 com Chris Pratt na voz do protagonista, provando que o gato laranja ainda tem muito a oferecer.
A exibição desta terça na Globo é uma oportunidade para revisitar essa aventura. Com um elenco carismático, uma trama simples, mas envolvente, e o humor característico de Garfield, o filme promete entreter quem sintonizar às 15h25. A lasanha pode até ficar de fora do cardápio, mas a diversão está garantida.
