Mais um capítulo da histórica rivalidade entre Argentina e Brasil será escrito nesta terça-feira, 25 de março, às 21h (horário de Brasília), no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires. Pela 14ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, as duas seleções entram em campo com objetivos distintos, mas com a mesma intensidade que marca o confronto há décadas. A Argentina, líder com 28 pontos, pode carimbar sua vaga no Mundial com um simples empate, enquanto o Brasil, terceiro colocado com 21 pontos, busca encerrar um jejum de 16 anos sem vitórias em solo argentino e consolidar sua posição na zona de classificação. Sem Lionel Messi e Neymar, cortados por lesão, o clássico ganha novos protagonistas, como Raphinha, que prometeu “porrada” e um gol para incendiar ainda mais a partida.
O embate será transmitido ao vivo pela TV Globo, com narração de Luis Roberto e comentários de Júnior e Roger Flores, além do sportv, que terá Luiz Carlos Júnior na narração, acompanhado de Lédio Carmona e Ricardinho. O confronto também terá cobertura em tempo real no ge, com vídeos dos principais lances a partir das 20h, trazendo cada detalhe dessa noite que promete ser eletrizante. Cerca de 85 mil torcedores são esperados no Monumental, transformando o estádio em um caldeirão para recepcionar o Brasil, que chega com mudanças no elenco e pressão por um bom resultado.
A ausência dos dois maiores astros do futebol sul-americano nas últimas duas décadas dá ao jogo um tom inédito. Messi, com uma lesão muscular, e Neymar, ainda em recuperação de uma cirurgia no joelho, deixam o palco livre para outros nomes brilharem. Raphinha, camisa 11 da Seleção Brasileira, já assumiu o papel de provocador ao declarar em entrevista que quer “dar porrada” na Argentina, tanto dentro quanto fora de campo, se necessário. A promessa do atacante do Barcelona aqueceu os ânimos e colocou ainda mais expectativa sobre o desempenho brasileiro diante de uma Argentina que vive grande fase.
- Argentina: Líder com 28 pontos, pode garantir vaga na Copa de 2026 com empate.
- Brasil: Terceiro com 21 pontos, busca vitória para quebrar tabu de 16 anos.
- Transmissão: TV Globo, sportv e ge, com início às 20h no tempo real.
Argentina busca vaga com força total em casa
Liderando as Eliminatórias com 28 pontos em 13 jogos, a Argentina chega ao clássico em um momento de confiança. A vitória por 2 a 1 sobre o Uruguai, fora de casa, na última sexta-feira, reforçou a posição da equipe comandada por Lionel Scaloni no topo da tabela. Com nove vitórias, um empate e três derrotas, os argentinos têm a chance de garantir matematicamente a classificação para a Copa do Mundo de 2026 já nesta rodada. Para isso, basta um empate contra o Brasil, desde que a Bolívia não vença o Uruguai no duelo marcado para as 17h do mesmo dia.
A força da Argentina em casa é um dos trunfos para o jogo. O Estádio Monumental de Núñez, com capacidade para mais de 85 mil pessoas, estará lotado, criando uma atmosfera intimidadora para os visitantes. A seleção alviceleste não perde em casa pelas Eliminatórias desde 2016, quando caiu por 1 a 0 para o Paraguai, o que demonstra a solidez do time diante de sua torcida. Mesmo sem Messi, o retorno de Rodrigo De Paul, recuperado de um desconforto muscular, é um reforço importante para o meio-campo argentino.
O técnico Lionel Scaloni deve manter a base que venceu o Uruguai, com De Paul assumindo a vaga de Giuliano Simeone. A escalação provável inclui Emiliano “Dibu” Martínez no gol, uma defesa sólida com Nahuel Molina, Cristian Romero, Nicolás Otamendi e Nicolás Tagliafico, além de um meio-campo criativo formado por Leandro Paredes, Enzo Fernández e Alexis Mac Allister. No ataque, Thiago Almada e Julián Álvarez terão a missão de suprir a ausência de Messi e Lautaro Martínez, outro desfalque por lesão.
Brasil enfrenta desafios e mudanças forçadas
Enquanto a Argentina vive um momento de estabilidade, o Brasil ainda busca regularidade sob o comando de Dorival Júnior. A vitória por 2 a 1 contra a Colômbia, na última quinta-feira, em Brasília, trouxe alívio com um gol nos acréscimos, mas não escondeu as dificuldades da equipe. Com 21 pontos em 13 jogos, a Seleção ocupa a terceira posição nas Eliminatórias, com seis vitórias, três empates e quatro derrotas. O desempenho irregular aumenta a pressão para o clássico, especialmente por ser uma chance de quebrar o tabu de 16 anos sem vencer a Argentina em seu território.
O último triunfo brasileiro em solo argentino pelas Eliminatórias aconteceu em 2009, no Estádio Gigante de Arroyito, em Rosário, com uma vitória por 3 a 1. Desde então, foram dois empates: 1 a 1 em 2015, no próprio Monumental, e 0 a 0 em 2021, em San Juan. A missão agora é ainda mais complicada devido aos desfalques. Gabriel Magalhães e Bruno Guimarães estão suspensos, Gerson sofreu uma lesão na coxa esquerda contra a Colômbia, e Alisson foi cortado por protocolo de concussão após um choque na cabeça. Ederson, Danilo e Neymar, todos lesionados, também estão fora.
Dorival Júnior precisou fazer ajustes significativos. Bento assume o gol no lugar de Alisson, enquanto Murillo entra na zaga ao lado de Marquinhos. No meio, André e Joelinton substituem Bruno Guimarães e Gerson, respectivamente. Além disso, o treinador optou por mudanças táticas: Wesley ganha a lateral-direita no lugar de Vanderson, e Matheus Cunha entra no ataque, substituindo João Pedro. A escalação provável tem Bento, Wesley, Marquinhos, Murillo e Guilherme Arana na defesa; André, Joelinton e Raphinha no meio; e Vinicius Júnior, Rodrygo e Matheus Cunha no ataque.
Raphinha assume protagonismo e esquenta rivalidade
Raphinha tornou-se o centro das atenções antes mesmo de a bola rolar. Em entrevista ao ex-jogador Romário, o atacante do Barcelona não mediu palavras ao falar sobre o clássico. Ele prometeu um gol e disse que o Brasil vai “dar porrada” na Argentina, dentro e fora de campo, se necessário. As declarações repercutiram intensamente entre torcedores e na imprensa, elevando a temperatura de um confronto que já é naturalmente quente. Aos 28 anos, Raphinha vive grande fase no clube espanhol e quer consolidar sua liderança na Seleção.
A provocação não é novidade na história do clássico. Argentina e Brasil já se enfrentaram 109 vezes, com 43 vitórias brasileiras, 40 argentinas e 26 empates. Nos últimos anos, porém, a Argentina tem levado vantagem em jogos decisivos, como a final da Copa América de 2021, vencida por 1 a 0 no Maracanã. Para o Brasil, o jogo desta terça é uma oportunidade de reverter essa tendência e mostrar que a renovação do elenco, mesmo sem Neymar, pode trazer resultados. Raphinha, ao lado de Vinicius Júnior e Rodrygo, forma um trio ofensivo que carrega as esperanças da torcida.
O desempenho de Raphinha contra a Colômbia, quando foi um dos destaques apesar da atuação irregular da equipe, dá confiança ao torcedor brasileiro. Sua velocidade e habilidade no um contra um podem ser armas decisivas contra a sólida defesa argentina. No entanto, ele terá pela frente adversários experientes como Otamendi e Romero, além de um meio-campo argentino que sabe controlar o ritmo do jogo com Paredes e Mac Allister.
Escalções confirmadas para o duelo em Buenos Aires
A Argentina entra em campo com uma equipe ajustada para manter sua liderança. Emiliano Martínez, conhecido como “Dibu”, é uma garantia no gol, com defesas decisivas que o tornaram herói na conquista da Copa do Mundo de 2022. A linha defensiva tem Molina pela direita, Romero e Otamendi na zaga e Tagliafico na esquerda. No meio, o retorno de Rodrigo De Paul traz experiência e versatilidade, ao lado de Paredes, Fernández e Mac Allister. Já o ataque aposta na juventude de Thiago Almada e na eficiência de Julián Álvarez, artilheiro da equipe nas Eliminatórias com cinco gols.
O Brasil, por sua vez, terá Bento estreando como titular em um clássico, protegido por uma defesa que mistura experiência e novidade: Wesley na direita, Marquinhos e Murillo no centro, e Guilherme Arana na esquerda. O meio-campo com André, Joelinton e Raphinha busca equilíbrio entre marcação e criação, enquanto o ataque com Vinicius Júnior, Rodrygo e Matheus Cunha promete velocidade e ousadia. A Seleção terá seis jogadores pendurados — André, Joelinton, Matheus Cunha, Raphinha, Rodrygo e Vini Júnior —, o que pode influenciar a postura em campo.
- Argentina: Dibu Martínez; Molina, Romero, Otamendi, Tagliafico; De Paul, Paredes, Fernández, Mac Allister; Almada, Álvarez.
- Brasil: Bento; Wesley, Marquinhos, Murillo, Arana; André, Joelinton, Raphinha; Vini Jr., Rodrygo, Matheus Cunha.
Arbitragem colombiana no comando do clássico
O apito ficará a cargo do colombiano Andres Rojas, auxiliado por Alexander Guzman e Richard Ortiz, também da Colômbia. Carlos Betancur será o quarto árbitro, enquanto John Perdomo comandará o VAR. A escolha de uma arbitragem sul-americana experiente reflete a importância do jogo, que exige precisão em lances que podem ser decisivos. Marquinhos, capitão brasileiro, destacou a necessidade de atenção com a arbitragem, pedindo foco total da equipe para evitar polêmicas.
A rivalidade entre Argentina e Brasil já protagonizou momentos tensos com decisões arbitrais. Em 2021, o clássico em São Paulo pelas Eliminatórias foi suspenso após intervenção de agentes da Anvisa devido a questões sanitárias, mas lances polêmicos em campo também marcaram o duelo. Desta vez, com o Monumental lotado e as provocações de Raphinha, a expectativa é de um jogo disputado e com emoções à flor da pele.
Calendário das próximas rodadas das Eliminatórias
As Eliminatórias Sul-Americanas seguem em ritmo intenso rumo à Copa do Mundo de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, México e Canadá. Após o clássico, as seleções terão mais quatro rodadas pela frente até setembro, quando a fase classificatória termina. Confira os próximos compromissos de Brasil e Argentina:
- 15ª rodada (6 de junho): Equador x Brasil; Argentina x Chile.
- 16ª rodada (10 de junho): Brasil x Paraguai; Peru x Argentina.
- 17ª rodada (4 de setembro): Brasil x Chile; Argentina x Colômbia.
- 18ª rodada (9 de setembro): Bolívia x Brasil; Argentina x Venezuela.
Com seis vagas diretas e uma de repescagem em disputa entre as dez seleções sul-americanas, cada ponto é crucial. A Argentina, com 28 pontos, está próxima de confirmar sua presença no Mundial, enquanto o Brasil, com 21, precisa manter a regularidade para evitar surpresas.
Desfalques pesam, mas novos nomes ganham chance
A ausência de Messi e Neymar não é o único problema para as equipes. A Argentina sente falta de Lautaro Martínez, lesionado, e de Nicolás González, suspenso, o que reduz as opções ofensivas de Scaloni. Já o Brasil tem uma lista extensa de baixas: além de Neymar, Ederson e Danilo estão fora por lesão, Alisson segue protocolo de concussão, Gerson sofreu com a coxa, e Gabriel Magalhães e Bruno Guimarães cumprem suspensão. As convocações de última hora de Beraldo, João Gomes, Éderson e Weverton mostram a profundidade do elenco brasileiro.
Para Dorival Júnior, as mudanças são uma oportunidade de testar novos jogadores em um cenário de alta pressão. Bento, goleiro do Athletico-PR, terá seu primeiro grande teste como titular, enquanto Murillo, zagueiro do Nottingham Forest, estreia em um clássico. Matheus Cunha, do Wolverhampton, também ganha espaço no ataque, trazendo força física e movimentação para desafiar a defesa argentina.
Monumental lotado: o palco do espetáculo
Com 85 mil ingressos vendidos antecipadamente, o Estádio Monumental de Núñez será o coração pulsante do clássico. Casa do River Plate, o local é conhecido por sua atmosfera única, com a torcida argentina transformando cada jogo em um evento memorável. Para o Brasil, enfrentar esse caldeirão é um desafio extra, ainda mais com o jejum de vitórias em solo argentino pesando nas costas da Seleção.
A última vez que as duas equipes se enfrentaram no Monumental pelas Eliminatórias foi em 2015, com um empate em 1 a 1. Lucas Lima marcou para o Brasil, e Ezequiel Lavezzi igualou para os donos da casa. Agora, sem os craques que marcaram época, o clássico ganha um novo roteiro, com Raphinha e companhia tentando fazer história diante de uma torcida apaixonada e exigente.
Curiosidades do clássico Argentina x Brasil
O confronto entre Argentina e Brasil é um dos mais ricos do futebol mundial. Confira alguns dados que mostram a dimensão dessa rivalidade:
- São 109 jogos na história, com 43 vitórias do Brasil, 40 da Argentina e 26 empates.
- O Brasil marcou 40 gols contra a Argentina desde 2001, enquanto os argentinos fizeram 24 no mesmo período.
- A maior goleada brasileira foi um 6 a 1 em 1940; a Argentina respondeu com um 5 a 1 em 1939.
- Em Eliminatórias, o Brasil não vence em solo argentino desde 2009, com gols de Luisão e Luís Fabiano.
Essa mistura de história, rivalidade e novos talentos promete fazer do jogo desta terça-feira um marco nas Eliminatórias de 2026.

Mais um capítulo da histórica rivalidade entre Argentina e Brasil será escrito nesta terça-feira, 25 de março, às 21h (horário de Brasília), no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires. Pela 14ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, as duas seleções entram em campo com objetivos distintos, mas com a mesma intensidade que marca o confronto há décadas. A Argentina, líder com 28 pontos, pode carimbar sua vaga no Mundial com um simples empate, enquanto o Brasil, terceiro colocado com 21 pontos, busca encerrar um jejum de 16 anos sem vitórias em solo argentino e consolidar sua posição na zona de classificação. Sem Lionel Messi e Neymar, cortados por lesão, o clássico ganha novos protagonistas, como Raphinha, que prometeu “porrada” e um gol para incendiar ainda mais a partida.
O embate será transmitido ao vivo pela TV Globo, com narração de Luis Roberto e comentários de Júnior e Roger Flores, além do sportv, que terá Luiz Carlos Júnior na narração, acompanhado de Lédio Carmona e Ricardinho. O confronto também terá cobertura em tempo real no ge, com vídeos dos principais lances a partir das 20h, trazendo cada detalhe dessa noite que promete ser eletrizante. Cerca de 85 mil torcedores são esperados no Monumental, transformando o estádio em um caldeirão para recepcionar o Brasil, que chega com mudanças no elenco e pressão por um bom resultado.
A ausência dos dois maiores astros do futebol sul-americano nas últimas duas décadas dá ao jogo um tom inédito. Messi, com uma lesão muscular, e Neymar, ainda em recuperação de uma cirurgia no joelho, deixam o palco livre para outros nomes brilharem. Raphinha, camisa 11 da Seleção Brasileira, já assumiu o papel de provocador ao declarar em entrevista que quer “dar porrada” na Argentina, tanto dentro quanto fora de campo, se necessário. A promessa do atacante do Barcelona aqueceu os ânimos e colocou ainda mais expectativa sobre o desempenho brasileiro diante de uma Argentina que vive grande fase.
- Argentina: Líder com 28 pontos, pode garantir vaga na Copa de 2026 com empate.
- Brasil: Terceiro com 21 pontos, busca vitória para quebrar tabu de 16 anos.
- Transmissão: TV Globo, sportv e ge, com início às 20h no tempo real.
Argentina busca vaga com força total em casa
Liderando as Eliminatórias com 28 pontos em 13 jogos, a Argentina chega ao clássico em um momento de confiança. A vitória por 2 a 1 sobre o Uruguai, fora de casa, na última sexta-feira, reforçou a posição da equipe comandada por Lionel Scaloni no topo da tabela. Com nove vitórias, um empate e três derrotas, os argentinos têm a chance de garantir matematicamente a classificação para a Copa do Mundo de 2026 já nesta rodada. Para isso, basta um empate contra o Brasil, desde que a Bolívia não vença o Uruguai no duelo marcado para as 17h do mesmo dia.
A força da Argentina em casa é um dos trunfos para o jogo. O Estádio Monumental de Núñez, com capacidade para mais de 85 mil pessoas, estará lotado, criando uma atmosfera intimidadora para os visitantes. A seleção alviceleste não perde em casa pelas Eliminatórias desde 2016, quando caiu por 1 a 0 para o Paraguai, o que demonstra a solidez do time diante de sua torcida. Mesmo sem Messi, o retorno de Rodrigo De Paul, recuperado de um desconforto muscular, é um reforço importante para o meio-campo argentino.
O técnico Lionel Scaloni deve manter a base que venceu o Uruguai, com De Paul assumindo a vaga de Giuliano Simeone. A escalação provável inclui Emiliano “Dibu” Martínez no gol, uma defesa sólida com Nahuel Molina, Cristian Romero, Nicolás Otamendi e Nicolás Tagliafico, além de um meio-campo criativo formado por Leandro Paredes, Enzo Fernández e Alexis Mac Allister. No ataque, Thiago Almada e Julián Álvarez terão a missão de suprir a ausência de Messi e Lautaro Martínez, outro desfalque por lesão.
Brasil enfrenta desafios e mudanças forçadas
Enquanto a Argentina vive um momento de estabilidade, o Brasil ainda busca regularidade sob o comando de Dorival Júnior. A vitória por 2 a 1 contra a Colômbia, na última quinta-feira, em Brasília, trouxe alívio com um gol nos acréscimos, mas não escondeu as dificuldades da equipe. Com 21 pontos em 13 jogos, a Seleção ocupa a terceira posição nas Eliminatórias, com seis vitórias, três empates e quatro derrotas. O desempenho irregular aumenta a pressão para o clássico, especialmente por ser uma chance de quebrar o tabu de 16 anos sem vencer a Argentina em seu território.
O último triunfo brasileiro em solo argentino pelas Eliminatórias aconteceu em 2009, no Estádio Gigante de Arroyito, em Rosário, com uma vitória por 3 a 1. Desde então, foram dois empates: 1 a 1 em 2015, no próprio Monumental, e 0 a 0 em 2021, em San Juan. A missão agora é ainda mais complicada devido aos desfalques. Gabriel Magalhães e Bruno Guimarães estão suspensos, Gerson sofreu uma lesão na coxa esquerda contra a Colômbia, e Alisson foi cortado por protocolo de concussão após um choque na cabeça. Ederson, Danilo e Neymar, todos lesionados, também estão fora.
Dorival Júnior precisou fazer ajustes significativos. Bento assume o gol no lugar de Alisson, enquanto Murillo entra na zaga ao lado de Marquinhos. No meio, André e Joelinton substituem Bruno Guimarães e Gerson, respectivamente. Além disso, o treinador optou por mudanças táticas: Wesley ganha a lateral-direita no lugar de Vanderson, e Matheus Cunha entra no ataque, substituindo João Pedro. A escalação provável tem Bento, Wesley, Marquinhos, Murillo e Guilherme Arana na defesa; André, Joelinton e Raphinha no meio; e Vinicius Júnior, Rodrygo e Matheus Cunha no ataque.
Raphinha assume protagonismo e esquenta rivalidade
Raphinha tornou-se o centro das atenções antes mesmo de a bola rolar. Em entrevista ao ex-jogador Romário, o atacante do Barcelona não mediu palavras ao falar sobre o clássico. Ele prometeu um gol e disse que o Brasil vai “dar porrada” na Argentina, dentro e fora de campo, se necessário. As declarações repercutiram intensamente entre torcedores e na imprensa, elevando a temperatura de um confronto que já é naturalmente quente. Aos 28 anos, Raphinha vive grande fase no clube espanhol e quer consolidar sua liderança na Seleção.
A provocação não é novidade na história do clássico. Argentina e Brasil já se enfrentaram 109 vezes, com 43 vitórias brasileiras, 40 argentinas e 26 empates. Nos últimos anos, porém, a Argentina tem levado vantagem em jogos decisivos, como a final da Copa América de 2021, vencida por 1 a 0 no Maracanã. Para o Brasil, o jogo desta terça é uma oportunidade de reverter essa tendência e mostrar que a renovação do elenco, mesmo sem Neymar, pode trazer resultados. Raphinha, ao lado de Vinicius Júnior e Rodrygo, forma um trio ofensivo que carrega as esperanças da torcida.
O desempenho de Raphinha contra a Colômbia, quando foi um dos destaques apesar da atuação irregular da equipe, dá confiança ao torcedor brasileiro. Sua velocidade e habilidade no um contra um podem ser armas decisivas contra a sólida defesa argentina. No entanto, ele terá pela frente adversários experientes como Otamendi e Romero, além de um meio-campo argentino que sabe controlar o ritmo do jogo com Paredes e Mac Allister.
Escalções confirmadas para o duelo em Buenos Aires
A Argentina entra em campo com uma equipe ajustada para manter sua liderança. Emiliano Martínez, conhecido como “Dibu”, é uma garantia no gol, com defesas decisivas que o tornaram herói na conquista da Copa do Mundo de 2022. A linha defensiva tem Molina pela direita, Romero e Otamendi na zaga e Tagliafico na esquerda. No meio, o retorno de Rodrigo De Paul traz experiência e versatilidade, ao lado de Paredes, Fernández e Mac Allister. Já o ataque aposta na juventude de Thiago Almada e na eficiência de Julián Álvarez, artilheiro da equipe nas Eliminatórias com cinco gols.
O Brasil, por sua vez, terá Bento estreando como titular em um clássico, protegido por uma defesa que mistura experiência e novidade: Wesley na direita, Marquinhos e Murillo no centro, e Guilherme Arana na esquerda. O meio-campo com André, Joelinton e Raphinha busca equilíbrio entre marcação e criação, enquanto o ataque com Vinicius Júnior, Rodrygo e Matheus Cunha promete velocidade e ousadia. A Seleção terá seis jogadores pendurados — André, Joelinton, Matheus Cunha, Raphinha, Rodrygo e Vini Júnior —, o que pode influenciar a postura em campo.
- Argentina: Dibu Martínez; Molina, Romero, Otamendi, Tagliafico; De Paul, Paredes, Fernández, Mac Allister; Almada, Álvarez.
- Brasil: Bento; Wesley, Marquinhos, Murillo, Arana; André, Joelinton, Raphinha; Vini Jr., Rodrygo, Matheus Cunha.
Arbitragem colombiana no comando do clássico
O apito ficará a cargo do colombiano Andres Rojas, auxiliado por Alexander Guzman e Richard Ortiz, também da Colômbia. Carlos Betancur será o quarto árbitro, enquanto John Perdomo comandará o VAR. A escolha de uma arbitragem sul-americana experiente reflete a importância do jogo, que exige precisão em lances que podem ser decisivos. Marquinhos, capitão brasileiro, destacou a necessidade de atenção com a arbitragem, pedindo foco total da equipe para evitar polêmicas.
A rivalidade entre Argentina e Brasil já protagonizou momentos tensos com decisões arbitrais. Em 2021, o clássico em São Paulo pelas Eliminatórias foi suspenso após intervenção de agentes da Anvisa devido a questões sanitárias, mas lances polêmicos em campo também marcaram o duelo. Desta vez, com o Monumental lotado e as provocações de Raphinha, a expectativa é de um jogo disputado e com emoções à flor da pele.
Calendário das próximas rodadas das Eliminatórias
As Eliminatórias Sul-Americanas seguem em ritmo intenso rumo à Copa do Mundo de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, México e Canadá. Após o clássico, as seleções terão mais quatro rodadas pela frente até setembro, quando a fase classificatória termina. Confira os próximos compromissos de Brasil e Argentina:
- 15ª rodada (6 de junho): Equador x Brasil; Argentina x Chile.
- 16ª rodada (10 de junho): Brasil x Paraguai; Peru x Argentina.
- 17ª rodada (4 de setembro): Brasil x Chile; Argentina x Colômbia.
- 18ª rodada (9 de setembro): Bolívia x Brasil; Argentina x Venezuela.
Com seis vagas diretas e uma de repescagem em disputa entre as dez seleções sul-americanas, cada ponto é crucial. A Argentina, com 28 pontos, está próxima de confirmar sua presença no Mundial, enquanto o Brasil, com 21, precisa manter a regularidade para evitar surpresas.
Desfalques pesam, mas novos nomes ganham chance
A ausência de Messi e Neymar não é o único problema para as equipes. A Argentina sente falta de Lautaro Martínez, lesionado, e de Nicolás González, suspenso, o que reduz as opções ofensivas de Scaloni. Já o Brasil tem uma lista extensa de baixas: além de Neymar, Ederson e Danilo estão fora por lesão, Alisson segue protocolo de concussão, Gerson sofreu com a coxa, e Gabriel Magalhães e Bruno Guimarães cumprem suspensão. As convocações de última hora de Beraldo, João Gomes, Éderson e Weverton mostram a profundidade do elenco brasileiro.
Para Dorival Júnior, as mudanças são uma oportunidade de testar novos jogadores em um cenário de alta pressão. Bento, goleiro do Athletico-PR, terá seu primeiro grande teste como titular, enquanto Murillo, zagueiro do Nottingham Forest, estreia em um clássico. Matheus Cunha, do Wolverhampton, também ganha espaço no ataque, trazendo força física e movimentação para desafiar a defesa argentina.
Monumental lotado: o palco do espetáculo
Com 85 mil ingressos vendidos antecipadamente, o Estádio Monumental de Núñez será o coração pulsante do clássico. Casa do River Plate, o local é conhecido por sua atmosfera única, com a torcida argentina transformando cada jogo em um evento memorável. Para o Brasil, enfrentar esse caldeirão é um desafio extra, ainda mais com o jejum de vitórias em solo argentino pesando nas costas da Seleção.
A última vez que as duas equipes se enfrentaram no Monumental pelas Eliminatórias foi em 2015, com um empate em 1 a 1. Lucas Lima marcou para o Brasil, e Ezequiel Lavezzi igualou para os donos da casa. Agora, sem os craques que marcaram época, o clássico ganha um novo roteiro, com Raphinha e companhia tentando fazer história diante de uma torcida apaixonada e exigente.
Curiosidades do clássico Argentina x Brasil
O confronto entre Argentina e Brasil é um dos mais ricos do futebol mundial. Confira alguns dados que mostram a dimensão dessa rivalidade:
- São 109 jogos na história, com 43 vitórias do Brasil, 40 da Argentina e 26 empates.
- O Brasil marcou 40 gols contra a Argentina desde 2001, enquanto os argentinos fizeram 24 no mesmo período.
- A maior goleada brasileira foi um 6 a 1 em 1940; a Argentina respondeu com um 5 a 1 em 1939.
- Em Eliminatórias, o Brasil não vence em solo argentino desde 2009, com gols de Luisão e Luís Fabiano.
Essa mistura de história, rivalidade e novos talentos promete fazer do jogo desta terça-feira um marco nas Eliminatórias de 2026.
