A noite de terça-feira (25) entrou para a história do futebol sul-americano como um marco de supremacia argentina sobre o Brasil. No Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, a Seleção Brasileira sofreu uma derrota avassaladora por 4 a 1 diante da Argentina, em jogo válido pela 14ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. O confronto, que já carregava a tensão das provocações de Raphinha antes da partida, revelou um Brasil irreconhecível e uma Argentina dominante, mesmo sem Lionel Messi, lesionado. A goleada garantiu matematicamente a classificação dos argentinos para o Mundial, enquanto os brasileiros viram suas fragilidades expostas diante de um rival que não deu chances.
O placar foi inaugurado cedo, aos sete minutos, com Julian Alvarez aproveitando uma falha da defesa brasileira para abrir a contagem. O gol inicial ditou o ritmo do jogo, com a Argentina controlando a posse de bola e explorando os espaços deixados pelo Brasil. Antes do intervalo, Enzo Fernández e Alexis Mac Allister ampliaram a vantagem, enquanto Matheus Cunha marcou o único gol brasileiro em um raro momento de inspiração. No segundo tempo, Giuliano Simeone, filho do técnico Diego Simeone, fechou a goleada, consolidando a humilhação da Seleção em um clássico que prometia equilíbrio, mas terminou em um recital albiceleste.
Raphinha, que havia agitado o clima pré-jogo ao prometer “dar porrada” nos argentinos em entrevista a Romário, acabou como um dos protagonistas negativos. O atacante do Barcelona enfrentou vaias constantes da torcida e provocações dos jogadores adversários, como Nicolás Otamendi e Emiliano Martínez, mas não conseguiu responder em campo. Sua atuação discreta, marcada por erros e perdas de bola, contrastou com suas declarações ousadas, deixando o Brasil na quinta posição das Eliminatórias, com 21 pontos, enquanto a Argentina lidera com 31.
🏆 #Eliminatorias Ah, nos olvidamos de subir este…
Ahora sí, buenas noches 💤 pic.twitter.com/Fj1QmgK1CA
— 🇦🇷 Selección Argentina ⭐⭐⭐ (@Argentina) March 26, 2025
Raphinha no centro das atenções
Antes mesmo de a bola rolar, Raphinha já era o foco do clássico. Em entrevista ao canal “Romário TV”, no YouTube, o jogador afirmou que o confronto seria de “porrada neles, dentro e fora de campo, se tiver que ser”. A declaração, feita em tom descontraído ao lado do ex-jogador Romário, ganhou repercussão entre torcedores e atletas argentinos, que transformaram a bravata em motivação extra. Ao chegar ao Monumental, o camisa 11 foi recebido com vaias ensurdecedoras, sinalizando que seria o alvo principal da torcida local durante os 90 minutos.
Em campo, porém, o desempenho de Raphinha ficou muito aquém do prometido. Ele teve 35 ações com a bola, acertou 16 dos 25 passes tentados, errou seu único cruzamento e perdeu a posse em 11 ocasiões. Suas três tentativas de finalização não acertaram o gol, e o único momento de destaque foi uma cobrança de falta que parou no travessão no segundo tempo. Marcado de perto por Tagliafico, o atacante ainda se envolveu em confusões, como um encontrão com Martínez e uma discussão que lhe rendeu um cartão amarelo aos 38 minutos do primeiro tempo.
Os argentinos não deixaram a provocação passar em branco. Otamendi, um dos líderes da equipe, fez gestos indicando que Raphinha “falou demais”, enquanto Martínez atravessou o campo para confrontá-lo, gerando mais uma confusão. A torcida, por sua vez, transformou cada toque do brasileiro na bola em uma oportunidade para vaias e gritos de “olé”, que começaram já aos sete minutos, refletindo o domínio absoluto da Argentina e o fracasso da promessa de Raphinha.
Um Brasil dominado desde o início
A Seleção Brasileira entrou em campo desorganizada e não conseguiu impor seu jogo em nenhum momento. Nos primeiros 125 segundos, nenhum jogador brasileiro tocou na bola, permitindo que a Argentina ditasse o ritmo com trocas de passes precisas. A escalação de Dorival Júnior, com André e Joelinton no meio-campo, foi rapidamente superada pelo quarteto argentino formado por Fernández, Mac Allister, De Paul e Paredes. A defesa, composta por Wesley, Marquinhos, Murillo e Guilherme Arana, também falhou repetidamente, abrindo espaços explorados com facilidade pelos adversários.
O primeiro gol, de Alvarez, surgiu de uma desatenção coletiva, com o atacante finalizando livre na área. No segundo tempo, a entrada de Léo Ortiz, João Gomes e Endrick trouxe uma leve melhora, mas insuficiente para mudar o cenário. O quarto gol, marcado por Simeone, evidenciou a apatia brasileira: Marquinhos e Arana apenas assistiram enquanto o argentino invadia a área e chutava sem marcação. A Argentina, mesmo sem Messi, exibiu um futebol coeso que reforçou sua condição de atual campeã mundial.
A diferença entre as equipes ficou clara nos números. A Argentina finalizou 14 vezes, com sete chutes no alvo, enquanto o Brasil teve apenas cinco arremates, dois deles na direção do gol. Apesar de uma posse de bola equilibrada – 51% para os argentinos e 49% para os brasileiros –, a efetividade dos donos da casa foi avassaladora, transformando o clássico em uma exibição de superioridade técnica e tática.
Números que contam a história
Os dados da partida escancaram o abismo entre Brasil e Argentina. A Seleção Brasileira cometeu 14 faltas, contra nove dos adversários, refletindo a dificuldade em conter o ritmo imposto pelos argentinos. Raphinha, principal alvo das críticas, não criou chances de gol e teve um aproveitamento de apenas 64% nos passes. Vinicius Jr., isolado na esquerda, perdeu a bola oito vezes e pouco ameaçou, enquanto Matheus Cunha, com o gol solitário, foi o único destaque positivo do time.
- Raphinha: 0 gols, 0 assistências, 3 finalizações (nenhuma no alvo), 11 perdas de posse.
- Vinicius Jr.: 0 gols, 0 assistências, 1 finalização, 8 perdas de posse.
- Matheus Cunha: 1 gol, 0 assistências, 2 finalizações, esforço em vão.
- Argentina: 4 gols, 14 finalizações, 7 no alvo, controle absoluto do jogo.
A estatística mais marcante foi o tempo que a torcida argentina levou para gritar “olé”: apenas sete minutos. O placar de 4 a 1, a maior goleada sofrida pelo Brasil em Eliminatórias, poderia ter sido ainda mais elástico, já que os argentinos desperdiçaram chances claras, especialmente no segundo tempo, quando o Brasil parecia entregue.
O desenrolar do massacre
Tudo começou a desandar cedo para o Brasil. Aos sete minutos, Alvarez abriu o placar após uma troca de passes que desmontou a defesa brasileira. O gol abalou a Seleção, que não encontrou respostas mesmo com nomes como Vinicius Jr. e Rodrygo em campo. Raphinha, pela direita, ficou isolado e não conseguiu articular jogadas, enquanto o meio-campo foi dominado pelos argentinos. Aos 36 minutos, Enzo Fernández ampliou com uma finalização precisa, aproveitando mais uma falha de marcação.
Antes do intervalo, Mac Allister marcou o terceiro, expondo a fragilidade do goleiro Bento e da zaga. Matheus Cunha descontou aos 42 minutos, em um lance isolado, mas o gol não mudou o panorama. No segundo tempo, Simeone, que entrou no lugar de Thiago Almada, fechou a goleada aos 71 minutos, aproveitando um espaço deixado pela defesa brasileira, que assistiu ao lance sem reação. O placar refletiu a superioridade argentina do início ao fim.
Reação no Brasil após o apito final
A goleada desencadeou uma onda de críticas no Brasil. Nas redes sociais, torcedores apontaram Raphinha como um dos responsáveis pelo vexame, lembrando suas provocações pré-jogo como um erro estratégico. Dorival Júnior também foi duramente questionado por sua escalação e pela falta de ajustes durante a partida. A imprensa classificou o resultado como um “desastre histórico”, destacando que a derrota reflete uma crise mais profunda na Seleção Brasileira, que não vence a Argentina há seis anos, desde a Copa América de 2019.
Vinicius Jr. e Rodrygo, apesar de seu talento, não conseguiram fazer a diferença, enquanto Matheus Cunha foi poupado por sua entrega em campo. A distância para a Argentina na tabela – 10 pontos – e a diferença de desempenho em campo reacenderam debates sobre a necessidade de uma reformulação no futebol brasileiro, que não conquista um título mundial desde 2002.
Festa argentina e vaga garantida
Para a Argentina, a vitória foi uma celebração em dose dupla. Horas antes do jogo, a equipe já havia assegurado sua vaga na Copa de 2026, beneficiada pelo empate entre Bolívia e Uruguai. Com 28 pontos antes do clássico, os argentinos chegaram a 31 e confirmaram a classificação com quatro rodadas de antecedência. A goleada sobre o Brasil coroou uma campanha impecável nas Eliminatórias e reforçou a supremacia recente sobre o rival.
Jogadores como Ángel Di María, aposentado da seleção, e Messi, ausente por lesão, comemoraram nas redes sociais. Di María destacou que a Argentina “fala em campo”, em uma indireta a Raphinha, enquanto a torcida no Monumental cantou “Brasil está morto” após o apito final. A vitória foi a terceira consecutiva sobre os brasileiros em competições oficiais, consolidando o domínio albiceleste na rivalidade.
Próximos passos nas Eliminatórias
As Eliminatórias entram em pausa até junho de 2025, quando o Brasil terá dois jogos cruciais:
- Brasil x Equador, em Quito, contra o vice-líder, sem Raphinha, suspenso por cartões.
- Brasil x Paraguai, em casa, contra o sétimo colocado, que ainda briga por vaga.
A Argentina enfrentará Chile e Colômbia, com chance de ampliar ainda mais sua liderança. As quatro rodadas restantes definirão os classificados diretos e a equipe da repescagem, com o Brasil precisando reagir para evitar sustos.
Lições deixadas pelo clássico
A goleada revelou fragilidades táticas e coletivas do Brasil, que dependeu de jogadas individuais sem sucesso. A Argentina, com um futebol coeso, mostrou por que é a atual campeã mundial, mesmo sem Messi. Raphinha, que prometeu “porrada”, saiu como símbolo do fracasso, com sua atuação apagada virando alvo de provocações e críticas. O resultado deixou claro que o caminho até 2026 será desafiador para a Seleção Brasileira.
Lances que definiram a noite
Alguns momentos marcaram o jogo:
- Gol de Alvarez aos 7 minutos: o início do domínio argentino.
- Confusão com Raphinha: embates com Tagliafico e Martínez no primeiro tempo.
- Terceiro gol de Mac Allister: uma pintura que humilhou a defesa brasileira.
- Quarto gol de Simeone: o golpe final em uma zaga apática.
Esses instantes resumem uma noite em que a Argentina transformou a provocação de Raphinha em motivação e o Brasil saiu sem respostas.
Dorival Júnior sob pressão
A derrota intensificou as críticas a Dorival Júnior, que admitiu a “noite desastrosa” após o jogo. A escalação inicial e a falta de ajustes táticos foram alvo de questionamentos, com muitos pedindo mudanças no comando da Seleção. Com 21 pontos, o Brasil está seis pontos acima da zona de repescagem, mas o desempenho contra a Argentina levanta dúvidas sobre o futuro da equipe sob o atual treinador.

A noite de terça-feira (25) entrou para a história do futebol sul-americano como um marco de supremacia argentina sobre o Brasil. No Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, a Seleção Brasileira sofreu uma derrota avassaladora por 4 a 1 diante da Argentina, em jogo válido pela 14ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. O confronto, que já carregava a tensão das provocações de Raphinha antes da partida, revelou um Brasil irreconhecível e uma Argentina dominante, mesmo sem Lionel Messi, lesionado. A goleada garantiu matematicamente a classificação dos argentinos para o Mundial, enquanto os brasileiros viram suas fragilidades expostas diante de um rival que não deu chances.
O placar foi inaugurado cedo, aos sete minutos, com Julian Alvarez aproveitando uma falha da defesa brasileira para abrir a contagem. O gol inicial ditou o ritmo do jogo, com a Argentina controlando a posse de bola e explorando os espaços deixados pelo Brasil. Antes do intervalo, Enzo Fernández e Alexis Mac Allister ampliaram a vantagem, enquanto Matheus Cunha marcou o único gol brasileiro em um raro momento de inspiração. No segundo tempo, Giuliano Simeone, filho do técnico Diego Simeone, fechou a goleada, consolidando a humilhação da Seleção em um clássico que prometia equilíbrio, mas terminou em um recital albiceleste.
Raphinha, que havia agitado o clima pré-jogo ao prometer “dar porrada” nos argentinos em entrevista a Romário, acabou como um dos protagonistas negativos. O atacante do Barcelona enfrentou vaias constantes da torcida e provocações dos jogadores adversários, como Nicolás Otamendi e Emiliano Martínez, mas não conseguiu responder em campo. Sua atuação discreta, marcada por erros e perdas de bola, contrastou com suas declarações ousadas, deixando o Brasil na quinta posição das Eliminatórias, com 21 pontos, enquanto a Argentina lidera com 31.
🏆 #Eliminatorias Ah, nos olvidamos de subir este…
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— 🇦🇷 Selección Argentina ⭐⭐⭐ (@Argentina) March 26, 2025
Raphinha no centro das atenções
Antes mesmo de a bola rolar, Raphinha já era o foco do clássico. Em entrevista ao canal “Romário TV”, no YouTube, o jogador afirmou que o confronto seria de “porrada neles, dentro e fora de campo, se tiver que ser”. A declaração, feita em tom descontraído ao lado do ex-jogador Romário, ganhou repercussão entre torcedores e atletas argentinos, que transformaram a bravata em motivação extra. Ao chegar ao Monumental, o camisa 11 foi recebido com vaias ensurdecedoras, sinalizando que seria o alvo principal da torcida local durante os 90 minutos.
Em campo, porém, o desempenho de Raphinha ficou muito aquém do prometido. Ele teve 35 ações com a bola, acertou 16 dos 25 passes tentados, errou seu único cruzamento e perdeu a posse em 11 ocasiões. Suas três tentativas de finalização não acertaram o gol, e o único momento de destaque foi uma cobrança de falta que parou no travessão no segundo tempo. Marcado de perto por Tagliafico, o atacante ainda se envolveu em confusões, como um encontrão com Martínez e uma discussão que lhe rendeu um cartão amarelo aos 38 minutos do primeiro tempo.
Os argentinos não deixaram a provocação passar em branco. Otamendi, um dos líderes da equipe, fez gestos indicando que Raphinha “falou demais”, enquanto Martínez atravessou o campo para confrontá-lo, gerando mais uma confusão. A torcida, por sua vez, transformou cada toque do brasileiro na bola em uma oportunidade para vaias e gritos de “olé”, que começaram já aos sete minutos, refletindo o domínio absoluto da Argentina e o fracasso da promessa de Raphinha.
Um Brasil dominado desde o início
A Seleção Brasileira entrou em campo desorganizada e não conseguiu impor seu jogo em nenhum momento. Nos primeiros 125 segundos, nenhum jogador brasileiro tocou na bola, permitindo que a Argentina ditasse o ritmo com trocas de passes precisas. A escalação de Dorival Júnior, com André e Joelinton no meio-campo, foi rapidamente superada pelo quarteto argentino formado por Fernández, Mac Allister, De Paul e Paredes. A defesa, composta por Wesley, Marquinhos, Murillo e Guilherme Arana, também falhou repetidamente, abrindo espaços explorados com facilidade pelos adversários.
O primeiro gol, de Alvarez, surgiu de uma desatenção coletiva, com o atacante finalizando livre na área. No segundo tempo, a entrada de Léo Ortiz, João Gomes e Endrick trouxe uma leve melhora, mas insuficiente para mudar o cenário. O quarto gol, marcado por Simeone, evidenciou a apatia brasileira: Marquinhos e Arana apenas assistiram enquanto o argentino invadia a área e chutava sem marcação. A Argentina, mesmo sem Messi, exibiu um futebol coeso que reforçou sua condição de atual campeã mundial.
A diferença entre as equipes ficou clara nos números. A Argentina finalizou 14 vezes, com sete chutes no alvo, enquanto o Brasil teve apenas cinco arremates, dois deles na direção do gol. Apesar de uma posse de bola equilibrada – 51% para os argentinos e 49% para os brasileiros –, a efetividade dos donos da casa foi avassaladora, transformando o clássico em uma exibição de superioridade técnica e tática.
Números que contam a história
Os dados da partida escancaram o abismo entre Brasil e Argentina. A Seleção Brasileira cometeu 14 faltas, contra nove dos adversários, refletindo a dificuldade em conter o ritmo imposto pelos argentinos. Raphinha, principal alvo das críticas, não criou chances de gol e teve um aproveitamento de apenas 64% nos passes. Vinicius Jr., isolado na esquerda, perdeu a bola oito vezes e pouco ameaçou, enquanto Matheus Cunha, com o gol solitário, foi o único destaque positivo do time.
- Raphinha: 0 gols, 0 assistências, 3 finalizações (nenhuma no alvo), 11 perdas de posse.
- Vinicius Jr.: 0 gols, 0 assistências, 1 finalização, 8 perdas de posse.
- Matheus Cunha: 1 gol, 0 assistências, 2 finalizações, esforço em vão.
- Argentina: 4 gols, 14 finalizações, 7 no alvo, controle absoluto do jogo.
A estatística mais marcante foi o tempo que a torcida argentina levou para gritar “olé”: apenas sete minutos. O placar de 4 a 1, a maior goleada sofrida pelo Brasil em Eliminatórias, poderia ter sido ainda mais elástico, já que os argentinos desperdiçaram chances claras, especialmente no segundo tempo, quando o Brasil parecia entregue.
O desenrolar do massacre
Tudo começou a desandar cedo para o Brasil. Aos sete minutos, Alvarez abriu o placar após uma troca de passes que desmontou a defesa brasileira. O gol abalou a Seleção, que não encontrou respostas mesmo com nomes como Vinicius Jr. e Rodrygo em campo. Raphinha, pela direita, ficou isolado e não conseguiu articular jogadas, enquanto o meio-campo foi dominado pelos argentinos. Aos 36 minutos, Enzo Fernández ampliou com uma finalização precisa, aproveitando mais uma falha de marcação.
Antes do intervalo, Mac Allister marcou o terceiro, expondo a fragilidade do goleiro Bento e da zaga. Matheus Cunha descontou aos 42 minutos, em um lance isolado, mas o gol não mudou o panorama. No segundo tempo, Simeone, que entrou no lugar de Thiago Almada, fechou a goleada aos 71 minutos, aproveitando um espaço deixado pela defesa brasileira, que assistiu ao lance sem reação. O placar refletiu a superioridade argentina do início ao fim.
Reação no Brasil após o apito final
A goleada desencadeou uma onda de críticas no Brasil. Nas redes sociais, torcedores apontaram Raphinha como um dos responsáveis pelo vexame, lembrando suas provocações pré-jogo como um erro estratégico. Dorival Júnior também foi duramente questionado por sua escalação e pela falta de ajustes durante a partida. A imprensa classificou o resultado como um “desastre histórico”, destacando que a derrota reflete uma crise mais profunda na Seleção Brasileira, que não vence a Argentina há seis anos, desde a Copa América de 2019.
Vinicius Jr. e Rodrygo, apesar de seu talento, não conseguiram fazer a diferença, enquanto Matheus Cunha foi poupado por sua entrega em campo. A distância para a Argentina na tabela – 10 pontos – e a diferença de desempenho em campo reacenderam debates sobre a necessidade de uma reformulação no futebol brasileiro, que não conquista um título mundial desde 2002.
Festa argentina e vaga garantida
Para a Argentina, a vitória foi uma celebração em dose dupla. Horas antes do jogo, a equipe já havia assegurado sua vaga na Copa de 2026, beneficiada pelo empate entre Bolívia e Uruguai. Com 28 pontos antes do clássico, os argentinos chegaram a 31 e confirmaram a classificação com quatro rodadas de antecedência. A goleada sobre o Brasil coroou uma campanha impecável nas Eliminatórias e reforçou a supremacia recente sobre o rival.
Jogadores como Ángel Di María, aposentado da seleção, e Messi, ausente por lesão, comemoraram nas redes sociais. Di María destacou que a Argentina “fala em campo”, em uma indireta a Raphinha, enquanto a torcida no Monumental cantou “Brasil está morto” após o apito final. A vitória foi a terceira consecutiva sobre os brasileiros em competições oficiais, consolidando o domínio albiceleste na rivalidade.
Próximos passos nas Eliminatórias
As Eliminatórias entram em pausa até junho de 2025, quando o Brasil terá dois jogos cruciais:
- Brasil x Equador, em Quito, contra o vice-líder, sem Raphinha, suspenso por cartões.
- Brasil x Paraguai, em casa, contra o sétimo colocado, que ainda briga por vaga.
A Argentina enfrentará Chile e Colômbia, com chance de ampliar ainda mais sua liderança. As quatro rodadas restantes definirão os classificados diretos e a equipe da repescagem, com o Brasil precisando reagir para evitar sustos.
Lições deixadas pelo clássico
A goleada revelou fragilidades táticas e coletivas do Brasil, que dependeu de jogadas individuais sem sucesso. A Argentina, com um futebol coeso, mostrou por que é a atual campeã mundial, mesmo sem Messi. Raphinha, que prometeu “porrada”, saiu como símbolo do fracasso, com sua atuação apagada virando alvo de provocações e críticas. O resultado deixou claro que o caminho até 2026 será desafiador para a Seleção Brasileira.
Lances que definiram a noite
Alguns momentos marcaram o jogo:
- Gol de Alvarez aos 7 minutos: o início do domínio argentino.
- Confusão com Raphinha: embates com Tagliafico e Martínez no primeiro tempo.
- Terceiro gol de Mac Allister: uma pintura que humilhou a defesa brasileira.
- Quarto gol de Simeone: o golpe final em uma zaga apática.
Esses instantes resumem uma noite em que a Argentina transformou a provocação de Raphinha em motivação e o Brasil saiu sem respostas.
Dorival Júnior sob pressão
A derrota intensificou as críticas a Dorival Júnior, que admitiu a “noite desastrosa” após o jogo. A escalação inicial e a falta de ajustes táticos foram alvo de questionamentos, com muitos pedindo mudanças no comando da Seleção. Com 21 pontos, o Brasil está seis pontos acima da zona de repescagem, mas o desempenho contra a Argentina levanta dúvidas sobre o futuro da equipe sob o atual treinador.
