O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), enfrenta um dos momentos mais críticos de sua saúde desde que foi internado no início do ano. Na noite de terça-feira, 25 de março, por volta das 22h, ele sofreu uma parada cardiorrespiratória que agravou significativamente seu estado. Reanimado com sucesso pela equipe médica do Hospital Mater Dei, onde está internado desde 3 de janeiro, o político de 77 anos evoluiu para um choque cardiogênico. Esse quadro exige o uso intensivo de medicamentos para manter a pressão arterial e a função cardíaca, evidenciando a gravidade da situação. A notícia, divulgada em boletim médico na manhã desta quarta-feira, 26 de março, abalou a capital mineira, que acompanha há quase três meses a luta do prefeito contra complicações de saúde.
Fuad Noman foi internado inicialmente com insuficiência respiratória aguda, decorrente de uma pneumonia, apenas dois dias após tomar posse virtualmente para seu segundo mandato. Desde então, seu quadro tem oscilado, com períodos de melhora e recaídas preocupantes. A parada cardiorrespiratória marca a quarta crise significativa enfrentada por ele desde novembro do ano passado, quando começou a lidar com problemas de saúde relacionados ao tratamento de um linfoma não-Hodgkin, diagnosticado em julho de 2024. Apesar de o câncer estar em remissão completa desde outubro, as complicações pós-tratamento continuam a desafiar sua recuperação.
Enquanto o prefeito segue na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a cidade é administrada interinamente pelo vice-prefeito Álvaro Damião (União Brasil). A gestão municipal vive um compasso de espera, com o afastamento prolongado de Noman, que completou 83 dias internado até esta quarta-feira. A ausência do chefe do Executivo tem gerado debates sobre os rumos políticos de Belo Horizonte, mas a prioridade, no momento, permanece na estabilização de sua saúde.
Prefeito Fuad Noman está em estado grave após parada cardiorrespiratória https://t.co/8coMo2U7Wf #g1
— g1 (@g1) March 26, 2025
Quadro clínico exige cuidados intensivos
Internado há quase três meses, Fuad Noman enfrenta um cenário de extrema delicadeza. Após a parada cardiorrespiratória, os médicos relatam que ele está com respiração controlada por aparelhos, uma medida necessária para garantir a oxigenação diante da falência respiratória. O uso de drogas vasoativas e inotrópicas, que estimulam o coração e mantêm a pressão arterial, reflete a gravidade do choque cardiogênico, uma condição em que o coração não consegue bombear sangue suficiente para atender às necessidades do corpo.
Além disso, o prefeito desenvolveu insuficiência renal aguda, uma complicação frequente em casos de paradas cardíacas prolongadas. Esse quadro exige monitoramento constante e, possivelmente, intervenções como diálise, caso os rins não retomem sua função. O boletim médico, assinado pelos doutores Enaldo Melo de Lima e Anselmo Dornas de Moura, destaca que o estado de Noman é “bastante grave”, mas novas atualizações estão previstas para o decorrer do dia, mantendo a população e a imprensa atentas a qualquer evolução.
A equipe do Hospital Mater Dei, uma das principais instituições de saúde da capital mineira, tem se empenhado em reverter o quadro. Desde janeiro, o prefeito passou por procedimentos como traqueostomia e enfrentou infecções respiratórias, o que evidencia a fragilidade de seu organismo após o tratamento oncológico e as sucessivas internações.
Histórico de internações preocupa população
Fuad Noman, que assumiu a prefeitura em 2022 após a renúncia de Alexandre Kalil e foi reeleito em outubro de 2024 com 53,73% dos votos válidos, enfrenta problemas de saúde desde meados do ano passado. A primeira internação ocorreu em novembro, motivada por dores intensas nas pernas, uma sequela da quimioterapia contra o linfoma não-Hodgkin. Na ocasião, ele permaneceu cinco dias no hospital, recebendo alta com a confirmação de que o câncer estava em remissão.
Pouco depois, em dezembro, o prefeito voltou a ser internado por pneumonia e sinusite, com alta após cinco dias. No entanto, menos de duas semanas depois, um novo problema surgiu: diarreia e sangramento intestinal, que o levaram novamente ao Hospital Mater Dei. Esses episódios, somados à internação atual, iniciada em 3 de janeiro, mostram um padrão de fragilidade que tem preocupado os belo-horizontinos e colocado em xeque sua capacidade de retomar o comando da cidade.
A posse virtual, realizada em 1º de janeiro, já indicava a gravidade da situação. Com imunidade baixa devido ao tratamento oncológico, Noman apareceu em videoconferência com dificuldade para falar, usando máscara e acompanhado pela primeira-dama, Mônica Drumond. O discurso foi lido pelo vice-prefeito Álvaro Damião, que desde então assumiu a gestão interina da capital.
Principais complicações enfrentadas por Fuad Noman
O histórico médico recente de Fuad Noman revela uma sequência de desafios que culminaram no quadro atual. Confira as principais complicações enfrentadas pelo prefeito:
- Linfoma não-Hodgkin: Diagnosticado em julho de 2024, o câncer foi tratado com cirurgia e quimioterapia, entrando em remissão em outubro.
- Insuficiência respiratória aguda: Causada por pneumonia, levou à internação em 3 de janeiro e ao uso de ventilação mecânica.
- Parada cardiorrespiratória: Ocorrida na noite de 25 de março, agravou o estado de saúde com choque cardiogênico.
- Insuficiência renal aguda: Complicação decorrente da parada, exige monitoramento intensivo.
Esses eventos ilustram a complexidade do quadro clínico do prefeito, que exige cuidados multidisciplinares e mantém a equipe médica em alerta constante.
Trajetória política marcada por desafios
Fuad Noman, economista de 77 anos e natural de Belo Horizonte, tem uma longa trajetória na gestão pública. Antes de chegar à prefeitura, ocupou cargos como secretário-executivo da Casa Civil no governo de Fernando Henrique Cardoso e secretário de Fazenda de Minas Gerais nos governos de Aécio Neves e Antonio Anastasia. Sua experiência também inclui passagens pela presidência da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) e consultoria no Fundo Monetário Internacional (FMI).
Eleito vice-prefeito em 2020, Noman assumiu o comando da capital em março de 2022, após a renúncia de Alexandre Kalil, que disputou o governo estadual. Em 2024, enfrentou uma campanha eleitoral enquanto lidava com o tratamento contra o câncer, vencendo o segundo turno contra Bruno Engler (PL) com 670.574 votos. A vitória, porém, foi ofuscada pelos problemas de saúde que o afastaram do cargo logo após a posse.
A gestão interina de Álvaro Damião, vice-prefeito e ex-vereador, tem sido bem recebida pelos vereadores da Câmara Municipal, que destacam sua experiência legislativa como um fator positivo. Contudo, a prolongada ausência de Noman levanta questões sobre a continuidade das políticas planejadas para o segundo mandato, como a ampliação de escolas e creches, uma das promessas de campanha.
Saúde fragilizada após tratamento oncológico
A batalha de Fuad Noman contra o linfoma não-Hodgkin, um câncer que afeta o sistema linfático, começou em julho de 2024, quando exames de rotina detectaram a doença. Submetido a cirurgia e quimioterapia, ele anunciou a remissão completa em outubro, durante a campanha eleitoral. Apesar do sucesso no combate ao câncer, os efeitos colaterais do tratamento, como a imunossupressão, deixaram seu organismo vulnerável a infecções e outras complicações.
A pneumonia que o levou à internação em janeiro foi apenas o início de uma série de problemas. Ao longo dos 83 dias no hospital, Noman passou por momentos de melhora, como a retirada gradual da ventilação mecânica em fevereiro, mas também enfrentou recaídas, como a necessidade de traqueostomia e o agravamento atual. A insuficiência renal, somada ao choque cardiogênico, reflete o impacto cumulativo dessas condições em um corpo já debilitado.
Médicos explicam que pacientes submetidos a quimioterapia podem apresentar imunidade comprometida por meses, o que aumenta o risco de infecções graves, como pneumonia. No caso de Noman, o histórico de internações frequentes sugere que o organismo não conseguiu se recuperar plenamente entre os episódios, culminando na crise mais recente.
Impacto na gestão de Belo Horizonte
Com Fuad Noman afastado desde 4 de janeiro, quando entrou de licença médica, Belo Horizonte vive uma situação inédita em décadas. Pela primeira vez em 30 anos, um ex-vereador assume interinamente a prefeitura, conforme destacam parlamentares da Câmara Municipal. Álvaro Damião, que comandava a cidade como vice desde o início do ano, renovou o atestado médico de Noman por cinco vezes, a última delas em 17 de março, prorrogando o afastamento por mais 15 dias.
A transição para Damião ocorreu sem grandes sobressaltos, mas a ausência prolongada do prefeito eleito gera incertezas. Vereadores como Braulio Lara (Novo) elogiam a capacidade de diálogo do vice-prefeito, enquanto Bruno Pedralva (PT) expressa preocupação com o tempo de internação de Noman, que aumenta os riscos à sua saúde. Apesar disso, a relação com a Câmara permanece estável, com Damião sendo visto como um interlocutor eficaz.
A paralisia parcial da gestão, no entanto, é sentida em projetos de longo prazo. A promessa de ampliar a rede de ensino infantil e fundamental, por exemplo, depende de decisões estratégicas que ainda não foram plenamente implementadas devido à ausência do titular do cargo.
Cronologia da luta de Fuad Noman pela saúde
A trajetória de Fuad Noman desde o diagnóstico do câncer até a crise atual pode ser acompanhada nesta linha do tempo:
- Julho de 2024: Diagnóstico de linfoma não-Hodgkin, seguido de cirurgia e quimioterapia.
- Outubro de 2024: Remissão completa do câncer anunciada durante a campanha eleitoral.
- Novembro de 2024: Primeira internação por dores nas pernas, com alta após cinco dias.
- Dezembro de 2024: Duas internações por pneumonia, sinusite e sangramento intestinal.
- 3 de janeiro: Internação por insuficiência respiratória aguda, início de 83 dias no hospital.
- 25 de março: Parada cardiorrespiratória, seguida de choque cardiogênico e insuficiência renal.
Essa sequência de eventos reflete a gravidade das complicações enfrentadas pelo prefeito ao longo dos últimos meses.
Esforços médicos para estabilizar o prefeito
No Hospital Mater Dei, a equipe médica liderada pelos doutores Enaldo Melo de Lima e Anselmo Dornas de Moura trabalha incansavelmente para estabilizar Fuad Noman. Após a parada cardiorrespiratória, o foco está em manter a função cardíaca e respiratória, enquanto se monitora a insuficiência renal. O uso de ventilação mecânica e medicamentos vasoativos é essencial para garantir a sobrevivência do paciente neste momento crítico.
Antes do agravamento, Noman vinha mostrando sinais de melhora, como a tolerância a períodos sem ventilação mecânica e a adaptação à traqueostomia, realizada em janeiro. Em fevereiro, ele deixou a UTI após 26 dias, mas permaneceu internado para reabilitação. A recaída desta semana, porém, mudou o cenário, exigindo intervenções mais agressivas e um acompanhamento hora a hora.
A expectativa é que novos boletins médicos tragam atualizações sobre a resposta do organismo às terapias aplicadas. Enquanto isso, a população de Belo Horizonte aguarda informações com apreensão, ciente da fragilidade do estado de saúde de seu prefeito.
Repercussão entre moradores e políticos
A notícia da parada cardiorrespiratória de Fuad Noman gerou comoção na capital mineira. Nas redes sociais, moradores manifestam solidariedade e preocupação, enquanto políticos locais acompanham o caso de perto. A vitória de Noman nas eleições de 2024, com apoio de figuras como o presidente Lula (PT) e o ministro Alexandre Silveira, reforçou sua popularidade, mas a crise de saúde coloca em suspense o futuro da administração.
Álvaro Damião, que assumiu a prefeitura interinamente, mantém uma postura discreta, focando na continuidade dos serviços básicos. Vereadores da base aliada e da oposição reconhecem a habilidade do vice em conduzir a gestão, mas admitem que a ausência prolongada de Noman pode impactar decisões mais amplas, como investimentos em infraestrutura e educação.
A incerteza sobre a recuperação do prefeito mantém a cidade em um estado de alerta, com a saúde de Noman sendo o principal tema de discussão entre os belo-horizontinos neste 26 de março.
Desafios de um organismo debilitado
A parada cardiorrespiratória sofrida por Fuad Noman não é um evento isolado, mas o resultado de um corpo fragilizado por meses de tratamento e internações. O choque cardiogênico, que se seguiu à crise, ocorre quando o coração perde a capacidade de suprir o organismo com sangue oxigenado, um risco elevado em pacientes com histórico de pneumonia e imunidade baixa. A insuficiência renal, por sua vez, é uma consequência direta da falta de oxigenação adequada durante a parada.
Especialistas apontam que a combinação de quimioterapia recente, infecções respiratórias e complicações sistêmicas cria um cenário de alta complexidade. A idade de Noman, 77 anos, também é um fator a ser considerado, já que a recuperação de eventos graves como esse tende a ser mais lenta em idosos. Apesar disso, a reanimação bem-sucedida oferece uma janela de esperança, embora o caminho até a estabilização permaneça longo e incerto.
A equipe médica segue ajustando os tratamentos para minimizar os danos e restaurar as funções vitais. Cada hora é crucial, e os próximos dias serão decisivos para determinar se o prefeito conseguirá superar mais esse obstáculo em sua luta pela vida.
Futuro da gestão em aberto
Enquanto Fuad Noman batalha pela recuperação, Belo Horizonte vive um momento de transição forçada. Álvaro Damião, que assumiu o comando da prefeitura em 4 de janeiro, já completou mais de 80 dias no cargo interino, um período marcado por estabilidade administrativa, mas também por limitações. Projetos de grande porte, como parcerias público-privadas para a construção de escolas, aguardam a volta do prefeito ou uma definição mais clara sobre sua situação.
A Câmara Municipal mantém diálogo aberto com o vice-prefeito, mas a falta de previsão para o retorno de Noman alimenta especulações sobre os rumos da gestão. Caso o afastamento se prolongue indefinidamente, a cidade pode enfrentar ajustes mais profundos na administração, algo que dependerá da evolução do quadro clínico do prefeito nos próximos dias.
A população, por enquanto, acompanha as atualizações médicas com atenção, torcendo pela melhora de Noman enquanto observa os desdobramentos políticos de uma crise que já dura quase três meses.
Curiosidades sobre a saúde de Fuad Noman
Alguns aspectos da trajetória médica de Fuad Noman chamam a atenção e ajudam a entender o contexto atual:
- Ele realizou a campanha eleitoral de 2024 enquanto enfrentava quimioterapia, demonstrando determinação.
- A remissão do linfoma foi confirmada em três ocasiões distintas, a última em março deste ano.
- Antes da parada cardiorrespiratória, Noman tolerava até oito horas sem ventilação mecânica, um sinal de progresso.
- Esta é a quarta internação desde novembro, totalizando mais de 100 dias no hospital em menos de cinco meses.
Esses pontos destacam a resiliência do prefeito, mas também a extensão dos desafios que ele enfrenta desde o diagnóstico do câncer.

O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), enfrenta um dos momentos mais críticos de sua saúde desde que foi internado no início do ano. Na noite de terça-feira, 25 de março, por volta das 22h, ele sofreu uma parada cardiorrespiratória que agravou significativamente seu estado. Reanimado com sucesso pela equipe médica do Hospital Mater Dei, onde está internado desde 3 de janeiro, o político de 77 anos evoluiu para um choque cardiogênico. Esse quadro exige o uso intensivo de medicamentos para manter a pressão arterial e a função cardíaca, evidenciando a gravidade da situação. A notícia, divulgada em boletim médico na manhã desta quarta-feira, 26 de março, abalou a capital mineira, que acompanha há quase três meses a luta do prefeito contra complicações de saúde.
Fuad Noman foi internado inicialmente com insuficiência respiratória aguda, decorrente de uma pneumonia, apenas dois dias após tomar posse virtualmente para seu segundo mandato. Desde então, seu quadro tem oscilado, com períodos de melhora e recaídas preocupantes. A parada cardiorrespiratória marca a quarta crise significativa enfrentada por ele desde novembro do ano passado, quando começou a lidar com problemas de saúde relacionados ao tratamento de um linfoma não-Hodgkin, diagnosticado em julho de 2024. Apesar de o câncer estar em remissão completa desde outubro, as complicações pós-tratamento continuam a desafiar sua recuperação.
Enquanto o prefeito segue na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a cidade é administrada interinamente pelo vice-prefeito Álvaro Damião (União Brasil). A gestão municipal vive um compasso de espera, com o afastamento prolongado de Noman, que completou 83 dias internado até esta quarta-feira. A ausência do chefe do Executivo tem gerado debates sobre os rumos políticos de Belo Horizonte, mas a prioridade, no momento, permanece na estabilização de sua saúde.
Prefeito Fuad Noman está em estado grave após parada cardiorrespiratória https://t.co/8coMo2U7Wf #g1
— g1 (@g1) March 26, 2025
Quadro clínico exige cuidados intensivos
Internado há quase três meses, Fuad Noman enfrenta um cenário de extrema delicadeza. Após a parada cardiorrespiratória, os médicos relatam que ele está com respiração controlada por aparelhos, uma medida necessária para garantir a oxigenação diante da falência respiratória. O uso de drogas vasoativas e inotrópicas, que estimulam o coração e mantêm a pressão arterial, reflete a gravidade do choque cardiogênico, uma condição em que o coração não consegue bombear sangue suficiente para atender às necessidades do corpo.
Além disso, o prefeito desenvolveu insuficiência renal aguda, uma complicação frequente em casos de paradas cardíacas prolongadas. Esse quadro exige monitoramento constante e, possivelmente, intervenções como diálise, caso os rins não retomem sua função. O boletim médico, assinado pelos doutores Enaldo Melo de Lima e Anselmo Dornas de Moura, destaca que o estado de Noman é “bastante grave”, mas novas atualizações estão previstas para o decorrer do dia, mantendo a população e a imprensa atentas a qualquer evolução.
A equipe do Hospital Mater Dei, uma das principais instituições de saúde da capital mineira, tem se empenhado em reverter o quadro. Desde janeiro, o prefeito passou por procedimentos como traqueostomia e enfrentou infecções respiratórias, o que evidencia a fragilidade de seu organismo após o tratamento oncológico e as sucessivas internações.
Histórico de internações preocupa população
Fuad Noman, que assumiu a prefeitura em 2022 após a renúncia de Alexandre Kalil e foi reeleito em outubro de 2024 com 53,73% dos votos válidos, enfrenta problemas de saúde desde meados do ano passado. A primeira internação ocorreu em novembro, motivada por dores intensas nas pernas, uma sequela da quimioterapia contra o linfoma não-Hodgkin. Na ocasião, ele permaneceu cinco dias no hospital, recebendo alta com a confirmação de que o câncer estava em remissão.
Pouco depois, em dezembro, o prefeito voltou a ser internado por pneumonia e sinusite, com alta após cinco dias. No entanto, menos de duas semanas depois, um novo problema surgiu: diarreia e sangramento intestinal, que o levaram novamente ao Hospital Mater Dei. Esses episódios, somados à internação atual, iniciada em 3 de janeiro, mostram um padrão de fragilidade que tem preocupado os belo-horizontinos e colocado em xeque sua capacidade de retomar o comando da cidade.
A posse virtual, realizada em 1º de janeiro, já indicava a gravidade da situação. Com imunidade baixa devido ao tratamento oncológico, Noman apareceu em videoconferência com dificuldade para falar, usando máscara e acompanhado pela primeira-dama, Mônica Drumond. O discurso foi lido pelo vice-prefeito Álvaro Damião, que desde então assumiu a gestão interina da capital.
Principais complicações enfrentadas por Fuad Noman
O histórico médico recente de Fuad Noman revela uma sequência de desafios que culminaram no quadro atual. Confira as principais complicações enfrentadas pelo prefeito:
- Linfoma não-Hodgkin: Diagnosticado em julho de 2024, o câncer foi tratado com cirurgia e quimioterapia, entrando em remissão em outubro.
- Insuficiência respiratória aguda: Causada por pneumonia, levou à internação em 3 de janeiro e ao uso de ventilação mecânica.
- Parada cardiorrespiratória: Ocorrida na noite de 25 de março, agravou o estado de saúde com choque cardiogênico.
- Insuficiência renal aguda: Complicação decorrente da parada, exige monitoramento intensivo.
Esses eventos ilustram a complexidade do quadro clínico do prefeito, que exige cuidados multidisciplinares e mantém a equipe médica em alerta constante.
Trajetória política marcada por desafios
Fuad Noman, economista de 77 anos e natural de Belo Horizonte, tem uma longa trajetória na gestão pública. Antes de chegar à prefeitura, ocupou cargos como secretário-executivo da Casa Civil no governo de Fernando Henrique Cardoso e secretário de Fazenda de Minas Gerais nos governos de Aécio Neves e Antonio Anastasia. Sua experiência também inclui passagens pela presidência da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) e consultoria no Fundo Monetário Internacional (FMI).
Eleito vice-prefeito em 2020, Noman assumiu o comando da capital em março de 2022, após a renúncia de Alexandre Kalil, que disputou o governo estadual. Em 2024, enfrentou uma campanha eleitoral enquanto lidava com o tratamento contra o câncer, vencendo o segundo turno contra Bruno Engler (PL) com 670.574 votos. A vitória, porém, foi ofuscada pelos problemas de saúde que o afastaram do cargo logo após a posse.
A gestão interina de Álvaro Damião, vice-prefeito e ex-vereador, tem sido bem recebida pelos vereadores da Câmara Municipal, que destacam sua experiência legislativa como um fator positivo. Contudo, a prolongada ausência de Noman levanta questões sobre a continuidade das políticas planejadas para o segundo mandato, como a ampliação de escolas e creches, uma das promessas de campanha.
Saúde fragilizada após tratamento oncológico
A batalha de Fuad Noman contra o linfoma não-Hodgkin, um câncer que afeta o sistema linfático, começou em julho de 2024, quando exames de rotina detectaram a doença. Submetido a cirurgia e quimioterapia, ele anunciou a remissão completa em outubro, durante a campanha eleitoral. Apesar do sucesso no combate ao câncer, os efeitos colaterais do tratamento, como a imunossupressão, deixaram seu organismo vulnerável a infecções e outras complicações.
A pneumonia que o levou à internação em janeiro foi apenas o início de uma série de problemas. Ao longo dos 83 dias no hospital, Noman passou por momentos de melhora, como a retirada gradual da ventilação mecânica em fevereiro, mas também enfrentou recaídas, como a necessidade de traqueostomia e o agravamento atual. A insuficiência renal, somada ao choque cardiogênico, reflete o impacto cumulativo dessas condições em um corpo já debilitado.
Médicos explicam que pacientes submetidos a quimioterapia podem apresentar imunidade comprometida por meses, o que aumenta o risco de infecções graves, como pneumonia. No caso de Noman, o histórico de internações frequentes sugere que o organismo não conseguiu se recuperar plenamente entre os episódios, culminando na crise mais recente.
Impacto na gestão de Belo Horizonte
Com Fuad Noman afastado desde 4 de janeiro, quando entrou de licença médica, Belo Horizonte vive uma situação inédita em décadas. Pela primeira vez em 30 anos, um ex-vereador assume interinamente a prefeitura, conforme destacam parlamentares da Câmara Municipal. Álvaro Damião, que comandava a cidade como vice desde o início do ano, renovou o atestado médico de Noman por cinco vezes, a última delas em 17 de março, prorrogando o afastamento por mais 15 dias.
A transição para Damião ocorreu sem grandes sobressaltos, mas a ausência prolongada do prefeito eleito gera incertezas. Vereadores como Braulio Lara (Novo) elogiam a capacidade de diálogo do vice-prefeito, enquanto Bruno Pedralva (PT) expressa preocupação com o tempo de internação de Noman, que aumenta os riscos à sua saúde. Apesar disso, a relação com a Câmara permanece estável, com Damião sendo visto como um interlocutor eficaz.
A paralisia parcial da gestão, no entanto, é sentida em projetos de longo prazo. A promessa de ampliar a rede de ensino infantil e fundamental, por exemplo, depende de decisões estratégicas que ainda não foram plenamente implementadas devido à ausência do titular do cargo.
Cronologia da luta de Fuad Noman pela saúde
A trajetória de Fuad Noman desde o diagnóstico do câncer até a crise atual pode ser acompanhada nesta linha do tempo:
- Julho de 2024: Diagnóstico de linfoma não-Hodgkin, seguido de cirurgia e quimioterapia.
- Outubro de 2024: Remissão completa do câncer anunciada durante a campanha eleitoral.
- Novembro de 2024: Primeira internação por dores nas pernas, com alta após cinco dias.
- Dezembro de 2024: Duas internações por pneumonia, sinusite e sangramento intestinal.
- 3 de janeiro: Internação por insuficiência respiratória aguda, início de 83 dias no hospital.
- 25 de março: Parada cardiorrespiratória, seguida de choque cardiogênico e insuficiência renal.
Essa sequência de eventos reflete a gravidade das complicações enfrentadas pelo prefeito ao longo dos últimos meses.
Esforços médicos para estabilizar o prefeito
No Hospital Mater Dei, a equipe médica liderada pelos doutores Enaldo Melo de Lima e Anselmo Dornas de Moura trabalha incansavelmente para estabilizar Fuad Noman. Após a parada cardiorrespiratória, o foco está em manter a função cardíaca e respiratória, enquanto se monitora a insuficiência renal. O uso de ventilação mecânica e medicamentos vasoativos é essencial para garantir a sobrevivência do paciente neste momento crítico.
Antes do agravamento, Noman vinha mostrando sinais de melhora, como a tolerância a períodos sem ventilação mecânica e a adaptação à traqueostomia, realizada em janeiro. Em fevereiro, ele deixou a UTI após 26 dias, mas permaneceu internado para reabilitação. A recaída desta semana, porém, mudou o cenário, exigindo intervenções mais agressivas e um acompanhamento hora a hora.
A expectativa é que novos boletins médicos tragam atualizações sobre a resposta do organismo às terapias aplicadas. Enquanto isso, a população de Belo Horizonte aguarda informações com apreensão, ciente da fragilidade do estado de saúde de seu prefeito.
Repercussão entre moradores e políticos
A notícia da parada cardiorrespiratória de Fuad Noman gerou comoção na capital mineira. Nas redes sociais, moradores manifestam solidariedade e preocupação, enquanto políticos locais acompanham o caso de perto. A vitória de Noman nas eleições de 2024, com apoio de figuras como o presidente Lula (PT) e o ministro Alexandre Silveira, reforçou sua popularidade, mas a crise de saúde coloca em suspense o futuro da administração.
Álvaro Damião, que assumiu a prefeitura interinamente, mantém uma postura discreta, focando na continuidade dos serviços básicos. Vereadores da base aliada e da oposição reconhecem a habilidade do vice em conduzir a gestão, mas admitem que a ausência prolongada de Noman pode impactar decisões mais amplas, como investimentos em infraestrutura e educação.
A incerteza sobre a recuperação do prefeito mantém a cidade em um estado de alerta, com a saúde de Noman sendo o principal tema de discussão entre os belo-horizontinos neste 26 de março.
Desafios de um organismo debilitado
A parada cardiorrespiratória sofrida por Fuad Noman não é um evento isolado, mas o resultado de um corpo fragilizado por meses de tratamento e internações. O choque cardiogênico, que se seguiu à crise, ocorre quando o coração perde a capacidade de suprir o organismo com sangue oxigenado, um risco elevado em pacientes com histórico de pneumonia e imunidade baixa. A insuficiência renal, por sua vez, é uma consequência direta da falta de oxigenação adequada durante a parada.
Especialistas apontam que a combinação de quimioterapia recente, infecções respiratórias e complicações sistêmicas cria um cenário de alta complexidade. A idade de Noman, 77 anos, também é um fator a ser considerado, já que a recuperação de eventos graves como esse tende a ser mais lenta em idosos. Apesar disso, a reanimação bem-sucedida oferece uma janela de esperança, embora o caminho até a estabilização permaneça longo e incerto.
A equipe médica segue ajustando os tratamentos para minimizar os danos e restaurar as funções vitais. Cada hora é crucial, e os próximos dias serão decisivos para determinar se o prefeito conseguirá superar mais esse obstáculo em sua luta pela vida.
Futuro da gestão em aberto
Enquanto Fuad Noman batalha pela recuperação, Belo Horizonte vive um momento de transição forçada. Álvaro Damião, que assumiu o comando da prefeitura em 4 de janeiro, já completou mais de 80 dias no cargo interino, um período marcado por estabilidade administrativa, mas também por limitações. Projetos de grande porte, como parcerias público-privadas para a construção de escolas, aguardam a volta do prefeito ou uma definição mais clara sobre sua situação.
A Câmara Municipal mantém diálogo aberto com o vice-prefeito, mas a falta de previsão para o retorno de Noman alimenta especulações sobre os rumos da gestão. Caso o afastamento se prolongue indefinidamente, a cidade pode enfrentar ajustes mais profundos na administração, algo que dependerá da evolução do quadro clínico do prefeito nos próximos dias.
A população, por enquanto, acompanha as atualizações médicas com atenção, torcendo pela melhora de Noman enquanto observa os desdobramentos políticos de uma crise que já dura quase três meses.
Curiosidades sobre a saúde de Fuad Noman
Alguns aspectos da trajetória médica de Fuad Noman chamam a atenção e ajudam a entender o contexto atual:
- Ele realizou a campanha eleitoral de 2024 enquanto enfrentava quimioterapia, demonstrando determinação.
- A remissão do linfoma foi confirmada em três ocasiões distintas, a última em março deste ano.
- Antes da parada cardiorrespiratória, Noman tolerava até oito horas sem ventilação mecânica, um sinal de progresso.
- Esta é a quarta internação desde novembro, totalizando mais de 100 dias no hospital em menos de cinco meses.
Esses pontos destacam a resiliência do prefeito, mas também a extensão dos desafios que ele enfrenta desde o diagnóstico do câncer.
