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29 Mar 2025, Sat

vale a pena contratar o empréstimo?

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A procura pelo Crédito do Trabalhador, lançado pelo governo federal, surpreendeu nos primeiros dias de operação. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego revelam que, desde a estreia do programa em 21 de março, mais de 64 milhões de simulações de empréstimos foram realizadas por meio da Carteira de Trabalho Digital. Nos quatro dias iniciais, 48 mil contratos foram fechados, totalizando R$ 340,3 milhões em crédito liberado. A modalidade, que desconta parcelas diretamente do salário, promete facilitar o acesso a empréstimos para milhões de trabalhadores da iniciativa privada, incluindo empregados domésticos e de microempresas. Apesar do entusiasmo, especialistas alertam que a decisão exige cautela, já que as taxas de juros e o impacto no orçamento pessoal podem trazer riscos significativos.

A facilidade de simular e contratar o consignado pelo aplicativo tem atraído atenção. Diferente de outras linhas de crédito, essa modalidade usa o salário como garantia, o que reduz os riscos para as instituições financeiras e, em teoria, barateia os juros. Contudo, as taxas reais oferecidas podem variar bastante, dependendo de fatores como tempo de empresa e saldo do FGTS. Para muitos, a promessa de crédito acessível é tentadora, mas o desconto automático no salário exige planejamento para evitar desequilíbrios financeiros.

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Brenda Rocha – Blossom/Shutterstock.com

Outro ponto que chama a atenção é o alcance do programa. Estima-se que 47 milhões de trabalhadores, antes excluídos de convênios entre empresas e bancos, agora possam acessar o consignado. Isso inclui desde profissionais rurais até empregados de pequenas firmas. A iniciativa amplia uma política iniciada em 2003, quando o então presidente Lula liberou o crédito consignado para beneficiários do INSS e parte do setor privado. Mesmo com a expansão, a adesão em massa levanta debates sobre os riscos de endividamento em um país onde 76% das famílias já convivem com dívidas.

  • Fatores que influenciam as taxas: tempo de empresa, saldo do FGTS e uso da multa rescisória como garantia.
  • Volume inicial: 48 mil contratos em quatro dias, somando R$ 340,3 milhões.
  • Público-alvo: 47 milhões de trabalhadores, incluindo domésticos e rurais.

Como o consignado CLT funciona na prática

Funcionários da iniciativa privada agora têm uma nova porta de entrada para o crédito consignado. Disponível desde o dia 21 de março, o programa permite que trabalhadores com carteira assinada simulem e contratem empréstimos diretamente pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital. A grande diferença em relação a outras modalidades é o desconto automático das parcelas no salário, o que reduz a inadimplência para os bancos e, consequentemente, os custos do crédito. Nos primeiros dias, a ferramenta registrou uma média de 16 milhões de simulações diárias, evidenciando o interesse pela novidade.

O valor máximo do empréstimo depende do salário e do limite legal, que permite comprometer até 35% da renda mensal com as parcelas. Além disso, o programa usa o saldo do FGTS e a multa rescisória como garantias adicionais, o que pode influenciar as condições oferecidas. Para trabalhadores com pouco tempo de empresa, no entanto, as taxas tendem a subir, já que o risco percebido pelos bancos aumenta. Em alguns casos, as propostas chegaram a 7,62% ao mês, equivalente a 144,39% ao ano, bem acima da simulação inicial de 3,04% mensais exibida no aplicativo.

A história do consignado no Brasil começou na década de 1950, restrita a servidores públicos. Com o tempo, a modalidade ganhou espaço, especialmente após 2003, quando foi estendida a aposentados e pensionistas do INSS. A expansão para o setor privado, porém, sempre esbarrou na falta de convênios entre empresas e bancos, deixando muitos trabalhadores de fora. Agora, com a digitalização e a inclusão de empregados de pequenas empresas, o governo busca democratizar o acesso, mas a ausência de um teto fixo para os juros preocupa especialistas.

Taxas de juros: o que esperar do consignado

Comparado a outras linhas de crédito, o consignado costuma oferecer juros mais baixos por causa da segurança do desconto em folha. A simulação padrão no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital mostra taxas de 3,04% ao mês, o que equivale a cerca de 43,24% ao ano. Na prática, porém, as condições variam. Propostas reais analisadas chegaram a 7,62% ao mês, um patamar que eleva o custo anual para 144,39%. Isso mostra que o preço do crédito depende de uma análise individual feita pelas instituições financeiras.

Fatores como tempo de vínculo empregatício e saldo disponível no FGTS pesam na definição das taxas. Quem tem mais estabilidade no emprego ou um fundo de garantia robusto tende a receber ofertas melhores. Já trabalhadores recém-contratados ou com pouco saldo podem enfrentar condições menos favoráveis. Por isso, antes de fechar o contrato, é fundamental comparar as propostas com outras opções, como o crédito pessoal, cujas taxas médias anuais, segundo o Banco Central, variam entre 14,47% e 988,31%, dependendo do banco e do perfil do cliente.

A ausência de um balanço oficial sobre as taxas praticadas até agora dificulta uma visão clara do programa. O Ministério do Trabalho e Emprego informou que os juros são definidos pelas instituições financeiras com base em critérios próprios, o que pode gerar disparidades. Para quem busca alternativas, bancos e fintechs oferecem simulações online de crédito pessoal, permitindo uma análise detalhada antes da decisão.

Cuidados antes de contratar o empréstimo

Avaliar o impacto do consignado no orçamento é um passo essencial. Como as parcelas são descontadas diretamente do salário, o valor líquido recebido todo mês diminui, o que pode comprometer o pagamento de despesas fixas, como aluguel e contas de consumo. Planejadores financeiros recomendam que o trabalhador faça uma análise detalhada das finanças pessoais antes de aderir, considerando não só o custo do crédito, mas também a capacidade de lidar com uma renda reduzida nos meses seguintes.

O propósito do empréstimo também faz diferença. Emergências, como reparos domésticos ou problemas de saúde, são apontadas como usos justificáveis. Outra possibilidade é substituir dívidas mais caras, como o cheque especial ou o rotativo do cartão de crédito, que têm juros bem mais altos. Por outro lado, gastar o dinheiro em viagens, roupas ou restaurantes pode levar a um descontrole financeiro, já que o salário líquido ficará menor por um longo período.

  • Usos recomendados: emergências, quitação de dívidas caras, investimentos em negócios seguros.
  • Cuidados: evitar gastos supérfluos que comprometam o orçamento mensal.
  • Limite legal: até 35% da renda pode ser usado para pagar as parcelas.

Riscos de endividamento em alta

Críticos do programa apontam que a facilidade de acesso ao crédito pode agravar o endividamento no país. Dados da Confederação Nacional do Comércio mostram que 76% das famílias brasileiras já têm algum tipo de dívida, seja com cartão de crédito, financiamentos ou empréstimos. A chegada do Crédito do Trabalhador, com sua promessa de agilidade e alcance, reacende o debate sobre os limites do consumo financiado em um cenário de baixa educação financeira.

Professores e educadores financeiros destacam que o Brasil enfrenta desafios estruturais nesse campo. A dificuldade com cálculos básicos, a falta de hábito em planejar o orçamento doméstico e a pouca atenção à construção de uma reserva para o futuro aumentam os riscos de mau uso do consignado. Sem uma política ampla de conscientização, a adesão em massa ao programa pode transformar uma solução em um problema para muitos trabalhadores.

A experiência de outros países com crédito acessível mostra que a educação financeira é um fator decisivo. Nações com altos índices de endividamento, mas boa alfabetização financeira, tendem a equilibrar melhor o uso de empréstimos. No caso brasileiro, a ausência de medidas complementares ao lançamento do programa preocupa especialistas, que veem na iniciativa um potencial gatilho para uma crise de dívidas.

Cronologia do crédito consignado no Brasil

O consignado tem uma trajetória longa no país, marcada por ampliações graduais. Entender sua evolução ajuda a contextualizar a importância da nova fase iniciada em março. Veja os principais marcos:

  • Década de 1950: surge como benefício exclusivo para servidores públicos, com desconto em folha.
  • 2003: governo Lula amplia o acesso a beneficiários do INSS e parte do setor privado.
  • 21 de março de 2025: Crédito do Trabalhador é lançado, alcançando 47 milhões de profissionais via Carteira Digital.

Essa expansão reflete a busca por inclusão financeira, mas também expõe os desafios de equilibrar acesso e responsabilidade

Alternativas ao consignado CLT

Quem considera o consignado deve explorar outras opções antes de decidir. O crédito pessoal, disponível em bancos tradicionais e fintechs, pode ser uma alternativa, especialmente para quem tem um bom score de crédito. As taxas variam bastante, mas algumas instituições oferecem condições competitivas, com juros anuais abaixo de 20% em casos específicos. Simulações online ajudam a encontrar a melhor oferta sem compromisso.

Outra possibilidade é o uso do saldo do FGTS em modalidades como o saque-aniversário, que permite retirar parte do fundo anualmente. Embora não seja um empréstimo, essa opção pode suprir necessidades emergenciais sem gerar dívidas. Para quem já está endividado, negociar diretamente com credores ou buscar a portabilidade de dívidas para instituições com juros menores também são caminhos viáveis.

A escolha depende do perfil de cada trabalhador. Quem tem estabilidade no emprego e um bom histórico financeiro pode encontrar no consignado a melhor saída. Já para aqueles com renda instável ou pouco controle sobre as finanças, alternativas sem desconto automático no salário podem oferecer mais segurança.

Impacto do programa no mercado de crédito

O volume inicial de R$ 340,3 milhões em quatro dias sinaliza um aquecimento no mercado de crédito. Bancos e instituições financeiras já ajustam suas estratégias para atender à demanda, oferecendo condições personalizadas com base nos dados fornecidos pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital. A expectativa é que o programa movimente bilhões nos próximos meses, especialmente entre trabalhadores de pequenas empresas e do setor informal formalizado.

A inclusão de empregados domésticos e rurais, grupos historicamente excluídos do consignado privado, também deve alterar o perfil de consumo de crédito no país. Esses trabalhadores, muitas vezes com salários mais baixos, agora têm acesso a uma linha que antes dependia de convênios específicos. O desafio será garantir que as taxas permaneçam acessíveis para esse público, evitando que o programa se torne uma armadilha financeira.

  • Público beneficiado: empregados de microempresas, domésticos e rurais.
  • Projeção: bilhões em crédito liberado nos próximos meses.
  • Desafio: manter juros baixos para trabalhadores de menor renda.



A procura pelo Crédito do Trabalhador, lançado pelo governo federal, surpreendeu nos primeiros dias de operação. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego revelam que, desde a estreia do programa em 21 de março, mais de 64 milhões de simulações de empréstimos foram realizadas por meio da Carteira de Trabalho Digital. Nos quatro dias iniciais, 48 mil contratos foram fechados, totalizando R$ 340,3 milhões em crédito liberado. A modalidade, que desconta parcelas diretamente do salário, promete facilitar o acesso a empréstimos para milhões de trabalhadores da iniciativa privada, incluindo empregados domésticos e de microempresas. Apesar do entusiasmo, especialistas alertam que a decisão exige cautela, já que as taxas de juros e o impacto no orçamento pessoal podem trazer riscos significativos.

A facilidade de simular e contratar o consignado pelo aplicativo tem atraído atenção. Diferente de outras linhas de crédito, essa modalidade usa o salário como garantia, o que reduz os riscos para as instituições financeiras e, em teoria, barateia os juros. Contudo, as taxas reais oferecidas podem variar bastante, dependendo de fatores como tempo de empresa e saldo do FGTS. Para muitos, a promessa de crédito acessível é tentadora, mas o desconto automático no salário exige planejamento para evitar desequilíbrios financeiros.

saques dinheiro emprestimo
Brenda Rocha – Blossom/Shutterstock.com

Outro ponto que chama a atenção é o alcance do programa. Estima-se que 47 milhões de trabalhadores, antes excluídos de convênios entre empresas e bancos, agora possam acessar o consignado. Isso inclui desde profissionais rurais até empregados de pequenas firmas. A iniciativa amplia uma política iniciada em 2003, quando o então presidente Lula liberou o crédito consignado para beneficiários do INSS e parte do setor privado. Mesmo com a expansão, a adesão em massa levanta debates sobre os riscos de endividamento em um país onde 76% das famílias já convivem com dívidas.

  • Fatores que influenciam as taxas: tempo de empresa, saldo do FGTS e uso da multa rescisória como garantia.
  • Volume inicial: 48 mil contratos em quatro dias, somando R$ 340,3 milhões.
  • Público-alvo: 47 milhões de trabalhadores, incluindo domésticos e rurais.

Como o consignado CLT funciona na prática

Funcionários da iniciativa privada agora têm uma nova porta de entrada para o crédito consignado. Disponível desde o dia 21 de março, o programa permite que trabalhadores com carteira assinada simulem e contratem empréstimos diretamente pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital. A grande diferença em relação a outras modalidades é o desconto automático das parcelas no salário, o que reduz a inadimplência para os bancos e, consequentemente, os custos do crédito. Nos primeiros dias, a ferramenta registrou uma média de 16 milhões de simulações diárias, evidenciando o interesse pela novidade.

O valor máximo do empréstimo depende do salário e do limite legal, que permite comprometer até 35% da renda mensal com as parcelas. Além disso, o programa usa o saldo do FGTS e a multa rescisória como garantias adicionais, o que pode influenciar as condições oferecidas. Para trabalhadores com pouco tempo de empresa, no entanto, as taxas tendem a subir, já que o risco percebido pelos bancos aumenta. Em alguns casos, as propostas chegaram a 7,62% ao mês, equivalente a 144,39% ao ano, bem acima da simulação inicial de 3,04% mensais exibida no aplicativo.

A história do consignado no Brasil começou na década de 1950, restrita a servidores públicos. Com o tempo, a modalidade ganhou espaço, especialmente após 2003, quando foi estendida a aposentados e pensionistas do INSS. A expansão para o setor privado, porém, sempre esbarrou na falta de convênios entre empresas e bancos, deixando muitos trabalhadores de fora. Agora, com a digitalização e a inclusão de empregados de pequenas empresas, o governo busca democratizar o acesso, mas a ausência de um teto fixo para os juros preocupa especialistas.

Taxas de juros: o que esperar do consignado

Comparado a outras linhas de crédito, o consignado costuma oferecer juros mais baixos por causa da segurança do desconto em folha. A simulação padrão no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital mostra taxas de 3,04% ao mês, o que equivale a cerca de 43,24% ao ano. Na prática, porém, as condições variam. Propostas reais analisadas chegaram a 7,62% ao mês, um patamar que eleva o custo anual para 144,39%. Isso mostra que o preço do crédito depende de uma análise individual feita pelas instituições financeiras.

Fatores como tempo de vínculo empregatício e saldo disponível no FGTS pesam na definição das taxas. Quem tem mais estabilidade no emprego ou um fundo de garantia robusto tende a receber ofertas melhores. Já trabalhadores recém-contratados ou com pouco saldo podem enfrentar condições menos favoráveis. Por isso, antes de fechar o contrato, é fundamental comparar as propostas com outras opções, como o crédito pessoal, cujas taxas médias anuais, segundo o Banco Central, variam entre 14,47% e 988,31%, dependendo do banco e do perfil do cliente.

A ausência de um balanço oficial sobre as taxas praticadas até agora dificulta uma visão clara do programa. O Ministério do Trabalho e Emprego informou que os juros são definidos pelas instituições financeiras com base em critérios próprios, o que pode gerar disparidades. Para quem busca alternativas, bancos e fintechs oferecem simulações online de crédito pessoal, permitindo uma análise detalhada antes da decisão.

Cuidados antes de contratar o empréstimo

Avaliar o impacto do consignado no orçamento é um passo essencial. Como as parcelas são descontadas diretamente do salário, o valor líquido recebido todo mês diminui, o que pode comprometer o pagamento de despesas fixas, como aluguel e contas de consumo. Planejadores financeiros recomendam que o trabalhador faça uma análise detalhada das finanças pessoais antes de aderir, considerando não só o custo do crédito, mas também a capacidade de lidar com uma renda reduzida nos meses seguintes.

O propósito do empréstimo também faz diferença. Emergências, como reparos domésticos ou problemas de saúde, são apontadas como usos justificáveis. Outra possibilidade é substituir dívidas mais caras, como o cheque especial ou o rotativo do cartão de crédito, que têm juros bem mais altos. Por outro lado, gastar o dinheiro em viagens, roupas ou restaurantes pode levar a um descontrole financeiro, já que o salário líquido ficará menor por um longo período.

  • Usos recomendados: emergências, quitação de dívidas caras, investimentos em negócios seguros.
  • Cuidados: evitar gastos supérfluos que comprometam o orçamento mensal.
  • Limite legal: até 35% da renda pode ser usado para pagar as parcelas.

Riscos de endividamento em alta

Críticos do programa apontam que a facilidade de acesso ao crédito pode agravar o endividamento no país. Dados da Confederação Nacional do Comércio mostram que 76% das famílias brasileiras já têm algum tipo de dívida, seja com cartão de crédito, financiamentos ou empréstimos. A chegada do Crédito do Trabalhador, com sua promessa de agilidade e alcance, reacende o debate sobre os limites do consumo financiado em um cenário de baixa educação financeira.

Professores e educadores financeiros destacam que o Brasil enfrenta desafios estruturais nesse campo. A dificuldade com cálculos básicos, a falta de hábito em planejar o orçamento doméstico e a pouca atenção à construção de uma reserva para o futuro aumentam os riscos de mau uso do consignado. Sem uma política ampla de conscientização, a adesão em massa ao programa pode transformar uma solução em um problema para muitos trabalhadores.

A experiência de outros países com crédito acessível mostra que a educação financeira é um fator decisivo. Nações com altos índices de endividamento, mas boa alfabetização financeira, tendem a equilibrar melhor o uso de empréstimos. No caso brasileiro, a ausência de medidas complementares ao lançamento do programa preocupa especialistas, que veem na iniciativa um potencial gatilho para uma crise de dívidas.

Cronologia do crédito consignado no Brasil

O consignado tem uma trajetória longa no país, marcada por ampliações graduais. Entender sua evolução ajuda a contextualizar a importância da nova fase iniciada em março. Veja os principais marcos:

  • Década de 1950: surge como benefício exclusivo para servidores públicos, com desconto em folha.
  • 2003: governo Lula amplia o acesso a beneficiários do INSS e parte do setor privado.
  • 21 de março de 2025: Crédito do Trabalhador é lançado, alcançando 47 milhões de profissionais via Carteira Digital.

Essa expansão reflete a busca por inclusão financeira, mas também expõe os desafios de equilibrar acesso e responsabilidade

Alternativas ao consignado CLT

Quem considera o consignado deve explorar outras opções antes de decidir. O crédito pessoal, disponível em bancos tradicionais e fintechs, pode ser uma alternativa, especialmente para quem tem um bom score de crédito. As taxas variam bastante, mas algumas instituições oferecem condições competitivas, com juros anuais abaixo de 20% em casos específicos. Simulações online ajudam a encontrar a melhor oferta sem compromisso.

Outra possibilidade é o uso do saldo do FGTS em modalidades como o saque-aniversário, que permite retirar parte do fundo anualmente. Embora não seja um empréstimo, essa opção pode suprir necessidades emergenciais sem gerar dívidas. Para quem já está endividado, negociar diretamente com credores ou buscar a portabilidade de dívidas para instituições com juros menores também são caminhos viáveis.

A escolha depende do perfil de cada trabalhador. Quem tem estabilidade no emprego e um bom histórico financeiro pode encontrar no consignado a melhor saída. Já para aqueles com renda instável ou pouco controle sobre as finanças, alternativas sem desconto automático no salário podem oferecer mais segurança.

Impacto do programa no mercado de crédito

O volume inicial de R$ 340,3 milhões em quatro dias sinaliza um aquecimento no mercado de crédito. Bancos e instituições financeiras já ajustam suas estratégias para atender à demanda, oferecendo condições personalizadas com base nos dados fornecidos pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital. A expectativa é que o programa movimente bilhões nos próximos meses, especialmente entre trabalhadores de pequenas empresas e do setor informal formalizado.

A inclusão de empregados domésticos e rurais, grupos historicamente excluídos do consignado privado, também deve alterar o perfil de consumo de crédito no país. Esses trabalhadores, muitas vezes com salários mais baixos, agora têm acesso a uma linha que antes dependia de convênios específicos. O desafio será garantir que as taxas permaneçam acessíveis para esse público, evitando que o programa se torne uma armadilha financeira.

  • Público beneficiado: empregados de microempresas, domésticos e rurais.
  • Projeção: bilhões em crédito liberado nos próximos meses.
  • Desafio: manter juros baixos para trabalhadores de menor renda.



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