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2 Apr 2025, Wed

calendário da restituição do IRPF começa em 30 de maio

Receita Federal imposto de renda


A temporada de declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) já está em andamento, e milhões de contribuintes brasileiros têm até 30 de maio para enviar seus dados à Receita Federal. Neste ano, o calendário de restituição mantém a tradição de cinco lotes, com o primeiro pagamento marcado para o mesmo dia do encerramento do prazo. Quem deseja receber o dinheiro de volta mais cedo precisa agir rápido, pois a ordem de envio é um dos fatores que definem a prioridade nos depósitos. Além disso, novas regras prometem agilizar ainda mais o processo para quem adotar ferramentas digitais específicas.

O envio antecipado da declaração é uma estratégia conhecida por quem busca estar entre os primeiros a receber a restituição. A Receita Federal processa as informações na ordem de chegada, priorizando aqueles que entregam logo no início do período, que começou em 17 de março. Isso significa que, quanto antes o contribuinte organizar seus documentos e preencher os dados, maiores são as chances de ter o valor depositado já no primeiro lote. A pressa, no entanto, deve vir acompanhada de cuidado para evitar erros que possam levar à malha fina.

Para este ano, a Receita trouxe uma novidade que pode acelerar o acesso ao dinheiro. Contribuintes que optarem pela declaração pré-preenchida e escolherem receber via PIX terão prioridade extra no cronograma de pagamentos. Essa combinação eleva a posição na fila, colocando esses declarantes à frente de outros grupos, exceto daqueles com prioridade legal, como idosos acima de 80 anos. A medida reflete o esforço do órgão em modernizar o sistema e incentivar o uso de tecnologias que facilitam a vida do cidadão.

Quem tem direito à prioridade na restituição

A definição de quem recebe primeiro a restituição do IRPF segue critérios claros estabelecidos pela legislação. Além da ordem de envio e das novas opções digitais, existem grupos com prioridade legal que sempre encabeçam a lista. Esses contribuintes são atendidos antes, independentemente de quando enviaram suas declarações, desde que respeitem o prazo final.

Idosos com mais de 80 anos lideram o ranking de prioridade, seguidos por aqueles entre 60 e 79 anos. Pessoas com deficiência física ou mental, ou portadoras de doenças graves, também estão entre os primeiros a receber. Professores cuja maior fonte de renda vem do magistério formam outro grupo beneficiado. A novidade de 2025 é que a combinação de declaração pré-preenchida com restituição via PIX cria uma categoria adicional de prioridade, ampliando as chances de recebimento antecipado para quem se adaptar às ferramentas digitais.

Calendário oficial dos lotes de restituição

O cronograma de pagamentos da restituição do Imposto de Renda neste ano segue um padrão semelhante ao de anos anteriores, com cinco lotes distribuídos entre maio e setembro. Confira as datas oficiais:

  • Primeiro lote: 30 de maio
  • Segundo lote: 30 de junho
  • Terceiro lote: 31 de julho
  • Quarto lote: 20 de agosto
  • Quinto lote: 30 de setembro

Cada lote é liberado no último dia útil do mês, com exceção do quarto, que ocorre um pouco mais cedo, em 20 de agosto. Os valores são depositados diretamente na conta informada pelo contribuinte, seja via PIX ou transferência bancária tradicional.

Como consultar seu lote de restituição

Saber em qual lote a restituição será paga exige uma consulta simples no site da Receita Federal. O serviço fica disponível cerca de uma semana antes de cada pagamento, permitindo que o contribuinte confirme sua situação. Para o primeiro lote, por exemplo, as consultas abrem em 23 de maio. O processo é rápido: basta acessar o portal Meu Imposto de Renda, clicar em “Consultar minha restituição”, informar o CPF, a data de nascimento e o ano da declaração. Com isso, o sistema mostra se o valor já foi liberado ou em qual lote ele está programado.

Por que antecipar a declaração vale a pena

Enviar a declaração do Imposto de Renda nos primeiros dias do prazo não é apenas uma questão de organização, mas também uma decisão financeira estratégica. A Receita Federal processa milhões de documentos ao longo dos dois meses e meio de campanha, e os primeiros envios são analisados com antecedência, garantindo a inclusão nos lotes iniciais de restituição. Em 2024, por exemplo, foram recebidas 42,42 milhões de declarações dentro do prazo, e quem entregou cedo teve o dinheiro em mãos já no final de maio.

A rapidez no recebimento pode fazer diferença para quem depende desse valor para quitar dívidas, investir ou cobrir despesas urgentes. Além disso, a antecipação reduz o risco de imprevistos, como falhas no sistema nos últimos dias do prazo, quando o volume de acessos ao site da Receita tende a aumentar. Especialistas recomendam reunir os documentos com antecedência, como informes de rendimentos, recibos de despesas dedutíveis e comprovantes de doações, para garantir que tudo esteja em ordem antes do envio.

Outro benefício de agir cedo é a possibilidade de corrigir erros rapidamente. Caso a declaração caia na malha fina por inconsistências, o contribuinte tem mais tempo para retificar os dados e evitar atrasos no pagamento da restituição. A pressa, porém, não deve comprometer a precisão: informações incorretas ou incompletas podem levar a fiscalizações futuras, gerando transtornos e até multas.

Declaração pré-preenchida e PIX: a dupla que acelera o processo

A combinação de declaração pré-preenchida e recebimento via PIX é a grande aposta da Receita Federal para modernizar o Imposto de Renda neste ano. A declaração pré-preenchida já traz dados que o Fisco coleta de fontes pagadoras, como salários e rendimentos financeiros, reduzindo o trabalho do contribuinte e o risco de erros. Ao optar por essa modalidade e indicar o PIX como forma de pagamento, o declarante ganha um lugar privilegiado na fila de restituição.

O PIX, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, permite que o dinheiro chegue à conta em poucos segundos após a liberação do lote. Diferente das transferências bancárias tradicionais, que podem levar até um dia útil para serem compensadas, o PIX garante agilidade e segurança. Para usar essa opção, é necessário informar uma chave PIX vinculada ao CPF do contribuinte no momento do preenchimento da declaração.

Maximize sua restituição com deduções legais

Aumentar o valor da restituição é um objetivo comum entre os contribuintes, e isso depende diretamente das deduções informadas na declaração. Gastos com saúde, educação, dependentes, doações e previdência privada podem reduzir a base de cálculo do imposto ou elevar o montante a ser devolvido. No entanto, cada categoria tem regras específicas que precisam ser seguidas.

Despesas médicas, como consultas, internações e planos de saúde, não possuem limite de dedução, mas exigem recibos em nome do titular ou de seus dependentes. Já os gastos com educação, que incluem ensino infantil, fundamental, médio, técnico e superior, têm um teto de R$ 3.651,50 por pessoa. Incluir dependentes, como filhos de até 21 anos ou cônjuge, também ajuda, desde que suas despesas e rendimentos sejam devidamente declarados.

Deduções que fazem a diferença

Para quem busca maximizar a restituição, algumas categorias de despesas merecem atenção especial. Veja como aproveitar ao máximo:

  • Saúde: declare todos os gastos com dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, exames e internações, desde que comprovados por recibos.
  • Educação: informe despesas com mensalidades escolares até o limite de R$ 3.651,50 por pessoa, válido para titular e dependentes.
  • Dependentes: cada dependente deduz R$ 2.275,08 da base de cálculo, mas seus rendimentos devem ser incluídos na declaração.
  • Doações: abata até 6% do imposto devido com doações a projetos culturais, esportivos ou de apoio a crianças e adolescentes, desde que registrados pelo governo.
  • Previdência (PGBL): deduza até 12% dos rendimentos tributáveis com aportes ao Plano Gerador de Benefício Livre, optando pela declaração completa.

Essas deduções são exclusivas do modelo completo da declaração, que exige mais detalhes, mas pode resultar em um retorno maior.

Quem pode ser incluído como dependente

Declarar dependentes é uma das formas mais eficazes de aumentar a restituição, mas as regras são rigorosas. Podem ser incluídos filhos de até 21 anos, ou até 24 se estiverem na graduação, além de cônjuge ou companheiro com quem o titular viva há mais de cinco anos. Pais, avós e sogros com renda anual inferior a R$ 22.847,76 em 2024 também entram na lista, assim como menores sob guarda judicial e pessoas incapazes sob os cuidados do declarante.

Cada dependente gera uma dedução fixa de R$ 2.275,08, mas todos os seus rendimentos e despesas devem ser informados. Isso inclui salários, pensões ou ganhos com investimentos, que podem impactar o cálculo final do imposto. A escolha de incluir dependentes deve ser analisada com cuidado, especialmente se eles tiverem renda significativa.

Doações: um incentivo que reduz o imposto

Doações realizadas em 2024 podem ser abatidas na declaração deste ano, desde que destinadas a projetos incentivados pelo governo. O limite é de 6% do imposto devido, e os valores devem ser comprovados. Entre os projetos elegíveis estão iniciativas de incentivo ao esporte, à cultura, ao audiovisual e ao apoio de crianças e adolescentes. Fundos municipais, estaduais ou nacionais, como o Fundo da Criança e do Adolescente, também entram na lista.

A dedução é aplicada diretamente sobre o imposto a pagar, o que a torna mais vantajosa para quem tem saldo devido. Para quem já tem restituição a receber, o benefício é menor, mas ainda contribui para ajustar o cálculo final. Os comprovantes das doações devem ser guardados por pelo menos cinco anos, caso a Receita solicite uma verificação.

Previdência privada e o impacto no IRPF

Investir em um Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) é outra estratégia para aumentar a restituição ou reduzir o imposto a pagar. Esse tipo de plano permite deduzir até 12% dos rendimentos tributáveis, desde que o contribuinte opte pela declaração completa. Por exemplo, quem teve R$ 100 mil de renda tributável em 2024 pode abater até R$ 12 mil investidos no PGBL, diminuindo a base de cálculo para R$ 88 mil.

A vantagem, porém, é um adiamento do imposto, já que o valor total resgatado no futuro será tributado. Diferente do Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), que não oferece dedução, o PGBL é indicado para quem já tem outras despesas dedutíveis e busca otimizar o retorno na declaração anual.

Cronograma essencial para não perder prazos

Ficar atento às datas é fundamental para garantir a restituição no menor tempo possível. Veja o calendário essencial do IRPF:

  • 17 de março: início do prazo para envio das declarações.
  • 30 de maio: fim do prazo e pagamento do primeiro lote.
  • 23 de maio: abertura da consulta ao primeiro lote.
  • 30 de setembro: pagamento do último lote regular.

Os lotes residuais, para quem retifica declarações ou sai da malha fina, ocorrem após setembro, mas sem datas fixas.

Dicas práticas para organizar sua declaração

Preparar a declaração com antecedência exige organização. Reunir informes de rendimentos de empregadores, bancos e planos de saúde é o primeiro passo. Recibos de despesas médicas, notas fiscais de mensalidades escolares e comprovantes de doações também devem estar à mão. Para quem tem dependentes, é essencial coletar os dados de renda e gastos de cada um, além do CPF, que é obrigatório.

Optar pela declaração pré-preenchida pode poupar tempo, já que o sistema importa informações automaticamente. Conferir cada dado inserido é igualmente importante para evitar inconsistências que atrasem a restituição. Com tudo pronto, o envio precoce garante um lugar nos primeiros lotes.

Evite a malha fina e receba sem atrasos

Erros na declaração são a principal causa de retenção na malha fina, o que pode adiar a restituição por meses. Informações desencontradas, como omitir rendimentos ou exagerar deduções sem comprovação, são os deslizes mais comuns. A Receita cruza dados de fontes pagadoras com o que foi declarado, identificando rapidamente qualquer inconsistência.

Para escapar desse problema, a dica é revisar todos os valores antes do envio e guardar os comprovantes por pelo menos cinco anos. Quem cai na malha fina ainda pode retificar a declaração, mas o processo exige tempo e paciência, além de deslocar o pagamento para lotes residuais.

Restituição maior exige planejamento

Aumentar o valor devolvido pela Receita Federal não depende apenas de sorte, mas de um preenchimento detalhado e estratégico. Declarar todas as deduções permitidas, escolher o modelo completo quando vantajoso e antecipar o envio são passos que fazem diferença. O uso de ferramentas como o PGBL e a inclusão de dependentes potencializa o resultado, desde que as regras sejam rigorosamente seguidas.

Os contribuintes que planejam suas finanças ao longo do ano, separando recibos e investindo em previdência privada, têm mais chances de colher benefícios na hora da restituição. A pressa em enviar não deve superar a necessidade de precisão, mas quem une as duas coisas sai na frente.

A temporada de declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) já está em andamento, e milhões de contribuintes brasileiros têm até 30 de maio para enviar seus dados à Receita Federal. Neste ano, o calendário de restituição mantém a tradição de cinco lotes, com o primeiro pagamento marcado para o mesmo dia do encerramento do prazo. Quem deseja receber o dinheiro de volta mais cedo precisa agir rápido, pois a ordem de envio é um dos fatores que definem a prioridade nos depósitos. Além disso, novas regras prometem agilizar ainda mais o processo para quem adotar ferramentas digitais específicas.

O envio antecipado da declaração é uma estratégia conhecida por quem busca estar entre os primeiros a receber a restituição. A Receita Federal processa as informações na ordem de chegada, priorizando aqueles que entregam logo no início do período, que começou em 17 de março. Isso significa que, quanto antes o contribuinte organizar seus documentos e preencher os dados, maiores são as chances de ter o valor depositado já no primeiro lote. A pressa, no entanto, deve vir acompanhada de cuidado para evitar erros que possam levar à malha fina.

Para este ano, a Receita trouxe uma novidade que pode acelerar o acesso ao dinheiro. Contribuintes que optarem pela declaração pré-preenchida e escolherem receber via PIX terão prioridade extra no cronograma de pagamentos. Essa combinação eleva a posição na fila, colocando esses declarantes à frente de outros grupos, exceto daqueles com prioridade legal, como idosos acima de 80 anos. A medida reflete o esforço do órgão em modernizar o sistema e incentivar o uso de tecnologias que facilitam a vida do cidadão.

Quem tem direito à prioridade na restituição

A definição de quem recebe primeiro a restituição do IRPF segue critérios claros estabelecidos pela legislação. Além da ordem de envio e das novas opções digitais, existem grupos com prioridade legal que sempre encabeçam a lista. Esses contribuintes são atendidos antes, independentemente de quando enviaram suas declarações, desde que respeitem o prazo final.

Idosos com mais de 80 anos lideram o ranking de prioridade, seguidos por aqueles entre 60 e 79 anos. Pessoas com deficiência física ou mental, ou portadoras de doenças graves, também estão entre os primeiros a receber. Professores cuja maior fonte de renda vem do magistério formam outro grupo beneficiado. A novidade de 2025 é que a combinação de declaração pré-preenchida com restituição via PIX cria uma categoria adicional de prioridade, ampliando as chances de recebimento antecipado para quem se adaptar às ferramentas digitais.

Calendário oficial dos lotes de restituição

O cronograma de pagamentos da restituição do Imposto de Renda neste ano segue um padrão semelhante ao de anos anteriores, com cinco lotes distribuídos entre maio e setembro. Confira as datas oficiais:

  • Primeiro lote: 30 de maio
  • Segundo lote: 30 de junho
  • Terceiro lote: 31 de julho
  • Quarto lote: 20 de agosto
  • Quinto lote: 30 de setembro

Cada lote é liberado no último dia útil do mês, com exceção do quarto, que ocorre um pouco mais cedo, em 20 de agosto. Os valores são depositados diretamente na conta informada pelo contribuinte, seja via PIX ou transferência bancária tradicional.

Como consultar seu lote de restituição

Saber em qual lote a restituição será paga exige uma consulta simples no site da Receita Federal. O serviço fica disponível cerca de uma semana antes de cada pagamento, permitindo que o contribuinte confirme sua situação. Para o primeiro lote, por exemplo, as consultas abrem em 23 de maio. O processo é rápido: basta acessar o portal Meu Imposto de Renda, clicar em “Consultar minha restituição”, informar o CPF, a data de nascimento e o ano da declaração. Com isso, o sistema mostra se o valor já foi liberado ou em qual lote ele está programado.

Por que antecipar a declaração vale a pena

Enviar a declaração do Imposto de Renda nos primeiros dias do prazo não é apenas uma questão de organização, mas também uma decisão financeira estratégica. A Receita Federal processa milhões de documentos ao longo dos dois meses e meio de campanha, e os primeiros envios são analisados com antecedência, garantindo a inclusão nos lotes iniciais de restituição. Em 2024, por exemplo, foram recebidas 42,42 milhões de declarações dentro do prazo, e quem entregou cedo teve o dinheiro em mãos já no final de maio.

A rapidez no recebimento pode fazer diferença para quem depende desse valor para quitar dívidas, investir ou cobrir despesas urgentes. Além disso, a antecipação reduz o risco de imprevistos, como falhas no sistema nos últimos dias do prazo, quando o volume de acessos ao site da Receita tende a aumentar. Especialistas recomendam reunir os documentos com antecedência, como informes de rendimentos, recibos de despesas dedutíveis e comprovantes de doações, para garantir que tudo esteja em ordem antes do envio.

Outro benefício de agir cedo é a possibilidade de corrigir erros rapidamente. Caso a declaração caia na malha fina por inconsistências, o contribuinte tem mais tempo para retificar os dados e evitar atrasos no pagamento da restituição. A pressa, porém, não deve comprometer a precisão: informações incorretas ou incompletas podem levar a fiscalizações futuras, gerando transtornos e até multas.

Declaração pré-preenchida e PIX: a dupla que acelera o processo

A combinação de declaração pré-preenchida e recebimento via PIX é a grande aposta da Receita Federal para modernizar o Imposto de Renda neste ano. A declaração pré-preenchida já traz dados que o Fisco coleta de fontes pagadoras, como salários e rendimentos financeiros, reduzindo o trabalho do contribuinte e o risco de erros. Ao optar por essa modalidade e indicar o PIX como forma de pagamento, o declarante ganha um lugar privilegiado na fila de restituição.

O PIX, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, permite que o dinheiro chegue à conta em poucos segundos após a liberação do lote. Diferente das transferências bancárias tradicionais, que podem levar até um dia útil para serem compensadas, o PIX garante agilidade e segurança. Para usar essa opção, é necessário informar uma chave PIX vinculada ao CPF do contribuinte no momento do preenchimento da declaração.

Maximize sua restituição com deduções legais

Aumentar o valor da restituição é um objetivo comum entre os contribuintes, e isso depende diretamente das deduções informadas na declaração. Gastos com saúde, educação, dependentes, doações e previdência privada podem reduzir a base de cálculo do imposto ou elevar o montante a ser devolvido. No entanto, cada categoria tem regras específicas que precisam ser seguidas.

Despesas médicas, como consultas, internações e planos de saúde, não possuem limite de dedução, mas exigem recibos em nome do titular ou de seus dependentes. Já os gastos com educação, que incluem ensino infantil, fundamental, médio, técnico e superior, têm um teto de R$ 3.651,50 por pessoa. Incluir dependentes, como filhos de até 21 anos ou cônjuge, também ajuda, desde que suas despesas e rendimentos sejam devidamente declarados.

Deduções que fazem a diferença

Para quem busca maximizar a restituição, algumas categorias de despesas merecem atenção especial. Veja como aproveitar ao máximo:

  • Saúde: declare todos os gastos com dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, exames e internações, desde que comprovados por recibos.
  • Educação: informe despesas com mensalidades escolares até o limite de R$ 3.651,50 por pessoa, válido para titular e dependentes.
  • Dependentes: cada dependente deduz R$ 2.275,08 da base de cálculo, mas seus rendimentos devem ser incluídos na declaração.
  • Doações: abata até 6% do imposto devido com doações a projetos culturais, esportivos ou de apoio a crianças e adolescentes, desde que registrados pelo governo.
  • Previdência (PGBL): deduza até 12% dos rendimentos tributáveis com aportes ao Plano Gerador de Benefício Livre, optando pela declaração completa.

Essas deduções são exclusivas do modelo completo da declaração, que exige mais detalhes, mas pode resultar em um retorno maior.

Quem pode ser incluído como dependente

Declarar dependentes é uma das formas mais eficazes de aumentar a restituição, mas as regras são rigorosas. Podem ser incluídos filhos de até 21 anos, ou até 24 se estiverem na graduação, além de cônjuge ou companheiro com quem o titular viva há mais de cinco anos. Pais, avós e sogros com renda anual inferior a R$ 22.847,76 em 2024 também entram na lista, assim como menores sob guarda judicial e pessoas incapazes sob os cuidados do declarante.

Cada dependente gera uma dedução fixa de R$ 2.275,08, mas todos os seus rendimentos e despesas devem ser informados. Isso inclui salários, pensões ou ganhos com investimentos, que podem impactar o cálculo final do imposto. A escolha de incluir dependentes deve ser analisada com cuidado, especialmente se eles tiverem renda significativa.

Doações: um incentivo que reduz o imposto

Doações realizadas em 2024 podem ser abatidas na declaração deste ano, desde que destinadas a projetos incentivados pelo governo. O limite é de 6% do imposto devido, e os valores devem ser comprovados. Entre os projetos elegíveis estão iniciativas de incentivo ao esporte, à cultura, ao audiovisual e ao apoio de crianças e adolescentes. Fundos municipais, estaduais ou nacionais, como o Fundo da Criança e do Adolescente, também entram na lista.

A dedução é aplicada diretamente sobre o imposto a pagar, o que a torna mais vantajosa para quem tem saldo devido. Para quem já tem restituição a receber, o benefício é menor, mas ainda contribui para ajustar o cálculo final. Os comprovantes das doações devem ser guardados por pelo menos cinco anos, caso a Receita solicite uma verificação.

Previdência privada e o impacto no IRPF

Investir em um Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) é outra estratégia para aumentar a restituição ou reduzir o imposto a pagar. Esse tipo de plano permite deduzir até 12% dos rendimentos tributáveis, desde que o contribuinte opte pela declaração completa. Por exemplo, quem teve R$ 100 mil de renda tributável em 2024 pode abater até R$ 12 mil investidos no PGBL, diminuindo a base de cálculo para R$ 88 mil.

A vantagem, porém, é um adiamento do imposto, já que o valor total resgatado no futuro será tributado. Diferente do Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), que não oferece dedução, o PGBL é indicado para quem já tem outras despesas dedutíveis e busca otimizar o retorno na declaração anual.

Cronograma essencial para não perder prazos

Ficar atento às datas é fundamental para garantir a restituição no menor tempo possível. Veja o calendário essencial do IRPF:

  • 17 de março: início do prazo para envio das declarações.
  • 30 de maio: fim do prazo e pagamento do primeiro lote.
  • 23 de maio: abertura da consulta ao primeiro lote.
  • 30 de setembro: pagamento do último lote regular.

Os lotes residuais, para quem retifica declarações ou sai da malha fina, ocorrem após setembro, mas sem datas fixas.

Dicas práticas para organizar sua declaração

Preparar a declaração com antecedência exige organização. Reunir informes de rendimentos de empregadores, bancos e planos de saúde é o primeiro passo. Recibos de despesas médicas, notas fiscais de mensalidades escolares e comprovantes de doações também devem estar à mão. Para quem tem dependentes, é essencial coletar os dados de renda e gastos de cada um, além do CPF, que é obrigatório.

Optar pela declaração pré-preenchida pode poupar tempo, já que o sistema importa informações automaticamente. Conferir cada dado inserido é igualmente importante para evitar inconsistências que atrasem a restituição. Com tudo pronto, o envio precoce garante um lugar nos primeiros lotes.

Evite a malha fina e receba sem atrasos

Erros na declaração são a principal causa de retenção na malha fina, o que pode adiar a restituição por meses. Informações desencontradas, como omitir rendimentos ou exagerar deduções sem comprovação, são os deslizes mais comuns. A Receita cruza dados de fontes pagadoras com o que foi declarado, identificando rapidamente qualquer inconsistência.

Para escapar desse problema, a dica é revisar todos os valores antes do envio e guardar os comprovantes por pelo menos cinco anos. Quem cai na malha fina ainda pode retificar a declaração, mas o processo exige tempo e paciência, além de deslocar o pagamento para lotes residuais.

Restituição maior exige planejamento

Aumentar o valor devolvido pela Receita Federal não depende apenas de sorte, mas de um preenchimento detalhado e estratégico. Declarar todas as deduções permitidas, escolher o modelo completo quando vantajoso e antecipar o envio são passos que fazem diferença. O uso de ferramentas como o PGBL e a inclusão de dependentes potencializa o resultado, desde que as regras sejam rigorosamente seguidas.

Os contribuintes que planejam suas finanças ao longo do ano, separando recibos e investindo em previdência privada, têm mais chances de colher benefícios na hora da restituição. A pressa em enviar não deve superar a necessidade de precisão, mas quem une as duas coisas sai na frente.

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