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31 Mar 2025, Mon


Mais de 10 milhões de trabalhadores brasileiros terão a chance de resgatar cerca de R$ 26,3 bilhões esquecidos no antigo fundo PIS/Pasep a partir desta sexta-feira, 28 de março. O montante, que estava parado há décadas, será liberado inicialmente para quem solicitou o saque até 28 de fevereiro, marcando o início de um calendário que se estende até 2026. O saldo médio por pessoa é estimado em R$ 2,8 mil, valor corrigido pela inflação, mas pode variar conforme o tempo de trabalho e o salário recebido entre 1971 e 1988. A medida visa devolver recursos a quem atuou com carteira assinada ou como servidor público nesse período, oferecendo um alívio financeiro em tempos de incertezas econômicas. Para facilitar o processo, o governo lançou plataformas digitais que ajudam na consulta e na solicitação dos valores.

O antigo fundo PIS/Pasep, diferente do abono salarial pago atualmente, foi criado como uma poupança forçada para trabalhadores e servidores. Durante quase duas décadas, ele acumulou depósitos que muitos nunca resgataram. Agora, com a digitalização dos serviços, o acesso ao dinheiro foi simplificado. A consulta pode ser feita pelo site Repis Cidadão ou pelo aplicativo do FGTS, enquanto o pagamento será depositado diretamente em contas bancárias ou em poupanças sociais digitais. Herdeiros de beneficiários falecidos também podem reivindicar os valores, desde que apresentem a documentação necessária. O prazo final para pedir o ressarcimento é setembro de 2028, após o qual o dinheiro será incorporado ao Tesouro Nacional.

A liberação desses recursos ocorre em um momento em que muitos brasileiros buscam alternativas para complementar a renda. Com um calendário escalonado, o governo espera organizar a distribuição e evitar sobrecarga nos sistemas bancários. Além disso, a iniciativa reflete um esforço para corrigir uma pendência histórica, já que os valores estavam inacessíveis por falta de informação ou dificuldade de acesso. Quem trabalhou formalmente entre 1971 e 1988 deve ficar atento às datas e aos procedimentos para não perder a oportunidade de receber.

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rafastockbr/shutterstock.com

Como funciona o acesso aos valores esquecidos

Consultar se há dinheiro disponível no fundo PIS/Pasep é o primeiro passo para quem quer aproveitar a liberação. O processo foi pensado para ser simples e acessível, utilizando ferramentas digitais já conhecidas pela população. O site Repis Cidadão, lançado pelo Ministério da Fazenda, permite checar o saldo com poucos cliques, desde que o usuário tenha uma conta gov.br nos níveis prata ou ouro. Outra opção é o aplicativo do FGTS, que também oferece orientações sobre como prosseguir com o pedido.

Para quem prefere o atendimento presencial, as agências da Caixa Econômica Federal estão preparadas para receber solicitações. No caso de herdeiros, o procedimento exige mais documentos, como certidões ou declarações que comprovem o direito ao saque. A análise dos pedidos é feita pela Caixa, que encaminha as informações ao Ministério da Fazenda para aprovação. Após a validação, o pagamento é liberado conforme o calendário oficial, começando por aqueles que se anteciparam na solicitação.

  • Passo a passo para consulta no Repis Cidadão:
    • Acesse o site oficial do serviço.
    • Faça login com CPF e senha gov.br.
    • Informe o NIS do beneficiário.
    • Clique em “pesquisar” para verificar o saldo.

Origem do fundo e sua relevância histórica

Criado na década de 1970, o Programa de Integração Social (PIS) tinha como objetivo principal formar uma poupança para trabalhadores do setor privado. Pouco depois, o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) foi instituído com a mesma lógica, voltado a servidores civis e militares. Em 1975, os dois programas foram unificados no Fundo PIS-Pasep, que funcionou até 1988, quando foi substituído pelo abono salarial que conhecemos hoje.

Durante seu período de funcionamento, o fundo recebia contribuições de empresas e órgãos públicos, que eram depositadas em contas individuais. Esses recursos deveriam ser sacados pelos trabalhadores ao longo do tempo, mas muitos não o fizeram, seja por desconhecimento, seja por dificuldades burocráticas. Em 2020, as cotas remanescentes foram transferidas para o FGTS e, três anos depois, realocadas para uma conta única do Tesouro Nacional, o que abriu caminho para a liberação atual.

O impacto desse dinheiro esquecido vai além do aspecto financeiro. Para especialistas, a devolução desses valores resgata uma parte da história trabalhista do país, reconhecendo o esforço de uma geração que contribuiu para o crescimento econômico nas décadas de 1970 e 1980. Com a inflação corroendo o poder de compra ao longo dos anos, os saldos foram corrigidos, garantindo que os beneficiários recebam um montante justo, ainda que décadas depois.

Calendário detalhado de pagamentos

Os pagamentos do PIS/Pasep esquecido seguem um cronograma claro, baseado na data em que o pedido foi registrado. Quem solicitou até 28 de fevereiro recebe já em 28 de março, enquanto os próximos lotes estão programados para os meses seguintes. A organização em 11 datas distintas, entre março de 2025 e janeiro de 2026, facilita o planejamento tanto dos beneficiários quanto das instituições responsáveis.

Abaixo, as datas exatas de liberação:

  • Solicitações até 28/02/2025: pagamento em 28/03/2025.
  • Solicitações até 31/03/2025: pagamento em 25/04/2025.
  • Solicitações até 30/04/2025: pagamento em 26/05/2025.
  • Solicitações até 31/05/2025: pagamento em 25/06/2025.
  • Solicitações até 30/06/2025: pagamento em 25/07/2025.
  • Solicitações até 31/07/2025: pagamento em 25/08/2025.
  • Solicitações até 31/08/2025: pagamento em 25/09/2025.
  • Solicitações até 30/09/2025: pagamento em 27/10/2025.
  • Solicitações até 31/10/2025: pagamento em 25/11/2025.
  • Solicitações até 30/11/2025: pagamento em 26/12/2025.
  • Solicitações até 31/12/2025: pagamento em 26/01/2026.

Esse escalonamento foi pensado para evitar atrasos e garantir que todos tenham tempo de se organizar. Quem perder o prazo de setembro de 2028, no entanto, não poderá mais reivindicar os valores, que passarão definitivamente ao controle do governo federal.

Quem tem direito e como pedir o saque

Ter trabalhado com carteira assinada ou como servidor público entre 1971 e 1988 é o principal critério para ter direito aos valores do fundo. O montante disponível depende de fatores como o número de meses trabalhados e o salário da época, o que explica a variação nos saldos. Para muitos, o valor médio de R$ 2,8 mil pode representar uma ajuda significativa, especialmente em um contexto de alta nos preços de bens e serviços.

O pedido de ressarcimento pode ser feito de duas formas principais. Pelo aplicativo do FGTS, o trabalhador acessa a opção “ressarcimento PIS/Pasep”, faz login e anexa os documentos solicitados. A outra alternativa é comparecer a uma agência da Caixa com um documento de identidade oficial. Herdeiros, por sua vez, precisam apresentar certidões ou autorizações judiciais que comprovem sua legitimidade para sacar o dinheiro em nome do beneficiário falecido.

A Caixa Econômica Federal, responsável pela gestão dos pagamentos, orienta que os interessados ajam com antecedência. Após a solicitação, o banco analisa os dados e, se tudo estiver correto, o depósito é feito na conta indicada. Para quem não tem conta na Caixa, uma poupança social digital é aberta automaticamente, ampliando o acesso aos recursos.

Diferenças entre o fundo antigo e o abono atual

Embora o PIS/Pasep seja um termo familiar para muitos trabalhadores, é importante distinguir o fundo antigo do abono salarial pago hoje. O fundo, que funcionou até 1988, era uma espécie de poupança compulsória, com depósitos feitos em nome de cada trabalhador. Já o abono atual é um benefício anual, no valor de até um salário mínimo, pago a quem trabalhou pelo menos 30 dias no ano-base e recebeu até dois salários mínimos mensais.

Em 2025, por exemplo, o abono está sendo pago com base no ano de 2022, seguindo um calendário próprio. Enquanto o abono é um incentivo recorrente, o fundo antigo é uma herança de décadas passadas, cujos valores estavam “esquecidos” até agora. A liberação atual não interfere no pagamento do abono, mas reforça a importância de os trabalhadores conhecerem seus direitos.

A transferência das cotas para o FGTS em 2020 e, posteriormente, para o Tesouro Nacional, foi um passo para organizar esses recursos parados. Com a tecnologia disponível hoje, como o aplicativo do FGTS e o site Repis Cidadão, o governo espera que mais pessoas consigam resgatar o que lhes pertence, evitando que bilhões de reais fiquem sem dono.

Impacto econômico da liberação

A injeção de R$ 26,3 bilhões na economia pode trazer efeitos positivos, especialmente para o consumo em pequena escala. Com mais de 10 milhões de beneficiários, o dinheiro deve circular em compras de bens essenciais, pagamento de dívidas ou até pequenos investimentos. Em um cenário de recuperação econômica, esses valores podem ajudar a aquecer o mercado interno, ainda que de forma gradual.

Para os beneficiários, o impacto é ainda mais direto. Um trabalhador que receba os R$ 2,8 mil médios, por exemplo, pode usar o recurso para cobrir despesas emergenciais ou planejar gastos futuros. Herdeiros, por sua vez, têm a chance de acessar uma quantia que, em muitos casos, nem sabiam existir, o que reforça a necessidade de divulgar o processo.

O governo estima que a maioria dos pedidos será feita nos primeiros meses de liberação, mas o calendário longo dá flexibilidade a quem precisa de mais tempo para se organizar. A digitalização do processo, com plataformas como o Repis Cidadão, também reduz a burocracia, tornando o acesso mais democrático.

Curiosidades sobre o PIS/Pasep esquecido

O fundo PIS/Pasep guarda histórias e números que chamam atenção. Veja alguns pontos interessantes:

  • Mais de 10 milhões de pessoas têm direito, mas muitas ainda não sabem.
  • O valor total de R$ 26,3 bilhões equivale a uma pequena fração do PIB nacional.
  • Alguns saldos individuais chegam a dezenas de milhares de reais, dependendo do histórico profissional.
  • O prazo de 2028 marca o fim de uma espera que já dura mais de 30 anos para alguns.

Esses dados mostram como o fundo, embora antigo, ainda tem relevância. A iniciativa de devolvê-lo aos trabalhadores é um esforço para corrigir uma lacuna do passado, ao mesmo tempo em que oferece um benefício concreto no presente.

Mais de 10 milhões de trabalhadores brasileiros terão a chance de resgatar cerca de R$ 26,3 bilhões esquecidos no antigo fundo PIS/Pasep a partir desta sexta-feira, 28 de março. O montante, que estava parado há décadas, será liberado inicialmente para quem solicitou o saque até 28 de fevereiro, marcando o início de um calendário que se estende até 2026. O saldo médio por pessoa é estimado em R$ 2,8 mil, valor corrigido pela inflação, mas pode variar conforme o tempo de trabalho e o salário recebido entre 1971 e 1988. A medida visa devolver recursos a quem atuou com carteira assinada ou como servidor público nesse período, oferecendo um alívio financeiro em tempos de incertezas econômicas. Para facilitar o processo, o governo lançou plataformas digitais que ajudam na consulta e na solicitação dos valores.

O antigo fundo PIS/Pasep, diferente do abono salarial pago atualmente, foi criado como uma poupança forçada para trabalhadores e servidores. Durante quase duas décadas, ele acumulou depósitos que muitos nunca resgataram. Agora, com a digitalização dos serviços, o acesso ao dinheiro foi simplificado. A consulta pode ser feita pelo site Repis Cidadão ou pelo aplicativo do FGTS, enquanto o pagamento será depositado diretamente em contas bancárias ou em poupanças sociais digitais. Herdeiros de beneficiários falecidos também podem reivindicar os valores, desde que apresentem a documentação necessária. O prazo final para pedir o ressarcimento é setembro de 2028, após o qual o dinheiro será incorporado ao Tesouro Nacional.

A liberação desses recursos ocorre em um momento em que muitos brasileiros buscam alternativas para complementar a renda. Com um calendário escalonado, o governo espera organizar a distribuição e evitar sobrecarga nos sistemas bancários. Além disso, a iniciativa reflete um esforço para corrigir uma pendência histórica, já que os valores estavam inacessíveis por falta de informação ou dificuldade de acesso. Quem trabalhou formalmente entre 1971 e 1988 deve ficar atento às datas e aos procedimentos para não perder a oportunidade de receber.

pagamento deposito saque pis pasep fgts
rafastockbr/shutterstock.com

Como funciona o acesso aos valores esquecidos

Consultar se há dinheiro disponível no fundo PIS/Pasep é o primeiro passo para quem quer aproveitar a liberação. O processo foi pensado para ser simples e acessível, utilizando ferramentas digitais já conhecidas pela população. O site Repis Cidadão, lançado pelo Ministério da Fazenda, permite checar o saldo com poucos cliques, desde que o usuário tenha uma conta gov.br nos níveis prata ou ouro. Outra opção é o aplicativo do FGTS, que também oferece orientações sobre como prosseguir com o pedido.

Para quem prefere o atendimento presencial, as agências da Caixa Econômica Federal estão preparadas para receber solicitações. No caso de herdeiros, o procedimento exige mais documentos, como certidões ou declarações que comprovem o direito ao saque. A análise dos pedidos é feita pela Caixa, que encaminha as informações ao Ministério da Fazenda para aprovação. Após a validação, o pagamento é liberado conforme o calendário oficial, começando por aqueles que se anteciparam na solicitação.

  • Passo a passo para consulta no Repis Cidadão:
    • Acesse o site oficial do serviço.
    • Faça login com CPF e senha gov.br.
    • Informe o NIS do beneficiário.
    • Clique em “pesquisar” para verificar o saldo.

Origem do fundo e sua relevância histórica

Criado na década de 1970, o Programa de Integração Social (PIS) tinha como objetivo principal formar uma poupança para trabalhadores do setor privado. Pouco depois, o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) foi instituído com a mesma lógica, voltado a servidores civis e militares. Em 1975, os dois programas foram unificados no Fundo PIS-Pasep, que funcionou até 1988, quando foi substituído pelo abono salarial que conhecemos hoje.

Durante seu período de funcionamento, o fundo recebia contribuições de empresas e órgãos públicos, que eram depositadas em contas individuais. Esses recursos deveriam ser sacados pelos trabalhadores ao longo do tempo, mas muitos não o fizeram, seja por desconhecimento, seja por dificuldades burocráticas. Em 2020, as cotas remanescentes foram transferidas para o FGTS e, três anos depois, realocadas para uma conta única do Tesouro Nacional, o que abriu caminho para a liberação atual.

O impacto desse dinheiro esquecido vai além do aspecto financeiro. Para especialistas, a devolução desses valores resgata uma parte da história trabalhista do país, reconhecendo o esforço de uma geração que contribuiu para o crescimento econômico nas décadas de 1970 e 1980. Com a inflação corroendo o poder de compra ao longo dos anos, os saldos foram corrigidos, garantindo que os beneficiários recebam um montante justo, ainda que décadas depois.

Calendário detalhado de pagamentos

Os pagamentos do PIS/Pasep esquecido seguem um cronograma claro, baseado na data em que o pedido foi registrado. Quem solicitou até 28 de fevereiro recebe já em 28 de março, enquanto os próximos lotes estão programados para os meses seguintes. A organização em 11 datas distintas, entre março de 2025 e janeiro de 2026, facilita o planejamento tanto dos beneficiários quanto das instituições responsáveis.

Abaixo, as datas exatas de liberação:

  • Solicitações até 28/02/2025: pagamento em 28/03/2025.
  • Solicitações até 31/03/2025: pagamento em 25/04/2025.
  • Solicitações até 30/04/2025: pagamento em 26/05/2025.
  • Solicitações até 31/05/2025: pagamento em 25/06/2025.
  • Solicitações até 30/06/2025: pagamento em 25/07/2025.
  • Solicitações até 31/07/2025: pagamento em 25/08/2025.
  • Solicitações até 31/08/2025: pagamento em 25/09/2025.
  • Solicitações até 30/09/2025: pagamento em 27/10/2025.
  • Solicitações até 31/10/2025: pagamento em 25/11/2025.
  • Solicitações até 30/11/2025: pagamento em 26/12/2025.
  • Solicitações até 31/12/2025: pagamento em 26/01/2026.

Esse escalonamento foi pensado para evitar atrasos e garantir que todos tenham tempo de se organizar. Quem perder o prazo de setembro de 2028, no entanto, não poderá mais reivindicar os valores, que passarão definitivamente ao controle do governo federal.

Quem tem direito e como pedir o saque

Ter trabalhado com carteira assinada ou como servidor público entre 1971 e 1988 é o principal critério para ter direito aos valores do fundo. O montante disponível depende de fatores como o número de meses trabalhados e o salário da época, o que explica a variação nos saldos. Para muitos, o valor médio de R$ 2,8 mil pode representar uma ajuda significativa, especialmente em um contexto de alta nos preços de bens e serviços.

O pedido de ressarcimento pode ser feito de duas formas principais. Pelo aplicativo do FGTS, o trabalhador acessa a opção “ressarcimento PIS/Pasep”, faz login e anexa os documentos solicitados. A outra alternativa é comparecer a uma agência da Caixa com um documento de identidade oficial. Herdeiros, por sua vez, precisam apresentar certidões ou autorizações judiciais que comprovem sua legitimidade para sacar o dinheiro em nome do beneficiário falecido.

A Caixa Econômica Federal, responsável pela gestão dos pagamentos, orienta que os interessados ajam com antecedência. Após a solicitação, o banco analisa os dados e, se tudo estiver correto, o depósito é feito na conta indicada. Para quem não tem conta na Caixa, uma poupança social digital é aberta automaticamente, ampliando o acesso aos recursos.

Diferenças entre o fundo antigo e o abono atual

Embora o PIS/Pasep seja um termo familiar para muitos trabalhadores, é importante distinguir o fundo antigo do abono salarial pago hoje. O fundo, que funcionou até 1988, era uma espécie de poupança compulsória, com depósitos feitos em nome de cada trabalhador. Já o abono atual é um benefício anual, no valor de até um salário mínimo, pago a quem trabalhou pelo menos 30 dias no ano-base e recebeu até dois salários mínimos mensais.

Em 2025, por exemplo, o abono está sendo pago com base no ano de 2022, seguindo um calendário próprio. Enquanto o abono é um incentivo recorrente, o fundo antigo é uma herança de décadas passadas, cujos valores estavam “esquecidos” até agora. A liberação atual não interfere no pagamento do abono, mas reforça a importância de os trabalhadores conhecerem seus direitos.

A transferência das cotas para o FGTS em 2020 e, posteriormente, para o Tesouro Nacional, foi um passo para organizar esses recursos parados. Com a tecnologia disponível hoje, como o aplicativo do FGTS e o site Repis Cidadão, o governo espera que mais pessoas consigam resgatar o que lhes pertence, evitando que bilhões de reais fiquem sem dono.

Impacto econômico da liberação

A injeção de R$ 26,3 bilhões na economia pode trazer efeitos positivos, especialmente para o consumo em pequena escala. Com mais de 10 milhões de beneficiários, o dinheiro deve circular em compras de bens essenciais, pagamento de dívidas ou até pequenos investimentos. Em um cenário de recuperação econômica, esses valores podem ajudar a aquecer o mercado interno, ainda que de forma gradual.

Para os beneficiários, o impacto é ainda mais direto. Um trabalhador que receba os R$ 2,8 mil médios, por exemplo, pode usar o recurso para cobrir despesas emergenciais ou planejar gastos futuros. Herdeiros, por sua vez, têm a chance de acessar uma quantia que, em muitos casos, nem sabiam existir, o que reforça a necessidade de divulgar o processo.

O governo estima que a maioria dos pedidos será feita nos primeiros meses de liberação, mas o calendário longo dá flexibilidade a quem precisa de mais tempo para se organizar. A digitalização do processo, com plataformas como o Repis Cidadão, também reduz a burocracia, tornando o acesso mais democrático.

Curiosidades sobre o PIS/Pasep esquecido

O fundo PIS/Pasep guarda histórias e números que chamam atenção. Veja alguns pontos interessantes:

  • Mais de 10 milhões de pessoas têm direito, mas muitas ainda não sabem.
  • O valor total de R$ 26,3 bilhões equivale a uma pequena fração do PIB nacional.
  • Alguns saldos individuais chegam a dezenas de milhares de reais, dependendo do histórico profissional.
  • O prazo de 2028 marca o fim de uma espera que já dura mais de 30 anos para alguns.

Esses dados mostram como o fundo, embora antigo, ainda tem relevância. A iniciativa de devolvê-lo aos trabalhadores é um esforço para corrigir uma lacuna do passado, ao mesmo tempo em que oferece um benefício concreto no presente.

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