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16 Apr 2025, Wed

Zelensky prevê fim iminente de Putin e aposta em desfecho rápido para guerra

Putin


Durante uma viagem à França em 27 de março de 2025, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez uma declaração contundente ao afirmar que Vladimir Putin, líder da Rússia, “morrerá em breve”. A fala, proferida em entrevista à emissora France TV após encontro com o presidente francês Emmanuel Macron, em Paris, reacendeu o debate sobre o estado de saúde do chefe do Kremlin e suas implicações na guerra que já dura mais de três anos. Zelensky vinculou a suposta fragilidade de Putin a um possível desfecho rápido do conflito, sugerindo que o fim da liderança russa poderia alterar o rumo das negociações e da resistência ucraniana. A declaração ocorre em um momento delicado, com a Rússia controlando cerca de 20% do território ucraniano e ambos os lados buscando vantagens estratégicas antes de eventuais conversas de paz mediadas por potências globais.

A visita à França marcou mais um esforço de Zelensky para fortalecer alianças e garantir apoio militar e financeiro contra a Rússia. No encontro com Macron, os dois líderes discutiram a escalada recente no Mar Negro, onde Ucrânia e Rússia trocaram acusações sobre violações de um acordo de trégua limitada, anunciado pela Casa Branca semanas antes. O presidente ucraniano aproveitou o palco internacional para reforçar sua narrativa de que Putin enfrenta problemas de saúde graves, citando supostos derrames, surtos de câncer e Parkinson como evidências de um declínio iminente. Apesar da falta de confirmação oficial sobre essas condições, o discurso de Zelensky busca minar a imagem de força do líder russo e pressionar aliados ocidentais a intensificar sanções e suporte à Ucrânia.

Enquanto isso, a guerra segue moldando o cenário geopolítico. Em Kursk, território russo ocupado por forças ucranianas desde agosto de 2024, os combates persistem, com mapas indicando que as tropas de Kiev estão quase cercadas. A ofensiva em Kursk foi uma aposta ousada de Zelensky para ganhar vantagem nas negociações, mas os avanços russos recentes mostram a dificuldade de manter essa posição. A declaração sobre Putin, portanto, pode ser lida como uma tentativa de desviar o foco das perdas no campo de batalha e reacender a confiança de seus aliados e da população ucraniana, que já soma cerca de 10 milhões de deslocados desde o início do conflito em fevereiro de 2022.

Rumores sobre a saúde de Putin ganham força

Os comentários de Zelensky não surgem isolados. Há anos, especulações sobre a saúde de Vladimir Putin circulam entre analistas e na imprensa internacional. Um episódio em 2022, quando o líder russo apareceu curvado e com fala arrastada em uma reunião com o então ministro da Defesa, Sergei Shoigu, alimentou dúvidas sobre sua condição física. Na ocasião, imagens mostraram Putin segurando uma mesa de forma rígida, levantando hipóteses de Parkinson ou outros problemas neurológicos. Desde então, relatos não confirmados de insiders do Kremlin e líderes ocidentais sugerem que o presidente russo enfrenta um quadro de saúde deteriorado, agravado pelo estresse da guerra.

Zelensky, ao citar especificamente derrames e câncer, vai além das especulações genéricas, dando um tom quase profético à sua declaração. “Ele morrerá em breve, isso é um fato, e isso chegará ao fim”, afirmou o presidente ucraniano, sugerindo que o colapso físico de Putin poderia levar ao colapso de sua estratégia militar. A menção a doenças graves reflete uma narrativa que Kiev tem explorado para enfraquecer a moral russa e pressionar por mais sanções contra Moscou, que já enfrenta isolamento econômico e político desde a invasão da Ucrânia.

Embora o Kremlin nunca tenha admitido qualquer problema de saúde de Putin, a ausência de desmentidos enfáticos sobre as condições mencionadas por Zelensky mantém o tema em aberto. Em contrapartida, aliados de Putin, como o ex-presidente Dmitry Medvedev, continuam a projetar uma imagem de força, enquanto a máquina de propaganda russa retrata o líder como inabalável. A falta de transparência sobre a saúde do presidente russo só aumenta o impacto das palavras de Zelensky no cenário internacional.

  • Doenças associadas a Putin por Zelensky:
    • Derrames múltiplos.
    • Surtos de câncer.
    • Mal de Parkinson.
Vladimir Putin
Vladimir Putin – Foto: miss.cabul / Shutterstock.com

Contexto da guerra e negociações em andamento

A declaração de Zelensky chega em um momento de intensas movimentações diplomáticas. Em 11 de março de 2025, a Ucrânia aceitou uma proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo de 30 dias, negociada na Arábia Saudita, que incluía tréguas por terra, mar e ar. Putin, por sua vez, sinalizou apoio à suspensão de ataques a infraestruturas energéticas, mas fez exigências como o fim do envio de armas ocidentais a Kiev, algo rejeitado por Zelensky. O presidente ucraniano insiste que qualquer acordo deve garantir segurança de longo prazo, temendo que a Rússia volte a atacar após uma pausa temporária.

No campo de batalha, a situação permanece crítica. A contraofensiva ucraniana em Kursk, iniciada em agosto de 2024, visava capturar território russo como moeda de troca em negociações, mas as forças de Moscou têm avançado, reduzindo o controle de Kiev na região. Em Donetsk e Luhansk, áreas ocupadas desde 2014, os russos consolidam posições, enquanto a Crimeia, anexada há mais de uma década, segue como ponto de tensão nas discussões de paz. A guerra, que completou três anos em fevereiro de 2025, já deslocou milhões e devastou a infraestrutura ucraniana, com Zelensky buscando apoio contínuo de aliados como França e Estados Unidos.

A reunião com Macron em Paris também abordou o fortalecimento das defesas aéreas ucranianas, com a França prometendo mais sistemas antiaéreos para conter os bombardeios russos. Enquanto isso, o G7, formado por Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos, ameaçou novas sanções a Moscou caso as negociações não avancem, sinalizando um esforço conjunto para pressionar Putin em meio às especulações sobre sua saúde.

Reação internacional às palavras de Zelensky

A fala de Zelensky na França reverberou rapidamente pelo mundo. Líderes europeus, como Macron, evitaram comentar diretamente a previsão sobre Putin, mas reforçaram o apoio à Ucrânia. Em Londres, o primeiro-ministro Keir Starmer anunciou, em 2 de março, um plano conjunto com França e Ucrânia para apresentar um cessar-fogo aos Estados Unidos, evidenciando a busca por uma solução diplomática. Já em Washington, o presidente Donald Trump, que conversou com Putin e Zelensky em março, mantém uma postura ambígua, defendendo a paz, mas condicionando ajuda a Kiev a concessões como o acesso a minerais raros.

Na Rússia, a reação foi de indignação contida. O Kremlin classificou o bate-boca entre Trump e Zelensky, ocorrido em 28 de fevereiro na Casa Branca, como um “episódio sem precedentes”, mas não respondeu diretamente à nova provocação do líder ucraniano. Propagandistas russos, como Maria Zakharova, porta-voz da Chancelaria, já haviam acusado Zelensky de espalhar mentiras, enquanto figuras como Medvedev intensificam o tom contra o Ocidente. A narrativa de Moscou segue centrada em retratar Putin como um líder forte, apesar das especulações sobre sua saúde.

Entre os aliados de Zelensky, a declaração foi vista como uma jogada arriscada, mas estratégica. Ao prever o fim de Putin, o presidente ucraniano tenta minar a autoridade do líder russo e pressionar por mais apoio militar antes que as negociações avancem. A Turquia, que busca mediar o conflito, expressou apoio a um cessar-fogo, com o presidente Recep Tayyip Erdogan destacando a necessidade de construir confiança entre as partes, mesmo após ataques recentes.

Escalada verbal em meio a tensões militares

A retórica de Zelensky reflete a urgência da situação na Ucrânia. Em 14 de março, ele já havia dito que havia “uma boa chance de a guerra terminar rapidamente”, mas alertou que Putin poderia sabotar as negociações. Agora, ao prever a morte do líder russo, o presidente ucraniano eleva o tom, desafiando diretamente a imagem de invencibilidade que Moscou projeta. Essa escalada verbal ocorre enquanto Kiev enfrenta dificuldades em Kursk e tenta conter os avanços russos no leste do país.

A guerra, que começou em 24 de fevereiro de 2022, já custou dezenas de milhares de vidas e transformou cidades ucranianas em escombros. Em Kherson, no sul, um bombardeio em 19 de março matou um civil, enquanto em Sumy, no norte, ataques noturnos deixaram feridos. Do lado russo, um depósito de petróleo em Krasnodar foi alvo de um ataque ucraniano na mesma semana, mostrando que ambos os lados continuam dispostos a intensificar o conflito, apesar das conversas de paz.

Putin, por sua vez, mantém uma postura firme. Em 6 de junho, ele afirmou que não abrirá mão dos territórios conquistados, enquanto Zelensky insiste que a paz não pode vir “ao custo de desistir da Ucrânia”. A previsão sobre a morte do líder russo adiciona uma camada de provocação a esse impasse, com o presidente ucraniano apostando que a pressão internacional e as fragilidades de Putin possam forçar Moscou a recuar.

Cronograma recente do conflito

Os últimos meses trouxeram avanços e reveses para ambos os lados. Veja os principais eventos:

  • Agosto de 2024: Ucrânia lança ofensiva em Kursk, capturando território russo.
  • 11 de março de 2025: Kiev aceita proposta dos EUA para cessar-fogo de 30 dias.
  • 18 de março de 2025: Putin concorda com suspensão de ataques a energia, mas exige cortes de armas.
  • 27 de março de 2025: Zelensky prevê morte iminente de Putin em Paris.

Esse calendário destaca a rapidez com que a guerra e a diplomacia evoluem, com a fala de Zelensky em Paris sendo o mais recente capítulo de uma narrativa marcada por tensão e incerteza.

Impacto psicológico e estratégico da declaração

Prever a morte de Putin não é apenas uma provocação: é uma arma psicológica. Zelensky busca abalar a confiança dos russos em seu líder e sinalizar aos aliados que a resistência ucraniana pode sobreviver a um eventual colapso em Moscou. A estratégia ecoa falas anteriores, como em 7 de outubro de 2022, quando ele disse que Putin não sobreviveria a um ataque nuclear, mostrando uma consistência em usar a retórica para pressionar o adversário.

Para os ucranianos, a declaração reforça a imagem de Zelensky como um líder destemido, disposto a enfrentar Putin em todos os fronts. Após três anos de guerra, com cerca de 10 milhões de deslocados e uma economia devastada, a mensagem de que o fim do conflito pode estar ligado ao fim do líder russo traz um fio de esperança, mesmo que baseado em especulações. Nos bastidores, however, aliados temem que a escalada verbal complique as negociações, especialmente com Trump, que já demonstrou impaciência com o líder ucraniano.

Militarmente, a Ucrânia segue testando suas capacidades. Em 18 de março, Zelensky anunciou o sucesso de um novo míssil de longo alcance, capaz de atingir a Sibéria, como prova de que Kiev ainda tem cartas na manga. A combinação de avanços tecnológicos e declarações ousadas mostra uma tentativa de manter a iniciativa, mesmo diante de perdas territoriais.

Repercussão entre líderes e população

A fala de Zelensky em Paris gerou reações variadas. Macron, anfitrião do encontro, focou em promessas de apoio militar, evitando endossar a previsão sobre Putin. Trump, que conversou com o líder ucraniano em 19 de março, propôs que os EUA assumam usinas elétricas ucranianas como proteção, mas não comentou diretamente a declaração. Na Rússia, a ausência de uma resposta oficial do Kremlin sugere cautela, enquanto propagandistas intensificam ataques verbais contra Zelensky.

Entre os ucranianos, a mensagem encontra eco em um povo exausto, mas resiliente. Em Kiev, líderes europeus marcaram o terceiro aniversário da guerra, em 24 de fevereiro, com promessas de apoio, mas a ausência dos EUA no evento destacou as tensões com Trump. A população, que já perdeu cidades como Odessa como porto estratégico, vê na previsão de Zelensky uma possibilidade de virada, ainda que incerta.

Nos mercados globais, a declaração teve impacto limitado, mas analistas observam que qualquer sinal de instabilidade em Moscou pode afetar os preços de energia, dada a dependência europeia do gás russo. A guerra continua a moldar não apenas a Ucrânia e a Rússia, mas o equilíbrio de poder mundial.

Curiosidades que alimentam o debate

A especulação sobre Putin traz à tona detalhes que intrigam observadores:

  • Em 2022, Putin foi visto segurando uma mesa de forma rígida, sugerindo problemas motores.
  • Zelensky já previu o fim de Putin em 2022, ligando-o a um ataque nuclear.
  • A Rússia controla 20% da Ucrânia, incluindo Crimeia, desde 2014.
  • Kursk, invadida em 2024, é a primeira incursão ucraniana em solo russo desde a Segunda Guerra.

Esses pontos enriquecem a narrativa de Zelensky, mantendo a saúde de Putin como um tema central no conflito.

Um jogo de palavras e poder

Ao prever o fim de Putin, Zelensky joga com a psicologia e a geopolítica. A declaração em Paris, feita ao lado de Macron, reforça sua posição como líder de uma nação em guerra, enquanto desafia Moscou a provar o contrário. A Rússia, por sua vez, segue avançando em Kursk e consolidando territórios, mostrando que o conflito está longe de um desfecho simples.

A guerra, que já mudou a Europa com o maior deslocamento populacional desde a Segunda Guerra Mundial, continua sendo um teste de resistência para ambos os lados. Zelensky aposta que o tempo e a saúde de Putin podem ser seus aliados, mas a incerteza sobre o futuro do líder russo mantém o mundo em suspense. Enquanto as negociações avançam e os combates persistem, a fala do presidente ucraniano em 27 de março ecoa como um marco na retórica do conflito.



Durante uma viagem à França em 27 de março de 2025, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez uma declaração contundente ao afirmar que Vladimir Putin, líder da Rússia, “morrerá em breve”. A fala, proferida em entrevista à emissora France TV após encontro com o presidente francês Emmanuel Macron, em Paris, reacendeu o debate sobre o estado de saúde do chefe do Kremlin e suas implicações na guerra que já dura mais de três anos. Zelensky vinculou a suposta fragilidade de Putin a um possível desfecho rápido do conflito, sugerindo que o fim da liderança russa poderia alterar o rumo das negociações e da resistência ucraniana. A declaração ocorre em um momento delicado, com a Rússia controlando cerca de 20% do território ucraniano e ambos os lados buscando vantagens estratégicas antes de eventuais conversas de paz mediadas por potências globais.

A visita à França marcou mais um esforço de Zelensky para fortalecer alianças e garantir apoio militar e financeiro contra a Rússia. No encontro com Macron, os dois líderes discutiram a escalada recente no Mar Negro, onde Ucrânia e Rússia trocaram acusações sobre violações de um acordo de trégua limitada, anunciado pela Casa Branca semanas antes. O presidente ucraniano aproveitou o palco internacional para reforçar sua narrativa de que Putin enfrenta problemas de saúde graves, citando supostos derrames, surtos de câncer e Parkinson como evidências de um declínio iminente. Apesar da falta de confirmação oficial sobre essas condições, o discurso de Zelensky busca minar a imagem de força do líder russo e pressionar aliados ocidentais a intensificar sanções e suporte à Ucrânia.

Enquanto isso, a guerra segue moldando o cenário geopolítico. Em Kursk, território russo ocupado por forças ucranianas desde agosto de 2024, os combates persistem, com mapas indicando que as tropas de Kiev estão quase cercadas. A ofensiva em Kursk foi uma aposta ousada de Zelensky para ganhar vantagem nas negociações, mas os avanços russos recentes mostram a dificuldade de manter essa posição. A declaração sobre Putin, portanto, pode ser lida como uma tentativa de desviar o foco das perdas no campo de batalha e reacender a confiança de seus aliados e da população ucraniana, que já soma cerca de 10 milhões de deslocados desde o início do conflito em fevereiro de 2022.

Rumores sobre a saúde de Putin ganham força

Os comentários de Zelensky não surgem isolados. Há anos, especulações sobre a saúde de Vladimir Putin circulam entre analistas e na imprensa internacional. Um episódio em 2022, quando o líder russo apareceu curvado e com fala arrastada em uma reunião com o então ministro da Defesa, Sergei Shoigu, alimentou dúvidas sobre sua condição física. Na ocasião, imagens mostraram Putin segurando uma mesa de forma rígida, levantando hipóteses de Parkinson ou outros problemas neurológicos. Desde então, relatos não confirmados de insiders do Kremlin e líderes ocidentais sugerem que o presidente russo enfrenta um quadro de saúde deteriorado, agravado pelo estresse da guerra.

Zelensky, ao citar especificamente derrames e câncer, vai além das especulações genéricas, dando um tom quase profético à sua declaração. “Ele morrerá em breve, isso é um fato, e isso chegará ao fim”, afirmou o presidente ucraniano, sugerindo que o colapso físico de Putin poderia levar ao colapso de sua estratégia militar. A menção a doenças graves reflete uma narrativa que Kiev tem explorado para enfraquecer a moral russa e pressionar por mais sanções contra Moscou, que já enfrenta isolamento econômico e político desde a invasão da Ucrânia.

Embora o Kremlin nunca tenha admitido qualquer problema de saúde de Putin, a ausência de desmentidos enfáticos sobre as condições mencionadas por Zelensky mantém o tema em aberto. Em contrapartida, aliados de Putin, como o ex-presidente Dmitry Medvedev, continuam a projetar uma imagem de força, enquanto a máquina de propaganda russa retrata o líder como inabalável. A falta de transparência sobre a saúde do presidente russo só aumenta o impacto das palavras de Zelensky no cenário internacional.

  • Doenças associadas a Putin por Zelensky:
    • Derrames múltiplos.
    • Surtos de câncer.
    • Mal de Parkinson.
Vladimir Putin
Vladimir Putin – Foto: miss.cabul / Shutterstock.com

Contexto da guerra e negociações em andamento

A declaração de Zelensky chega em um momento de intensas movimentações diplomáticas. Em 11 de março de 2025, a Ucrânia aceitou uma proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo de 30 dias, negociada na Arábia Saudita, que incluía tréguas por terra, mar e ar. Putin, por sua vez, sinalizou apoio à suspensão de ataques a infraestruturas energéticas, mas fez exigências como o fim do envio de armas ocidentais a Kiev, algo rejeitado por Zelensky. O presidente ucraniano insiste que qualquer acordo deve garantir segurança de longo prazo, temendo que a Rússia volte a atacar após uma pausa temporária.

No campo de batalha, a situação permanece crítica. A contraofensiva ucraniana em Kursk, iniciada em agosto de 2024, visava capturar território russo como moeda de troca em negociações, mas as forças de Moscou têm avançado, reduzindo o controle de Kiev na região. Em Donetsk e Luhansk, áreas ocupadas desde 2014, os russos consolidam posições, enquanto a Crimeia, anexada há mais de uma década, segue como ponto de tensão nas discussões de paz. A guerra, que completou três anos em fevereiro de 2025, já deslocou milhões e devastou a infraestrutura ucraniana, com Zelensky buscando apoio contínuo de aliados como França e Estados Unidos.

A reunião com Macron em Paris também abordou o fortalecimento das defesas aéreas ucranianas, com a França prometendo mais sistemas antiaéreos para conter os bombardeios russos. Enquanto isso, o G7, formado por Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos, ameaçou novas sanções a Moscou caso as negociações não avancem, sinalizando um esforço conjunto para pressionar Putin em meio às especulações sobre sua saúde.

Reação internacional às palavras de Zelensky

A fala de Zelensky na França reverberou rapidamente pelo mundo. Líderes europeus, como Macron, evitaram comentar diretamente a previsão sobre Putin, mas reforçaram o apoio à Ucrânia. Em Londres, o primeiro-ministro Keir Starmer anunciou, em 2 de março, um plano conjunto com França e Ucrânia para apresentar um cessar-fogo aos Estados Unidos, evidenciando a busca por uma solução diplomática. Já em Washington, o presidente Donald Trump, que conversou com Putin e Zelensky em março, mantém uma postura ambígua, defendendo a paz, mas condicionando ajuda a Kiev a concessões como o acesso a minerais raros.

Na Rússia, a reação foi de indignação contida. O Kremlin classificou o bate-boca entre Trump e Zelensky, ocorrido em 28 de fevereiro na Casa Branca, como um “episódio sem precedentes”, mas não respondeu diretamente à nova provocação do líder ucraniano. Propagandistas russos, como Maria Zakharova, porta-voz da Chancelaria, já haviam acusado Zelensky de espalhar mentiras, enquanto figuras como Medvedev intensificam o tom contra o Ocidente. A narrativa de Moscou segue centrada em retratar Putin como um líder forte, apesar das especulações sobre sua saúde.

Entre os aliados de Zelensky, a declaração foi vista como uma jogada arriscada, mas estratégica. Ao prever o fim de Putin, o presidente ucraniano tenta minar a autoridade do líder russo e pressionar por mais apoio militar antes que as negociações avancem. A Turquia, que busca mediar o conflito, expressou apoio a um cessar-fogo, com o presidente Recep Tayyip Erdogan destacando a necessidade de construir confiança entre as partes, mesmo após ataques recentes.

Escalada verbal em meio a tensões militares

A retórica de Zelensky reflete a urgência da situação na Ucrânia. Em 14 de março, ele já havia dito que havia “uma boa chance de a guerra terminar rapidamente”, mas alertou que Putin poderia sabotar as negociações. Agora, ao prever a morte do líder russo, o presidente ucraniano eleva o tom, desafiando diretamente a imagem de invencibilidade que Moscou projeta. Essa escalada verbal ocorre enquanto Kiev enfrenta dificuldades em Kursk e tenta conter os avanços russos no leste do país.

A guerra, que começou em 24 de fevereiro de 2022, já custou dezenas de milhares de vidas e transformou cidades ucranianas em escombros. Em Kherson, no sul, um bombardeio em 19 de março matou um civil, enquanto em Sumy, no norte, ataques noturnos deixaram feridos. Do lado russo, um depósito de petróleo em Krasnodar foi alvo de um ataque ucraniano na mesma semana, mostrando que ambos os lados continuam dispostos a intensificar o conflito, apesar das conversas de paz.

Putin, por sua vez, mantém uma postura firme. Em 6 de junho, ele afirmou que não abrirá mão dos territórios conquistados, enquanto Zelensky insiste que a paz não pode vir “ao custo de desistir da Ucrânia”. A previsão sobre a morte do líder russo adiciona uma camada de provocação a esse impasse, com o presidente ucraniano apostando que a pressão internacional e as fragilidades de Putin possam forçar Moscou a recuar.

Cronograma recente do conflito

Os últimos meses trouxeram avanços e reveses para ambos os lados. Veja os principais eventos:

  • Agosto de 2024: Ucrânia lança ofensiva em Kursk, capturando território russo.
  • 11 de março de 2025: Kiev aceita proposta dos EUA para cessar-fogo de 30 dias.
  • 18 de março de 2025: Putin concorda com suspensão de ataques a energia, mas exige cortes de armas.
  • 27 de março de 2025: Zelensky prevê morte iminente de Putin em Paris.

Esse calendário destaca a rapidez com que a guerra e a diplomacia evoluem, com a fala de Zelensky em Paris sendo o mais recente capítulo de uma narrativa marcada por tensão e incerteza.

Impacto psicológico e estratégico da declaração

Prever a morte de Putin não é apenas uma provocação: é uma arma psicológica. Zelensky busca abalar a confiança dos russos em seu líder e sinalizar aos aliados que a resistência ucraniana pode sobreviver a um eventual colapso em Moscou. A estratégia ecoa falas anteriores, como em 7 de outubro de 2022, quando ele disse que Putin não sobreviveria a um ataque nuclear, mostrando uma consistência em usar a retórica para pressionar o adversário.

Para os ucranianos, a declaração reforça a imagem de Zelensky como um líder destemido, disposto a enfrentar Putin em todos os fronts. Após três anos de guerra, com cerca de 10 milhões de deslocados e uma economia devastada, a mensagem de que o fim do conflito pode estar ligado ao fim do líder russo traz um fio de esperança, mesmo que baseado em especulações. Nos bastidores, however, aliados temem que a escalada verbal complique as negociações, especialmente com Trump, que já demonstrou impaciência com o líder ucraniano.

Militarmente, a Ucrânia segue testando suas capacidades. Em 18 de março, Zelensky anunciou o sucesso de um novo míssil de longo alcance, capaz de atingir a Sibéria, como prova de que Kiev ainda tem cartas na manga. A combinação de avanços tecnológicos e declarações ousadas mostra uma tentativa de manter a iniciativa, mesmo diante de perdas territoriais.

Repercussão entre líderes e população

A fala de Zelensky em Paris gerou reações variadas. Macron, anfitrião do encontro, focou em promessas de apoio militar, evitando endossar a previsão sobre Putin. Trump, que conversou com o líder ucraniano em 19 de março, propôs que os EUA assumam usinas elétricas ucranianas como proteção, mas não comentou diretamente a declaração. Na Rússia, a ausência de uma resposta oficial do Kremlin sugere cautela, enquanto propagandistas intensificam ataques verbais contra Zelensky.

Entre os ucranianos, a mensagem encontra eco em um povo exausto, mas resiliente. Em Kiev, líderes europeus marcaram o terceiro aniversário da guerra, em 24 de fevereiro, com promessas de apoio, mas a ausência dos EUA no evento destacou as tensões com Trump. A população, que já perdeu cidades como Odessa como porto estratégico, vê na previsão de Zelensky uma possibilidade de virada, ainda que incerta.

Nos mercados globais, a declaração teve impacto limitado, mas analistas observam que qualquer sinal de instabilidade em Moscou pode afetar os preços de energia, dada a dependência europeia do gás russo. A guerra continua a moldar não apenas a Ucrânia e a Rússia, mas o equilíbrio de poder mundial.

Curiosidades que alimentam o debate

A especulação sobre Putin traz à tona detalhes que intrigam observadores:

  • Em 2022, Putin foi visto segurando uma mesa de forma rígida, sugerindo problemas motores.
  • Zelensky já previu o fim de Putin em 2022, ligando-o a um ataque nuclear.
  • A Rússia controla 20% da Ucrânia, incluindo Crimeia, desde 2014.
  • Kursk, invadida em 2024, é a primeira incursão ucraniana em solo russo desde a Segunda Guerra.

Esses pontos enriquecem a narrativa de Zelensky, mantendo a saúde de Putin como um tema central no conflito.

Um jogo de palavras e poder

Ao prever o fim de Putin, Zelensky joga com a psicologia e a geopolítica. A declaração em Paris, feita ao lado de Macron, reforça sua posição como líder de uma nação em guerra, enquanto desafia Moscou a provar o contrário. A Rússia, por sua vez, segue avançando em Kursk e consolidando territórios, mostrando que o conflito está longe de um desfecho simples.

A guerra, que já mudou a Europa com o maior deslocamento populacional desde a Segunda Guerra Mundial, continua sendo um teste de resistência para ambos os lados. Zelensky aposta que o tempo e a saúde de Putin podem ser seus aliados, mas a incerteza sobre o futuro do líder russo mantém o mundo em suspense. Enquanto as negociações avançam e os combates persistem, a fala do presidente ucraniano em 27 de março ecoa como um marco na retórica do conflito.



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