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31 Mar 2025, Mon

Terremoto de magnitude 7,7 devasta Mianmar e Tailândia com colapsos e vítimas em Mandalay e Bangkok

Paysandu PA


Um terremoto de magnitude 7,7 abalou o Sudeste Asiático na manhã desta sexta-feira, 28 de março, deixando um rastro de destruição em Mianmar e na Tailândia. Com epicentro a 16 quilômetros a noroeste de Mandalay, a segunda maior cidade de Mianmar, o tremor ocorreu às 12h50 no horário local, equivalente a 3h20 em Brasília, e foi sentido em países vizinhos como China e Vietnã. Em Mianmar, a capital Naypyitaw registrou colapsos de edifícios, incluindo mosteiros budistas, enquanto pontes históricas, como a Ava Bridge, desmoronaram. Na Tailândia, um arranha-céu em construção em Bangkok ruiu, matando pelo menos cinco pessoas e deixando 117 desaparecidos sob os escombros. A junta militar que governa Mianmar declarou estado de emergência em seis regiões, incluindo Sagaing e Mandalay, e fez um raro apelo por ajuda internacional, sinalizando a gravidade da situação em um país já fragilizado por anos de guerra civil e infraestrutura precária.

O abalo, registrado a apenas 10 quilômetros de profundidade, intensificou os danos devido à sua proximidade com a superfície. Em Mandalay, moradores relataram cenas de pânico, com prédios de cinco andares desabando e estradas rachadas. A mídia estatal informou que duas pontes colapsaram e pelo menos cinco cidades sofreram destruição significativa. Em Bangkok, a capital tailandesa, a cerca de mil quilômetros do epicentro, o tremor causou evacuações em massa, paralisando o trânsito e interrompendo linhas de metrô. Equipes de resgate trabalham contra o tempo para localizar sobreviventes nos escombros do edifício colapsado, enquanto autoridades alertam para o risco de tremores secundários.

Na capital de Mianmar, Naypyitaw, voluntários foram vistos buscando sobreviventes em meio a ruínas de casas e prédios públicos. Um hospital local reportou ao menos 20 mortes, enquanto o governo paralelo, formado por opositores da junta militar após o golpe de 2021, estima 12 vítimas fatais até o momento. A Organização das Nações Unidas destacou que os danos na região central de Mianmar são extensos, afetando estradas, pontes e represas de grande porte, o que pode agravar a crise humanitária nas próximas horas.

Principais áreas afetadas pelo tremor

O terremoto atingiu diversas regiões com intensidades variadas, mas os impactos mais severos concentram-se em Mianmar e na Tailândia. Em Mandalay, um importante centro budista e comercial com 1,5 milhão de habitantes, a destruição incluiu o colapso de edifícios residenciais e comerciais. Já em Bangkok, o desabamento de um prédio de 30 andares em construção chocou a população, que não está acostumada a eventos sísmicos dessa magnitude.

Alguns dos locais mais impactados incluem:

  • Naypyitaw: Edifícios danificados e mosteiros budistas destruídos.
  • Mandalay: Prédios colapsados e pânico no Aeroporto Internacional.
  • Bangkok: Arranha-céu em construção reduzido a escombros.

Esses pontos refletem a força do tremor e a vulnerabilidade das construções em áreas urbanas densamente povoadas.

Destruição em Mianmar ganha destaque

Mianmar, epicentro do terremoto, enfrenta uma das piores crises sísmicas de sua história recente. O tremor de magnitude 7,7, seguido por um abalo secundário de 6,4 doze minutos depois, devastou cidades como Mandalay, Naypyitaw e Taungoo. Em Mandalay, testemunhas descreveram o colapso de uma loja de chá com pessoas presas nos escombros, enquanto em Taungoo três pessoas morreram soterradas em uma mesquita parcialmente destruída. A Ava Bridge, uma estrutura colonial histórica, não resistiu à força do abalo e desabou, interrompendo uma importante conexão viária na região de Sagaing.

A capital Naypyitaw, planejada e construída na última década, também sofreu danos consideráveis. Imagens mostram casas reduzidas a escombros e um mosteiro budista em ruínas, com monges analisando os destroços. Voluntários e equipes de emergência trabalham em condições adversas, já que a infraestrutura do país, incluindo estradas e linhas de energia, foi gravemente afetada. O sistema de saúde, saturado após anos de conflito interno, enfrenta dificuldades para atender o crescente número de feridos, levando a junta militar a solicitar doações de sangue e suprimentos médicos em um pronunciamento televisionado.

A situação é agravada pela instabilidade política de Mianmar. Desde o golpe militar de 2021, o país vive uma guerra civil que debilitou serviços essenciais e limitou o acesso à internet, dificultando a comunicação e a coordenação de resgates. O Governo de Unidade Nacional, formado por opositores da junta, também está mobilizando esforços para auxiliar as vítimas, criando um cenário de resposta fragmentada em meio ao caos.

Pânico e colapso em Bangkok

Na Tailândia, o terremoto transformou a movimentada capital Bangkok em um cenário de desespero. O colapso de um arranha-céu em construção no distrito comercial de Pathumwan matou cinco trabalhadores e deixou 117 desaparecidos, segundo estimativas iniciais das equipes de resgate. O prédio, que abrigaria escritórios governamentais, desmoronou em segundos, levantando uma nuvem de poeira que tomou as ruas próximas. Testemunhas relataram ouvir gritos de pedidos de ajuda enquanto socorristas tentavam alcançar os soterrados.

A primeira-ministra tailandesa, Paetongtarn Shinawatra, declarou Bangkok uma zona de emergência e pediu que a população evitasse edifícios altos. O tremor, sentido em quase todas as regiões do país, fez prédios balançarem e levou moradores a evacuarem hotéis e escritórios em pânico. Em um hotel de luxo, a água de uma piscina no terraço transbordou, caindo como uma cascata pelas laterais do edifício. O governador da cidade, Chadchart Sittipunt, informou que inspeções estão em andamento para avaliar danos em outras estruturas, enquanto a bolsa de valores suspendeu negociações devido à instabilidade.

O impacto em Bangkok reflete a raridade de eventos sísmicos na Tailândia, onde as construções não são projetadas para resistir a tremores dessa magnitude. Em Chiang Mai, segunda maior cidade do país, moradores correram para as ruas em pijamas, relatando medo de novos abalos. A circulação em algumas linhas de metrô foi interrompida, e o tráfego na capital ficou praticamente paralisado com a evacuação em massa.

Cronograma dos eventos sísmicos

O terremoto principal e seus desdobramentos seguiram uma sequência rápida e devastadora. Abaixo, os horários principais com base no fuso de Brasília:

  • 3h20: Tremor de magnitude 7,7 atinge Mianmar, com epicentro perto de Mandalay.
  • 3h32: Abalo secundário de magnitude 6,4 sacode a mesma região.
  • 3h50: Primeiros relatos de colapsos em Bangkok e Naypyitaw chegam às autoridades.

Esse calendário inicial mostra a velocidade com que o desastre se espalhou, afetando milhões em poucos minutos.

Reação internacional e ajuda humanitária

A magnitude da destruição mobilizou respostas de diversos países e organizações. A União Europeia anunciou estar pronta para enviar ajuda emergencial, enquanto a França e a Índia também manifestaram apoio. O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, afirmou que autoridades estão em standby para oferecer assistência. Até o Vaticano se pronunciou, com o Papa Francisco enviando condolências e orações às vítimas por meio de um telegrama assinado pelo cardeal Pietro Parolin.

Em Mianmar, o apelo da junta militar por ajuda internacional é um fato raro, considerando o isolamento imposto pelo regime desde 2021. O general Zaw Min Tun, porta-voz militar, pediu cooperação global para atender às vítimas, destacando a necessidade urgente de suprimentos médicos. A Cruz Vermelha alertou para o risco de colapso de represas, o que poderia inundar áreas já devastadas, enquanto a ONU monitora a situação de perto, prevendo um aumento no número de deslocados.

Na Tailândia, equipes de resgate locais contam com o apoio de voluntários e bombeiros para buscar sobreviventes nos escombros do arranha-céu em Bangkok. O governo tailandês criou um centro de emergência 24 horas para coordenar a resposta, enquanto a primeira-ministra acompanha os trabalhos no local do desabamento.

Danos à infraestrutura e riscos futuros

A infraestrutura de Mianmar sofreu um golpe severo com o terremoto. Além da Ava Bridge, outras pontes e rodovias, como a que liga Mandalay a Yangon, foram danificadas, isolando comunidades e dificultando o acesso de equipes de socorro. Em Naypyitaw, santuários religiosos e prédios residenciais desmoronaram, enquanto em Yangon moradores abandonaram suas casas em massa. A falta de eletricidade e comunicação agrava a crise, com linhas telefônicas interrompidas em várias regiões.

Na Tailândia, o foco está nos danos em Bangkok, onde prédios altos sofreram rachaduras e o arranha-céu colapsado simboliza a fragilidade das construções locais frente a tremores. Especialistas alertam que a profundidade rasa do epicentro, combinada com a magnitude elevada, aumenta o risco de réplicas nas próximas 24 horas, mantendo as autoridades em alerta máximo.

A região central de Mianmar, parte do Círculo de Fogo do Pacífico, é conhecida por sua atividade sísmica, mas a escala deste evento supera os tremores recentes. Em 2016, um terremoto de magnitude 6,8 em Bagan matou três pessoas e danificou templos, enquanto em 2012 outro de mesma magnitude deixou 26 mortos. O abalo atual, porém, destaca a vulnerabilidade de áreas urbanas densas e mal preparadas.

Cenas de desespero no Aeroporto de Mandalay

O Aeroporto Internacional de Mandalay tornou-se um símbolo do caos provocado pelo terremoto. Centenas de passageiros correram para a pista durante os tremores, enquanto o terminal sofreu danos estruturais. Imagens mostram pessoas em pânico abandonando o saguão destruído, com malas espalhadas e vidros quebrados. Voos da Myanmar National Airlines foram cancelados, isolando ainda mais a cidade.

Testemunhas relataram que o chão tremia violentamente, dificultando até mesmo ficar em pé. Um passageiro descreveu a cena como “um pesadelo”, com gritos ecoando enquanto as pessoas buscavam segurança ao ar livre. O aeroporto, um dos principais hubs de Mianmar, permanece fechado até que avaliações de segurança sejam concluídas.

A situação reflete o colapso generalizado da infraestrutura local. Em outras partes de Mandalay, moradores relatam incêndios, como no bairro Sein Pan, onde a falta de energia pode ter contribuído para o início das chamas. A combinação de destruição física e pânico coletivo ilustra a extensão do impacto humano do terremoto.

Histórico sísmico na região

Mianmar e seus vizinhos estão localizados no Círculo de Fogo do Pacífico, uma zona de alta atividade tectônica responsável por 90% dos terremotos do planeta. O tremor de magnitude 7,7 é um dos mais fortes a atingir o país em décadas, superando eventos anteriores em escala e alcance. Em 2011, um terremoto de 6,8 no estado de Shan matou 73 pessoas e destruiu centenas de casas, enquanto o de 2012 deixou um saldo semelhante.

A Tailândia, embora menos propensa a tremores intensos, sentiu os efeitos devido à proximidade com o epicentro. A magnitude e a profundidade rasa do abalo explicam por que os impactos se estenderam por mais de mil quilômetros, alcançando até Yunnan, na China, onde houve relatos de tremores leves e danos menores.

Fatos sobre terremotos na região incluem:

  • 90% dos tremores globais ocorrem no Círculo de Fogo.
  • Terremotos rasos, como este, amplificam a destruição.
  • Mianmar registra em média dois eventos significativos por década.

Esses dados reforçam a posição vulnerável do Sudeste Asiático frente a desastres naturais.

Esforços de resgate em andamento

Equipes de emergência em Mianmar e na Tailândia trabalham sem pausa para lidar com as consequências do terremoto. Em Bangkok, socorristas usam guindastes e ferramentas manuais para remover escombros do arranha-céu colapsado, onde sete pessoas já foram resgatadas com vida. O vice-comandante da polícia local estima que centenas podem estar feridas, mas o número exato de vítimas ainda é incerto.

Em Naypyitaw, voluntários e militares buscam sobreviventes em casas e prédios destruídos, enquanto hospitais lotados pedem doações de sangue. Em Mandalay, a prioridade é alcançar áreas isoladas por pontes colapsadas, como a Ava Bridge, e conter incêndios que ameaçam se espalhar. A resposta fragmentada em Mianmar, dividida entre a junta e o governo paralelo, desafia a eficiência dos esforços.

Na Tailândia, o centro de emergência coordena evacuações e inspeções estruturais, enquanto turistas e moradores aguardam orientações para retornar a prédios evacuados. A mobilização reflete a urgência de salvar vidas em meio a uma tragédia que já afeta milhões.



Um terremoto de magnitude 7,7 abalou o Sudeste Asiático na manhã desta sexta-feira, 28 de março, deixando um rastro de destruição em Mianmar e na Tailândia. Com epicentro a 16 quilômetros a noroeste de Mandalay, a segunda maior cidade de Mianmar, o tremor ocorreu às 12h50 no horário local, equivalente a 3h20 em Brasília, e foi sentido em países vizinhos como China e Vietnã. Em Mianmar, a capital Naypyitaw registrou colapsos de edifícios, incluindo mosteiros budistas, enquanto pontes históricas, como a Ava Bridge, desmoronaram. Na Tailândia, um arranha-céu em construção em Bangkok ruiu, matando pelo menos cinco pessoas e deixando 117 desaparecidos sob os escombros. A junta militar que governa Mianmar declarou estado de emergência em seis regiões, incluindo Sagaing e Mandalay, e fez um raro apelo por ajuda internacional, sinalizando a gravidade da situação em um país já fragilizado por anos de guerra civil e infraestrutura precária.

O abalo, registrado a apenas 10 quilômetros de profundidade, intensificou os danos devido à sua proximidade com a superfície. Em Mandalay, moradores relataram cenas de pânico, com prédios de cinco andares desabando e estradas rachadas. A mídia estatal informou que duas pontes colapsaram e pelo menos cinco cidades sofreram destruição significativa. Em Bangkok, a capital tailandesa, a cerca de mil quilômetros do epicentro, o tremor causou evacuações em massa, paralisando o trânsito e interrompendo linhas de metrô. Equipes de resgate trabalham contra o tempo para localizar sobreviventes nos escombros do edifício colapsado, enquanto autoridades alertam para o risco de tremores secundários.

Na capital de Mianmar, Naypyitaw, voluntários foram vistos buscando sobreviventes em meio a ruínas de casas e prédios públicos. Um hospital local reportou ao menos 20 mortes, enquanto o governo paralelo, formado por opositores da junta militar após o golpe de 2021, estima 12 vítimas fatais até o momento. A Organização das Nações Unidas destacou que os danos na região central de Mianmar são extensos, afetando estradas, pontes e represas de grande porte, o que pode agravar a crise humanitária nas próximas horas.

Principais áreas afetadas pelo tremor

O terremoto atingiu diversas regiões com intensidades variadas, mas os impactos mais severos concentram-se em Mianmar e na Tailândia. Em Mandalay, um importante centro budista e comercial com 1,5 milhão de habitantes, a destruição incluiu o colapso de edifícios residenciais e comerciais. Já em Bangkok, o desabamento de um prédio de 30 andares em construção chocou a população, que não está acostumada a eventos sísmicos dessa magnitude.

Alguns dos locais mais impactados incluem:

  • Naypyitaw: Edifícios danificados e mosteiros budistas destruídos.
  • Mandalay: Prédios colapsados e pânico no Aeroporto Internacional.
  • Bangkok: Arranha-céu em construção reduzido a escombros.

Esses pontos refletem a força do tremor e a vulnerabilidade das construções em áreas urbanas densamente povoadas.

Destruição em Mianmar ganha destaque

Mianmar, epicentro do terremoto, enfrenta uma das piores crises sísmicas de sua história recente. O tremor de magnitude 7,7, seguido por um abalo secundário de 6,4 doze minutos depois, devastou cidades como Mandalay, Naypyitaw e Taungoo. Em Mandalay, testemunhas descreveram o colapso de uma loja de chá com pessoas presas nos escombros, enquanto em Taungoo três pessoas morreram soterradas em uma mesquita parcialmente destruída. A Ava Bridge, uma estrutura colonial histórica, não resistiu à força do abalo e desabou, interrompendo uma importante conexão viária na região de Sagaing.

A capital Naypyitaw, planejada e construída na última década, também sofreu danos consideráveis. Imagens mostram casas reduzidas a escombros e um mosteiro budista em ruínas, com monges analisando os destroços. Voluntários e equipes de emergência trabalham em condições adversas, já que a infraestrutura do país, incluindo estradas e linhas de energia, foi gravemente afetada. O sistema de saúde, saturado após anos de conflito interno, enfrenta dificuldades para atender o crescente número de feridos, levando a junta militar a solicitar doações de sangue e suprimentos médicos em um pronunciamento televisionado.

A situação é agravada pela instabilidade política de Mianmar. Desde o golpe militar de 2021, o país vive uma guerra civil que debilitou serviços essenciais e limitou o acesso à internet, dificultando a comunicação e a coordenação de resgates. O Governo de Unidade Nacional, formado por opositores da junta, também está mobilizando esforços para auxiliar as vítimas, criando um cenário de resposta fragmentada em meio ao caos.

Pânico e colapso em Bangkok

Na Tailândia, o terremoto transformou a movimentada capital Bangkok em um cenário de desespero. O colapso de um arranha-céu em construção no distrito comercial de Pathumwan matou cinco trabalhadores e deixou 117 desaparecidos, segundo estimativas iniciais das equipes de resgate. O prédio, que abrigaria escritórios governamentais, desmoronou em segundos, levantando uma nuvem de poeira que tomou as ruas próximas. Testemunhas relataram ouvir gritos de pedidos de ajuda enquanto socorristas tentavam alcançar os soterrados.

A primeira-ministra tailandesa, Paetongtarn Shinawatra, declarou Bangkok uma zona de emergência e pediu que a população evitasse edifícios altos. O tremor, sentido em quase todas as regiões do país, fez prédios balançarem e levou moradores a evacuarem hotéis e escritórios em pânico. Em um hotel de luxo, a água de uma piscina no terraço transbordou, caindo como uma cascata pelas laterais do edifício. O governador da cidade, Chadchart Sittipunt, informou que inspeções estão em andamento para avaliar danos em outras estruturas, enquanto a bolsa de valores suspendeu negociações devido à instabilidade.

O impacto em Bangkok reflete a raridade de eventos sísmicos na Tailândia, onde as construções não são projetadas para resistir a tremores dessa magnitude. Em Chiang Mai, segunda maior cidade do país, moradores correram para as ruas em pijamas, relatando medo de novos abalos. A circulação em algumas linhas de metrô foi interrompida, e o tráfego na capital ficou praticamente paralisado com a evacuação em massa.

Cronograma dos eventos sísmicos

O terremoto principal e seus desdobramentos seguiram uma sequência rápida e devastadora. Abaixo, os horários principais com base no fuso de Brasília:

  • 3h20: Tremor de magnitude 7,7 atinge Mianmar, com epicentro perto de Mandalay.
  • 3h32: Abalo secundário de magnitude 6,4 sacode a mesma região.
  • 3h50: Primeiros relatos de colapsos em Bangkok e Naypyitaw chegam às autoridades.

Esse calendário inicial mostra a velocidade com que o desastre se espalhou, afetando milhões em poucos minutos.

Reação internacional e ajuda humanitária

A magnitude da destruição mobilizou respostas de diversos países e organizações. A União Europeia anunciou estar pronta para enviar ajuda emergencial, enquanto a França e a Índia também manifestaram apoio. O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, afirmou que autoridades estão em standby para oferecer assistência. Até o Vaticano se pronunciou, com o Papa Francisco enviando condolências e orações às vítimas por meio de um telegrama assinado pelo cardeal Pietro Parolin.

Em Mianmar, o apelo da junta militar por ajuda internacional é um fato raro, considerando o isolamento imposto pelo regime desde 2021. O general Zaw Min Tun, porta-voz militar, pediu cooperação global para atender às vítimas, destacando a necessidade urgente de suprimentos médicos. A Cruz Vermelha alertou para o risco de colapso de represas, o que poderia inundar áreas já devastadas, enquanto a ONU monitora a situação de perto, prevendo um aumento no número de deslocados.

Na Tailândia, equipes de resgate locais contam com o apoio de voluntários e bombeiros para buscar sobreviventes nos escombros do arranha-céu em Bangkok. O governo tailandês criou um centro de emergência 24 horas para coordenar a resposta, enquanto a primeira-ministra acompanha os trabalhos no local do desabamento.

Danos à infraestrutura e riscos futuros

A infraestrutura de Mianmar sofreu um golpe severo com o terremoto. Além da Ava Bridge, outras pontes e rodovias, como a que liga Mandalay a Yangon, foram danificadas, isolando comunidades e dificultando o acesso de equipes de socorro. Em Naypyitaw, santuários religiosos e prédios residenciais desmoronaram, enquanto em Yangon moradores abandonaram suas casas em massa. A falta de eletricidade e comunicação agrava a crise, com linhas telefônicas interrompidas em várias regiões.

Na Tailândia, o foco está nos danos em Bangkok, onde prédios altos sofreram rachaduras e o arranha-céu colapsado simboliza a fragilidade das construções locais frente a tremores. Especialistas alertam que a profundidade rasa do epicentro, combinada com a magnitude elevada, aumenta o risco de réplicas nas próximas 24 horas, mantendo as autoridades em alerta máximo.

A região central de Mianmar, parte do Círculo de Fogo do Pacífico, é conhecida por sua atividade sísmica, mas a escala deste evento supera os tremores recentes. Em 2016, um terremoto de magnitude 6,8 em Bagan matou três pessoas e danificou templos, enquanto em 2012 outro de mesma magnitude deixou 26 mortos. O abalo atual, porém, destaca a vulnerabilidade de áreas urbanas densas e mal preparadas.

Cenas de desespero no Aeroporto de Mandalay

O Aeroporto Internacional de Mandalay tornou-se um símbolo do caos provocado pelo terremoto. Centenas de passageiros correram para a pista durante os tremores, enquanto o terminal sofreu danos estruturais. Imagens mostram pessoas em pânico abandonando o saguão destruído, com malas espalhadas e vidros quebrados. Voos da Myanmar National Airlines foram cancelados, isolando ainda mais a cidade.

Testemunhas relataram que o chão tremia violentamente, dificultando até mesmo ficar em pé. Um passageiro descreveu a cena como “um pesadelo”, com gritos ecoando enquanto as pessoas buscavam segurança ao ar livre. O aeroporto, um dos principais hubs de Mianmar, permanece fechado até que avaliações de segurança sejam concluídas.

A situação reflete o colapso generalizado da infraestrutura local. Em outras partes de Mandalay, moradores relatam incêndios, como no bairro Sein Pan, onde a falta de energia pode ter contribuído para o início das chamas. A combinação de destruição física e pânico coletivo ilustra a extensão do impacto humano do terremoto.

Histórico sísmico na região

Mianmar e seus vizinhos estão localizados no Círculo de Fogo do Pacífico, uma zona de alta atividade tectônica responsável por 90% dos terremotos do planeta. O tremor de magnitude 7,7 é um dos mais fortes a atingir o país em décadas, superando eventos anteriores em escala e alcance. Em 2011, um terremoto de 6,8 no estado de Shan matou 73 pessoas e destruiu centenas de casas, enquanto o de 2012 deixou um saldo semelhante.

A Tailândia, embora menos propensa a tremores intensos, sentiu os efeitos devido à proximidade com o epicentro. A magnitude e a profundidade rasa do abalo explicam por que os impactos se estenderam por mais de mil quilômetros, alcançando até Yunnan, na China, onde houve relatos de tremores leves e danos menores.

Fatos sobre terremotos na região incluem:

  • 90% dos tremores globais ocorrem no Círculo de Fogo.
  • Terremotos rasos, como este, amplificam a destruição.
  • Mianmar registra em média dois eventos significativos por década.

Esses dados reforçam a posição vulnerável do Sudeste Asiático frente a desastres naturais.

Esforços de resgate em andamento

Equipes de emergência em Mianmar e na Tailândia trabalham sem pausa para lidar com as consequências do terremoto. Em Bangkok, socorristas usam guindastes e ferramentas manuais para remover escombros do arranha-céu colapsado, onde sete pessoas já foram resgatadas com vida. O vice-comandante da polícia local estima que centenas podem estar feridas, mas o número exato de vítimas ainda é incerto.

Em Naypyitaw, voluntários e militares buscam sobreviventes em casas e prédios destruídos, enquanto hospitais lotados pedem doações de sangue. Em Mandalay, a prioridade é alcançar áreas isoladas por pontes colapsadas, como a Ava Bridge, e conter incêndios que ameaçam se espalhar. A resposta fragmentada em Mianmar, dividida entre a junta e o governo paralelo, desafia a eficiência dos esforços.

Na Tailândia, o centro de emergência coordena evacuações e inspeções estruturais, enquanto turistas e moradores aguardam orientações para retornar a prédios evacuados. A mobilização reflete a urgência de salvar vidas em meio a uma tragédia que já afeta milhões.



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