Conheça 10 promessas que podem brilhar no Brasileirão com Natanael, Erick Pulga e mais

O Campeonato Brasileiro de 2025 começou com expectativas altas, e, além dos tradicionais craques já consagrados, uma nova geração de jogadores promete roubar a cena. Jovens promovidos das categorias de base, estrangeiros recém-chegados ao futebol nacional e atletas experientes que aproveitaram oportunidades têm se destacado nos primeiros meses do ano. Esses nomes, muitas vezes ofuscados por contratações milionárias, mostraram potencial nos estaduais e chegam à Série A como peças que podem fazer a diferença em seus clubes ao longo da temporada.

Natanael, lateral-direito do Atlético-MG, é um exemplo de ascensão rápida. Aos 23 anos, o jogador deixou o Coritiba no fim de 2024, após ser disputado por São Paulo e Atlético-MG, que investiu R$ 7 milhões para contar com seu futebol. Desde o primeiro jogo do ano, ele se firmou como titular no Galo, demonstrando segurança defensiva e qualidade no apoio ao ataque. Sua trajetória no Mineiro, com assistências decisivas, como a contra o Cruzeiro, coloca o jovem entre os favoritos a se destacar na posição durante o Brasileirão, trazendo frescor a um setor essencial para o esquema tático da equipe.

Erick Pulga, atacante do Bahia, também entra na lista após uma temporada impressionante. Com 24 anos, ele foi o artilheiro da Série B de 2024 pelo Ceará, marcando 13 gols e ajudando no acesso do clube. Adquirido pelo grupo City por R$ 18,8 milhões, Pulga rapidamente provou seu valor no Bahia, conquistando a titularidade com cinco gols em 15 jogos em 2025. Sua adaptação ao nível mais alto do futebol brasileiro o credencia como uma das apostas para brilhar na competição, especialmente em um time que busca surpreender os favoritos.

Defensores em ascensão no radar

João Pedro, zagueiro de 21 anos do Corinthians, é uma das surpresas mais agradáveis do ano. Após vencer a Copinha em 2024 e se destacar no Ceará durante o empréstimo na campanha do acesso à Série A, ele voltou ao Timão mais maduro. Sob o comando de Ramón Díaz, o jovem assumiu a titularidade em nove dos primeiros jogos da temporada, superando a concorrência de Cacá. Sua consistência defensiva e presença em campo o transformaram em peça essencial para o Corinthians, que sonha com uma vaga na Libertadores em 2026.

No Cruzeiro, Jonathan Jesus, de 20 anos, segue caminho semelhante. Revelado pelo Ceará, onde brilhou na Série B de 2024, o zagueiro foi contratado por R$ 8,2 milhões e logo se estabeleceu como titular ao lado de Fabrício Bruno. Com atuações sólidas em nove das dez partidas disputadas pelo clube em 2025, ele se tornou um pilar na defesa celeste. A aposta do Cruzeiro em um jovem talento já rende frutos, e Jonathan chega ao Brasileirão com a missão de manter o nível e atrair ainda mais olhares.

Victor Gabriel, do Internacional, completa o trio de defensores promissores. Aos 20 anos, o jogador foi emprestado pelo Sport e surpreendeu no Gauchão. Originalmente lateral-esquerdo, ele foi improvisado como zagueiro por Roger Machado e se destacou pela impulsão, saídas de bola precisas e até um gol marcado. Sua adaptação à nova posição o colocou como titular no Colorado, onde exibe maturidade rara para a idade. Mesmo sendo o mais jovem entre os titulares do Inter, Victor Gabriel tem tudo para ser um dos nomes a acompanhar na competição nacional.

• Natanael: lateral-direito, 23 anos, titular absoluto no Atlético-MG
• João Pedro: zagueiro, 21 anos, destaque no Corinthians após empréstimo
• Jonathan Jesus: zagueiro, 20 anos, peça-chave na defesa do Cruzeiro
• Victor Gabriel: zagueiro, 20 anos, surpresa do Internacional no Gauchão

Atacantes prontos para o protagonismo

Wallace Yan, atacante de 20 anos do Flamengo, é uma das joias que brilham no elenco rubro-negro. No Carioca de 2025, ele aproveitou as chances no sub-20 para marcar quatro gols, chamando a atenção de Filipe Luís, seu ex-treinador na base e agora no profissional. Relacionado mesmo após a volta dos principais jogadores, Wallace surge como opção no ataque e pode surpreender no Brasileirão. Sua velocidade e faro de gol o colocam como um talento a ser observado em um time repleto de estrelas.

Thalys, do Palmeiras, também desponta entre os atacantes promissores. Aos 19 anos, o jogador passou de armador a centroavante na base, onde acumulou 46 gols em 83 jogos nas últimas duas temporadas. Em 2025, ele subiu ao elenco principal e já marcou dois gols no Paulista, garantindo sua presença nas convocações. Com um elenco competitivo como o do Palmeiras, Thalys deve ganhar minutos ao longo do campeonato e tem potencial para se firmar como uma arma ofensiva do atual bicampeão brasileiro.

Francis Amuzu, de 25 anos, chegou ao Grêmio para suprir a saída de Soteldo e já mostra serviço. Contratado por duas temporadas, o atacante participou de cinco jogos, sendo titular nos dois últimos, e traz experiência de 28 partidas na última temporada europeia, com quatro gols e duas assistências. Sua velocidade pelos lados do campo é um trunfo para o Tricolor, que aposta no jogador para surpreender no Brasileirão. Amuzu inicia a competição com a expectativa de consolidar seu espaço no time principal.

Meio-campistas e volantes em destaque

Gabriel Bontempo, meia de 20 anos do Santos, é outro nome que ganha projeção. Revelado na base do Peixe, ele aproveitou a falta de opções no meio-campo para se destacar sob o comando de Pedro Caixinha. Versátil, já atuou como segundo volante, meia armador e ponta direita, marcando seu primeiro gol contra o São Paulo. Titular em oito dos 11 jogos do Santos em 2025, Bontempo combina juventude com adaptação rápida, o que o torna uma promessa para o Brasileirão, especialmente em um clube que busca o retorno à elite.

Já Christian Rivera, volante colombiano de 29 anos do Sport, chega como um investimento ousado. Comprado por cerca de R$ 17 milhões do Tijuana, onde era capitão, ele se adaptou rapidamente ao futebol brasileiro. Organizando o meio-campo do Leão com desarmes precisos e qualidade na saída de bola, Rivera é um desconhecido que pode chamar atenção na Série A. Sua experiência internacional e eficiência em campo justificam o alto custo e o colocam como peça central no esquema da equipe pernambucana.

Trajetórias que impressionam

A ascensão desses jogadores reflete um movimento comum no futebol brasileiro: a valorização de talentos que, muitas vezes, começam fora dos holofotes. Natanael, por exemplo, saiu de um Coritiba em reconstrução para brilhar no Atlético-MG, enquanto Erick Pulga trocou o protagonismo na Série B pelo desafio de se provar no Bahia. Esses casos mostram como o Brasileirão pode ser um trampolim para jovens atletas, especialmente em um torneio longo, com 38 rodadas, onde a regularidade e a versatilidade são testadas ao limite.

João Pedro e Jonathan Jesus, ambos zagueiros, têm histórias paralelas. Vindos de empréstimos bem-sucedidos no Ceará, eles retornaram aos seus clubes de origem — Corinthians e Cruzeiro, respectivamente — e rapidamente conquistaram a confiança dos treinadores. A experiência adquirida na Série B de 2024, aliada à juventude, os transformou em titulares improváveis, mas fundamentais, para equipes com objetivos distintos: o Timão busca recuperação, enquanto a Raposa almeja voos maiores após anos turbulentos.

Victor Gabriel, por sua vez, exemplifica a importância da adaptação. Sua transição de lateral para zagueiro no Internacional não apenas resolveu uma carência momentânea, mas também revelou um jogador completo, com potencial para crescer ainda mais. Já Wallace Yan e Thalys, crias das bases de Flamengo e Palmeiras, mostram como a paciência com jovens talentos pode render frutos, especialmente em clubes com elencos estrelados, onde as chances surgem de forma esporádica, mas decisiva.

Números que reforçam o potencial

Os números desses jogadores em 2025 impressionam e justificam a atenção. Erick Pulga, com cinco gols em 15 jogos pelo Bahia, mantém uma média de 0,33 gol por partida, superior à de muitos atacantes experientes. Natanael, no Atlético-MG, já soma três assistências no Mineiro, evidenciando sua importância no ataque. Thalys, com dois gols em poucas chances no Palmeiras, e Wallace Yan, com quatro no Carioca, mostram faro de gol que pode crescer no Brasileirão.

Na defesa, João Pedro e Jonathan Jesus exibem consistência. O corintiano tem uma média de 2,5 desarmes por jogo, enquanto o cruzeirense lidera o time em interceptações, com 1,8 por partida. Victor Gabriel, do Inter, impressiona com 85% de acerto nos passes, número alto para um zagueiro jovem. No meio-campo, Gabriel Bontempo contribui com 1,2 passe decisivo por jogo no Santos, e Christian Rivera, do Sport, lidera os desarmes do elenco, com média de 3,4 por partida. Esses dados apontam para um grupo promissor.

• Erick Pulga: 5 gols em 15 jogos (média de 0,33 gol por jogo)
• Natanael: 3 assistências no Mineiro
• João Pedro: 2,5 desarmes por jogo
• Jonathan Jesus: 1,8 interceptações por partida
• Victor Gabriel: 85% de acerto nos passes

Calendário do Brasileirão e oportunidades

O Campeonato Brasileiro começou em 29 de março, com a primeira rodada trazendo confrontos como Flamengo x Internacional e Cuiabá x Athletico-PR. Outros jogos importantes incluem:

• 30 de março: São Paulo x Palmeiras, às 18h
• 30 de março: Grêmio x Juventude, às 16h
• 31 de março: Corinthians x Fluminense, às 20h

Com 38 rodadas até dezembro, a competição oferece espaço para que esses jogadores mostrem seu valor. Times como Palmeiras e Flamengo, com elencos profundos, podem rodar mais o grupo, dando minutos a Thalys e Wallace Yan. Já clubes como Santos e Sport, em reconstrução, dependem de nomes como Gabriel Bontempo e Christian Rivera para buscar consistência.

Histórias por trás dos talentos

Alguns desses atletas carregam trajetórias curiosas. Francis Amuzu, do Grêmio, chegou ao Brasil com um tradutor para se adaptar, vindo de uma temporada sólida na Europa. Victor Gabriel deixou o Maranhão como lateral e virou zagueiro no Sul, enquanto Thalys passou de meia a artilheiro na base do Palmeiras. Christian Rivera, por sua vez, abriu mão da liderança no Tijuana para encarar o desafio brasileiro, mostrando ambição em um momento crucial da carreira. Essas narrativas pessoais enriquecem o perfil desses novos destaques.

A versatilidade também é um traço comum. Gabriel Bontempo já jogou em três posições no Santos, enquanto Natanael alia força defensiva a apoio ofensivo no Atlético-MG. Essa capacidade de adaptação é essencial em um torneio longo, onde lesões, suspensões e oscilações abrem brechas para quem está preparado. O Brasileirão será o palco ideal para testar até onde esses nomes podem chegar.