Breaking
2 Apr 2025, Wed

ChatGPT conquista 1 milhão de usuários em 1 hora com trend Studio Ghibli e gera debate

Ana Maria Braga studio Ghibli


A internet foi invadida por uma onda de imagens inspiradas no estilo do Studio Ghibli, o renomado estúdio japonês por trás de clássicos como A Viagem de Chihiro e Meu Amigo Totoro, graças a uma nova funcionalidade do ChatGPT. Na tarde desta segunda-feira, 31 de março, o aplicativo da OpenAI, que liberou um gerador de imagens integrado, ganhou 1 milhão de usuários em apenas uma hora, um marco celebrado por Sam Altman, CEO da empresa. A estética mágica e detalhada do Ghibli, marcada por cenários exuberantes e personagens encantadores, virou febre nas redes sociais, com famosos como Maiara e Maraisa, Ronaldinho Gaúcho e Ana Maria Braga aderindo à trend. Contudo, o sucesso relâmpago trouxe à tona preocupações sobre direitos autorais e o uso de inteligência artificial (IA) na reprodução de estilos artísticos, reacendendo críticas de artistas e do próprio Hayao Miyazaki, fundador do estúdio japonês, que já chamou a IA de “um insulto à vida”.

O crescimento explosivo do ChatGPT com essa novidade superou até mesmo seu lançamento em 2022, quando levou cinco dias para atingir a mesma marca de 1 milhão de usuários. Sam Altman usou as redes sociais para comemorar o feito, mas também anunciou um limite temporário de três imagens por dia na versão gratuita do aplicativo, devido ao uso intenso que sobrecarregou as GPUs da OpenAI. A funcionalidade permite que usuários criem imagens originais no estilo Ghibli, transformando ideias em cenas que parecem saídas de filmes como O Castelo Animado ou Princesa Mononoke. A adesão de celebridades brasileiras ampliou a visibilidade da trend, com posts que viralizaram em poucas horas, mas o entusiasmo foi acompanhado por debates éticos sobre a apropriação de um estilo protegido por direitos autorais.

A OpenAI, responsável pelo ChatGPT, reconheceu as tensões em torno do uso de estéticas de terceiros. Após críticas de mais de 400 artistas, incluindo atores e músicos, que acusaram a empresa de enfraquecer proteções de direitos autorais para treinar seus sistemas, a companhia afirmou que evita replicar o trabalho de artistas vivos individuais. No entanto, abriu uma exceção para estilos amplos de estúdios como o Ghibli, justificando que isso permite criações originais de fãs. A polêmica ganhou força com a lembrança de uma declaração de Miyazaki, que em 2016 rejeitou veementemente a IA em animações, chamando-a de “nojenta”. Enquanto o Studio Ghibli ainda não se pronunciou sobre a trend, a OpenAI enfrenta o desafio de equilibrar inovação com respeito à propriedade intelectual, em um momento em que a IA redefine os limites da criatividade.

Crescimento explosivo do ChatGPT

O marco de 1 milhão de usuários em uma hora reflete o poder da nova ferramenta do ChatGPT. Sam Altman, em uma postagem nas redes, destacou o feito como um sinal da popularidade da IA generativa, mas alertou para os impactos técnicos. “Nossas GPUs estão derretendo com tanta demanda”, escreveu, anunciando o limite de três imagens diárias para usuários gratuitos como medida emergencial. A funcionalidade, lançada sem alarde, integrou o gerador de imagens ao aplicativo já conhecido por suas respostas textuais, permitindo que qualquer pessoa crie cenas no estilo Ghibli com comandos simples como “uma vila mágica com flores gigantes ao pôr do sol”.

Comparado ao lançamento do ChatGPT em 2022, o crescimento atual é impressionante. Na época, a plataforma levou cinco dias para atingir 1 milhão de usuários, um recorde que já havia surpreendido o mercado. Agora, a combinação de texto e imagem elevou o aplicativo a um novo patamar, com famosos como Ana Maria Braga postando versões Ghibli de si mesma em cenários fantásticos, enquanto Ronaldinho Gaúcho apareceu como um personagem de anime em um campo encantado. Maiara e Maraisa, por sua vez, surgiram como princesas em um bosque mágico, ampliando o alcance da trend no Brasil.

A OpenAI não divulgou o número total de usuários do ChatGPT, mas o pico de interesse sugere que a plataforma está entre as mais populares do mundo digital. O sucesso, no entanto, veio com custos: o uso intenso das GPUs forçou a empresa a ajustar suas operações, enquanto a estética Ghibli dominou plataformas como Instagram e TikTok, com milhares de posts em poucas horas. A novidade também levantou questões sobre os limites da IA generativa, especialmente em relação aos direitos dos criadores originais.

Estilo Studio Ghibli na mira da IA

A estética do Studio Ghibli, caracterizada por paisagens detalhadas, cores vibrantes e uma aura de fantasia, tornou-se o coração da nova trend. Fundado em 1985 por Hayao Miyazaki e Isao Takahata, o estúdio japonês é celebrado por filmes que misturam narrativas emocionantes com animações artesanais, como Meu Amigo Totoro e O Serviço de Entregas da Kiki. A chegada do gerador de imagens do ChatGPT permitiu que usuários recriassem esse universo com facilidade, transformando selfies ou ideias em cenas que parecem saídas de um longa do Ghibli.

  • Filmes icônicos: A Viagem de Chihiro, vencedora do Oscar em 2003, e Princesa Mononoke.
  • Estilo marcante: Cenários naturais exuberantes e personagens expressivos.
  • Popularidade: Mais de 20 filmes lançados, com bilheterias globais bilionárias.

A adesão de famosos brasileiros à trend ampliou sua visibilidade. Ana Maria Braga compartilhou uma imagem de si mesma como uma cozinheira em um mercado mágico, enquanto Ronaldinho Gaúcho apareceu em um campo verdejante com um Totoro ao fundo. Maiara e Maraisa, vestidas como personagens de anime, dançaram em um vídeo que alcançou milhões de visualizações. A facilidade de criar essas imagens, no entanto, reacendeu críticas sobre a apropriação de um estilo protegido, com artistas questionando se a OpenAI tem o direito de lucrar com a estética de Miyazaki sem permissão explícita do estúdio.

Debate sobre direitos autorais

A ascensão da trend Studio Ghibli no ChatGPT trouxe à tona um conflito crescente entre IA e direitos autorais. A OpenAI enfrentou críticas de um grupo de mais de 400 artistas, cineastas e músicos, que acusaram a empresa de usar obras protegidas para treinar seus modelos sem consentimento ou compensação. Em resposta, a companhia afirmou que evita replicar estilos de artistas vivos individuais, mas permite a criação no estilo de estúdios amplos como o Ghibli, argumentando que isso incentiva a criatividade dos fãs.

Hayao Miyazaki, aos 84 anos, já expressou sua aversão à IA em 2016, quando assistiu a uma demonstração de animação gerada por máquina. “Fiquei totalmente enojado. Isso é um insulto à vida”, declarou, rejeitando qualquer integração da tecnologia em seu trabalho artesanal. A posição do cineasta, que prioriza o desenho manual em seus filmes, contrasta com a abordagem da OpenAI, que vê na IA uma ferramenta de liberdade criativa. O Studio Ghibli, até o momento, não comentou a viralização de sua estética no ChatGPT, deixando em aberto se tomará medidas legais contra a empresa.

A polêmica não é nova. Em 2024, a OpenAI foi processada por autores como George R.R. Martin, que alegaram uso indevido de suas obras para treinar modelos de IA. No caso do Ghibli, a ausência de uma proibição explícita da empresa japonesa permitiu à OpenAI explorar a brecha, mas o limite entre inspiração e apropriação segue indefinido. A trend, embora divertida, reacendeu o debate sobre como a IA pode impactar a propriedade intelectual no futuro.

Reação dos famosos brasileiros

Celebridades brasileiras abraçaram a trend Studio Ghibli com entusiasmo, impulsionando sua popularidade no país. Ana Maria Braga, de 75 anos, postou uma imagem gerada pelo ChatGPT que a mostra como uma cozinheira em um mercado encantado, com flores gigantes e tons suaves típicos do Ghibli. “Olha eu no mundo do Totoro!”, escreveu, arrancando elogios dos fãs. Ronaldinho Gaúcho, de 45 anos, surgiu em um campo mágico ao lado de um Totoro, brincando: “Sempre quis ser um personagem de anime”.

Maiara e Maraisa, a dupla sertaneja de 37 anos, foram além e compartilharam um vídeo dançando como princesas em um bosque animado, com borboletas e árvores floridas. O post, que alcançou mais de 500 mil visualizações em poucas horas, mostrou como a trend conquistou diferentes públicos no Brasil. Outros famosos, como Larissa Manoela e Neymar, também testaram o gerador, postando imagens que misturam seus rostos com o estilo Ghibli, ampliando o alcance da novidade nas redes sociais.

A participação dessas figuras públicas transformou a trend em um fenômeno cultural local, com fãs recriando suas próprias versões e compartilhando resultados. A simplicidade de usar o ChatGPT para gerar essas imagens, combinada com a nostalgia dos filmes do Ghibli, criou uma onda de engajamento que poucos previam, mas que também intensificou as críticas sobre os limites éticos da IA.

Limites técnicos e ajustes da OpenAI

O sucesso da trend Studio Ghibli sobrecarregou os servidores da OpenAI, forçando ajustes rápidos. Sam Altman anunciou o limite de três imagens por dia na versão gratuita do ChatGPT, uma medida para aliviar as GPUs, que processam os dados necessários para gerar as imagens. “É incrível ver tanta gente adorando isso, mas precisamos respirar um pouco”, disse ele, destacando o impacto técnico do pico de uso na tarde de 31 de março.

A funcionalidade de geração de imagens, diferente do foco original do ChatGPT em texto, exige um poder computacional muito maior. Cada imagem no estilo Ghibli, com detalhes como sombras suaves e texturas naturais, consome recursos significativos, o que explica a reação da empresa. Usuários pagos, com acesso ao ChatGPT Plus, mantêm a capacidade de gerar mais imagens, mas a restrição na versão gratuita gerou reclamações nas redes, com alguns chamando a medida de “estraga-prazeres”.

A OpenAI também enfrenta o desafio de refinar suas políticas. A empresa admitiu que o uso de estilos como o do Ghibli é um experimento, e o feedback do público será crucial para ajustar barreiras éticas e técnicas. A trend, embora um sucesso, expôs os limites da infraestrutura da IA generativa e a necessidade de equilíbrio entre inovação e sustentabilidade operacional.

Cronologia da trend Studio Ghibli

A ascensão da trend no ChatGPT seguiu um caminho rápido e impactante:

  • 2022: Lançamento do ChatGPT, com 1 milhão de usuários em cinco dias.
  • Março de 2025: Integração do gerador de imagens ao aplicativo.
  • 31 de março: 1 milhão de usuários em uma hora com a trend Ghibli.
  • 31 de março (tarde): Limite de três imagens diárias anunciado por Altman.

Essa linha do tempo mostra como a novidade se tornou um fenômeno instantâneo, superando expectativas e desafiando a OpenAI.

Impacto cultural da trend

A popularidade da estética Studio Ghibli no ChatGPT reflete o apelo duradouro dos filmes do estúdio japonês. No Brasil, onde animações como A Viagem de Chihiro e Meu Amigo Totoro têm uma base fiel de fãs, a trend encontrou terreno fértil. A participação de famosos como Maiara e Maraisa trouxe um toque local à febre global, com vídeos e fotos que misturam cultura pop brasileira com o universo mágico do Ghibli.

A trend também gerou uma onda criativa entre usuários comuns. Crianças em cenários de castelos voadores, pets como Totoros e até cidades brasileiras como o Rio de Janeiro retratadas com flores gigantes surgiram nas redes. A simplicidade do ChatGPT, que transforma comandos em imagens detalhadas, democratizou a criação, mas também levantou preocupações sobre a originalidade e o respeito ao trabalho de Miyazaki e sua equipe.

O fenômeno cultural, embora divertido, reacendeu debates sobre o papel da IA na arte. Enquanto alguns veem a trend como uma homenagem ao Ghibli, outros a consideram uma exploração comercial de um estilo único, ecoando as palavras de Miyazaki sobre o “insulto à vida” que a tecnologia representa para ele.

Resposta da OpenAI às críticas

Diante das críticas sobre direitos autorais, a OpenAI defendeu sua abordagem com a trend Studio Ghibli. A empresa destacou que o gerador não copia obras específicas, mas cria imagens originais inspiradas em um estilo amplo, algo que considera uma zona segura legalmente. “Nosso objetivo é dar liberdade criativa aos usuários, aprendendo com o uso real”, afirmou a companhia, prometendo ajustes conforme o feedback.

A exceção para estilos de estúdios, como o Ghibli, diferencia-se da política de evitar artistas vivos, uma tentativa de evitar processos diretos de indivíduos. No entanto, a falta de um acordo formal com o Studio Ghibli deixa a OpenAI vulnerável a possíveis ações, especialmente se o estúdio japonês decidir intervir. A empresa também enfrenta pressão de grupos como a Authors Guild, que exigem transparência sobre os dados usados para treinar o ChatGPT.

A resposta da OpenAI, embora pragmática, não silenciou os críticos. A trend, que trouxe 1 milhão de usuários em uma hora, é um sucesso técnico, mas também um teste ético que pode moldar o futuro da IA generativa e sua relação com a arte tradicional.

Futuro da IA no entretenimento

A explosão da trend Studio Ghibli no ChatGPT sinaliza o potencial da IA para transformar o entretenimento. Com mais de 1 milhão de usuários em uma hora, a funcionalidade mostrou como a tecnologia pode engajar massas rapidamente, mas também expôs os desafios de escala e ética. A sobrecarga das GPUs e as críticas de artistas indicam que o crescimento da IA generativa exige infraestrutura robusta e políticas claras sobre propriedade intelectual.

No Brasil, a adesão de famosos sugere que a trend pode inspirar novas formas de interação entre celebridades e fãs, com a IA como ponte criativa. Globalmente, o caso do Ghibli pode pressionar empresas como a OpenAI a buscar acordos com estúdios e artistas, evitando litígios futuros. A visão de Miyazaki, que rejeita a IA, contrasta com a de Altman, que vê na tecnologia uma revolução inevitável, criando um embate filosófico que definirá o próximo capítulo da arte digital.

A trend, por enquanto, segue viva, com usuários explorando o estilo Ghibli em imagens que encantam e intrigam. O limite de três imagens por dia pode frear o ritmo, mas o impacto cultural e técnico já está consolidado, marcando um momento em que a IA e a criatividade humana se encontram em um terreno ainda incerto.






A internet foi invadida por uma onda de imagens inspiradas no estilo do Studio Ghibli, o renomado estúdio japonês por trás de clássicos como A Viagem de Chihiro e Meu Amigo Totoro, graças a uma nova funcionalidade do ChatGPT. Na tarde desta segunda-feira, 31 de março, o aplicativo da OpenAI, que liberou um gerador de imagens integrado, ganhou 1 milhão de usuários em apenas uma hora, um marco celebrado por Sam Altman, CEO da empresa. A estética mágica e detalhada do Ghibli, marcada por cenários exuberantes e personagens encantadores, virou febre nas redes sociais, com famosos como Maiara e Maraisa, Ronaldinho Gaúcho e Ana Maria Braga aderindo à trend. Contudo, o sucesso relâmpago trouxe à tona preocupações sobre direitos autorais e o uso de inteligência artificial (IA) na reprodução de estilos artísticos, reacendendo críticas de artistas e do próprio Hayao Miyazaki, fundador do estúdio japonês, que já chamou a IA de “um insulto à vida”.

O crescimento explosivo do ChatGPT com essa novidade superou até mesmo seu lançamento em 2022, quando levou cinco dias para atingir a mesma marca de 1 milhão de usuários. Sam Altman usou as redes sociais para comemorar o feito, mas também anunciou um limite temporário de três imagens por dia na versão gratuita do aplicativo, devido ao uso intenso que sobrecarregou as GPUs da OpenAI. A funcionalidade permite que usuários criem imagens originais no estilo Ghibli, transformando ideias em cenas que parecem saídas de filmes como O Castelo Animado ou Princesa Mononoke. A adesão de celebridades brasileiras ampliou a visibilidade da trend, com posts que viralizaram em poucas horas, mas o entusiasmo foi acompanhado por debates éticos sobre a apropriação de um estilo protegido por direitos autorais.

A OpenAI, responsável pelo ChatGPT, reconheceu as tensões em torno do uso de estéticas de terceiros. Após críticas de mais de 400 artistas, incluindo atores e músicos, que acusaram a empresa de enfraquecer proteções de direitos autorais para treinar seus sistemas, a companhia afirmou que evita replicar o trabalho de artistas vivos individuais. No entanto, abriu uma exceção para estilos amplos de estúdios como o Ghibli, justificando que isso permite criações originais de fãs. A polêmica ganhou força com a lembrança de uma declaração de Miyazaki, que em 2016 rejeitou veementemente a IA em animações, chamando-a de “nojenta”. Enquanto o Studio Ghibli ainda não se pronunciou sobre a trend, a OpenAI enfrenta o desafio de equilibrar inovação com respeito à propriedade intelectual, em um momento em que a IA redefine os limites da criatividade.

Crescimento explosivo do ChatGPT

O marco de 1 milhão de usuários em uma hora reflete o poder da nova ferramenta do ChatGPT. Sam Altman, em uma postagem nas redes, destacou o feito como um sinal da popularidade da IA generativa, mas alertou para os impactos técnicos. “Nossas GPUs estão derretendo com tanta demanda”, escreveu, anunciando o limite de três imagens diárias para usuários gratuitos como medida emergencial. A funcionalidade, lançada sem alarde, integrou o gerador de imagens ao aplicativo já conhecido por suas respostas textuais, permitindo que qualquer pessoa crie cenas no estilo Ghibli com comandos simples como “uma vila mágica com flores gigantes ao pôr do sol”.

Comparado ao lançamento do ChatGPT em 2022, o crescimento atual é impressionante. Na época, a plataforma levou cinco dias para atingir 1 milhão de usuários, um recorde que já havia surpreendido o mercado. Agora, a combinação de texto e imagem elevou o aplicativo a um novo patamar, com famosos como Ana Maria Braga postando versões Ghibli de si mesma em cenários fantásticos, enquanto Ronaldinho Gaúcho apareceu como um personagem de anime em um campo encantado. Maiara e Maraisa, por sua vez, surgiram como princesas em um bosque mágico, ampliando o alcance da trend no Brasil.

A OpenAI não divulgou o número total de usuários do ChatGPT, mas o pico de interesse sugere que a plataforma está entre as mais populares do mundo digital. O sucesso, no entanto, veio com custos: o uso intenso das GPUs forçou a empresa a ajustar suas operações, enquanto a estética Ghibli dominou plataformas como Instagram e TikTok, com milhares de posts em poucas horas. A novidade também levantou questões sobre os limites da IA generativa, especialmente em relação aos direitos dos criadores originais.

Estilo Studio Ghibli na mira da IA

A estética do Studio Ghibli, caracterizada por paisagens detalhadas, cores vibrantes e uma aura de fantasia, tornou-se o coração da nova trend. Fundado em 1985 por Hayao Miyazaki e Isao Takahata, o estúdio japonês é celebrado por filmes que misturam narrativas emocionantes com animações artesanais, como Meu Amigo Totoro e O Serviço de Entregas da Kiki. A chegada do gerador de imagens do ChatGPT permitiu que usuários recriassem esse universo com facilidade, transformando selfies ou ideias em cenas que parecem saídas de um longa do Ghibli.

  • Filmes icônicos: A Viagem de Chihiro, vencedora do Oscar em 2003, e Princesa Mononoke.
  • Estilo marcante: Cenários naturais exuberantes e personagens expressivos.
  • Popularidade: Mais de 20 filmes lançados, com bilheterias globais bilionárias.

A adesão de famosos brasileiros à trend ampliou sua visibilidade. Ana Maria Braga compartilhou uma imagem de si mesma como uma cozinheira em um mercado mágico, enquanto Ronaldinho Gaúcho apareceu em um campo verdejante com um Totoro ao fundo. Maiara e Maraisa, vestidas como personagens de anime, dançaram em um vídeo que alcançou milhões de visualizações. A facilidade de criar essas imagens, no entanto, reacendeu críticas sobre a apropriação de um estilo protegido, com artistas questionando se a OpenAI tem o direito de lucrar com a estética de Miyazaki sem permissão explícita do estúdio.

Debate sobre direitos autorais

A ascensão da trend Studio Ghibli no ChatGPT trouxe à tona um conflito crescente entre IA e direitos autorais. A OpenAI enfrentou críticas de um grupo de mais de 400 artistas, cineastas e músicos, que acusaram a empresa de usar obras protegidas para treinar seus modelos sem consentimento ou compensação. Em resposta, a companhia afirmou que evita replicar estilos de artistas vivos individuais, mas permite a criação no estilo de estúdios amplos como o Ghibli, argumentando que isso incentiva a criatividade dos fãs.

Hayao Miyazaki, aos 84 anos, já expressou sua aversão à IA em 2016, quando assistiu a uma demonstração de animação gerada por máquina. “Fiquei totalmente enojado. Isso é um insulto à vida”, declarou, rejeitando qualquer integração da tecnologia em seu trabalho artesanal. A posição do cineasta, que prioriza o desenho manual em seus filmes, contrasta com a abordagem da OpenAI, que vê na IA uma ferramenta de liberdade criativa. O Studio Ghibli, até o momento, não comentou a viralização de sua estética no ChatGPT, deixando em aberto se tomará medidas legais contra a empresa.

A polêmica não é nova. Em 2024, a OpenAI foi processada por autores como George R.R. Martin, que alegaram uso indevido de suas obras para treinar modelos de IA. No caso do Ghibli, a ausência de uma proibição explícita da empresa japonesa permitiu à OpenAI explorar a brecha, mas o limite entre inspiração e apropriação segue indefinido. A trend, embora divertida, reacendeu o debate sobre como a IA pode impactar a propriedade intelectual no futuro.

Reação dos famosos brasileiros

Celebridades brasileiras abraçaram a trend Studio Ghibli com entusiasmo, impulsionando sua popularidade no país. Ana Maria Braga, de 75 anos, postou uma imagem gerada pelo ChatGPT que a mostra como uma cozinheira em um mercado encantado, com flores gigantes e tons suaves típicos do Ghibli. “Olha eu no mundo do Totoro!”, escreveu, arrancando elogios dos fãs. Ronaldinho Gaúcho, de 45 anos, surgiu em um campo mágico ao lado de um Totoro, brincando: “Sempre quis ser um personagem de anime”.

Maiara e Maraisa, a dupla sertaneja de 37 anos, foram além e compartilharam um vídeo dançando como princesas em um bosque animado, com borboletas e árvores floridas. O post, que alcançou mais de 500 mil visualizações em poucas horas, mostrou como a trend conquistou diferentes públicos no Brasil. Outros famosos, como Larissa Manoela e Neymar, também testaram o gerador, postando imagens que misturam seus rostos com o estilo Ghibli, ampliando o alcance da novidade nas redes sociais.

A participação dessas figuras públicas transformou a trend em um fenômeno cultural local, com fãs recriando suas próprias versões e compartilhando resultados. A simplicidade de usar o ChatGPT para gerar essas imagens, combinada com a nostalgia dos filmes do Ghibli, criou uma onda de engajamento que poucos previam, mas que também intensificou as críticas sobre os limites éticos da IA.

Limites técnicos e ajustes da OpenAI

O sucesso da trend Studio Ghibli sobrecarregou os servidores da OpenAI, forçando ajustes rápidos. Sam Altman anunciou o limite de três imagens por dia na versão gratuita do ChatGPT, uma medida para aliviar as GPUs, que processam os dados necessários para gerar as imagens. “É incrível ver tanta gente adorando isso, mas precisamos respirar um pouco”, disse ele, destacando o impacto técnico do pico de uso na tarde de 31 de março.

A funcionalidade de geração de imagens, diferente do foco original do ChatGPT em texto, exige um poder computacional muito maior. Cada imagem no estilo Ghibli, com detalhes como sombras suaves e texturas naturais, consome recursos significativos, o que explica a reação da empresa. Usuários pagos, com acesso ao ChatGPT Plus, mantêm a capacidade de gerar mais imagens, mas a restrição na versão gratuita gerou reclamações nas redes, com alguns chamando a medida de “estraga-prazeres”.

A OpenAI também enfrenta o desafio de refinar suas políticas. A empresa admitiu que o uso de estilos como o do Ghibli é um experimento, e o feedback do público será crucial para ajustar barreiras éticas e técnicas. A trend, embora um sucesso, expôs os limites da infraestrutura da IA generativa e a necessidade de equilíbrio entre inovação e sustentabilidade operacional.

Cronologia da trend Studio Ghibli

A ascensão da trend no ChatGPT seguiu um caminho rápido e impactante:

  • 2022: Lançamento do ChatGPT, com 1 milhão de usuários em cinco dias.
  • Março de 2025: Integração do gerador de imagens ao aplicativo.
  • 31 de março: 1 milhão de usuários em uma hora com a trend Ghibli.
  • 31 de março (tarde): Limite de três imagens diárias anunciado por Altman.

Essa linha do tempo mostra como a novidade se tornou um fenômeno instantâneo, superando expectativas e desafiando a OpenAI.

Impacto cultural da trend

A popularidade da estética Studio Ghibli no ChatGPT reflete o apelo duradouro dos filmes do estúdio japonês. No Brasil, onde animações como A Viagem de Chihiro e Meu Amigo Totoro têm uma base fiel de fãs, a trend encontrou terreno fértil. A participação de famosos como Maiara e Maraisa trouxe um toque local à febre global, com vídeos e fotos que misturam cultura pop brasileira com o universo mágico do Ghibli.

A trend também gerou uma onda criativa entre usuários comuns. Crianças em cenários de castelos voadores, pets como Totoros e até cidades brasileiras como o Rio de Janeiro retratadas com flores gigantes surgiram nas redes. A simplicidade do ChatGPT, que transforma comandos em imagens detalhadas, democratizou a criação, mas também levantou preocupações sobre a originalidade e o respeito ao trabalho de Miyazaki e sua equipe.

O fenômeno cultural, embora divertido, reacendeu debates sobre o papel da IA na arte. Enquanto alguns veem a trend como uma homenagem ao Ghibli, outros a consideram uma exploração comercial de um estilo único, ecoando as palavras de Miyazaki sobre o “insulto à vida” que a tecnologia representa para ele.

Resposta da OpenAI às críticas

Diante das críticas sobre direitos autorais, a OpenAI defendeu sua abordagem com a trend Studio Ghibli. A empresa destacou que o gerador não copia obras específicas, mas cria imagens originais inspiradas em um estilo amplo, algo que considera uma zona segura legalmente. “Nosso objetivo é dar liberdade criativa aos usuários, aprendendo com o uso real”, afirmou a companhia, prometendo ajustes conforme o feedback.

A exceção para estilos de estúdios, como o Ghibli, diferencia-se da política de evitar artistas vivos, uma tentativa de evitar processos diretos de indivíduos. No entanto, a falta de um acordo formal com o Studio Ghibli deixa a OpenAI vulnerável a possíveis ações, especialmente se o estúdio japonês decidir intervir. A empresa também enfrenta pressão de grupos como a Authors Guild, que exigem transparência sobre os dados usados para treinar o ChatGPT.

A resposta da OpenAI, embora pragmática, não silenciou os críticos. A trend, que trouxe 1 milhão de usuários em uma hora, é um sucesso técnico, mas também um teste ético que pode moldar o futuro da IA generativa e sua relação com a arte tradicional.

Futuro da IA no entretenimento

A explosão da trend Studio Ghibli no ChatGPT sinaliza o potencial da IA para transformar o entretenimento. Com mais de 1 milhão de usuários em uma hora, a funcionalidade mostrou como a tecnologia pode engajar massas rapidamente, mas também expôs os desafios de escala e ética. A sobrecarga das GPUs e as críticas de artistas indicam que o crescimento da IA generativa exige infraestrutura robusta e políticas claras sobre propriedade intelectual.

No Brasil, a adesão de famosos sugere que a trend pode inspirar novas formas de interação entre celebridades e fãs, com a IA como ponte criativa. Globalmente, o caso do Ghibli pode pressionar empresas como a OpenAI a buscar acordos com estúdios e artistas, evitando litígios futuros. A visão de Miyazaki, que rejeita a IA, contrasta com a de Altman, que vê na tecnologia uma revolução inevitável, criando um embate filosófico que definirá o próximo capítulo da arte digital.

A trend, por enquanto, segue viva, com usuários explorando o estilo Ghibli em imagens que encantam e intrigam. O limite de três imagens por dia pode frear o ritmo, mas o impacto cultural e técnico já está consolidado, marcando um momento em que a IA e a criatividade humana se encontram em um terreno ainda incerto.






Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *