A forte chuva que atingiu a Região Metropolitana de São Paulo na tarde desta segunda-feira, 31 de março, causou transtornos significativos para os usuários da Linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Trilhos alagados em diversas estações do ABC Paulista interromperam a circulação de trens por mais de cinco horas, afetando milhares de passageiros que dependem do transporte ferroviário para se locomover entre a capital e cidades como Santo André, Mauá e Rio Grande da Serra. A operação só foi normalizada às 19h30, após o escoamento das águas e a intervenção de equipes de manutenção. Imagens registradas por passageiros mostraram a estação Santo André com acúmulo de água na altura das catracas, evidenciando a gravidade da situação.
Os problemas começaram por volta das 14h50, quando a chuva intensa transformou trechos da via férrea em verdadeiros rios, impossibilitando o tráfego dos trens entre as estações Mauá e Utinga. A CPTM precisou acionar o sistema Paese, que mobilizou 30 ônibus para atender os passageiros prejudicados no trecho mais crítico, entre Prefeito Celso Daniel – Santo André e Mauá. Relatos de usuários apontaram longas filas e atrasos consideráveis, enquanto a água acumulada dificultava até mesmo o acesso às plataformas. A normalização do serviço trouxe alívio, mas expôs, mais uma vez, a vulnerabilidade do sistema ferroviário diante de condições climáticas extremas.
Trens da Linha 10 Turquesa não estão circulando entre as Estações Pref. Celso Daniel-Santo André e Mauá. #BandNewsTV pic.twitter.com/Zn3aFoczue
— BandNews TV (@bandnewstv) March 31, 2025
Passageiros que utilizam a Linha 10-Turquesa diariamente enfrentaram uma tarde caótica. Em redes sociais, muitos compartilharam vídeos e fotos da estação Santo André completamente inundada, com água cobrindo os pisos e escadarias. O temporal também afetou outras cidades do Grande ABC, como São Caetano do Sul e Mauá, onde vias públicas ficaram intransitáveis. A operação dos trens, que transporta cerca de 300 mil pessoas por dia, só voltou ao normal após um esforço conjunto para drenar a água e garantir a segurança dos trilhos.
Impacto da chuva nas estações do ABC
A chuva que caiu ao longo da tarde não deu trégua às estruturas da Linha 10-Turquesa. Em Santo André, uma das estações mais movimentadas da linha, a inundação foi tão severa que a água invadiu áreas internas, dificultando o trabalho dos funcionários da CPTM. Passageiros relataram que o trecho entre Prefeito Celso Daniel – Santo André e Mauá ficou paralisado por horas, com trens estacionados e sem previsão de retorno. A situação gerou um efeito dominó, atrasando viagens em toda a extensão da linha, que conecta o Brás, na capital, até Rio Grande da Serra.
Equipes de manutenção foram mobilizadas rapidamente para avaliar os danos e liberar os trilhos. A água, que em alguns pontos atingiu dezenas de centímetros, precisou ser escoada com bombas e outros equipamentos antes que os trens pudessem circular novamente. Enquanto isso, os 30 ônibus do sistema Paese operaram em regime de emergência, transportando passageiros entre as estações afetadas. Apesar do esforço, muitos usuários reclamaram da falta de informações em tempo real, o que agravou a sensação de desamparo durante o transtorno.
Histórico de problemas na Linha 10-Turquesa
Interrupções na Linha 10-Turquesa devido a alagamentos não são novidade. Em 7 de março de 2024, um evento semelhante deixou os trilhos entre São Caetano do Sul e Santo André intransitáveis, exigindo a ativação do Paese para atender os passageiros. Na ocasião, a operação foi normalizada apenas no fim da tarde, após mais de duas horas de paralisação. Outro caso ocorreu em 14 de fevereiro deste ano, quando fortes chuvas afetaram o trecho entre Utinga e Santo André, suspendendo a circulação por cerca de 20 minutos.
Esses incidentes revelam um padrão recorrente: a infraestrutura ferroviária da região enfrenta dificuldades para lidar com volumes elevados de chuva. Dados do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) mostram que o ABC Paulista registrou, em média, 150 milímetros de precipitação em dias de temporais intensos nos últimos anos, um volume que frequentemente ultrapassa a capacidade de drenagem das estações e vias. A repetição desses problemas tem gerado debates sobre a necessidade de investimentos em modernização e prevenção.
- Principais trechos afetados em 31 de março:
- Entre Mauá e Utinga, com paralisação total às 14h50.
- Estação Santo André, com inundação nas catracas e plataformas.
- Trecho entre Prefeito Celso Daniel – Santo André e Mauá, atendido por ônibus Paese.
Medidas emergenciais e resposta da CPTM
A resposta da CPTM ao alagamento foi imediata, mas não evitou transtornos. Além de acionar os 30 ônibus do sistema Paese, a companhia deslocou equipes técnicas para monitorar os trilhos e realizar a drenagem das áreas inundadas. A operação foi retomada às 19h30, mas com trens circulando em velocidade reduzida em alguns trechos, enquanto a segurança era plenamente restabelecida. A normalização total só ocorreu após a confirmação de que não havia riscos de novos alagamentos nas próximas horas.
O sistema Paese, criado para situações de emergência, foi essencial para minimizar o impacto nos passageiros. Os ônibus operaram em rotas específicas, conectando as estações mais afetadas e permitindo que os usuários chegassem aos seus destinos. No entanto, a capacidade limitada dos veículos em comparação com os trens gerou filas e superlotação em alguns pontos, especialmente na estação Santo André, onde o fluxo de pessoas era intenso no fim da tarde.
Como os passageiros enfrentaram o caos
Milhares de pessoas que dependem da Linha 10-Turquesa para trabalhar ou estudar tiveram suas rotinas alteradas. Em Santo André, passageiros aguardaram por horas nas plataformas, enquanto outros optaram por buscar alternativas, como aplicativos de transporte ou linhas de ônibus municipais. Um vídeo amplamente compartilhado nas redes sociais mostrou a água escorrendo pelas escadas da estação, com usuários tentando se proteger da chuva e do acúmulo de líquido.
Relatos indicam que a falta de comunicação clara agravou a situação. Muitos passageiros só souberam da paralisação ao chegar às estações, enfrentando longas esperas sem atualizações frequentes. Em Mauá, a suspensão dos trens levou a um aumento no tráfego de veículos nas vias próximas, já que motoristas tentavam escapar dos pontos de alagamento. A normalização às 19h30 trouxe alívio, mas não apagou a frustração de quem perdeu compromissos ou enfrentou atrasos significativos.
Cronograma dos eventos em 31 de março
O dia foi marcado por uma sequência de acontecimentos que evidenciaram os desafios enfrentados pela Linha 10-Turquesa. Veja os principais momentos:
- 14h50: Chuva intensa causa alagamentos e paralisa trens entre Mauá e Utinga.
- 15h00: CPTM aciona 30 ônibus Paese para atender passageiros no trecho afetado.
- 16h35: Vídeos mostram estação Santo André inundada, com água nas catracas.
- 19h30: Operação é normalizada após escoamento da água e vistoria dos trilhos.
Esse cronograma reflete a rapidez com que a situação escalou e o tempo necessário para restabelecer o serviço, impactando diretamente a mobilidade na região.
Vulnerabilidade climática no Grande ABC
As chuvas intensas que atingiram o ABC Paulista em 31 de março não foram um evento isolado. A região, conhecida por sua alta densidade populacional e urbanização acelerada, sofre com problemas crônicos de drenagem. Em dias de temporal, rios como o Tamanduateí transbordam, afetando não apenas as vias férreas, mas também ruas e avenidas próximas às estações da Linha 10-Turquesa.
Especialistas apontam que a combinação de impermeabilização do solo e sistemas de escoamento insuficientes agrava os impactos das precipitações. Em Santo André, por exemplo, a estação Prefeito Celso Daniel já registrou alagamentos em pelo menos três ocasiões nos últimos 12 meses, incluindo o episódio de março de 2024. A falta de obras preventivas mantém a Linha 10-Turquesa suscetível a paralisações, especialmente durante o período chuvoso, que vai de dezembro a abril.
Alternativas utilizadas pelos usuários
Enquanto os trens permaneciam parados, muitos passageiros buscaram soluções por conta própria. Em Mauá, a demanda por ônibus municipais aumentou, mas a oferta limitada não conseguiu absorver todos os afetados. Aplicativos de transporte também registraram alta procura, com preços elevados devido ao pico de solicitações. Já em Santo André, alguns optaram por seguir a pé até pontos de conexão com outras linhas, como a Linha 3-Vermelha do Metrô, acessível via Tamanduateí.
A ativação do Paese ajudou, mas não foi suficiente para atender a todos. Os 30 ônibus, embora estratégicos, enfrentaram dificuldades para circular em vias alagadas e congestionadas, o que reduziu sua eficiência. Passageiros que conseguiram embarcar relataram viagens mais longas que o habitual, enquanto outros aguardaram o retorno dos trens nas estações.
Curiosidades sobre a Linha 10-Turquesa
A Linha 10-Turquesa tem uma história marcada por desafios e transformações. Confira alguns fatos:
- Extensão: 34,9 quilômetros, conectando o Brás a Rio Grande da Serra.
- Passageiros: Transporta cerca de 300 mil pessoas por dia útil.
- Origem: Surgiu em 1867 como parte da São Paulo Railway, uma das primeiras ferrovias do país.
- Nome: “Turquesa” remete às águas do Rio Turquesa, na região de Rio Grande da Serra.
Esses números e detalhes mostram a importância da linha para a mobilidade metropolitana, mas também destacam a necessidade de melhorias para enfrentar adversidades climáticas.
Efeitos nas cidades do ABC Paulista
Além de Santo André, outras cidades do Grande ABC sentiram os reflexos do temporal. Em Mauá, ruas próximas à estação ficaram alagadas, dificultando o acesso ao transporte público. São Caetano do Sul também registrou pontos de inundação, embora os trilhos da Linha 10-Turquesa tenham sido menos impactados nesse município. A chuva afetou a rotina de trabalhadores e estudantes, que enfrentaram atrasos para chegar em casa ou aos seus destinos.
O comércio local próximo às estações também foi prejudicado. Pequenos lojistas relataram queda no movimento devido à dificuldade de acesso, enquanto motoristas enfrentaram engarrafamentos em vias alternativas. A normalização da Linha 10-Turquesa às 19h30 trouxe um respiro, mas os efeitos do dia caótico ainda eram visíveis nas cidades da região.
Esforços para evitar novos transtornos
Após a retomada da operação, a CPTM manteve equipes em alerta para monitorar as condições dos trilhos e evitar novas interrupções. A previsão de chuvas mais leves nas horas seguintes ajudou na estabilização do serviço, mas a companhia reforçou a necessidade de ações preventivas. Investimentos em drenagem e modernização das estações estão entre as medidas discutidas para reduzir a vulnerabilidade da Linha 10-Turquesa.
Passageiros, por sua vez, cobram melhorias há anos. A repetição de alagamentos em pontos como Santo André e Mauá evidencia a urgência de obras que ampliem a capacidade de escoamento e protejam a infraestrutura ferroviária. Enquanto isso, a dependência do Paese em situações de emergência continua sendo uma solução paliativa para um problema estrutural.
O que esperar nos próximos dias
Com a operação normalizada, a Linha 10-Turquesa voltou a atender plenamente os passageiros na noite de 31 de março. No entanto, a previsão do tempo indica a possibilidade de novas chuvas na região nos dias seguintes, o que mantém os usuários e a CPTM em estado de atenção. A experiência desta segunda-feira serve como alerta para a necessidade de preparo diante de eventos climáticos extremos.
A circulação dos trens deve seguir sem alterações imediatas, mas a companhia informou que manterá o monitoramento das condições das vias. Para os passageiros, resta a esperança de que os transtornos não se repitam, enquanto as autoridades avaliam os danos e planejam ações para os próximos meses.

A forte chuva que atingiu a Região Metropolitana de São Paulo na tarde desta segunda-feira, 31 de março, causou transtornos significativos para os usuários da Linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Trilhos alagados em diversas estações do ABC Paulista interromperam a circulação de trens por mais de cinco horas, afetando milhares de passageiros que dependem do transporte ferroviário para se locomover entre a capital e cidades como Santo André, Mauá e Rio Grande da Serra. A operação só foi normalizada às 19h30, após o escoamento das águas e a intervenção de equipes de manutenção. Imagens registradas por passageiros mostraram a estação Santo André com acúmulo de água na altura das catracas, evidenciando a gravidade da situação.
Os problemas começaram por volta das 14h50, quando a chuva intensa transformou trechos da via férrea em verdadeiros rios, impossibilitando o tráfego dos trens entre as estações Mauá e Utinga. A CPTM precisou acionar o sistema Paese, que mobilizou 30 ônibus para atender os passageiros prejudicados no trecho mais crítico, entre Prefeito Celso Daniel – Santo André e Mauá. Relatos de usuários apontaram longas filas e atrasos consideráveis, enquanto a água acumulada dificultava até mesmo o acesso às plataformas. A normalização do serviço trouxe alívio, mas expôs, mais uma vez, a vulnerabilidade do sistema ferroviário diante de condições climáticas extremas.
Trens da Linha 10 Turquesa não estão circulando entre as Estações Pref. Celso Daniel-Santo André e Mauá. #BandNewsTV pic.twitter.com/Zn3aFoczue
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Passageiros que utilizam a Linha 10-Turquesa diariamente enfrentaram uma tarde caótica. Em redes sociais, muitos compartilharam vídeos e fotos da estação Santo André completamente inundada, com água cobrindo os pisos e escadarias. O temporal também afetou outras cidades do Grande ABC, como São Caetano do Sul e Mauá, onde vias públicas ficaram intransitáveis. A operação dos trens, que transporta cerca de 300 mil pessoas por dia, só voltou ao normal após um esforço conjunto para drenar a água e garantir a segurança dos trilhos.
Impacto da chuva nas estações do ABC
A chuva que caiu ao longo da tarde não deu trégua às estruturas da Linha 10-Turquesa. Em Santo André, uma das estações mais movimentadas da linha, a inundação foi tão severa que a água invadiu áreas internas, dificultando o trabalho dos funcionários da CPTM. Passageiros relataram que o trecho entre Prefeito Celso Daniel – Santo André e Mauá ficou paralisado por horas, com trens estacionados e sem previsão de retorno. A situação gerou um efeito dominó, atrasando viagens em toda a extensão da linha, que conecta o Brás, na capital, até Rio Grande da Serra.
Equipes de manutenção foram mobilizadas rapidamente para avaliar os danos e liberar os trilhos. A água, que em alguns pontos atingiu dezenas de centímetros, precisou ser escoada com bombas e outros equipamentos antes que os trens pudessem circular novamente. Enquanto isso, os 30 ônibus do sistema Paese operaram em regime de emergência, transportando passageiros entre as estações afetadas. Apesar do esforço, muitos usuários reclamaram da falta de informações em tempo real, o que agravou a sensação de desamparo durante o transtorno.
Histórico de problemas na Linha 10-Turquesa
Interrupções na Linha 10-Turquesa devido a alagamentos não são novidade. Em 7 de março de 2024, um evento semelhante deixou os trilhos entre São Caetano do Sul e Santo André intransitáveis, exigindo a ativação do Paese para atender os passageiros. Na ocasião, a operação foi normalizada apenas no fim da tarde, após mais de duas horas de paralisação. Outro caso ocorreu em 14 de fevereiro deste ano, quando fortes chuvas afetaram o trecho entre Utinga e Santo André, suspendendo a circulação por cerca de 20 minutos.
Esses incidentes revelam um padrão recorrente: a infraestrutura ferroviária da região enfrenta dificuldades para lidar com volumes elevados de chuva. Dados do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) mostram que o ABC Paulista registrou, em média, 150 milímetros de precipitação em dias de temporais intensos nos últimos anos, um volume que frequentemente ultrapassa a capacidade de drenagem das estações e vias. A repetição desses problemas tem gerado debates sobre a necessidade de investimentos em modernização e prevenção.
- Principais trechos afetados em 31 de março:
- Entre Mauá e Utinga, com paralisação total às 14h50.
- Estação Santo André, com inundação nas catracas e plataformas.
- Trecho entre Prefeito Celso Daniel – Santo André e Mauá, atendido por ônibus Paese.
Medidas emergenciais e resposta da CPTM
A resposta da CPTM ao alagamento foi imediata, mas não evitou transtornos. Além de acionar os 30 ônibus do sistema Paese, a companhia deslocou equipes técnicas para monitorar os trilhos e realizar a drenagem das áreas inundadas. A operação foi retomada às 19h30, mas com trens circulando em velocidade reduzida em alguns trechos, enquanto a segurança era plenamente restabelecida. A normalização total só ocorreu após a confirmação de que não havia riscos de novos alagamentos nas próximas horas.
O sistema Paese, criado para situações de emergência, foi essencial para minimizar o impacto nos passageiros. Os ônibus operaram em rotas específicas, conectando as estações mais afetadas e permitindo que os usuários chegassem aos seus destinos. No entanto, a capacidade limitada dos veículos em comparação com os trens gerou filas e superlotação em alguns pontos, especialmente na estação Santo André, onde o fluxo de pessoas era intenso no fim da tarde.
Como os passageiros enfrentaram o caos
Milhares de pessoas que dependem da Linha 10-Turquesa para trabalhar ou estudar tiveram suas rotinas alteradas. Em Santo André, passageiros aguardaram por horas nas plataformas, enquanto outros optaram por buscar alternativas, como aplicativos de transporte ou linhas de ônibus municipais. Um vídeo amplamente compartilhado nas redes sociais mostrou a água escorrendo pelas escadas da estação, com usuários tentando se proteger da chuva e do acúmulo de líquido.
Relatos indicam que a falta de comunicação clara agravou a situação. Muitos passageiros só souberam da paralisação ao chegar às estações, enfrentando longas esperas sem atualizações frequentes. Em Mauá, a suspensão dos trens levou a um aumento no tráfego de veículos nas vias próximas, já que motoristas tentavam escapar dos pontos de alagamento. A normalização às 19h30 trouxe alívio, mas não apagou a frustração de quem perdeu compromissos ou enfrentou atrasos significativos.
Cronograma dos eventos em 31 de março
O dia foi marcado por uma sequência de acontecimentos que evidenciaram os desafios enfrentados pela Linha 10-Turquesa. Veja os principais momentos:
- 14h50: Chuva intensa causa alagamentos e paralisa trens entre Mauá e Utinga.
- 15h00: CPTM aciona 30 ônibus Paese para atender passageiros no trecho afetado.
- 16h35: Vídeos mostram estação Santo André inundada, com água nas catracas.
- 19h30: Operação é normalizada após escoamento da água e vistoria dos trilhos.
Esse cronograma reflete a rapidez com que a situação escalou e o tempo necessário para restabelecer o serviço, impactando diretamente a mobilidade na região.
Vulnerabilidade climática no Grande ABC
As chuvas intensas que atingiram o ABC Paulista em 31 de março não foram um evento isolado. A região, conhecida por sua alta densidade populacional e urbanização acelerada, sofre com problemas crônicos de drenagem. Em dias de temporal, rios como o Tamanduateí transbordam, afetando não apenas as vias férreas, mas também ruas e avenidas próximas às estações da Linha 10-Turquesa.
Especialistas apontam que a combinação de impermeabilização do solo e sistemas de escoamento insuficientes agrava os impactos das precipitações. Em Santo André, por exemplo, a estação Prefeito Celso Daniel já registrou alagamentos em pelo menos três ocasiões nos últimos 12 meses, incluindo o episódio de março de 2024. A falta de obras preventivas mantém a Linha 10-Turquesa suscetível a paralisações, especialmente durante o período chuvoso, que vai de dezembro a abril.
Alternativas utilizadas pelos usuários
Enquanto os trens permaneciam parados, muitos passageiros buscaram soluções por conta própria. Em Mauá, a demanda por ônibus municipais aumentou, mas a oferta limitada não conseguiu absorver todos os afetados. Aplicativos de transporte também registraram alta procura, com preços elevados devido ao pico de solicitações. Já em Santo André, alguns optaram por seguir a pé até pontos de conexão com outras linhas, como a Linha 3-Vermelha do Metrô, acessível via Tamanduateí.
A ativação do Paese ajudou, mas não foi suficiente para atender a todos. Os 30 ônibus, embora estratégicos, enfrentaram dificuldades para circular em vias alagadas e congestionadas, o que reduziu sua eficiência. Passageiros que conseguiram embarcar relataram viagens mais longas que o habitual, enquanto outros aguardaram o retorno dos trens nas estações.
Curiosidades sobre a Linha 10-Turquesa
A Linha 10-Turquesa tem uma história marcada por desafios e transformações. Confira alguns fatos:
- Extensão: 34,9 quilômetros, conectando o Brás a Rio Grande da Serra.
- Passageiros: Transporta cerca de 300 mil pessoas por dia útil.
- Origem: Surgiu em 1867 como parte da São Paulo Railway, uma das primeiras ferrovias do país.
- Nome: “Turquesa” remete às águas do Rio Turquesa, na região de Rio Grande da Serra.
Esses números e detalhes mostram a importância da linha para a mobilidade metropolitana, mas também destacam a necessidade de melhorias para enfrentar adversidades climáticas.
Efeitos nas cidades do ABC Paulista
Além de Santo André, outras cidades do Grande ABC sentiram os reflexos do temporal. Em Mauá, ruas próximas à estação ficaram alagadas, dificultando o acesso ao transporte público. São Caetano do Sul também registrou pontos de inundação, embora os trilhos da Linha 10-Turquesa tenham sido menos impactados nesse município. A chuva afetou a rotina de trabalhadores e estudantes, que enfrentaram atrasos para chegar em casa ou aos seus destinos.
O comércio local próximo às estações também foi prejudicado. Pequenos lojistas relataram queda no movimento devido à dificuldade de acesso, enquanto motoristas enfrentaram engarrafamentos em vias alternativas. A normalização da Linha 10-Turquesa às 19h30 trouxe um respiro, mas os efeitos do dia caótico ainda eram visíveis nas cidades da região.
Esforços para evitar novos transtornos
Após a retomada da operação, a CPTM manteve equipes em alerta para monitorar as condições dos trilhos e evitar novas interrupções. A previsão de chuvas mais leves nas horas seguintes ajudou na estabilização do serviço, mas a companhia reforçou a necessidade de ações preventivas. Investimentos em drenagem e modernização das estações estão entre as medidas discutidas para reduzir a vulnerabilidade da Linha 10-Turquesa.
Passageiros, por sua vez, cobram melhorias há anos. A repetição de alagamentos em pontos como Santo André e Mauá evidencia a urgência de obras que ampliem a capacidade de escoamento e protejam a infraestrutura ferroviária. Enquanto isso, a dependência do Paese em situações de emergência continua sendo uma solução paliativa para um problema estrutural.
O que esperar nos próximos dias
Com a operação normalizada, a Linha 10-Turquesa voltou a atender plenamente os passageiros na noite de 31 de março. No entanto, a previsão do tempo indica a possibilidade de novas chuvas na região nos dias seguintes, o que mantém os usuários e a CPTM em estado de atenção. A experiência desta segunda-feira serve como alerta para a necessidade de preparo diante de eventos climáticos extremos.
A circulação dos trens deve seguir sem alterações imediatas, mas a companhia informou que manterá o monitoramento das condições das vias. Para os passageiros, resta a esperança de que os transtornos não se repitam, enquanto as autoridades avaliam os danos e planejam ações para os próximos meses.
