Vitor Roque desembarcou no Palmeiras em março de 2025 com status de solução para uma lacuna que há anos assombrava o clube: a ausência de um centroavante decisivo. Contratado para ser o camisa 9 que a torcida tanto cobrava, o jogador de 20 anos chegou em meio a expectativas elevadas, mas, após quatro partidas disputadas, o gol ainda não veio. O jejum, que coincide com a pior fase técnica do Verdão na temporada, tem gerado debates entre torcedores e analistas, enquanto Abel Ferreira, técnico da equipe, mantém a calma e pede paciência, comparando a situação ao início de Kylian Mbappé no Real Madrid.
A adaptação de Roque ao time tem sido um processo lento, impactado por diversos fatores. Ele estreou contra o São Paulo, na semifinal do Paulistão, apenas duas semanas após sua chegada, com pouco tempo para treinos e entrosamento. Durante o aquecimento daquele jogo, foi visto conversando com Raphael Veiga e Estêvão, buscando ajustar seu posicionamento e entender como prefere receber a bola. A Data Fifa, entre 17 e 25 de março, também interrompeu o ritmo: com seis titulares convocados, o Palmeiras perdeu peças fundamentais nos treinamentos, dificultando a integração do novo reforço.
Além disso, o momento do time não ajuda. O Palmeiras vive uma crise ofensiva em 2025, com dificuldades na criação de jogadas e transições lentas, o que limita as chances de finalização para o centroavante. Nos últimos três jogos, o Verdão não marcou nenhum gol, aumentando a pressão sobre Roque e o elenco. Na final do Paulistão contra o Corinthians, por exemplo, ele tocou na bola apenas duas vezes e não conseguiu finalizar, evidenciando a falta de abastecimento no ataque.
A coletiva pós-jogo de Abel Ferreira começou ➤ https://t.co/SdDFtUoXVl pic.twitter.com/rpaoSVmLdA
— SE Palmeiras (@Palmeiras) March 30, 2025
Início conturbado no Verdão
Chegar a um clube como o Palmeiras, com sua torcida apaixonada e histórico de conquistas, já traz um peso natural. Para Vitor Roque, esse fardo foi ampliado pela necessidade urgente de gols. O jogador, que veio do Athletico-PR após se destacar como promessa no futebol brasileiro, assumiu a camisa 9 em um momento em que o ataque do time não conseguia entregar resultados consistentes. Abel Ferreira, no entanto, enxerga o cenário com serenidade, destacando que o atacante está no clube há apenas um mês e precisa de tempo para se adaptar.
O técnico português, inclusive, trouxe uma comparação inusitada para defender seu jogador. Durante uma coletiva após o empate sem gols contra o Botafogo, Abel perguntou aos jornalistas se lembravam de Mbappé, que, segundo ele, não marcou nos primeiros sete jogos pelo Real Madrid. Na verdade, o francês fez cinco gols em suas sete primeiras partidas pelo clube espanhol, mas o argumento de Abel foi no sentido de mostrar que até grandes nomes passam por períodos de ajuste. Para Roque, o desafio é maior: ele ainda não balançou as redes, mas já contribuiu com jogadas importantes, como os pênaltis sofridos contra São Paulo e Corinthians.
Outro ponto que pesa contra o centroavante é o desempenho coletivo do Palmeiras. A equipe, que já foi conhecida por sua solidez e eficiência, atravessa uma fase de pouca criatividade no meio-campo. Passes errados, lentidão nas transições e falta de repertório ofensivo têm sido problemas recorrentes, deixando Roque isolado na frente. Contra o Botafogo, uma rara bola longa de Bruno Fuchs para Flaco López quase resultou em gol, mas foi uma exceção em meio ao padrão de jogo apresentado recentemente.
Comparações e expectativas
Quando Abel Ferreira menciona Mbappé, o contexto vai além dos números. O francês, ao chegar ao Real Madrid em 2024, enfrentou críticas por um início abaixo de seu padrão habitual, mesmo marcando gols. Hoje, com 33 gols em 45 jogos, ele se firmou como peça-chave no time espanhol. Vitor Roque, por outro lado, ainda busca seu primeiro tento pelo Palmeiras, mas já mostrou lampejos de utilidade. O pênalti sofrido contra o São Paulo, na semifinal do Paulistão, garantiu a vitória por 1 a 0 e a classificação. Na final contra o Corinthians, outro pênalti originado por ele poderia ter mudado o rumo do jogo, mas Raphael Veiga parou no goleiro Hugo Souza.
Essas contribuições, porém, não diminuem a cobrança. Alex, ex-jogador e ídolo do Palmeiras, comentou recentemente sobre a situação do jovem atacante. Ele destacou que Roque enfrenta uma pressão enorme e que marcar seu primeiro gol o mais rápido possível seria essencial para aliviar o peso sobre os ombros do jogador. A torcida, conhecida por sua exigência, também começa a questionar se o investimento no centroavante trará o retorno esperado, especialmente em um ano em que o Brasileirão começou com tropeços para o Verdão.
A realidade é que o Palmeiras não vive apenas um problema de centroavante. A falta de gols é um reflexo de um sistema ofensivo que não funciona como antes. Meio-campistas como Maurício, que já foi destaque em outros momentos, têm aparecido pouco nas partidas recentes, enquanto os pontas e laterais não conseguem criar jogadas consistentes. Abel Ferreira, ao falar sobre as rotas de ataque da equipe, mencionou combinações interiores e exteriores, além de transições e bolas paradas, mas os resultados em campo ainda não acompanham o discurso.
Números revelam a crise ofensiva
O jejum de gols do Palmeiras em 2025 não é exclusividade de Vitor Roque. Nos últimos três jogos oficiais, a equipe passou em branco, algo raro para um clube que já teve ataques avassaladores em temporadas anteriores. Na estreia do Brasileirão, contra o Botafogo, o empate sem gols expôs novamente as fragilidades do time. Roque, como centroavante, depende diretamente do abastecimento dos companheiros, mas as estatísticas mostram que ele tem tido poucas oportunidades: na final contra o Corinthians, foram apenas dois toques na bola, enquanto contra o Botafogo ele finalizou uma vez, sem sucesso.
A situação atual contrasta com o histórico recente do Palmeiras. Em 2024, o time terminou o Brasileirão como um dos ataques mais produtivos, com média superior a 1,5 gol por jogo. Neste ano, porém, os números despencaram, e a média nas últimas partidas caiu para zero. A ausência de jogadores como Gustavo Gómez, que voltou de lesão recentemente, e a convocação de titulares na Data Fifa ajudam a explicar parte do problema, mas a falta de entrosamento com Roque também é evidente.
Para entender melhor a crise, alguns dados chamam atenção:
- O Palmeiras não marca há 270 minutos, somando os últimos três jogos completos.
- Vitor Roque deu apenas cinco chutes a gol em quatro partidas disputadas.
- A posse de bola do time, que já foi dominante, caiu para 48% na média dos últimos jogos.
- Raphael Veiga, principal articulador, não faz gol há cinco partidas, aumentando a seca criativa.
Caminhos para a solução
Resolver a falta de gols passa por ajustes táticos e paciência com Vitor Roque. Abel Ferreira tem trabalhado em diferentes estratégias para melhorar o ataque, como as combinações entre pontas e laterais e as jogadas interiores que resultaram nos pênaltis sofridos pelo centroavante. A volta de Gustavo Gómez ao elenco, após período de recuperação, também pode trazer mais segurança defensiva, permitindo que o time se arrisque mais no ataque. Enquanto isso, Roque segue buscando seu espaço, com a confiança do treinador como principal respaldo.
O próximo jogo do Palmeiras, válido pela segunda rodada do Brasileirão, será um teste crucial. Enfrentar um adversário que exige maior agressividade ofensiva pode ser a chance de Roque desencantar, mas dependerá de como o time como um todo se comportará. A torcida, por sua vez, espera que o camisa 9 repita o impacto que teve em jogadas decisivas no Paulistão, mas agora com o gol como recompensa. A pressão só aumenta, e o tempo para adaptação, embora defendido por Abel, não é infinito.

Vitor Roque desembarcou no Palmeiras em março de 2025 com status de solução para uma lacuna que há anos assombrava o clube: a ausência de um centroavante decisivo. Contratado para ser o camisa 9 que a torcida tanto cobrava, o jogador de 20 anos chegou em meio a expectativas elevadas, mas, após quatro partidas disputadas, o gol ainda não veio. O jejum, que coincide com a pior fase técnica do Verdão na temporada, tem gerado debates entre torcedores e analistas, enquanto Abel Ferreira, técnico da equipe, mantém a calma e pede paciência, comparando a situação ao início de Kylian Mbappé no Real Madrid.
A adaptação de Roque ao time tem sido um processo lento, impactado por diversos fatores. Ele estreou contra o São Paulo, na semifinal do Paulistão, apenas duas semanas após sua chegada, com pouco tempo para treinos e entrosamento. Durante o aquecimento daquele jogo, foi visto conversando com Raphael Veiga e Estêvão, buscando ajustar seu posicionamento e entender como prefere receber a bola. A Data Fifa, entre 17 e 25 de março, também interrompeu o ritmo: com seis titulares convocados, o Palmeiras perdeu peças fundamentais nos treinamentos, dificultando a integração do novo reforço.
Além disso, o momento do time não ajuda. O Palmeiras vive uma crise ofensiva em 2025, com dificuldades na criação de jogadas e transições lentas, o que limita as chances de finalização para o centroavante. Nos últimos três jogos, o Verdão não marcou nenhum gol, aumentando a pressão sobre Roque e o elenco. Na final do Paulistão contra o Corinthians, por exemplo, ele tocou na bola apenas duas vezes e não conseguiu finalizar, evidenciando a falta de abastecimento no ataque.
A coletiva pós-jogo de Abel Ferreira começou ➤ https://t.co/SdDFtUoXVl pic.twitter.com/rpaoSVmLdA
— SE Palmeiras (@Palmeiras) March 30, 2025
Início conturbado no Verdão
Chegar a um clube como o Palmeiras, com sua torcida apaixonada e histórico de conquistas, já traz um peso natural. Para Vitor Roque, esse fardo foi ampliado pela necessidade urgente de gols. O jogador, que veio do Athletico-PR após se destacar como promessa no futebol brasileiro, assumiu a camisa 9 em um momento em que o ataque do time não conseguia entregar resultados consistentes. Abel Ferreira, no entanto, enxerga o cenário com serenidade, destacando que o atacante está no clube há apenas um mês e precisa de tempo para se adaptar.
O técnico português, inclusive, trouxe uma comparação inusitada para defender seu jogador. Durante uma coletiva após o empate sem gols contra o Botafogo, Abel perguntou aos jornalistas se lembravam de Mbappé, que, segundo ele, não marcou nos primeiros sete jogos pelo Real Madrid. Na verdade, o francês fez cinco gols em suas sete primeiras partidas pelo clube espanhol, mas o argumento de Abel foi no sentido de mostrar que até grandes nomes passam por períodos de ajuste. Para Roque, o desafio é maior: ele ainda não balançou as redes, mas já contribuiu com jogadas importantes, como os pênaltis sofridos contra São Paulo e Corinthians.
Outro ponto que pesa contra o centroavante é o desempenho coletivo do Palmeiras. A equipe, que já foi conhecida por sua solidez e eficiência, atravessa uma fase de pouca criatividade no meio-campo. Passes errados, lentidão nas transições e falta de repertório ofensivo têm sido problemas recorrentes, deixando Roque isolado na frente. Contra o Botafogo, uma rara bola longa de Bruno Fuchs para Flaco López quase resultou em gol, mas foi uma exceção em meio ao padrão de jogo apresentado recentemente.
Comparações e expectativas
Quando Abel Ferreira menciona Mbappé, o contexto vai além dos números. O francês, ao chegar ao Real Madrid em 2024, enfrentou críticas por um início abaixo de seu padrão habitual, mesmo marcando gols. Hoje, com 33 gols em 45 jogos, ele se firmou como peça-chave no time espanhol. Vitor Roque, por outro lado, ainda busca seu primeiro tento pelo Palmeiras, mas já mostrou lampejos de utilidade. O pênalti sofrido contra o São Paulo, na semifinal do Paulistão, garantiu a vitória por 1 a 0 e a classificação. Na final contra o Corinthians, outro pênalti originado por ele poderia ter mudado o rumo do jogo, mas Raphael Veiga parou no goleiro Hugo Souza.
Essas contribuições, porém, não diminuem a cobrança. Alex, ex-jogador e ídolo do Palmeiras, comentou recentemente sobre a situação do jovem atacante. Ele destacou que Roque enfrenta uma pressão enorme e que marcar seu primeiro gol o mais rápido possível seria essencial para aliviar o peso sobre os ombros do jogador. A torcida, conhecida por sua exigência, também começa a questionar se o investimento no centroavante trará o retorno esperado, especialmente em um ano em que o Brasileirão começou com tropeços para o Verdão.
A realidade é que o Palmeiras não vive apenas um problema de centroavante. A falta de gols é um reflexo de um sistema ofensivo que não funciona como antes. Meio-campistas como Maurício, que já foi destaque em outros momentos, têm aparecido pouco nas partidas recentes, enquanto os pontas e laterais não conseguem criar jogadas consistentes. Abel Ferreira, ao falar sobre as rotas de ataque da equipe, mencionou combinações interiores e exteriores, além de transições e bolas paradas, mas os resultados em campo ainda não acompanham o discurso.
Números revelam a crise ofensiva
O jejum de gols do Palmeiras em 2025 não é exclusividade de Vitor Roque. Nos últimos três jogos oficiais, a equipe passou em branco, algo raro para um clube que já teve ataques avassaladores em temporadas anteriores. Na estreia do Brasileirão, contra o Botafogo, o empate sem gols expôs novamente as fragilidades do time. Roque, como centroavante, depende diretamente do abastecimento dos companheiros, mas as estatísticas mostram que ele tem tido poucas oportunidades: na final contra o Corinthians, foram apenas dois toques na bola, enquanto contra o Botafogo ele finalizou uma vez, sem sucesso.
A situação atual contrasta com o histórico recente do Palmeiras. Em 2024, o time terminou o Brasileirão como um dos ataques mais produtivos, com média superior a 1,5 gol por jogo. Neste ano, porém, os números despencaram, e a média nas últimas partidas caiu para zero. A ausência de jogadores como Gustavo Gómez, que voltou de lesão recentemente, e a convocação de titulares na Data Fifa ajudam a explicar parte do problema, mas a falta de entrosamento com Roque também é evidente.
Para entender melhor a crise, alguns dados chamam atenção:
- O Palmeiras não marca há 270 minutos, somando os últimos três jogos completos.
- Vitor Roque deu apenas cinco chutes a gol em quatro partidas disputadas.
- A posse de bola do time, que já foi dominante, caiu para 48% na média dos últimos jogos.
- Raphael Veiga, principal articulador, não faz gol há cinco partidas, aumentando a seca criativa.
Caminhos para a solução
Resolver a falta de gols passa por ajustes táticos e paciência com Vitor Roque. Abel Ferreira tem trabalhado em diferentes estratégias para melhorar o ataque, como as combinações entre pontas e laterais e as jogadas interiores que resultaram nos pênaltis sofridos pelo centroavante. A volta de Gustavo Gómez ao elenco, após período de recuperação, também pode trazer mais segurança defensiva, permitindo que o time se arrisque mais no ataque. Enquanto isso, Roque segue buscando seu espaço, com a confiança do treinador como principal respaldo.
O próximo jogo do Palmeiras, válido pela segunda rodada do Brasileirão, será um teste crucial. Enfrentar um adversário que exige maior agressividade ofensiva pode ser a chance de Roque desencantar, mas dependerá de como o time como um todo se comportará. A torcida, por sua vez, espera que o camisa 9 repita o impacto que teve em jogadas decisivas no Paulistão, mas agora com o gol como recompensa. A pressão só aumenta, e o tempo para adaptação, embora defendido por Abel, não é infinito.
