A exclusão do León, do México, do Mundial de Clubes continua gerando desdobramentos que afetam diretamente o Flamengo, integrante do grupo D ao lado de Chelsea e Espérance. Em 21 de março, a Fifa anunciou que o clube mexicano não poderia participar do torneio devido a uma regra que proíbe a presença de equipes com o mesmo proprietário – no caso, o Grupo Pachuca, que também controla o Pachuca, já classificado no grupo H. Desde então, a entidade busca uma solução para preencher a vaga aberta, enquanto o León recorre ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) para reverter a decisão. A mais recente proposta da Fifa, divulgada no domingo (30), envolve um jogo entre o América, do México, e o Los Angeles FC (LAFC), dos Estados Unidos, mas o América negou ter sido oficialmente contatado, deixando o cenário ainda indefinido.
No comunicado oficial emitido na segunda-feira (31), o América informou que não recebeu nenhuma notificação formal da Fifa ou de qualquer outra autoridade esportiva sobre sua possível participação no Mundial de Clubes. O clube, que tem como treinador o brasileiro André Jardine, destacou estar focado em suas campanhas na Copa dos Campeões da Concacaf e na Liga MX Clausura, com o objetivo de conquistar títulos nessas competições. A posição do América reforça a incerteza em torno da proposta da Fifa, que havia apontado o clube como candidato a disputar a vaga por ser o melhor colocado no ranking da confederação para o torneio.
Por outro lado, a Fifa confirmou que está considerando um jogo de desempate entre o América e o LAFC para definir o substituto do León. A entidade justificou a escolha: o LAFC seria elegível por ter sido vice-campeão da Liga dos Campeões da Concacaf em 2023, competição vencida pelo León, enquanto o América entraria como líder do ranking da confederação entre os não classificados. Contudo, a realização da partida depende do desfecho de processos legais em andamento, incluindo o recurso do León no TAS, marcado para ser julgado em 23 de abril, em Madri.
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— FIFA Club World Cup (@FIFACWC) March 31, 2025
Impacto imediato no grupo do Flamengo
O Flamengo, classificado para o Mundial de Clubes como campeão da Libertadores de 2022, segue com sua preparação para o torneio, que será disputado entre 14 de junho e 13 de julho nos Estados Unidos. O grupo D, que já conta com o Chelsea, da Inglaterra, e o Espérance, da Tunísia, permanece incompleto desde a exclusão do León. A estreia do Rubro-Negro está marcada para 16 de junho, contra o Espérance, no Lincoln Financial Field, na Filadélfia, às 22h (horário de Brasília). Quatro dias depois, em 20 de junho, o time carioca enfrenta o Chelsea, em um confronto aguardado como o mais desafiador da chave.
A terceira partida da fase de grupos, prevista para 24 de junho, ainda não tem adversário definido. A incerteza sobre o quarto integrante do grupo exige do Flamengo uma estratégia flexível, já que o perfil do oponente pode variar significativamente. Caso o América entre na disputa, o Rubro-Negro enfrentará um time mexicano com tradição e força física, liderado por André Jardine, que conhece bem o futebol brasileiro. Se o LAFC for confirmado, o desafio será contra uma equipe da Major League Soccer (MLS) com estrelas como Olivier Giroud e Hugo Lloris, trazendo um estilo de jogo mais dinâmico.
A situação também é acompanhada de perto pelos torcedores rubro-negros, que aguardam a definição para planejar a viagem aos Estados Unidos. O Mundial de Clubes, em seu novo formato com 32 equipes, promete ser um marco no futebol global, e o Flamengo vê na competição uma chance de consolidar sua força internacionalmente.
Cronograma do caso León e os próximos passos
O desfecho da vaga no grupo D depende de um calendário judicial e esportivo que se estende pelas próximas semanas. Confira as datas-chave do processo:
- 21 de março: Fifa anuncia a exclusão do León por violar a regra de propriedade multiclube.
- 23 de abril: Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) julga o recurso do León, em Madri, com a presença de representantes do clube mexicano e do Alajuelense, da Costa Rica.
- 14 de junho: Início do Mundial de Clubes, com a partida inaugural entre Inter Miami e Al Ain, nos Estados Unidos.
- 16 de junho: Estreia do Flamengo contra o Espérance, independentemente da definição do quarto integrante do grupo.
A audiência no TAS será decisiva. O León busca sua reintegração ao torneio, enquanto o Alajuelense, que denunciou a irregularidade, pleiteia a vaga por ser o melhor ranqueado da Concacaf fora de México e Estados Unidos. Até que o tribunal emita sua decisão, a Fifa mantém a proposta do playoff entre América e LAFC como uma possibilidade, mas sem confirmação oficial.
Por que o León foi excluído?
A decisão da Fifa de barrar o León tem como base o regulamento do Mundial de Clubes, que proíbe a participação de clubes controlados pelo mesmo proprietário. O Grupo Pachuca, liderado pelo empresário Jesús Martínez Patiño, administra tanto o León quanto o Pachuca, além de outros times, como o Talleres, da Argentina, e o Everton, do Chile. Após uma análise detalhada, o Comitê de Apelação da Fifa concluiu que a presença de ambos os clubes mexicanos violaria as normas de integridade da competição.
O León havia se classificado para o torneio como campeão da Liga dos Campeões da Concacaf em 2023, enquanto o Pachuca garantiu sua vaga ao vencer a mesma competição em 2024. Diante do impasse, a Fifa optou por excluir o León, mantendo o Pachuca, que tem um título mais recente. A escolha gerou controvérsia, especialmente porque o León contava com o astro colombiano James Rodríguez, contratado em 2024, como um dos destaques para o Mundial.
O clube mexicano, inconformado, anunciou que apelaria até as últimas instâncias para reverter a decisão. O recurso no TAS é a principal esperança do León, mas o processo também abriu espaço para outras equipes, como o Alajuelense, que argumenta ter direito à vaga por critérios de ranking e equilíbrio regional.
América e LAFC: quem são os candidatos?
Enquanto o TAS não decide, o América e o LAFC emergem como os principais candidatos a substituir o León. O América, treinado por André Jardine, é um dos clubes mais tradicionais do México, com 13 títulos da Liga MX e sete da Copa dos Campeões da Concacaf. Sua posição de liderança no ranking da confederação o coloca como favorito, mas a negativa do clube em relação ao convite da Fifa levanta dúvidas sobre sua participação.
Já o LAFC, vice-campeão da Concacaf em 2023, representa a crescente força da MLS no cenário internacional. Com um elenco reforçado por nomes como Giroud, ex-Chelsea, e Lloris, ex-Tottenham, o clube de Los Angeles tem apelo comercial e poderia atrair ainda mais atenção para o torneio nos Estados Unidos, país-sede. A escolha entre os dois dependerá de critérios técnicos e da resolução dos processos legais.
A Fifa, por sua vez, mantém cautela. Em nota, a entidade destacou que o jogo entre América e LAFC só será confirmado se os procedimentos judiciais não alterarem o cenário. Isso significa que o TAS pode tanto reintegrar o León quanto abrir caminho para outra equipe, como o Alajuelense, que também está na disputa.
Alajuelense na briga pela vaga
O Alajuelense, da Costa Rica, é outro protagonista nesse imbróglio. O clube foi o responsável por denunciar a irregularidade do León à Fifa, em novembro de 2024, alegando que a regra de propriedade multiclube deveria ser aplicada. Após a exclusão do time mexicano, o Alajuelense entrou com um recurso no TAS, defendendo que tem direito à vaga por ser o melhor ranqueado da Concacaf fora de México e Estados Unidos.
Campeão da Taça Centro-Americana, o Alajuelense vê no Mundial de Clubes uma oportunidade histórica de representar a América Central em um torneio global. Apesar de estar apenas em 15º lugar no ranking da confederação, o clube argumenta que a limitação de duas equipes por país – já preenchida por México (Pachuca e Monterrey) e Estados Unidos (Seattle Sounders e Inter Miami) – o qualifica como substituto natural. A decisão do TAS será crucial para determinar se os costarriquenhos terão essa chance.
A torcida do Alajuelense acompanha o caso com entusiasmo, enquanto o clube segue em preparação para a temporada regular. Uma eventual classificação colocaria a equipe frente a gigantes como Flamengo e Chelsea, um marco para o futebol da Costa Rica.
O que muda para o Flamengo?
Para o Flamengo, a indefinição sobre o adversário exige ajustes na preparação. O técnico Filipe Luís, em entrevista recente, destacou a importância de disputar um torneio como o Mundial de Clubes, que ele não teve a chance de jogar como atleta. Líder do grupo D, o Rubro-Negro encara o torneio como uma oportunidade de medir forças contra os melhores clubes do mundo, mas a falta de clareza sobre o quarto integrante da chave adiciona um elemento de imprevisibilidade.
Se o América for confirmado, o Flamengo enfrentará um time com características conhecidas no futebol sul-americano, como força física e organização tática. André Jardine, que já passou pelo São Paulo, poderia usar seu conhecimento do futebol brasileiro para tentar surpreender o Rubro-Negro. Por outro lado, o LAFC traria um desafio diferente, com um estilo de jogo mais vertical e influenciado pela MLS, além de contar com jogadores experientes em competições europeias.
Caso o León seja reintegrado pelo TAS, o confronto teria um sabor especial para o Flamengo. As duas equipes já se enfrentaram três vezes na história: duas na Libertadores de 2014 (uma vitória para cada lado) e uma em 1962, com triunfo rubro-negro. A presença de James Rodríguez no elenco mexicano seria outro atrativo para a partida.
Perspectivas para o torneio
O Mundial de Clubes de 2025, com seu formato expandido para 32 equipes, é visto como uma evolução no calendário do futebol. Disputado nos mesmos moldes da antiga Copa do Mundo de seleções, o torneio terá uma fase de grupos com três jogos por equipe, seguida de mata-mata em jogo único a partir das oitavas de final. O evento será sediado em 12 cidades dos Estados Unidos, com a final marcada para 13 de julho, no MetLife Stadium, em Nova Jersey.
O grupo D, mesmo incompleto, já promete emoção. O Chelsea, com seu elenco repleto de estrelas, é apontado como favorito na chave, enquanto o Espérance traz a experiência de um campeão africano com forte apoio de sua torcida. O Flamengo, por sua vez, chega com a força de sua história e a ambição de repetir o sucesso de 1981, quando conquistou o título mundial contra o Liverpool.
A definição do quarto integrante será um divisor de águas para as pretensões do Rubro-Negro na competição. Enquanto o TAS não decide, a Fifa segue avaliando opções, e os torcedores aguardam ansiosos por novidades.
Curiosidades sobre os possíveis rivais
Independentemente de quem ocupar a vaga do León, o Flamengo terá pela frente adversários com histórias e estilos distintos. Veja alguns destaques:
- América-MEX: Fundado em 1916, é o clube mexicano com mais títulos nacionais (13) e um dos mais populares do país. Sob o comando de André Jardine, conquistou o Apertura 2023 e busca o bicampeonato na Concacaf.
- LAFC: Criado em 2014, o clube de Los Angeles venceu a MLS em 2022 e chegou à final da Concacaf em 2023. Tem como donos celebridades como Will Ferrell e Magic Johnson.
- Alajuelense: Com 30 títulos costarriquenhos, é o maior campeão de seu país. Sua única participação em um Mundial de Clubes foi em 2004, quando terminou em quarto lugar.
- León: Se voltar ao torneio, trará James Rodríguez como principal estrela. O clube tem oito títulos mexicanos e uma torcida apaixonada.
Esses perfis mostram a diversidade de desafios que o Flamengo pode enfrentar, dependendo da decisão final.
Preparação do Flamengo em meio à incerteza
Com a estreia no Mundial a pouco mais de dois meses, o Flamengo intensifica sua preparação nos bastidores. O clube carioca já conhece dois de seus adversários e foca em estratégias para enfrentar o Chelsea, com seu futebol de alta intensidade, e o Espérance, conhecido pela solidez defensiva. A incógnita sobre o terceiro jogo, porém, exige que o departamento técnico estude múltiplos cenários.
Filipe Luís, que assumiu o comando técnico em 2024, tem trabalhado para adaptar o elenco às demandas de uma competição internacional. A experiência do treinador, que disputou Champions League e Copa do Mundo como jogador, é vista como um trunfo para liderar o time em um torneio desse porte. Enquanto isso, a diretoria rubro-negra monitora o caso do TAS e as movimentações da Fifa, mantendo a torcida informada sobre os próximos passos.
A venda de ingressos para o Mundial, iniciada em março, também reflete o impacto da indefinição. Os pacotes para os jogos do grupo D têm preços elevados, com valores que chegam a US$ 2.200 para a final, devido ao sistema de precificação dinâmica adotado pela Fifa. A expectativa é que a definição do quarto time impulsione ainda mais o interesse dos torcedores.
O papel da Concacaf no Mundial
A Concacaf, confederação que abrange América do Norte, Central e Caribe, tem cinco vagas confirmadas no Mundial de Clubes: Seattle Sounders (2022), León (2023), Pachuca (2024), Monterrey (2021) e Inter Miami (como representante do país-sede). A exclusão do León reduz temporariamente essa cota, mas a região segue bem representada no torneio.
O critério de limite de duas equipes por país, exceto em casos de títulos continentais, é outro fator que influencia a escolha do substituto. México já tem Pachuca e Monterrey, enquanto os Estados Unidos contam com Seattle Sounders e Inter Miami. Isso dá ao Alajuelense uma vantagem teórica, mas a Fifa pode optar por flexibilizar as regras, favorecendo América ou LAFC por questões de ranking ou apelo comercial.
A decisão final também terá implicações para o equilíbrio geográfico do torneio, uma das prioridades da Fifa ao expandir o formato. A inclusão de um time da América Central, como o Alajuelense, reforçaria a diversidade, enquanto a escolha de América ou LAFC manteria o domínio de México e Estados Unidos na região.

A exclusão do León, do México, do Mundial de Clubes continua gerando desdobramentos que afetam diretamente o Flamengo, integrante do grupo D ao lado de Chelsea e Espérance. Em 21 de março, a Fifa anunciou que o clube mexicano não poderia participar do torneio devido a uma regra que proíbe a presença de equipes com o mesmo proprietário – no caso, o Grupo Pachuca, que também controla o Pachuca, já classificado no grupo H. Desde então, a entidade busca uma solução para preencher a vaga aberta, enquanto o León recorre ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) para reverter a decisão. A mais recente proposta da Fifa, divulgada no domingo (30), envolve um jogo entre o América, do México, e o Los Angeles FC (LAFC), dos Estados Unidos, mas o América negou ter sido oficialmente contatado, deixando o cenário ainda indefinido.
No comunicado oficial emitido na segunda-feira (31), o América informou que não recebeu nenhuma notificação formal da Fifa ou de qualquer outra autoridade esportiva sobre sua possível participação no Mundial de Clubes. O clube, que tem como treinador o brasileiro André Jardine, destacou estar focado em suas campanhas na Copa dos Campeões da Concacaf e na Liga MX Clausura, com o objetivo de conquistar títulos nessas competições. A posição do América reforça a incerteza em torno da proposta da Fifa, que havia apontado o clube como candidato a disputar a vaga por ser o melhor colocado no ranking da confederação para o torneio.
Por outro lado, a Fifa confirmou que está considerando um jogo de desempate entre o América e o LAFC para definir o substituto do León. A entidade justificou a escolha: o LAFC seria elegível por ter sido vice-campeão da Liga dos Campeões da Concacaf em 2023, competição vencida pelo León, enquanto o América entraria como líder do ranking da confederação entre os não classificados. Contudo, a realização da partida depende do desfecho de processos legais em andamento, incluindo o recurso do León no TAS, marcado para ser julgado em 23 de abril, em Madri.
🏆📸#FIFACWC | #TakeItToTheWorld pic.twitter.com/nF8rz9eJ9p
— FIFA Club World Cup (@FIFACWC) March 31, 2025
Impacto imediato no grupo do Flamengo
O Flamengo, classificado para o Mundial de Clubes como campeão da Libertadores de 2022, segue com sua preparação para o torneio, que será disputado entre 14 de junho e 13 de julho nos Estados Unidos. O grupo D, que já conta com o Chelsea, da Inglaterra, e o Espérance, da Tunísia, permanece incompleto desde a exclusão do León. A estreia do Rubro-Negro está marcada para 16 de junho, contra o Espérance, no Lincoln Financial Field, na Filadélfia, às 22h (horário de Brasília). Quatro dias depois, em 20 de junho, o time carioca enfrenta o Chelsea, em um confronto aguardado como o mais desafiador da chave.
A terceira partida da fase de grupos, prevista para 24 de junho, ainda não tem adversário definido. A incerteza sobre o quarto integrante do grupo exige do Flamengo uma estratégia flexível, já que o perfil do oponente pode variar significativamente. Caso o América entre na disputa, o Rubro-Negro enfrentará um time mexicano com tradição e força física, liderado por André Jardine, que conhece bem o futebol brasileiro. Se o LAFC for confirmado, o desafio será contra uma equipe da Major League Soccer (MLS) com estrelas como Olivier Giroud e Hugo Lloris, trazendo um estilo de jogo mais dinâmico.
A situação também é acompanhada de perto pelos torcedores rubro-negros, que aguardam a definição para planejar a viagem aos Estados Unidos. O Mundial de Clubes, em seu novo formato com 32 equipes, promete ser um marco no futebol global, e o Flamengo vê na competição uma chance de consolidar sua força internacionalmente.
Cronograma do caso León e os próximos passos
O desfecho da vaga no grupo D depende de um calendário judicial e esportivo que se estende pelas próximas semanas. Confira as datas-chave do processo:
- 21 de março: Fifa anuncia a exclusão do León por violar a regra de propriedade multiclube.
- 23 de abril: Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) julga o recurso do León, em Madri, com a presença de representantes do clube mexicano e do Alajuelense, da Costa Rica.
- 14 de junho: Início do Mundial de Clubes, com a partida inaugural entre Inter Miami e Al Ain, nos Estados Unidos.
- 16 de junho: Estreia do Flamengo contra o Espérance, independentemente da definição do quarto integrante do grupo.
A audiência no TAS será decisiva. O León busca sua reintegração ao torneio, enquanto o Alajuelense, que denunciou a irregularidade, pleiteia a vaga por ser o melhor ranqueado da Concacaf fora de México e Estados Unidos. Até que o tribunal emita sua decisão, a Fifa mantém a proposta do playoff entre América e LAFC como uma possibilidade, mas sem confirmação oficial.
Por que o León foi excluído?
A decisão da Fifa de barrar o León tem como base o regulamento do Mundial de Clubes, que proíbe a participação de clubes controlados pelo mesmo proprietário. O Grupo Pachuca, liderado pelo empresário Jesús Martínez Patiño, administra tanto o León quanto o Pachuca, além de outros times, como o Talleres, da Argentina, e o Everton, do Chile. Após uma análise detalhada, o Comitê de Apelação da Fifa concluiu que a presença de ambos os clubes mexicanos violaria as normas de integridade da competição.
O León havia se classificado para o torneio como campeão da Liga dos Campeões da Concacaf em 2023, enquanto o Pachuca garantiu sua vaga ao vencer a mesma competição em 2024. Diante do impasse, a Fifa optou por excluir o León, mantendo o Pachuca, que tem um título mais recente. A escolha gerou controvérsia, especialmente porque o León contava com o astro colombiano James Rodríguez, contratado em 2024, como um dos destaques para o Mundial.
O clube mexicano, inconformado, anunciou que apelaria até as últimas instâncias para reverter a decisão. O recurso no TAS é a principal esperança do León, mas o processo também abriu espaço para outras equipes, como o Alajuelense, que argumenta ter direito à vaga por critérios de ranking e equilíbrio regional.
América e LAFC: quem são os candidatos?
Enquanto o TAS não decide, o América e o LAFC emergem como os principais candidatos a substituir o León. O América, treinado por André Jardine, é um dos clubes mais tradicionais do México, com 13 títulos da Liga MX e sete da Copa dos Campeões da Concacaf. Sua posição de liderança no ranking da confederação o coloca como favorito, mas a negativa do clube em relação ao convite da Fifa levanta dúvidas sobre sua participação.
Já o LAFC, vice-campeão da Concacaf em 2023, representa a crescente força da MLS no cenário internacional. Com um elenco reforçado por nomes como Giroud, ex-Chelsea, e Lloris, ex-Tottenham, o clube de Los Angeles tem apelo comercial e poderia atrair ainda mais atenção para o torneio nos Estados Unidos, país-sede. A escolha entre os dois dependerá de critérios técnicos e da resolução dos processos legais.
A Fifa, por sua vez, mantém cautela. Em nota, a entidade destacou que o jogo entre América e LAFC só será confirmado se os procedimentos judiciais não alterarem o cenário. Isso significa que o TAS pode tanto reintegrar o León quanto abrir caminho para outra equipe, como o Alajuelense, que também está na disputa.
Alajuelense na briga pela vaga
O Alajuelense, da Costa Rica, é outro protagonista nesse imbróglio. O clube foi o responsável por denunciar a irregularidade do León à Fifa, em novembro de 2024, alegando que a regra de propriedade multiclube deveria ser aplicada. Após a exclusão do time mexicano, o Alajuelense entrou com um recurso no TAS, defendendo que tem direito à vaga por ser o melhor ranqueado da Concacaf fora de México e Estados Unidos.
Campeão da Taça Centro-Americana, o Alajuelense vê no Mundial de Clubes uma oportunidade histórica de representar a América Central em um torneio global. Apesar de estar apenas em 15º lugar no ranking da confederação, o clube argumenta que a limitação de duas equipes por país – já preenchida por México (Pachuca e Monterrey) e Estados Unidos (Seattle Sounders e Inter Miami) – o qualifica como substituto natural. A decisão do TAS será crucial para determinar se os costarriquenhos terão essa chance.
A torcida do Alajuelense acompanha o caso com entusiasmo, enquanto o clube segue em preparação para a temporada regular. Uma eventual classificação colocaria a equipe frente a gigantes como Flamengo e Chelsea, um marco para o futebol da Costa Rica.
O que muda para o Flamengo?
Para o Flamengo, a indefinição sobre o adversário exige ajustes na preparação. O técnico Filipe Luís, em entrevista recente, destacou a importância de disputar um torneio como o Mundial de Clubes, que ele não teve a chance de jogar como atleta. Líder do grupo D, o Rubro-Negro encara o torneio como uma oportunidade de medir forças contra os melhores clubes do mundo, mas a falta de clareza sobre o quarto integrante da chave adiciona um elemento de imprevisibilidade.
Se o América for confirmado, o Flamengo enfrentará um time com características conhecidas no futebol sul-americano, como força física e organização tática. André Jardine, que já passou pelo São Paulo, poderia usar seu conhecimento do futebol brasileiro para tentar surpreender o Rubro-Negro. Por outro lado, o LAFC traria um desafio diferente, com um estilo de jogo mais vertical e influenciado pela MLS, além de contar com jogadores experientes em competições europeias.
Caso o León seja reintegrado pelo TAS, o confronto teria um sabor especial para o Flamengo. As duas equipes já se enfrentaram três vezes na história: duas na Libertadores de 2014 (uma vitória para cada lado) e uma em 1962, com triunfo rubro-negro. A presença de James Rodríguez no elenco mexicano seria outro atrativo para a partida.
Perspectivas para o torneio
O Mundial de Clubes de 2025, com seu formato expandido para 32 equipes, é visto como uma evolução no calendário do futebol. Disputado nos mesmos moldes da antiga Copa do Mundo de seleções, o torneio terá uma fase de grupos com três jogos por equipe, seguida de mata-mata em jogo único a partir das oitavas de final. O evento será sediado em 12 cidades dos Estados Unidos, com a final marcada para 13 de julho, no MetLife Stadium, em Nova Jersey.
O grupo D, mesmo incompleto, já promete emoção. O Chelsea, com seu elenco repleto de estrelas, é apontado como favorito na chave, enquanto o Espérance traz a experiência de um campeão africano com forte apoio de sua torcida. O Flamengo, por sua vez, chega com a força de sua história e a ambição de repetir o sucesso de 1981, quando conquistou o título mundial contra o Liverpool.
A definição do quarto integrante será um divisor de águas para as pretensões do Rubro-Negro na competição. Enquanto o TAS não decide, a Fifa segue avaliando opções, e os torcedores aguardam ansiosos por novidades.
Curiosidades sobre os possíveis rivais
Independentemente de quem ocupar a vaga do León, o Flamengo terá pela frente adversários com histórias e estilos distintos. Veja alguns destaques:
- América-MEX: Fundado em 1916, é o clube mexicano com mais títulos nacionais (13) e um dos mais populares do país. Sob o comando de André Jardine, conquistou o Apertura 2023 e busca o bicampeonato na Concacaf.
- LAFC: Criado em 2014, o clube de Los Angeles venceu a MLS em 2022 e chegou à final da Concacaf em 2023. Tem como donos celebridades como Will Ferrell e Magic Johnson.
- Alajuelense: Com 30 títulos costarriquenhos, é o maior campeão de seu país. Sua única participação em um Mundial de Clubes foi em 2004, quando terminou em quarto lugar.
- León: Se voltar ao torneio, trará James Rodríguez como principal estrela. O clube tem oito títulos mexicanos e uma torcida apaixonada.
Esses perfis mostram a diversidade de desafios que o Flamengo pode enfrentar, dependendo da decisão final.
Preparação do Flamengo em meio à incerteza
Com a estreia no Mundial a pouco mais de dois meses, o Flamengo intensifica sua preparação nos bastidores. O clube carioca já conhece dois de seus adversários e foca em estratégias para enfrentar o Chelsea, com seu futebol de alta intensidade, e o Espérance, conhecido pela solidez defensiva. A incógnita sobre o terceiro jogo, porém, exige que o departamento técnico estude múltiplos cenários.
Filipe Luís, que assumiu o comando técnico em 2024, tem trabalhado para adaptar o elenco às demandas de uma competição internacional. A experiência do treinador, que disputou Champions League e Copa do Mundo como jogador, é vista como um trunfo para liderar o time em um torneio desse porte. Enquanto isso, a diretoria rubro-negra monitora o caso do TAS e as movimentações da Fifa, mantendo a torcida informada sobre os próximos passos.
A venda de ingressos para o Mundial, iniciada em março, também reflete o impacto da indefinição. Os pacotes para os jogos do grupo D têm preços elevados, com valores que chegam a US$ 2.200 para a final, devido ao sistema de precificação dinâmica adotado pela Fifa. A expectativa é que a definição do quarto time impulsione ainda mais o interesse dos torcedores.
O papel da Concacaf no Mundial
A Concacaf, confederação que abrange América do Norte, Central e Caribe, tem cinco vagas confirmadas no Mundial de Clubes: Seattle Sounders (2022), León (2023), Pachuca (2024), Monterrey (2021) e Inter Miami (como representante do país-sede). A exclusão do León reduz temporariamente essa cota, mas a região segue bem representada no torneio.
O critério de limite de duas equipes por país, exceto em casos de títulos continentais, é outro fator que influencia a escolha do substituto. México já tem Pachuca e Monterrey, enquanto os Estados Unidos contam com Seattle Sounders e Inter Miami. Isso dá ao Alajuelense uma vantagem teórica, mas a Fifa pode optar por flexibilizar as regras, favorecendo América ou LAFC por questões de ranking ou apelo comercial.
A decisão final também terá implicações para o equilíbrio geográfico do torneio, uma das prioridades da Fifa ao expandir o formato. A inclusão de um time da América Central, como o Alajuelense, reforçaria a diversidade, enquanto a escolha de América ou LAFC manteria o domínio de México e Estados Unidos na região.
