O Fluminense vive um momento de transição após a demissão de Mano Menezes, anunciada no último sábado, dia 29 de março, logo após a derrota por 2 a 0 para o Fortaleza na estreia do Brasileirão. A saída do treinador, que comandou o time em 46 jogos desde julho do ano passado, marcou o fim de uma passagem com 20 vitórias, 13 empates e 13 derrotas, totalizando um aproveitamento de 52,9%. A decisão da diretoria veio acompanhada de uma substituição precoce no jogo contra o Fortaleza e de relatos de uma discussão entre Mano e o capitão Thiago Silva no intervalo da partida. Enquanto o clube busca um novo comandante, o zagueiro quebrou o silêncio sobre o episódio e a relação com o ex-técnico, trazendo à tona detalhes que ajudam a entender o cenário nas Laranjeiras.
Thiago Silva, em entrevista após a vitória por 1 a 0 sobre o Once Caldas, na Colômbia, pela estreia da CONMEBOL Sul-Americana, na terça-feira, dia 1º de abril, negou que houvesse um clima ruim entre o elenco e Mano Menezes. O zagueiro, que é uma das lideranças do time, destacou que discussões fazem parte do futebol e que a decisão de mudar a comissão técnica foi exclusivamente da diretoria. Ele ainda expressou respeito pelo treinador demitido, desejando sucesso em sua carreira, e enfatizou que o foco agora é olhar para frente, especialmente com a agenda cheia que o Fluminense terá nas próximas semanas.
A vitória contra o Once Caldas, com gol marcado no segundo tempo, trouxe alívio ao torcedor tricolor e marcou o início de uma sequência intensa de jogos. Sob o comando interino do auxiliar Marcão, o time demonstrou resiliência em um confronto fora de casa, algo essencial para as ambições do clube em três competições: Brasileirão, Sul-Americana e, mais adiante, o Super Mundial de Clubes, em junho. Enquanto isso, nomes como Renato Gaúcho, Dorival Júnior, Odair Hellmann e Fernando Diniz surgem como possíveis substitutos de Mano, e a diretoria trabalha para definir o novo técnico até o próximo domingo, dia 6, quando o Fluminense enfrenta o Red Bull Bragantino pela segunda rodada do Brasileirão.
O que disse Thiago Silva sobre Mano Menezes
Após o triunfo na Sul-Americana, Thiago Silva foi claro ao abordar a saída de Mano Menezes. Em entrevista ao SBT, o zagueiro afirmou que a relação entre o elenco e o treinador não estava abalada, contrariando especulações que circularam após o jogo contra o Fortaleza. Ele reconheceu que houve um bate-boca no intervalo da partida, mas minimizou o episódio, classificando-o como algo comum no calor do futebol profissional. “Nunca teve clima ruim aqui dentro, discussões acontecem, faz parte da nossa profissão, não foi a primeira e nem vai ser a última”, declarou o capitão, que tem 34 jogos pelo Fluminense desde seu retorno ao clube em 2024.
O defensor também sugeriu que existem detalhes nos bastidores que não chegam ao conhecimento do público. “Já aconteceram muitas outras coisas que vocês não sabem, essa foi mais visível”, disse, indicando que a demissão de Mano pode ter sido influenciada por fatores além do desempenho em campo ou do incidente específico com ele. Thiago Silva fez questão de destacar o respeito pelo ex-comandante, reforçando que não havia animosidade pessoal. “Que ele tenha sucesso, não foi nada pessoal nem dele para mim e nem de mim para ele”, completou, virando a página para focar nos desafios que o time enfrentará em abril.
A passagem de Mano Menezes pelo Fluminense
Mano Menezes assumiu o Fluminense em julho de 2024, substituindo Fernando Diniz, que havia deixado o cargo após uma campanha irregular. O objetivo inicial era claro: evitar o rebaixamento no Brasileirão e estabilizar o time em um momento delicado. Com um elenco experiente, que contava com nomes como Thiago Silva, Marcelo e Felipe Melo, Mano conseguiu cumprir a missão principal, garantindo a permanência na Série A. Foram 46 partidas no comando, com um aproveitamento de 52,9%, números que refletem uma trajetória de altos e baixos, mas sem conquistas expressivas.
A derrota para o Fortaleza, no entanto, parece ter sido o estopim para a diretoria. O jogo, disputado no Castelão, expôs fragilidades do time, que sofreu dois gols em apenas 21 minutos e viu Mano realizar uma substituição aos 12 minutos do primeiro tempo, algo incomum em sua carreira. A falta de evolução após duas semanas de preparação para o início do Brasileirão pesou na decisão, assim como o estilo de jogo pouco ofensivo adotado pelo treinador, que não agradava parte do elenco e da torcida. Junto com Mano, deixaram o clube os auxiliares Sidnei Lobo e Thiago Kosloski, além do preparador físico Flávio Oliveira, indicado pelo técnico.
Cronograma de jogos do Fluminense em abril
Com a saída de Mano Menezes, o próximo treinador do Fluminense terá pela frente uma agenda repleta de compromissos. O calendário de abril inclui partidas decisivas em duas competições, e o desempenho nesses jogos será crucial para definir o rumo da temporada. Confira os próximos desafios do time:
- 1º de abril: Once Caldas (fora) – CONMEBOL Sul-Americana, às 21h30 (horário de Brasília)
- 6 de abril: Red Bull Bragantino (casa) – Brasileirão, às 16h
- 10 de abril: GV San José (casa) – CONMEBOL Sul-Americana, às 21h30
- 12 de abril: Santos (casa) – Brasileirão, às 18h
O auxiliar Marcão, que já comandou o time na vitória contra o Once Caldas, seguirá à frente da equipe até a chegada do novo técnico. A diretoria espera que o escolhido esteja no banco de reservas pelo menos a partir do jogo contra o Red Bull Bragantino, no Maracanã.
Quem pode assumir o comando do Fluminense
A busca por um novo técnico já começou, e a diretoria do Fluminense trabalha com urgência para encontrar um substituto à altura dos desafios que o clube enfrentará. Entre os nomes especulados, Renato Gaúcho aparece como um dos favoritos. O treinador, que deixou o Grêmio recentemente, tem história no clube, com quatro passagens (2007, 2008, 2009 e 2014), incluindo o título da Copa do Brasil em 2007 e o vice-campeonato da Libertadores em 2008. Uma reunião entre as partes estava marcada para segunda-feira, dia 31 de março, sinalizando que as negociações podem avançar rapidamente.
Dorival Júnior, demitido da Seleção Brasileira na semana passada após uma derrota por 4 a 1 para a Argentina nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, também está na lista. Sua passagem pelo Fluminense, em 2013, foi curta, mas marcante: em cinco jogos, conseguiu três vitórias, um empate e uma derrota, ajudando o time a escapar do rebaixamento. Apesar disso, Dorival ainda não definiu seu futuro e está focado em resolver os detalhes de sua rescisão com a CBF, o que pode atrasar uma eventual negociação.
Outro nome que ganhou força é o de Odair Hellmann, que comandou o Fluminense entre 2020 e 2021. Livre no mercado após deixar o Al-Raed, da Arábia Saudita, Odair é bem visto pelo presidente Mário Bittencourt, que já manifestou interesse no treinador em outras ocasiões. Fernando Diniz, por sua vez, é uma opção menos provável no momento, apesar de seu sucesso em 2023, quando levou o clube ao título da Libertadores. A diretoria parece inclinada a buscar um perfil diferente para esta nova fase.
A visão da torcida e os nomes em pauta
A demissão de Mano Menezes gerou reações mistas entre os torcedores do Fluminense. Enquanto alguns criticaram a falta de resultados expressivos, outros apontaram a necessidade de um técnico com mais identificação com o clube. Nas redes sociais, Renato Gaúcho rapidamente se tornou o preferido de grande parte da torcida, que enxerga nele a possibilidade de resgatar a confiança do time. “O momento para recuperar esse time é com Renato”, escreveu um torcedor, enquanto outro destacou: “Seria épico se ele viesse e ganhasse a Copa do Brasil novamente com Thiago Silva”.
Dorival Júnior, embora respeitado por sua passagem vitoriosa pelo São Paulo em 2023, com o título da Copa do Brasil, não empolga tanto os tricolores. Alguns o comparam a Mano Menezes, associando ambos a um estilo de jogo mais pragmático. Odair Hellmann, por outro lado, surge como uma alternativa que divide opiniões: sua experiência anterior no clube é vista como um ponto positivo, mas a falta de títulos na passagem anterior gera desconfiança. Fernando Diniz, apesar de menos cotado pela diretoria, ainda tem admiradores entre os torcedores, que lembram com saudade o futebol ofensivo de sua gestão.
Desafios do novo treinador nas próximas semanas
Quem assumir o Fluminense terá pela frente uma missão complexa. Além de lidar com a pressão imediata de resultados no Brasileirão e na Sul-Americana, o novo técnico precisará organizar um elenco repleto de veteranos e jovens promessas em um curto espaço de tempo. A maratona de jogos em abril, com quatro partidas em 11 dias, exigirá um planejamento físico e tático apurado, especialmente considerando as viagens, como a recente à Colômbia para enfrentar o Once Caldas.
O jogo contra o Red Bull Bragantino, no dia 6, será um teste importante no Maracanã. O adversário, que empatou em 2 a 2 com o Ceará na estreia do Brasileirão, é conhecido por sua intensidade e pode explorar as fragilidades defensivas exibidas pelo Fluminense contra o Fortaleza. Já na Sul-Americana, o confronto com o GV San José, da Bolívia, no dia 10, traz o desafio da altitude, algo que o time enfrentará novamente na competição. A fase de grupos do torneio continental exige consistência, já que apenas o líder de cada chave avança diretamente às oitavas de final.
Curiosidades sobre os técnicos cotados
Os nomes na mira do Fluminense trazem histórias distintas em suas carreiras. Aqui estão alguns fatos sobre os principais candidatos:
- Renato Gaúcho: Além dos títulos com o Fluminense, foi campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes pelo Grêmio em 2017, consolidando sua fama de “rei dos mata-matas”.
- Dorival Júnior: Tem no currículo a Copa do Brasil com o São Paulo (2023) e o Flamengo (2022), mas sua passagem pela Seleção Brasileira terminou com apenas 16 jogos e uma eliminação na Copa América de 2024.
- Odair Hellmann: Levou o Fluminense às quartas de final da Sul-Americana em 2020, mas não conseguiu títulos, algo que pesa em sua avaliação.
- Fernando Diniz: Autor do histórico título da Libertadores de 2023 com o Fluminense, é conhecido por seu estilo de jogo ousado, mas saiu em 2024 após uma sequência irregular no Brasileirão.
Esses perfis mostram a variedade de opções que a diretoria tem em mãos, cada uma com pontos fortes e desafios a superar.
O impacto de Thiago Silva no elenco
Thiago Silva, aos 40 anos, segue como uma peça central no Fluminense. Desde seu retorno ao clube, após anos de sucesso na Europa, o zagueiro disputou 34 partidas e se consolidou como líder dentro e fora de campo. Sua experiência em clubes como Paris Saint-Germain e Chelsea, onde conquistou a Liga dos Campeões em 2021, é um trunfo para o time, especialmente em competições internacionais como a Sul-Americana e o Mundial de Clubes, onde o Fluminense estreará contra o Borussia Dortmund, no dia 17 de junho, nos Estados Unidos.
No jogo contra o Once Caldas, Thiago Silva foi fundamental na organização defensiva, ajudando o time a segurar a pressão do adversário e garantir a vitória por 1 a 0. Sua postura após a demissão de Mano Menezes também reforça seu papel de liderança, ao tentar apaziguar especulações e manter o foco do elenco nos próximos compromissos. “Agora é pensar daqui para frente para a gente ter um ano legal”, disse o capitão, sinalizando que o grupo está alinhado para superar a turbulência da troca de comando.
A importância da Sul-Americana e do Mundial
A vitória sobre o Once Caldas na estreia da CONMEBOL Sul-Americana foi um passo importante para o Fluminense, que integra o Grupo F ao lado de Unión Española (Chile), Once Caldas (Colômbia) e GV San José (Bolívia). O torneio, que terá sua final única disputada em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, no dia 22 de novembro, é uma das prioridades do clube, que ainda não tem esse título em sua galeria. O vencedor garante vaga na Libertadores de 2026 e disputa a Recopa Sul-Americana contra o campeão da Libertadores deste ano.
Olhando mais à frente, o Super Mundial de Clubes, em junho, é o grande objetivo da temporada. O Fluminense, campeão da Libertadores de 2023, enfrentará adversários como Borussia Dortmund, Ulsan HD (Coreia do Sul) e Mamelodi Sundowns (África do Sul) na fase de grupos. A competição, que será disputada nos Estados Unidos, exige uma preparação intensa, e o novo técnico terá a missão de equilibrar as prioridades entre os torneios nacionais e internacionais nos próximos meses.
Pressão por resultados imediatos
A diretoria do Fluminense sabe que o tempo é curto. Com jogos a cada três ou quatro dias em abril, o novo treinador precisará implementar sua filosofia rapidamente, aproveitando o elenco experiente à disposição. A derrota para o Fortaleza expôs problemas como a falta de criatividade no ataque e a vulnerabilidade defensiva, questões que Mano Menezes não conseguiu resolver em seus últimos meses no comando. A torcida, por sua vez, espera uma resposta em campo já contra o Red Bull Bragantino, no domingo, dia 6.
A escolha do técnico também será um indicativo das ambições do clube para a temporada. Renato Gaúcho, com seu histórico de títulos, pode trazer a mentalidade vencedora que o Fluminense busca para o Mundial. Dorival Júnior, com sua experiência recente em grandes clubes, oferece estabilidade. Odair Hellmann, por outro lado, representa uma aposta em alguém que já conhece o ambiente das Laranjeiras. Independentemente da decisão, o impacto será sentido imediatamente, com o calendário apertado não permitindo margem para erros.

O Fluminense vive um momento de transição após a demissão de Mano Menezes, anunciada no último sábado, dia 29 de março, logo após a derrota por 2 a 0 para o Fortaleza na estreia do Brasileirão. A saída do treinador, que comandou o time em 46 jogos desde julho do ano passado, marcou o fim de uma passagem com 20 vitórias, 13 empates e 13 derrotas, totalizando um aproveitamento de 52,9%. A decisão da diretoria veio acompanhada de uma substituição precoce no jogo contra o Fortaleza e de relatos de uma discussão entre Mano e o capitão Thiago Silva no intervalo da partida. Enquanto o clube busca um novo comandante, o zagueiro quebrou o silêncio sobre o episódio e a relação com o ex-técnico, trazendo à tona detalhes que ajudam a entender o cenário nas Laranjeiras.
Thiago Silva, em entrevista após a vitória por 1 a 0 sobre o Once Caldas, na Colômbia, pela estreia da CONMEBOL Sul-Americana, na terça-feira, dia 1º de abril, negou que houvesse um clima ruim entre o elenco e Mano Menezes. O zagueiro, que é uma das lideranças do time, destacou que discussões fazem parte do futebol e que a decisão de mudar a comissão técnica foi exclusivamente da diretoria. Ele ainda expressou respeito pelo treinador demitido, desejando sucesso em sua carreira, e enfatizou que o foco agora é olhar para frente, especialmente com a agenda cheia que o Fluminense terá nas próximas semanas.
A vitória contra o Once Caldas, com gol marcado no segundo tempo, trouxe alívio ao torcedor tricolor e marcou o início de uma sequência intensa de jogos. Sob o comando interino do auxiliar Marcão, o time demonstrou resiliência em um confronto fora de casa, algo essencial para as ambições do clube em três competições: Brasileirão, Sul-Americana e, mais adiante, o Super Mundial de Clubes, em junho. Enquanto isso, nomes como Renato Gaúcho, Dorival Júnior, Odair Hellmann e Fernando Diniz surgem como possíveis substitutos de Mano, e a diretoria trabalha para definir o novo técnico até o próximo domingo, dia 6, quando o Fluminense enfrenta o Red Bull Bragantino pela segunda rodada do Brasileirão.
O que disse Thiago Silva sobre Mano Menezes
Após o triunfo na Sul-Americana, Thiago Silva foi claro ao abordar a saída de Mano Menezes. Em entrevista ao SBT, o zagueiro afirmou que a relação entre o elenco e o treinador não estava abalada, contrariando especulações que circularam após o jogo contra o Fortaleza. Ele reconheceu que houve um bate-boca no intervalo da partida, mas minimizou o episódio, classificando-o como algo comum no calor do futebol profissional. “Nunca teve clima ruim aqui dentro, discussões acontecem, faz parte da nossa profissão, não foi a primeira e nem vai ser a última”, declarou o capitão, que tem 34 jogos pelo Fluminense desde seu retorno ao clube em 2024.
O defensor também sugeriu que existem detalhes nos bastidores que não chegam ao conhecimento do público. “Já aconteceram muitas outras coisas que vocês não sabem, essa foi mais visível”, disse, indicando que a demissão de Mano pode ter sido influenciada por fatores além do desempenho em campo ou do incidente específico com ele. Thiago Silva fez questão de destacar o respeito pelo ex-comandante, reforçando que não havia animosidade pessoal. “Que ele tenha sucesso, não foi nada pessoal nem dele para mim e nem de mim para ele”, completou, virando a página para focar nos desafios que o time enfrentará em abril.
A passagem de Mano Menezes pelo Fluminense
Mano Menezes assumiu o Fluminense em julho de 2024, substituindo Fernando Diniz, que havia deixado o cargo após uma campanha irregular. O objetivo inicial era claro: evitar o rebaixamento no Brasileirão e estabilizar o time em um momento delicado. Com um elenco experiente, que contava com nomes como Thiago Silva, Marcelo e Felipe Melo, Mano conseguiu cumprir a missão principal, garantindo a permanência na Série A. Foram 46 partidas no comando, com um aproveitamento de 52,9%, números que refletem uma trajetória de altos e baixos, mas sem conquistas expressivas.
A derrota para o Fortaleza, no entanto, parece ter sido o estopim para a diretoria. O jogo, disputado no Castelão, expôs fragilidades do time, que sofreu dois gols em apenas 21 minutos e viu Mano realizar uma substituição aos 12 minutos do primeiro tempo, algo incomum em sua carreira. A falta de evolução após duas semanas de preparação para o início do Brasileirão pesou na decisão, assim como o estilo de jogo pouco ofensivo adotado pelo treinador, que não agradava parte do elenco e da torcida. Junto com Mano, deixaram o clube os auxiliares Sidnei Lobo e Thiago Kosloski, além do preparador físico Flávio Oliveira, indicado pelo técnico.
Cronograma de jogos do Fluminense em abril
Com a saída de Mano Menezes, o próximo treinador do Fluminense terá pela frente uma agenda repleta de compromissos. O calendário de abril inclui partidas decisivas em duas competições, e o desempenho nesses jogos será crucial para definir o rumo da temporada. Confira os próximos desafios do time:
- 1º de abril: Once Caldas (fora) – CONMEBOL Sul-Americana, às 21h30 (horário de Brasília)
- 6 de abril: Red Bull Bragantino (casa) – Brasileirão, às 16h
- 10 de abril: GV San José (casa) – CONMEBOL Sul-Americana, às 21h30
- 12 de abril: Santos (casa) – Brasileirão, às 18h
O auxiliar Marcão, que já comandou o time na vitória contra o Once Caldas, seguirá à frente da equipe até a chegada do novo técnico. A diretoria espera que o escolhido esteja no banco de reservas pelo menos a partir do jogo contra o Red Bull Bragantino, no Maracanã.
Quem pode assumir o comando do Fluminense
A busca por um novo técnico já começou, e a diretoria do Fluminense trabalha com urgência para encontrar um substituto à altura dos desafios que o clube enfrentará. Entre os nomes especulados, Renato Gaúcho aparece como um dos favoritos. O treinador, que deixou o Grêmio recentemente, tem história no clube, com quatro passagens (2007, 2008, 2009 e 2014), incluindo o título da Copa do Brasil em 2007 e o vice-campeonato da Libertadores em 2008. Uma reunião entre as partes estava marcada para segunda-feira, dia 31 de março, sinalizando que as negociações podem avançar rapidamente.
Dorival Júnior, demitido da Seleção Brasileira na semana passada após uma derrota por 4 a 1 para a Argentina nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, também está na lista. Sua passagem pelo Fluminense, em 2013, foi curta, mas marcante: em cinco jogos, conseguiu três vitórias, um empate e uma derrota, ajudando o time a escapar do rebaixamento. Apesar disso, Dorival ainda não definiu seu futuro e está focado em resolver os detalhes de sua rescisão com a CBF, o que pode atrasar uma eventual negociação.
Outro nome que ganhou força é o de Odair Hellmann, que comandou o Fluminense entre 2020 e 2021. Livre no mercado após deixar o Al-Raed, da Arábia Saudita, Odair é bem visto pelo presidente Mário Bittencourt, que já manifestou interesse no treinador em outras ocasiões. Fernando Diniz, por sua vez, é uma opção menos provável no momento, apesar de seu sucesso em 2023, quando levou o clube ao título da Libertadores. A diretoria parece inclinada a buscar um perfil diferente para esta nova fase.
A visão da torcida e os nomes em pauta
A demissão de Mano Menezes gerou reações mistas entre os torcedores do Fluminense. Enquanto alguns criticaram a falta de resultados expressivos, outros apontaram a necessidade de um técnico com mais identificação com o clube. Nas redes sociais, Renato Gaúcho rapidamente se tornou o preferido de grande parte da torcida, que enxerga nele a possibilidade de resgatar a confiança do time. “O momento para recuperar esse time é com Renato”, escreveu um torcedor, enquanto outro destacou: “Seria épico se ele viesse e ganhasse a Copa do Brasil novamente com Thiago Silva”.
Dorival Júnior, embora respeitado por sua passagem vitoriosa pelo São Paulo em 2023, com o título da Copa do Brasil, não empolga tanto os tricolores. Alguns o comparam a Mano Menezes, associando ambos a um estilo de jogo mais pragmático. Odair Hellmann, por outro lado, surge como uma alternativa que divide opiniões: sua experiência anterior no clube é vista como um ponto positivo, mas a falta de títulos na passagem anterior gera desconfiança. Fernando Diniz, apesar de menos cotado pela diretoria, ainda tem admiradores entre os torcedores, que lembram com saudade o futebol ofensivo de sua gestão.
Desafios do novo treinador nas próximas semanas
Quem assumir o Fluminense terá pela frente uma missão complexa. Além de lidar com a pressão imediata de resultados no Brasileirão e na Sul-Americana, o novo técnico precisará organizar um elenco repleto de veteranos e jovens promessas em um curto espaço de tempo. A maratona de jogos em abril, com quatro partidas em 11 dias, exigirá um planejamento físico e tático apurado, especialmente considerando as viagens, como a recente à Colômbia para enfrentar o Once Caldas.
O jogo contra o Red Bull Bragantino, no dia 6, será um teste importante no Maracanã. O adversário, que empatou em 2 a 2 com o Ceará na estreia do Brasileirão, é conhecido por sua intensidade e pode explorar as fragilidades defensivas exibidas pelo Fluminense contra o Fortaleza. Já na Sul-Americana, o confronto com o GV San José, da Bolívia, no dia 10, traz o desafio da altitude, algo que o time enfrentará novamente na competição. A fase de grupos do torneio continental exige consistência, já que apenas o líder de cada chave avança diretamente às oitavas de final.
Curiosidades sobre os técnicos cotados
Os nomes na mira do Fluminense trazem histórias distintas em suas carreiras. Aqui estão alguns fatos sobre os principais candidatos:
- Renato Gaúcho: Além dos títulos com o Fluminense, foi campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes pelo Grêmio em 2017, consolidando sua fama de “rei dos mata-matas”.
- Dorival Júnior: Tem no currículo a Copa do Brasil com o São Paulo (2023) e o Flamengo (2022), mas sua passagem pela Seleção Brasileira terminou com apenas 16 jogos e uma eliminação na Copa América de 2024.
- Odair Hellmann: Levou o Fluminense às quartas de final da Sul-Americana em 2020, mas não conseguiu títulos, algo que pesa em sua avaliação.
- Fernando Diniz: Autor do histórico título da Libertadores de 2023 com o Fluminense, é conhecido por seu estilo de jogo ousado, mas saiu em 2024 após uma sequência irregular no Brasileirão.
Esses perfis mostram a variedade de opções que a diretoria tem em mãos, cada uma com pontos fortes e desafios a superar.
O impacto de Thiago Silva no elenco
Thiago Silva, aos 40 anos, segue como uma peça central no Fluminense. Desde seu retorno ao clube, após anos de sucesso na Europa, o zagueiro disputou 34 partidas e se consolidou como líder dentro e fora de campo. Sua experiência em clubes como Paris Saint-Germain e Chelsea, onde conquistou a Liga dos Campeões em 2021, é um trunfo para o time, especialmente em competições internacionais como a Sul-Americana e o Mundial de Clubes, onde o Fluminense estreará contra o Borussia Dortmund, no dia 17 de junho, nos Estados Unidos.
No jogo contra o Once Caldas, Thiago Silva foi fundamental na organização defensiva, ajudando o time a segurar a pressão do adversário e garantir a vitória por 1 a 0. Sua postura após a demissão de Mano Menezes também reforça seu papel de liderança, ao tentar apaziguar especulações e manter o foco do elenco nos próximos compromissos. “Agora é pensar daqui para frente para a gente ter um ano legal”, disse o capitão, sinalizando que o grupo está alinhado para superar a turbulência da troca de comando.
A importância da Sul-Americana e do Mundial
A vitória sobre o Once Caldas na estreia da CONMEBOL Sul-Americana foi um passo importante para o Fluminense, que integra o Grupo F ao lado de Unión Española (Chile), Once Caldas (Colômbia) e GV San José (Bolívia). O torneio, que terá sua final única disputada em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, no dia 22 de novembro, é uma das prioridades do clube, que ainda não tem esse título em sua galeria. O vencedor garante vaga na Libertadores de 2026 e disputa a Recopa Sul-Americana contra o campeão da Libertadores deste ano.
Olhando mais à frente, o Super Mundial de Clubes, em junho, é o grande objetivo da temporada. O Fluminense, campeão da Libertadores de 2023, enfrentará adversários como Borussia Dortmund, Ulsan HD (Coreia do Sul) e Mamelodi Sundowns (África do Sul) na fase de grupos. A competição, que será disputada nos Estados Unidos, exige uma preparação intensa, e o novo técnico terá a missão de equilibrar as prioridades entre os torneios nacionais e internacionais nos próximos meses.
Pressão por resultados imediatos
A diretoria do Fluminense sabe que o tempo é curto. Com jogos a cada três ou quatro dias em abril, o novo treinador precisará implementar sua filosofia rapidamente, aproveitando o elenco experiente à disposição. A derrota para o Fortaleza expôs problemas como a falta de criatividade no ataque e a vulnerabilidade defensiva, questões que Mano Menezes não conseguiu resolver em seus últimos meses no comando. A torcida, por sua vez, espera uma resposta em campo já contra o Red Bull Bragantino, no domingo, dia 6.
A escolha do técnico também será um indicativo das ambições do clube para a temporada. Renato Gaúcho, com seu histórico de títulos, pode trazer a mentalidade vencedora que o Fluminense busca para o Mundial. Dorival Júnior, com sua experiência recente em grandes clubes, oferece estabilidade. Odair Hellmann, por outro lado, representa uma aposta em alguém que já conhece o ambiente das Laranjeiras. Independentemente da decisão, o impacto será sentido imediatamente, com o calendário apertado não permitindo margem para erros.
