confira o calendário completo por NIS

A partir de 15 de abril, milhões de famílias brasileiras terão acesso aos pagamentos do Bolsa Família, programa que garante transferência de renda a quem vive em situação de vulnerabilidade. O cronograma de 2025, já divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, organiza as datas de acordo com o último dígito do Número de Identificação Social (NIS), presente no cartão dos beneficiários. O valor mínimo de R$ 600 por família segue como base, com adicionais que podem elevar o repasse, dependendo da composição familiar.

O programa, reconhecido mundialmente por seu impacto no combate à pobreza, beneficia cerca de 20,5 milhões de famílias em todo o país. Em abril, os depósitos começam no dia 15 para quem tem NIS terminado em 1 e seguem até o dia 30, alcançando os beneficiários com final 0. Esse escalonamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês, exceto em dezembro, quando o calendário é antecipado para o dia 10, garantindo que os valores estejam disponíveis antes do Natal.

Para receber o benefício, a renda per capita familiar não pode ultrapassar R$ 218 por mês, e é necessário estar inscrito no Cadastro Único (CadÚnico), com informações atualizadas a cada dois anos. Além disso, o cumprimento de condicionalidades, como frequência escolar e vacinação, é essencial para a manutenção do repasse.

Como funciona o escalonamento por NIS

O sistema de pagamento do Bolsa Família é estruturado para evitar filas e facilitar o acesso ao dinheiro. Cada beneficiário deve verificar o último dígito do NIS para saber o dia exato do depósito. Em abril, por exemplo, quem tem NIS terminado em 2 recebe no dia 16, enquanto os de final 3 têm o valor liberado no dia 17, e assim por diante, até o dia 30.

Esse modelo é aplicado mensalmente, com ajustes em feriados ou situações excepcionais, como calamidades públicas, quando os pagamentos podem ser unificados ou antecipados. Em 2024, o programa transferiu mais de R$ 168,3 bilhões, com uma média mensal de R$ 14 bilhões, atendendo a uma média de 20 milhões de famílias nos 5.570 municípios brasileiros.

A Caixa Econômica Federal, responsável pela execução dos pagamentos, disponibiliza os valores por meio da Poupança Social Digital, acessível pelo aplicativo Caixa Tem. O prazo para movimentação é de 120 dias, ou seja, quatro meses, após a data do depósito.

Regras e valores do benefício

Famílias com renda per capita de até R$ 218 mensais podem ingressar no programa, desde que estejam no CadÚnico. O valor base é de R$ 600 por família, mas há complementos que aumentam o repasse. Crianças de até 6 anos geram um adicional de R$ 150 cada, limitado a cinco por família, enquanto jovens de 7 a 18 anos, gestantes e lactantes recebem R$ 50 extras por pessoa.

• Benefício de Renda de Cidadania: R$ 142 por integrante, ajustado ao mínimo de R$ 600.
• Benefício Primeira Infância: R$ 150 por criança de 0 a 6 anos, pago a cerca de 9,5 milhões.
• Benefício Variável Familiar: R$ 50 para 15 milhões de jovens de 7 a 18 anos e gestantes.
• Benefício Variável Nutriz: R$ 50 para famílias com bebês de até 6 meses, alcançando 536 mil.

Em casos de famílias maiores, o valor pode chegar a R$ 1.450, como ocorre com aquelas que têm vários filhos e cumprem os critérios.

Por que o Bolsa Família é essencial

Considerado o maior programa de transferência de renda do Brasil, o Bolsa Família já retirou 24,4 milhões de pessoas do Mapa da Fome nos últimos dois anos. Relançado em 2023 com novas regras, ele fortalece o acesso a direitos básicos, como saúde e educação, ao exigir contrapartidas das famílias beneficiadas. A frequência escolar mínima é de 60% para crianças de 4 a 6 anos e 75% para jovens de 6 a 18 anos, além do acompanhamento do calendário nacional de vacinação.

O impacto vai além da renda. Em dezembro de 2024, cerca de 2,7 milhões de famílias entraram na regra de proteção, que permite a continuidade no programa por até dois anos mesmo com aumento de renda, apoiando a transição para a autonomia financeira. Esse mecanismo reflete o foco na inclusão produtiva e na redução da pobreza intergeracional.

A gestão do programa, conduzida pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, em parceria com a Caixa, garante que os recursos cheguem a todos os municípios. Em 2024, o investimento anual alcançou R$ 169 bilhões, consolidando sua relevância para a economia e a sociedade.

Calendário de abril: datas por NIS

O cronograma de abril segue a lógica dos últimos dez dias úteis, começando no dia 15 e terminando no dia 30. Confira as datas exatas para cada final de NIS:

• Final 1: 15 de abril
• Final 2: 16 de abril
• Final 3: 17 de abril
• Final 4: 22 de abril
• Final 5: 23 de abril
• Final 6: 24 de abril
• Final 7: 25 de abril
• Final 8: 28 de abril
• Final 9: 29 de abril
• Final 0: 30 de abril

Os dias 18, 19, 20 e 21 não entram no calendário por serem feriados ou fins de semana, ajustando o fluxo para os dias úteis seguintes.

Quem pode receber o benefício

Ter renda per capita de até R$ 218 é o principal critério para ingressar no Bolsa Família. Um exemplo prático: se uma família de sete pessoas tem apenas um integrante com renda de R$ 1.518 (salário mínimo), a renda por pessoa é de R$ 216,85, o que a qualifica. O cadastro no CadÚnico é obrigatório e deve ser atualizado a cada 24 meses em postos como o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).

A inclusão no programa é automática e mensal, feita pelo Sistema de Benefícios ao Cidadão (Sibec), que analisa a estimativa de pobreza, o número de famílias atendidas por município e o orçamento disponível. Em abril, mais de 20,5 milhões de pessoas devem ser contempladas, com uma parcela média de R$ 668,65, conforme dados de março.

Além disso, o programa oferece o Benefício Extraordinário de Transição, válido até maio de 2025, garantindo que ninguém receba menos do que no extinto Auxílio Brasil. Isso assegura uma transição suave para as novas regras implementadas em 2023.

Canais de atendimento e consulta

Dúvidas sobre o Bolsa Família podem ser esclarecidas por meio de canais oficiais. O Disque Social 121, do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, funciona de segunda a sexta, das 7h às 19h, com atendimento eletrônico 24 horas. A Caixa oferece o número 111 para informações sobre saques e cartões, além de aplicativos gratuitos como o Bolsa Família e o Caixa Tem, disponíveis nas lojas virtuais.

No aplicativo Bolsa Família, o responsável familiar consulta o valor, a situação do benefício e a data de pagamento. Já o Caixa Tem permite movimentar os recursos depositados na Poupança Social Digital, usada por milhões de beneficiários desde a pandemia.

Impacto econômico e social do programa

Mais de R$ 14 bilhões são injetados mensalmente na economia por meio do Bolsa Família, movimentando o comércio local e reduzindo desigualdades. Em 2024, o programa alcançou todos os municípios brasileiros, beneficiando cerca de 53,8 milhões de pessoas ao longo do ano. A média de R$ 673,62 por família em janeiro reflete o esforço para atender às necessidades básicas.

O adicional de R$ 150 por criança de até 6 anos, pago a 9,5 milhões, e os R$ 50 para 15 milhões de jovens e gestantes mostram a atenção às fases críticas do desenvolvimento. Já o Benefício Variável Nutriz, de R$ 50 para bebês de até 6 meses, alcança 536 mil famílias, reforçando a nutrição infantil.

Em situações de emergência, como enchentes ou secas, o programa adapta o calendário. Em abril, por exemplo, cidades em estado de calamidade podem ter pagamentos unificados, beneficiando cerca de 996 mil famílias em 550 municípios, conforme dados recentes.

Curiosidades sobre o Bolsa Família

Alguns aspectos do programa chamam atenção pela sua abrangência e funcionamento:

• Criado em 2003, ele já foi modelo para políticas sociais em outros países.
• O valor máximo de R$ 1.450 é raro, mas possível em famílias numerosas.
• A frequência escolar é monitorada para evitar bloqueios no benefício.
• O Auxílio Gás, pago a 5,5 milhões de pessoas, sobe para R$ 108 em abril.

Esses detalhes destacam como o Bolsa Família vai além da transferência de renda, integrando saúde, educação e assistência social.

Cronograma anual: pagamentos mês a mês

O calendário de 2025 começa em 20 de janeiro e termina em 23 de dezembro. Veja as datas de início de cada mês:

• Janeiro: 20
• Fevereiro: 17
• Março: 18
• Abril: 15
• Maio: 19
• Junho: 16
• Julho: 18
• Agosto: 18
• Setembro: 17
• Outubro: 20
• Novembro: 14
• Dezembro: 10

Os pagamentos seguem o mesmo padrão de escalonamento por NIS, com ajustes para feriados e fins de semana.

Importância da atualização cadastral

Manter os dados atualizados no CadÚnico é crucial para evitar a suspensão do benefício. A cada dois anos, o responsável pela família deve comparecer a um posto de atendimento com documentos pessoais e comprovantes de renda. Em 2024, bloqueios por falta de atualização afetaram milhares de beneficiários, reforçando a necessidade de atenção a esse requisito.

O processo é simples, mas exige iniciativa. Postos como o CRAS estão disponíveis em todos os municípios, e a regularização pode ser feita em poucos dias, garantindo a continuidade do repasse.

Benefícios adicionais e regras específicas

Além do valor base, o Bolsa Família oferece complementos que atendem a necessidades específicas. O Benefício Primeira Infância, por exemplo, prioriza o desenvolvimento infantil, enquanto o Variável Familiar foca na permanência de jovens na escola. Gestantes e lactantes também recebem atenção especial, com R$ 50 extras para exames pré-natais e cuidados pós-parto.

A regra de proteção, implementada em 2023, permite que famílias com aumento de renda permaneçam no programa por até 24 meses, desde que a renda per capita não exceda meio salário mínimo. Em dezembro de 2024, 2,7 milhões de famílias estavam nessa condição, estruturando sua autonomia financeira.

Adaptação em emergências

Em casos de desastres naturais, o Bolsa Família ajusta sua logística. Pagamentos unificados já beneficiaram 996 mil famílias em 550 municípios afetados por enchentes ou secas. Em abril, cidades em emergência podem ter o cronograma alterado, com liberações antecipadas anunciadas pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social.

Essa flexibilidade garante que o apoio chegue rapidamente às regiões mais vulneráveis, como ocorreu em estados como Amazonas, São Paulo e Rio Grande do Sul em anos recentes.