Aos 31 anos, Aimee Lou Wood vive um momento de ascensão meteórica em Hollywood. Conhecida por seu papel como Aimee Gibbs em Sex Education, a atriz britânica agora brilha na terceira temporada de The White Lotus, série da HBO que estreou em 2025 e já é um dos maiores sucessos do ano. Em uma entrevista recente, ela abriu o coração sobre os desafios e as surpresas de lidar com a fama, comparando a experiência a uma maratona de excessos: “É como sair para uma farra: você faz, aceita o cansaço, se diverte e processa depois”. Nascida em Stockport, na Inglaterra, Wood reflete sobre como o reconhecimento global mudou sua rotina e sua percepção de si mesma, especialmente após sete meses intensos de filmagens na Tailândia. A atriz, que já conquistou um BAFTA em 2021, também falou sobre a obsessão dos americanos com seus dentes naturais, um traço que virou marca registrada e símbolo de autenticidade em uma indústria dominada por sorrisos perfeitos.
Wood começou sua carreira no teatro, com papéis em peças como Mary Stuart e People, Places and Things, antes de estrear na tela com Sex Education em 2019. A série da Netflix, que acompanhava adolescentes lidando com sexualidade e relacionamentos, alcançou mais de 55 milhões de lares ao redor do mundo em suas quatro temporadas. Seu papel como a adorável e desajeitada Aimee Gibbs rendeu aclamação da crítica e um prêmio de Melhor Atriz em Comédia no BAFTA. Desde então, ela expandiu seu repertório com filmes como The Electrical Life of Louis Wain (2021) e Living (2022), além de produções teatrais como Uncle Vanya e Cabaret. Agora, em The White Lotus, ela interpreta Chelsea, uma jovem otimista e obcecada por astrologia, que enfrenta dilemas pessoais em um resort de luxo. A experiência de filmar a série, segundo ela, foi tão intensa que às vezes confundiu sua própria identidade com a da personagem.
A transição de uma atriz iniciante para uma das mais requisitadas de Hollywood não veio sem custos. Wood admite que a fama trouxe uma pressão constante para ser “o raio de sol” que os fãs esperavam, algo que nem sempre refletia sua realidade. “Eu não sou o sol, sou tímida e às vezes triste”, confessou. Sua jornada também foi marcada por desafios pessoais, como a luta contra a timidez extrema na infância e um transtorno alimentar que a impedia de comer com a família. Recentemente diagnosticada com TDAH e traços autistas, ela encontrou na atuação uma forma de canalizar suas emoções e superar inseguranças. Enquanto isso, sua autenticidade — dos dentes imperfeitos à franqueza sobre saúde mental — a transformou em um ícone para uma geração que valoriza a individualidade.
Ascensão de uma estrela britânica
Nascida em 3 de fevereiro de 1994, Aimee Lou Wood cresceu em Bramhall, um subúrbio de Stockport, na região de Greater Manchester. Filha de uma funcionária da Childline e de um vendedor de carros, ela enfrentou uma infância turbulenta após o divórcio dos pais. Seu pai, que lutava contra o vício em álcool e drogas, chegou a desaparecer por semanas, como quando foi ao Mundial de 2002 na Coreia e Japão sem aviso. Apesar disso, Wood encontrou refúgio no teatro e no cinema, paixões que cultivou com o apoio do pai durante os fins de semana e da mãe durante a semana. Aos 16 anos, ela ingressou na Cheadle Hulme School, uma escola privada paga pelo padrasto, onde começou a explorar a atuação, mesmo sendo alvo de bullying por seu sotaque e dentes proeminentes.
Após se formar na Royal Academy of Dramatic Arts (RADA) em 2017, Wood rapidamente chamou a atenção da indústria. Sua estreia em Sex Education marcou o início de uma carreira promissora, mas foi sua versatilidade que a consolidou como talento de destaque. Em Living, ela contracenou com Bill Nighy, interpretando uma jovem que dá sentido aos últimos dias de um burocrata moribundo. Já em The White Lotus, filmada no Four Seasons Resort em Koh Samui, na Tailândia, ela mergulhou em um papel que exigiu sete meses de dedicação. A série, que satiriza a elite em resorts de luxo, trouxe um elenco estelar, incluindo Walton Goggins, Lisa de Blackpink e Carrie Coon, e colocou Wood no centro de uma produção que ela descreve como “um experimento social”.
Fama e os dentes que conquistaram o mundo
A autenticidade de Aimee Lou Wood é um dos pilares de seu sucesso. Seus dentes naturais, longe do padrão de perfeição de Hollywood, viraram um fenômeno à parte. Durante as filmagens de The White Lotus, o criador Mike White pediu que ela fizesse um teste com sotaque americano e outro com seu sotaque natural de Manchester. “Nenhum americano acreditaria em mim com esses dentes”, brincou ela, destacando como sua aparência a ajudou a garantir o papel de Chelsea. A reação do público foi imediata: fãs inundaram as redes sociais com elogios, e dentistas americanos analisaram seu sorriso em vídeos, celebrando a rejeição aos padrões de beleza tradicionais.
O impacto vai além da estética. Wood recebeu mensagens de jovens que se sentiam mais confiantes com suas próprias imperfeições por causa dela. “É um momento de rebelião”, disse a atriz, que já foi chamada de “Bugs Bunny” na escola por causa dos dentes. Hoje, ela vê essa característica como um símbolo de resistência em uma era de filtros e cirurgias plásticas. A tendência de valorizar sorrisos naturais também ganhou força, com especialistas notando que pacientes agora preferem ajustes sutis a grandes transformações, como as populares facetas de porcelana dos anos 90.
Sete meses na Tailândia: um mergulho intenso
Filmar The White Lotus foi uma experiência única para Wood. Durante sete meses, ela viveu isolada em Koh Samui, um cenário que comparou a The Truman Show. “Era claustrofóbico, mas fascinante”, relatou. A série, que explora as tensões entre hóspedes ricos e funcionários de um resort, exigiu que ela se entregasse completamente ao papel de Chelsea, uma jovem que chega como convidada de um convidado e tenta se encaixar em um ambiente hostil. A imersão foi tão profunda que, em certo momento, Wood precisou voltar a Londres por cinco dias para “se lembrar de quem era”.
A dinâmica com o elenco também marcou a experiência. Walton Goggins, que interpreta Rick, o namorado mais velho e rabugento de Chelsea, trouxe um contraste interessante à personagem. Já Lisa, do grupo Blackpink, impressionou Wood com sua humildade, apesar de sua fama global. “Eu não entendia o tamanho dela até ver camisetas com o rosto dela no shopping”, admitiu. A atriz também recebeu conselhos de Leo Woodall, ex-colega de The White Lotus, que a ajudou a manter a leveza em meio à pressão. O resultado foi uma temporada que, segundo Wood, atinge seu ápice no episódio final, com 90 minutos de reviravoltas.
- Momentos marcantes das filmagens:
- Isolamento em Koh Samui por sete meses.
- Viagem-relâmpago a Londres para “se reconectar”.
- Convívio com um elenco multicultural e famoso.
Da timidez à autodescoberta
A vida de Aimee Lou Wood nem sempre foi sinônimo de holofotes. Na infância, ela era tão tímida que mal falava, um traço que hoje atribui ao TDAH e a características autistas, diagnosticados recentemente. “Eu era quase muda, muito ansiosa”, revelou. Seu transtorno alimentar também a isolava, forçando-a a comer sozinha enquanto a mãe deixava comida espalhada pela casa. A atuação se tornou uma válvula de escape, permitindo que ela expressasse o que não conseguia em palavras. “No palco ou na frente da câmera, eu podia ser outra pessoa”, disse.
Essa jornada de autodescoberta continuou na vida adulta. Após o sucesso de Sex Education, Wood enfrentou inseguranças com sua aparência, chegando a “dessexualizar” seu estilo para evitar olhares. A terapia a ajudou a desconstruir esses padrões e a aceitar sua identidade. Hoje, ela celebra a liberdade de ser quem é, sem se prender às expectativas alheias. “Quero ser vulnerável e revelar minha alma”, afirmou, destacando seu desejo de crescer como atriz e como pessoa.
Cronologia de uma carreira em alta
A trajetória de Aimee Lou Wood é um exemplo de determinação e talento. Veja os principais marcos:
- 2016-2017: Estreia no teatro com Mary Stuart e People, Places and Things.
- 2019: Lança Sex Education na Netflix, seu primeiro papel na TV.
- 2021: Ganha o BAFTA de Melhor Atriz em Comédia.
- 2022: Estrela Living com Bill Nighy.
- 2023: Brilha como Sally Bowles em Cabaret no West End.
- 2025: Integra o elenco de The White Lotus temporada 3.
Novos projetos no horizonte
Além de The White Lotus, Wood está envolvida em outras produções que prometem consolidar seu nome. Em Daddy Issues, série da BBC Three lançada em 2024, ela interpreta Gemma, uma jovem grávida que busca apoio no pai desajeitado, vivido por David Morrissey. Já em Toxic Town, drama da Netflix previsto para 2025, ela também encarna uma mãe, mostrando uma nova faceta de sua versatilidade. “De repente, todos os papéis que me oferecem são de mães”, brincou, refletindo sobre a transição de personagens adolescentes para adultos.
A atriz também planeja uma pausa após anos intensos de trabalho. “Não parei desde que saí da escola de teatro”, disse. Sua ideia é tirar um tempo para si mesma, algo que considera “subversivo” em um momento de pico na carreira. Enquanto isso, ela continua atraindo atenção por sua autenticidade e talento, provando que não precisa se encaixar em moldes para brilhar.
Impacto cultural de um sorriso único
Os dentes de Aimee Lou Wood não são apenas uma característica física; eles representam uma mudança cultural. Em um mundo onde a perfeição é vendida como ideal, sua escolha de mantê-los naturais desafia normas e inspira fãs. “As pessoas me dizem que se sentem bem sendo elas mesmas por minha causa”, contou. Esse movimento reflete uma tendência maior: dentistas relatam que clientes agora buscam sorrisos únicos, rejeitando a uniformidade das facetas brancas e alinhadas que dominaram Hollywood por décadas.
A reação ao seu sorriso também gerou um efeito inesperado. Após comentários de fãs no TikTok, Wood alertou contra tentativas de imitação caseira, como lixar os dentes para criar falhas. “Espero que ninguém faça isso”, disse, preocupada com a segurança de seus admiradores. O fenômeno mostra como sua influência vai além da atuação, tocando questões de autoestima e identidade.
Versatilidade em foco
A habilidade de Wood de transitar entre gêneros é um dos seus maiores trunfos. Em Sex Education, ela trouxe humor e leveza a Aimee Gibbs, enquanto em The White Lotus explora a complexidade de Chelsea, uma personagem que mistura otimismo com vulnerabilidade. No teatro, seu papel como Sally Bowles em Cabaret foi descrito como “caótico e feroz”, exigindo uma entrega emocional que a deixou exausta. “Eu não estava fingindo, estava gritando e tendo um colapso”, lembrou.
Essa versatilidade também se reflete em suas escolhas fora da tela. Apesar do sucesso, ela mantém os pés no chão, valorizando tarefas simples como dobrar roupas em vez de se perder na fama. “Às vezes, acho isso mais gratificante”, admitiu. Sua humildade e conexão com as raízes de Stockport a tornam uma figura relatable, mesmo em meio ao glamour de Hollywood.
O que vem pela frente
Com The White Lotus chegando ao fim de sua terceira temporada em abril de 2025, Wood se prepara para novos desafios. O episódio final, com 90 minutos, promete ser um marco, e ela está ansiosa para que os segredos da trama sejam revelados. “É difícil guardar tudo isso”, confessou, empolgada com as reações dos fãs. Enquanto isso, projetos como Toxic Town e Daddy Issues mostram que ela não tem intenção de desacelerar — pelo menos até sua planejada pausa.
A atriz também reflete sobre o impacto de sua jornada. De uma jovem tímida em Manchester a uma estrela global, Wood encontrou na atuação uma forma de se expressar e se conectar. Sua história é um lembrete de que o sucesso não exige perfeição, mas autenticidade. E, com cada novo papel, ela prova que está apenas começando.

Aos 31 anos, Aimee Lou Wood vive um momento de ascensão meteórica em Hollywood. Conhecida por seu papel como Aimee Gibbs em Sex Education, a atriz britânica agora brilha na terceira temporada de The White Lotus, série da HBO que estreou em 2025 e já é um dos maiores sucessos do ano. Em uma entrevista recente, ela abriu o coração sobre os desafios e as surpresas de lidar com a fama, comparando a experiência a uma maratona de excessos: “É como sair para uma farra: você faz, aceita o cansaço, se diverte e processa depois”. Nascida em Stockport, na Inglaterra, Wood reflete sobre como o reconhecimento global mudou sua rotina e sua percepção de si mesma, especialmente após sete meses intensos de filmagens na Tailândia. A atriz, que já conquistou um BAFTA em 2021, também falou sobre a obsessão dos americanos com seus dentes naturais, um traço que virou marca registrada e símbolo de autenticidade em uma indústria dominada por sorrisos perfeitos.
Wood começou sua carreira no teatro, com papéis em peças como Mary Stuart e People, Places and Things, antes de estrear na tela com Sex Education em 2019. A série da Netflix, que acompanhava adolescentes lidando com sexualidade e relacionamentos, alcançou mais de 55 milhões de lares ao redor do mundo em suas quatro temporadas. Seu papel como a adorável e desajeitada Aimee Gibbs rendeu aclamação da crítica e um prêmio de Melhor Atriz em Comédia no BAFTA. Desde então, ela expandiu seu repertório com filmes como The Electrical Life of Louis Wain (2021) e Living (2022), além de produções teatrais como Uncle Vanya e Cabaret. Agora, em The White Lotus, ela interpreta Chelsea, uma jovem otimista e obcecada por astrologia, que enfrenta dilemas pessoais em um resort de luxo. A experiência de filmar a série, segundo ela, foi tão intensa que às vezes confundiu sua própria identidade com a da personagem.
A transição de uma atriz iniciante para uma das mais requisitadas de Hollywood não veio sem custos. Wood admite que a fama trouxe uma pressão constante para ser “o raio de sol” que os fãs esperavam, algo que nem sempre refletia sua realidade. “Eu não sou o sol, sou tímida e às vezes triste”, confessou. Sua jornada também foi marcada por desafios pessoais, como a luta contra a timidez extrema na infância e um transtorno alimentar que a impedia de comer com a família. Recentemente diagnosticada com TDAH e traços autistas, ela encontrou na atuação uma forma de canalizar suas emoções e superar inseguranças. Enquanto isso, sua autenticidade — dos dentes imperfeitos à franqueza sobre saúde mental — a transformou em um ícone para uma geração que valoriza a individualidade.
Ascensão de uma estrela britânica
Nascida em 3 de fevereiro de 1994, Aimee Lou Wood cresceu em Bramhall, um subúrbio de Stockport, na região de Greater Manchester. Filha de uma funcionária da Childline e de um vendedor de carros, ela enfrentou uma infância turbulenta após o divórcio dos pais. Seu pai, que lutava contra o vício em álcool e drogas, chegou a desaparecer por semanas, como quando foi ao Mundial de 2002 na Coreia e Japão sem aviso. Apesar disso, Wood encontrou refúgio no teatro e no cinema, paixões que cultivou com o apoio do pai durante os fins de semana e da mãe durante a semana. Aos 16 anos, ela ingressou na Cheadle Hulme School, uma escola privada paga pelo padrasto, onde começou a explorar a atuação, mesmo sendo alvo de bullying por seu sotaque e dentes proeminentes.
Após se formar na Royal Academy of Dramatic Arts (RADA) em 2017, Wood rapidamente chamou a atenção da indústria. Sua estreia em Sex Education marcou o início de uma carreira promissora, mas foi sua versatilidade que a consolidou como talento de destaque. Em Living, ela contracenou com Bill Nighy, interpretando uma jovem que dá sentido aos últimos dias de um burocrata moribundo. Já em The White Lotus, filmada no Four Seasons Resort em Koh Samui, na Tailândia, ela mergulhou em um papel que exigiu sete meses de dedicação. A série, que satiriza a elite em resorts de luxo, trouxe um elenco estelar, incluindo Walton Goggins, Lisa de Blackpink e Carrie Coon, e colocou Wood no centro de uma produção que ela descreve como “um experimento social”.
Fama e os dentes que conquistaram o mundo
A autenticidade de Aimee Lou Wood é um dos pilares de seu sucesso. Seus dentes naturais, longe do padrão de perfeição de Hollywood, viraram um fenômeno à parte. Durante as filmagens de The White Lotus, o criador Mike White pediu que ela fizesse um teste com sotaque americano e outro com seu sotaque natural de Manchester. “Nenhum americano acreditaria em mim com esses dentes”, brincou ela, destacando como sua aparência a ajudou a garantir o papel de Chelsea. A reação do público foi imediata: fãs inundaram as redes sociais com elogios, e dentistas americanos analisaram seu sorriso em vídeos, celebrando a rejeição aos padrões de beleza tradicionais.
O impacto vai além da estética. Wood recebeu mensagens de jovens que se sentiam mais confiantes com suas próprias imperfeições por causa dela. “É um momento de rebelião”, disse a atriz, que já foi chamada de “Bugs Bunny” na escola por causa dos dentes. Hoje, ela vê essa característica como um símbolo de resistência em uma era de filtros e cirurgias plásticas. A tendência de valorizar sorrisos naturais também ganhou força, com especialistas notando que pacientes agora preferem ajustes sutis a grandes transformações, como as populares facetas de porcelana dos anos 90.
Sete meses na Tailândia: um mergulho intenso
Filmar The White Lotus foi uma experiência única para Wood. Durante sete meses, ela viveu isolada em Koh Samui, um cenário que comparou a The Truman Show. “Era claustrofóbico, mas fascinante”, relatou. A série, que explora as tensões entre hóspedes ricos e funcionários de um resort, exigiu que ela se entregasse completamente ao papel de Chelsea, uma jovem que chega como convidada de um convidado e tenta se encaixar em um ambiente hostil. A imersão foi tão profunda que, em certo momento, Wood precisou voltar a Londres por cinco dias para “se lembrar de quem era”.
A dinâmica com o elenco também marcou a experiência. Walton Goggins, que interpreta Rick, o namorado mais velho e rabugento de Chelsea, trouxe um contraste interessante à personagem. Já Lisa, do grupo Blackpink, impressionou Wood com sua humildade, apesar de sua fama global. “Eu não entendia o tamanho dela até ver camisetas com o rosto dela no shopping”, admitiu. A atriz também recebeu conselhos de Leo Woodall, ex-colega de The White Lotus, que a ajudou a manter a leveza em meio à pressão. O resultado foi uma temporada que, segundo Wood, atinge seu ápice no episódio final, com 90 minutos de reviravoltas.
- Momentos marcantes das filmagens:
- Isolamento em Koh Samui por sete meses.
- Viagem-relâmpago a Londres para “se reconectar”.
- Convívio com um elenco multicultural e famoso.
Da timidez à autodescoberta
A vida de Aimee Lou Wood nem sempre foi sinônimo de holofotes. Na infância, ela era tão tímida que mal falava, um traço que hoje atribui ao TDAH e a características autistas, diagnosticados recentemente. “Eu era quase muda, muito ansiosa”, revelou. Seu transtorno alimentar também a isolava, forçando-a a comer sozinha enquanto a mãe deixava comida espalhada pela casa. A atuação se tornou uma válvula de escape, permitindo que ela expressasse o que não conseguia em palavras. “No palco ou na frente da câmera, eu podia ser outra pessoa”, disse.
Essa jornada de autodescoberta continuou na vida adulta. Após o sucesso de Sex Education, Wood enfrentou inseguranças com sua aparência, chegando a “dessexualizar” seu estilo para evitar olhares. A terapia a ajudou a desconstruir esses padrões e a aceitar sua identidade. Hoje, ela celebra a liberdade de ser quem é, sem se prender às expectativas alheias. “Quero ser vulnerável e revelar minha alma”, afirmou, destacando seu desejo de crescer como atriz e como pessoa.
Cronologia de uma carreira em alta
A trajetória de Aimee Lou Wood é um exemplo de determinação e talento. Veja os principais marcos:
- 2016-2017: Estreia no teatro com Mary Stuart e People, Places and Things.
- 2019: Lança Sex Education na Netflix, seu primeiro papel na TV.
- 2021: Ganha o BAFTA de Melhor Atriz em Comédia.
- 2022: Estrela Living com Bill Nighy.
- 2023: Brilha como Sally Bowles em Cabaret no West End.
- 2025: Integra o elenco de The White Lotus temporada 3.
Novos projetos no horizonte
Além de The White Lotus, Wood está envolvida em outras produções que prometem consolidar seu nome. Em Daddy Issues, série da BBC Three lançada em 2024, ela interpreta Gemma, uma jovem grávida que busca apoio no pai desajeitado, vivido por David Morrissey. Já em Toxic Town, drama da Netflix previsto para 2025, ela também encarna uma mãe, mostrando uma nova faceta de sua versatilidade. “De repente, todos os papéis que me oferecem são de mães”, brincou, refletindo sobre a transição de personagens adolescentes para adultos.
A atriz também planeja uma pausa após anos intensos de trabalho. “Não parei desde que saí da escola de teatro”, disse. Sua ideia é tirar um tempo para si mesma, algo que considera “subversivo” em um momento de pico na carreira. Enquanto isso, ela continua atraindo atenção por sua autenticidade e talento, provando que não precisa se encaixar em moldes para brilhar.
Impacto cultural de um sorriso único
Os dentes de Aimee Lou Wood não são apenas uma característica física; eles representam uma mudança cultural. Em um mundo onde a perfeição é vendida como ideal, sua escolha de mantê-los naturais desafia normas e inspira fãs. “As pessoas me dizem que se sentem bem sendo elas mesmas por minha causa”, contou. Esse movimento reflete uma tendência maior: dentistas relatam que clientes agora buscam sorrisos únicos, rejeitando a uniformidade das facetas brancas e alinhadas que dominaram Hollywood por décadas.
A reação ao seu sorriso também gerou um efeito inesperado. Após comentários de fãs no TikTok, Wood alertou contra tentativas de imitação caseira, como lixar os dentes para criar falhas. “Espero que ninguém faça isso”, disse, preocupada com a segurança de seus admiradores. O fenômeno mostra como sua influência vai além da atuação, tocando questões de autoestima e identidade.
Versatilidade em foco
A habilidade de Wood de transitar entre gêneros é um dos seus maiores trunfos. Em Sex Education, ela trouxe humor e leveza a Aimee Gibbs, enquanto em The White Lotus explora a complexidade de Chelsea, uma personagem que mistura otimismo com vulnerabilidade. No teatro, seu papel como Sally Bowles em Cabaret foi descrito como “caótico e feroz”, exigindo uma entrega emocional que a deixou exausta. “Eu não estava fingindo, estava gritando e tendo um colapso”, lembrou.
Essa versatilidade também se reflete em suas escolhas fora da tela. Apesar do sucesso, ela mantém os pés no chão, valorizando tarefas simples como dobrar roupas em vez de se perder na fama. “Às vezes, acho isso mais gratificante”, admitiu. Sua humildade e conexão com as raízes de Stockport a tornam uma figura relatable, mesmo em meio ao glamour de Hollywood.
O que vem pela frente
Com The White Lotus chegando ao fim de sua terceira temporada em abril de 2025, Wood se prepara para novos desafios. O episódio final, com 90 minutos, promete ser um marco, e ela está ansiosa para que os segredos da trama sejam revelados. “É difícil guardar tudo isso”, confessou, empolgada com as reações dos fãs. Enquanto isso, projetos como Toxic Town e Daddy Issues mostram que ela não tem intenção de desacelerar — pelo menos até sua planejada pausa.
A atriz também reflete sobre o impacto de sua jornada. De uma jovem tímida em Manchester a uma estrela global, Wood encontrou na atuação uma forma de se expressar e se conectar. Sua história é um lembrete de que o sucesso não exige perfeição, mas autenticidade. E, com cada novo papel, ela prova que está apenas começando.
