Aos 28 anos, Anna Livya Padilha decidiu revisitar um capítulo marcante de sua infância que voltou à tona recentemente. Conhecida por interpretar a personagem Janu na novela “Chiquititas”, exibida pelo SBT entre 2013 e 2015, a atriz usou as redes sociais para entrar em contato com Júlia Gomes, outra ex-integrante do elenco infantil. O motivo? Uma polêmica reacendida após declarações de Júlia em um podcast, onde ela afirmou ter se sentido excluída pelas colegas durante as gravações. Anna, por sua vez, trouxe à tona uma experiência pessoal: ter sido chamada de “pobre” por Júlia na época, algo que a marcou profundamente a ponto de buscar terapia anos depois. A conversa entre as duas, agora adultas, mostra um esforço para deixar o passado para trás e entender o que aconteceu nos bastidores da trama que conquistou uma geração.
O reencontro virtual entre as ex-colegas de elenco não foi planejado. Tudo começou quando Júlia, que viveu a personagem Marian na mesma novela, participou de um podcast em março de 2025 e falou sobre os desafios de trabalhar como atriz mirim. Ela mencionou ter se sentido isolada pelas outras meninas do elenco, o que gerou reações nas redes sociais. Anna Livya, ao assistir ao trecho, decidiu agir. “Eu fui até o privado do Instagram mandar mensagem e a gente conversou”, revelou Anna em uma entrevista recente. A iniciativa abriu espaço para um diálogo que, segundo ela, foi tranquilo e sem intenções de reacender conflitos.

“Eu sempre gostei muito dela e não expus querendo fazer briga”, explicou Anna Livya ao abordar o episódio que a incomodou na infância. A atriz, que hoje reflete sobre a situação com maturidade, destacou que o comentário sobre ser “pobre” aconteceu em um contexto infantil, mas deixou marcas. “Foi uma situação que aconteceu comigo quando eu era criança e, hoje, se acontecesse com o meu filho, eu pararia para observar também”, completou. A troca de mensagens entre as duas mostra como o tempo e a perspectiva adulta podem transformar antigas mágoas em aprendizado.
- Anna Livya interpretou Janu em “Chiquititas” e tinha 17 anos quando a novela terminou.
- Júlia Gomes, a Marian, tinha 11 anos durante as gravações e hoje atua como cantora e influenciadora.
- A novela, remake de uma produção argentina, foi ao ar entre julho de 2013 e agosto de 2015.
Bastidores de “Chiquititas” voltam ao centro das atenções
Nos últimos meses, as redes sociais têm sido palco de debates sobre os bastidores de produções infantis que marcaram época. “Chiquititas” não escapou dessa onda. A novela, que acompanhava a rotina de um grupo de órfãos no fictício Orfanato Raio de Luz, foi um sucesso de audiência, mas os relatos recentes mostram que nem tudo era harmonia fora das câmeras. A exposição de Anna Livya e as declarações de Júlia Gomes reacenderam a curiosidade do público sobre como era a convivência entre as crianças que dividiam os sets de gravação por mais de dois anos.
Por trás das cenas ensaiadas e das músicas que até hoje ecoam na memória dos fãs, havia dinâmicas típicas de um grupo de crianças e adolescentes trabalhando sob pressão. Anna Livya, por exemplo, não foi a única a trazer à tona episódios difíceis. Outras ex-atrizes do elenco, como Giovanna Grigio e Cinthia Cruz, também já comentaram em entrevistas passadas sobre os desafios de equilibrar fama, estudos e amizades na infância. No caso de Anna e Júlia, o que começou como um desentendimento entre meninas de idades diferentes – Anna tinha 15 anos e Júlia, 10, no início das gravações – ganhou proporções maiores com o passar do tempo.
A decisão de Anna de procurar Júlia reflete uma tendência entre ex-atores mirins de revisitar suas experiências. Muitos deles, agora na casa dos 20 ou 30 anos, usam plataformas como Instagram e podcasts para compartilhar histórias que antes ficavam restritas aos corredores dos estúdios. O diálogo entre as duas ex-“Chiquititas” não apenas esclareceu mal-entendidos, mas também trouxe um olhar mais humano sobre o que significa crescer sob os holofotes.
Infância sob pressão: o impacto de trabalhar em novelas
Trabalhar como ator mirim em uma produção como “Chiquititas” exigia mais do que talento. As crianças enfrentavam jornadas longas, com gravações que podiam durar até 12 horas por dia, além de ensaios e compromissos promocionais. Para Anna Livya, o comentário de Júlia sobre sua condição financeira foi um ponto sensível que só foi compreendido anos depois, com a ajuda de terapia. “Eu precisei trabalhar muito isso em mim”, admitiu a atriz, que hoje vê a situação como parte de um aprendizado.
Júlia Gomes, por outro lado, trouxe uma perspectiva diferente no podcast. Ela descreveu como se sentia à margem do grupo, algo que atribuiu à dinâmica natural entre as meninas. “Eu era mais nova, então às vezes não acompanhava as conversas ou brincadeiras”, disse. A diferença de idade e os papéis distintos na trama – Anna como a rebelde Janu e Júlia como a vilãzinha Marian – podem ter contribuído para os atritos. Ainda assim, a cantora fez questão de reforçar que não guarda rancor das colegas.
A experiência de ambas não é isolada. Estudos sobre o impacto de carreiras precoces apontam que crianças em sets de filmagem frequentemente lidam com pressões emocionais intensas. Um levantamento da Universidade de São Paulo (USP), realizado em 2023, mostrou que 68% dos ex-atores mirins entrevistados relataram dificuldades em lidar com críticas ou rejeição na infância. Para Anna e Júlia, o reencontro serviu como uma forma de fechar um ciclo que começou há mais de uma década.
- Longas jornadas de gravação eram comuns, com até 12 horas diárias.
- A novela teve 545 episódios exibidos ao longo de dois anos.
- O elenco infantil incluía mais de 20 crianças, com idades entre 8 e 17 anos.
O que mudou desde “Chiquititas”
Anna Livya e Júlia Gomes seguiram caminhos distintos após o fim da novela. Anna, hoje com 28 anos, afastou-se parcialmente da atuação, mas mantém presença nas redes sociais, onde compartilha reflexões sobre sua trajetória. Já Júlia, aos 22 anos, investiu na carreira musical e acumula milhares de seguidores no Instagram e no YouTube, onde lança covers e músicas autorais. A polêmica recente, no entanto, trouxe as duas de volta ao mesmo ponto de partida: o orfanato fictício que as apresentou ao público.
A conversa entre elas não foi a única reação à entrevista de Júlia. Outras ex-colegas, como Cinthia Cruz, que interpretou Cris, também comentaram o caso nas redes sociais. Cinthia defendeu que as tensões eram normais entre crianças e que o ambiente de trabalho, embora intenso, também gerou laços de amizade. “A gente era muito novo, então claro que tinha briga, mas também tinha muita coisa boa”, escreveu em um post no X em abril de 2025.
O sucesso de “Chiquititas” ainda reverbera. A novela, que alcançou picos de 15 pontos de audiência no Ibope, continua sendo reprisada em plataformas de streaming e mantém uma base fiel de fãs. Para muitos deles, as histórias dos bastidores são tão fascinantes quanto as tramas exibidas na TV. O diálogo entre Anna e Júlia, nesse sentido, é mais um capítulo dessa narrativa que mistura nostalgia e realidade.
Marcas do passado e lições para o presente
Relembrar os bastidores de “Chiquititas” não é apenas uma questão de curiosidade para os fãs. Para as ex-atrizes, é uma oportunidade de ressignificar experiências que moldaram suas vidas. Anna Livya, ao buscar terapia, encontrou formas de lidar com as inseguranças que carregou desde a infância. “Eu não culpo ninguém, era um ambiente muito intenso”, afirmou. A atriz destacou que o apoio psicológico foi essencial para entender como os comentários de colegas afetaram sua autoestima.
Júlia Gomes, por sua vez, usou o podcast para trazer sua versão dos fatos. Ela admitiu que, sendo uma das mais novas do elenco, nem sempre percebia o impacto de suas ações. “Eu não tinha maldade, mas hoje vejo que algumas coisas que eu dizia podiam magoar”, refletiu. A troca de mensagens com Anna, segundo ela, foi um momento de alívio. “Foi bom conversar e ver que a gente tá numa boa agora”, completou.
O caso das duas ex-“Chiquititas” também levanta questões sobre o cuidado com atores mirins. Nos últimos anos, emissoras como o SBT têm adotado medidas mais rigorosas, como a presença de psicólogos nos sets e limites mais claros para jornadas de trabalho. Em 2013, quando a novela foi gravada, essas práticas ainda estavam em desenvolvimento, o que pode explicar parte dos desafios enfrentados pelo elenco.
- A legislação brasileira permite que menores trabalhem como atores, desde que com autorização judicial.
- Psicólogos nos sets começaram a ser exigência em produções infantis a partir de 2018.
- “Chiquititas” foi gravada em estúdios em São Paulo, com externas em Buenos Aires.

Aos 28 anos, Anna Livya Padilha decidiu revisitar um capítulo marcante de sua infância que voltou à tona recentemente. Conhecida por interpretar a personagem Janu na novela “Chiquititas”, exibida pelo SBT entre 2013 e 2015, a atriz usou as redes sociais para entrar em contato com Júlia Gomes, outra ex-integrante do elenco infantil. O motivo? Uma polêmica reacendida após declarações de Júlia em um podcast, onde ela afirmou ter se sentido excluída pelas colegas durante as gravações. Anna, por sua vez, trouxe à tona uma experiência pessoal: ter sido chamada de “pobre” por Júlia na época, algo que a marcou profundamente a ponto de buscar terapia anos depois. A conversa entre as duas, agora adultas, mostra um esforço para deixar o passado para trás e entender o que aconteceu nos bastidores da trama que conquistou uma geração.
O reencontro virtual entre as ex-colegas de elenco não foi planejado. Tudo começou quando Júlia, que viveu a personagem Marian na mesma novela, participou de um podcast em março de 2025 e falou sobre os desafios de trabalhar como atriz mirim. Ela mencionou ter se sentido isolada pelas outras meninas do elenco, o que gerou reações nas redes sociais. Anna Livya, ao assistir ao trecho, decidiu agir. “Eu fui até o privado do Instagram mandar mensagem e a gente conversou”, revelou Anna em uma entrevista recente. A iniciativa abriu espaço para um diálogo que, segundo ela, foi tranquilo e sem intenções de reacender conflitos.

“Eu sempre gostei muito dela e não expus querendo fazer briga”, explicou Anna Livya ao abordar o episódio que a incomodou na infância. A atriz, que hoje reflete sobre a situação com maturidade, destacou que o comentário sobre ser “pobre” aconteceu em um contexto infantil, mas deixou marcas. “Foi uma situação que aconteceu comigo quando eu era criança e, hoje, se acontecesse com o meu filho, eu pararia para observar também”, completou. A troca de mensagens entre as duas mostra como o tempo e a perspectiva adulta podem transformar antigas mágoas em aprendizado.
- Anna Livya interpretou Janu em “Chiquititas” e tinha 17 anos quando a novela terminou.
- Júlia Gomes, a Marian, tinha 11 anos durante as gravações e hoje atua como cantora e influenciadora.
- A novela, remake de uma produção argentina, foi ao ar entre julho de 2013 e agosto de 2015.
Bastidores de “Chiquititas” voltam ao centro das atenções
Nos últimos meses, as redes sociais têm sido palco de debates sobre os bastidores de produções infantis que marcaram época. “Chiquititas” não escapou dessa onda. A novela, que acompanhava a rotina de um grupo de órfãos no fictício Orfanato Raio de Luz, foi um sucesso de audiência, mas os relatos recentes mostram que nem tudo era harmonia fora das câmeras. A exposição de Anna Livya e as declarações de Júlia Gomes reacenderam a curiosidade do público sobre como era a convivência entre as crianças que dividiam os sets de gravação por mais de dois anos.
Por trás das cenas ensaiadas e das músicas que até hoje ecoam na memória dos fãs, havia dinâmicas típicas de um grupo de crianças e adolescentes trabalhando sob pressão. Anna Livya, por exemplo, não foi a única a trazer à tona episódios difíceis. Outras ex-atrizes do elenco, como Giovanna Grigio e Cinthia Cruz, também já comentaram em entrevistas passadas sobre os desafios de equilibrar fama, estudos e amizades na infância. No caso de Anna e Júlia, o que começou como um desentendimento entre meninas de idades diferentes – Anna tinha 15 anos e Júlia, 10, no início das gravações – ganhou proporções maiores com o passar do tempo.
A decisão de Anna de procurar Júlia reflete uma tendência entre ex-atores mirins de revisitar suas experiências. Muitos deles, agora na casa dos 20 ou 30 anos, usam plataformas como Instagram e podcasts para compartilhar histórias que antes ficavam restritas aos corredores dos estúdios. O diálogo entre as duas ex-“Chiquititas” não apenas esclareceu mal-entendidos, mas também trouxe um olhar mais humano sobre o que significa crescer sob os holofotes.
Infância sob pressão: o impacto de trabalhar em novelas
Trabalhar como ator mirim em uma produção como “Chiquititas” exigia mais do que talento. As crianças enfrentavam jornadas longas, com gravações que podiam durar até 12 horas por dia, além de ensaios e compromissos promocionais. Para Anna Livya, o comentário de Júlia sobre sua condição financeira foi um ponto sensível que só foi compreendido anos depois, com a ajuda de terapia. “Eu precisei trabalhar muito isso em mim”, admitiu a atriz, que hoje vê a situação como parte de um aprendizado.
Júlia Gomes, por outro lado, trouxe uma perspectiva diferente no podcast. Ela descreveu como se sentia à margem do grupo, algo que atribuiu à dinâmica natural entre as meninas. “Eu era mais nova, então às vezes não acompanhava as conversas ou brincadeiras”, disse. A diferença de idade e os papéis distintos na trama – Anna como a rebelde Janu e Júlia como a vilãzinha Marian – podem ter contribuído para os atritos. Ainda assim, a cantora fez questão de reforçar que não guarda rancor das colegas.
A experiência de ambas não é isolada. Estudos sobre o impacto de carreiras precoces apontam que crianças em sets de filmagem frequentemente lidam com pressões emocionais intensas. Um levantamento da Universidade de São Paulo (USP), realizado em 2023, mostrou que 68% dos ex-atores mirins entrevistados relataram dificuldades em lidar com críticas ou rejeição na infância. Para Anna e Júlia, o reencontro serviu como uma forma de fechar um ciclo que começou há mais de uma década.
- Longas jornadas de gravação eram comuns, com até 12 horas diárias.
- A novela teve 545 episódios exibidos ao longo de dois anos.
- O elenco infantil incluía mais de 20 crianças, com idades entre 8 e 17 anos.
O que mudou desde “Chiquititas”
Anna Livya e Júlia Gomes seguiram caminhos distintos após o fim da novela. Anna, hoje com 28 anos, afastou-se parcialmente da atuação, mas mantém presença nas redes sociais, onde compartilha reflexões sobre sua trajetória. Já Júlia, aos 22 anos, investiu na carreira musical e acumula milhares de seguidores no Instagram e no YouTube, onde lança covers e músicas autorais. A polêmica recente, no entanto, trouxe as duas de volta ao mesmo ponto de partida: o orfanato fictício que as apresentou ao público.
A conversa entre elas não foi a única reação à entrevista de Júlia. Outras ex-colegas, como Cinthia Cruz, que interpretou Cris, também comentaram o caso nas redes sociais. Cinthia defendeu que as tensões eram normais entre crianças e que o ambiente de trabalho, embora intenso, também gerou laços de amizade. “A gente era muito novo, então claro que tinha briga, mas também tinha muita coisa boa”, escreveu em um post no X em abril de 2025.
O sucesso de “Chiquititas” ainda reverbera. A novela, que alcançou picos de 15 pontos de audiência no Ibope, continua sendo reprisada em plataformas de streaming e mantém uma base fiel de fãs. Para muitos deles, as histórias dos bastidores são tão fascinantes quanto as tramas exibidas na TV. O diálogo entre Anna e Júlia, nesse sentido, é mais um capítulo dessa narrativa que mistura nostalgia e realidade.
Marcas do passado e lições para o presente
Relembrar os bastidores de “Chiquititas” não é apenas uma questão de curiosidade para os fãs. Para as ex-atrizes, é uma oportunidade de ressignificar experiências que moldaram suas vidas. Anna Livya, ao buscar terapia, encontrou formas de lidar com as inseguranças que carregou desde a infância. “Eu não culpo ninguém, era um ambiente muito intenso”, afirmou. A atriz destacou que o apoio psicológico foi essencial para entender como os comentários de colegas afetaram sua autoestima.
Júlia Gomes, por sua vez, usou o podcast para trazer sua versão dos fatos. Ela admitiu que, sendo uma das mais novas do elenco, nem sempre percebia o impacto de suas ações. “Eu não tinha maldade, mas hoje vejo que algumas coisas que eu dizia podiam magoar”, refletiu. A troca de mensagens com Anna, segundo ela, foi um momento de alívio. “Foi bom conversar e ver que a gente tá numa boa agora”, completou.
O caso das duas ex-“Chiquititas” também levanta questões sobre o cuidado com atores mirins. Nos últimos anos, emissoras como o SBT têm adotado medidas mais rigorosas, como a presença de psicólogos nos sets e limites mais claros para jornadas de trabalho. Em 2013, quando a novela foi gravada, essas práticas ainda estavam em desenvolvimento, o que pode explicar parte dos desafios enfrentados pelo elenco.
- A legislação brasileira permite que menores trabalhem como atores, desde que com autorização judicial.
- Psicólogos nos sets começaram a ser exigência em produções infantis a partir de 2018.
- “Chiquititas” foi gravada em estúdios em São Paulo, com externas em Buenos Aires.
