A monarquia britânica é repleta de tradições que atravessam gerações, e uma delas ganhou destaque com a Princesa Charlotte, filha do Príncipe William e de Kate Middleton. Aos 9 anos, a terceira na linha de sucessão ao trono do Reino Unido mantém uma ligação especial com apenas uma integrante da Família Real: sua prima de segundo grau, a Princesa Eugenie. Esse vínculo, que une as duas em um detalhe histórico significativo, está relacionado ao local de seus batizados, a Igreja da Santa Maria Madalena, em Sandringham, Norfolk. Enquanto Charlotte foi batizada em 5 de julho de 2015, Eugenie passou pela mesma cerimônia no mesmo lugar em dezembro de 1990, sendo as únicas da realeza a compartilhar essa distinção.
Nascida em 2 de maio de 2015, Charlotte é a segunda filha do casal de Gales e já carrega o peso de seu papel na monarquia desde cedo. Seu batizado, realizado na presença de figuras como a Rainha Elizabeth II e o Rei Charles III, atraiu olhares do mundo inteiro. A escolha da Igreja da Santa Maria Madalena, um local tradicionalmente reservado para celebrações natalinas da realeza, marcou um momento raro. Antes dela, apenas Eugenie, filha do Príncipe Andrew e de Sarah Ferguson, havia sido batizada ali, em um evento que, na época, também quebrou padrões ao ser o primeiro batizado público da Família Real. Hoje, Eugenie ocupa a 12ª posição na linha de sucessão, mas o laço com Charlotte permanece como um símbolo de continuidade.
O evento de Charlotte foi cercado de detalhes que encantaram o público. Seu irmão mais velho, o Príncipe George, então com 2 anos, roubou a cena ao tentar espiar a irmãzinha no carrinho, enquanto a família se reunia em Norfolk. Já o batizado de Eugenie, ocorrido 25 anos antes, trouxe um marco diferente, destacando-se pela abertura inédita à imprensa e aos súditos. Esses momentos, separados por décadas, mostram como a realeza britânica equilibra tradição e modernidade, usando locais como a igreja em Sandringham para reforçar sua história. A conexão entre as duas princesas, portanto, vai além da linhagem familiar e reflete a preservação de costumes em um cenário em constante mudança.
Igreja da Santa Maria Madalena une gerações
Localizada na propriedade real de Sandringham, a Igreja da Santa Maria Madalena é um marco histórico para a monarquia. Construída no século XVI, ela tem sido palco de celebrações importantes, como os cultos de Natal que reúnem a realeza e os moradores locais anualmente. Sua arquitetura gótica, com vitrais detalhados e uma atmosfera serena, oferece um cenário perfeito para eventos solenes. No entanto, seu uso para batizados é raro, o que torna os casos de Charlotte e Eugenie ainda mais especiais. A escolha desse local para ambas reflete não apenas a preferência da família por Sandringham, mas também uma continuidade simbólica entre diferentes ramos da realeza.
Para Charlotte, a cerimônia de 2015 foi conduzida pelo arcebispo de Canterbury, Justin Welby, e contou com a presença de padrinhos cuidadosamente selecionados por William e Kate. A data, no início de julho, aproveitou o clima ameno do verão britânico, e a igreja foi decorada com flores que homenageavam a tradição local. Já o batizado de Eugenie, em pleno inverno de 1990, ocorreu em um contexto diferente, com a Família Real buscando aproximar-se do público após anos de maior reserva. A presença de Sarah Ferguson e do Príncipe Andrew, então ainda casados, adicionou um tom festivo ao evento, que contrastou com os escândalos que marcariam a vida do duque anos depois.
- Batizado de Charlotte: 5 de julho de 2015, com presença da Rainha Elizabeth II.
- Batizado de Eugenie: 20 de dezembro de 1990, primeiro evento público do tipo.
- Local: Igreja da Santa Maria Madalena, em Sandringham, Norfolk.
- Significado: único ponto em comum entre as duas na história recente da realeza.
Vestido de Honiton como elo tradicional
Embora os batizados de Charlotte e Eugenie tenham ocorrido na mesma igreja, outro elemento tradicional conecta os membros mais jovens da realeza: o vestido de batizado de Honiton. Originalmente encomendado pela Rainha Vitória em 1841 para sua filha mais velha, a peça foi usada por 62 bebês reais ao longo de 163 anos. Feito de renda Honiton e cetim branco, o traje delicado tornou-se um símbolo da monarquia até 2004, quando a Rainha Elizabeth II decidiu preservá-lo devido ao desgaste. Desde então, uma réplica, criada pela designer Angela Kelly, passou a ser utilizada, incluindo nos batizados de Charlotte, George e Louis.
A recriação do vestido exigiu um trabalho minucioso. A equipe de Angela Kelly colaborou com a empresa londrina Joel & Son Fabrics, conhecida por fornecer tecidos à realeza, e uma companhia italiana especializada em renda. O processo misturou técnicas manuais e modernas para garantir fidelidade ao original, preservando detalhes como os bordados intricados e a textura leve do cetim. Charlotte usou essa réplica em 2015, assim como seus irmãos em suas respectivas cerimônias, realizadas na Capela da Rainha, no Palácio de St. James. Eugenie, por sua vez, vestiu o original em 1990, sendo uma das últimas a fazê-lo antes de sua aposentadoria.
Sandringham e seu papel na realeza
A propriedade de Sandringham, onde está localizada a Igreja da Santa Maria Madalena, é mais do que um refúgio rural para a Família Real. Adquirida em 1862 pelo então Príncipe de Gales, o futuro Rei Edward VII, ela abrange 8 mil hectares de campos, florestas e jardins. A residência principal, Sandringham House, serve como retiro de inverno para os monarcas, especialmente durante o Natal e o Ano-Novo. A igreja, situada a poucos passos da casa, reflete a simplicidade e a conexão da realeza com a comunidade local, sendo um ponto de encontro em celebrações públicas e privadas.
Além dos batizados de Charlotte e Eugenie, o local guarda memórias marcantes. Foi em Sandringham que a Rainha Elizabeth II passou seus últimos natais, mantendo a tradição de caminhar até a igreja ao lado de familiares e súditos. A escolha do espaço para os batizados das duas princesas reforça seu valor simbólico, unindo diferentes gerações em um ambiente carregado de história. Para Charlotte, o evento de 2015 foi um marco em sua infância real, enquanto para Eugenie, em 1990, representou um momento de destaque em uma família que, anos depois, enfrentaria turbulências públicas.

Charlotte na linha de sucessão
Aos 9 anos, a Princesa Charlotte ocupa a terceira posição na linha de sucessão ao trono britânico, atrás de seu pai, o Príncipe William, e de seu irmão mais velho, o Príncipe George. Sua posição é resultado de uma mudança histórica nas regras da monarquia, implementada pela Lei de Sucessão da Coroa de 2013. Antes dessa alteração, irmãos mais novos poderiam ultrapassar irmãs na ordem, mas a nova legislação garante igualdade de gênero, assegurando que Charlotte mantenha seu lugar independentemente do sexo de futuros irmãos. Assim, ela segue como uma figura central na próxima geração da realeza.
Criada em Kensington Palace e na residência de Anmer Hall, em Norfolk, Charlotte cresce sob os olhares atentos do público. Sua educação, atualmente na escola Lambrook, em Berkshire, reflete o cuidado de William e Kate em oferecer uma infância equilibrada, apesar das responsabilidades reais. Eventos como seu batizado em Sandringham são lembretes de seu papel na monarquia, mas também de sua conexão com parentes como Eugenie, que, embora mais distante na linha de sucessão, compartilha um pedaço de sua história.
Eugenie e sua trajetória na realeza
Filha do Príncipe Andrew e de Sarah Ferguson, a Princesa Eugenie nasceu em 23 de março de 1990 e foi batizada nove meses depois na Igreja da Santa Maria Madalena. Na época, ela ocupava a sexta posição na linha de sucessão, mas, com o nascimento de novos membros da família, caiu para o 12º lugar. Sua vida, ao contrário da de Charlotte, foi marcada por altos e baixos, especialmente após o divórcio de seus pais em 1996 e os escândalos envolvendo Andrew, relacionados ao caso Jeffrey Epstein. Apesar disso, Eugenie mantém uma presença discreta na realeza, dedicando-se a causas como a luta contra a escoliose, condição que ela mesma enfrentou na infância.
Casada desde 2018 com Jack Brooksbank, Eugenie é mãe de dois filhos: August, nascido em 2021, e Ernest, em 2023. Diferentemente de Charlotte, ela não desempenha funções oficiais regulares, optando por uma carreira independente no setor de artes, onde trabalha como diretora da galeria Hauser & Wirth. Seu batizado em 1990, no entanto, permanece como um ponto de conexão com a sobrinha de segundo grau, destacando como a monarquia preserva tradições mesmo em meio a mudanças familiares e sociais.
Diferenças e semelhanças entre as cerimônias
Os batizados de Charlotte e Eugenie, embora realizados no mesmo local, ocorreram em contextos distintos. A cerimônia de Charlotte, em 2015, foi um evento íntimo, com foco na continuidade da monarquia sob William e Kate. A presença de George, Louis ainda não nascido, e de figuras como Charles e Camilla reforçou a união da família em um momento de estabilidade. Já o batizado de Eugenie, em 1990, teve um tom mais experimental, sendo o primeiro aberto ao público, o que refletiu o desejo da realeza de se modernizar na era de Elizabeth II.
Apesar das diferenças, ambos os eventos compartilharam o peso da tradição. A Igreja da Santa Maria Madalena, com sua história ligada a Sandringham, serviu como pano de fundo para unir as duas princesas em um ritual que transcende gerações. Enquanto Charlotte usou a réplica do vestido de Honiton, Eugenie vestiu o original, marcando uma transição entre o passado e o presente da monarquia. Esses detalhes mostram como a realeza britânica adapta suas práticas sem perder de vista suas raízes.
Tradição do vestido em outros batizados
O vestido de batizado de Honiton é um dos itens mais icônicos da realeza britânica. Após seu uso por 62 bebês, incluindo Eugenie, ele foi substituído pela réplica em 2004, no batizado de Luísa Windsor, filha do Príncipe Edward. A decisão de Elizabeth II de preservar o original veio após anos de desgaste, mas a recriação manteve viva a tradição. George, batizado em 2013, Charlotte, em 2015, e Louis, em 2018, todos usaram a versão atualizada, que segue sendo um símbolo de continuidade na família.
A confecção da réplica foi um processo artesanal. A renda Honiton, típica do sudoeste da Inglaterra, exigiu horas de trabalho manual para replicar os padrões originais de 1841. O cetim branco, combinado com camadas delicadas, foi escolhido para manter a leveza e a elegância da peça. Nos batizados de Charlotte e seus irmãos, Kate Middleton foi vista ajustando o vestido com cuidado, um gesto que reflete o respeito da família pela história por trás do traje.
Papel de Sandringham na vida real
Além de sediar os batizados de Charlotte e Eugenie, Sandringham é um refúgio essencial para a realeza. Durante o reinado de Elizabeth II, a propriedade foi palco de momentos familiares e decisões importantes. Após sua morte em 2022, o Rei Charles III continuou a tradição de passar o inverno ali, mantendo a igreja como parte integrante das celebrações. Para Charlotte, crescer com acesso a Sandringham significa estar imersa em um legado que combina dever e memória.
A conexão entre Charlotte e Eugenie, marcada pelo local de seus batizados, também reflete a proximidade física e emocional da família com Norfolk. Enquanto Charlotte representa o futuro da monarquia, Eugenie carrega a história de uma geração anterior, enfrentando desafios distintos, mas unidas por um espaço que resiste ao tempo. A escolha da igreja para esses eventos sublinha como Sandringham permanece um ponto de convergência para a realeza.
Momentos marcantes das cerimônias
No dia do batizado de Charlotte, o público se encantou com a interação entre George e sua bisavó, Elizabeth II. Fotos mostram o pequeno príncipe na ponta dos pés, tentando ver a irmã, enquanto a rainha sorria ao seu lado. A presença de Kate, carregando Charlotte no carrinho, e de William, supervisionando a família, criou uma imagem de harmonia. A cerimônia, embora privada, foi amplamente registrada, destacando o interesse global na nova geração real.
Já o batizado de Eugenie trouxe um tom diferente. Realizado em um dia frio de dezembro, o evento reuniu Andrew e Sarah em um momento de união antes da separação. A abertura ao público, com súditos acompanhando de perto, marcou uma mudança na abordagem da realeza, que buscava maior transparência. A igreja, decorada com motivos natalinos, reforçou o clima festivo, enquanto Eugenie, ainda bebê, entrava para a história como a primeira a ter um batizado público ali.
Linha do tempo de batizados reais
A monarquia britânica tem uma longa tradição de cerimônias de batismo. Veja alguns marcos recentes:
- 1990: Princesa Eugenie é batizada na Igreja da Santa Maria Madalena.
- 2013: Príncipe George é batizado na Capela da Rainha, em St. James.
- 2015: Princesa Charlotte é batizada na Igreja da Santa Maria Madalena.
- 2018: Príncipe Louis é batizado na Capela da Rainha, em St. James.
Legado de Charlotte e Eugenie
Aos 9 anos, Charlotte já é vista como uma figura promissora na realeza. Sua educação e os eventos públicos dos quais participa, como o batizado em Sandringham, moldam sua imagem como uma princesa moderna, mas conectada às tradições. Sua ligação com Eugenie, embora simbólica, destaca como a monarquia valoriza laços históricos, mesmo entre membros de ramos distintos. Enquanto Charlotte cresce sob os holofotes, sua posição na linha de sucessão a coloca como uma ponte entre o presente e o futuro da Coroa.
Eugenie, por outro lado, construiu uma vida mais reservada. Após os escândalos envolvendo seu pai, ela optou por se afastar das funções reais oficiais, focando em sua família e carreira. Seu batizado em 1990, porém, permanece como um marco que a conecta à sobrinha de segundo grau. Juntas, Charlotte e Eugenie ilustram como a realeza britânica evolui, mantendo viva a memória de lugares como a Igreja da Santa Maria Madalena.

A monarquia britânica é repleta de tradições que atravessam gerações, e uma delas ganhou destaque com a Princesa Charlotte, filha do Príncipe William e de Kate Middleton. Aos 9 anos, a terceira na linha de sucessão ao trono do Reino Unido mantém uma ligação especial com apenas uma integrante da Família Real: sua prima de segundo grau, a Princesa Eugenie. Esse vínculo, que une as duas em um detalhe histórico significativo, está relacionado ao local de seus batizados, a Igreja da Santa Maria Madalena, em Sandringham, Norfolk. Enquanto Charlotte foi batizada em 5 de julho de 2015, Eugenie passou pela mesma cerimônia no mesmo lugar em dezembro de 1990, sendo as únicas da realeza a compartilhar essa distinção.
Nascida em 2 de maio de 2015, Charlotte é a segunda filha do casal de Gales e já carrega o peso de seu papel na monarquia desde cedo. Seu batizado, realizado na presença de figuras como a Rainha Elizabeth II e o Rei Charles III, atraiu olhares do mundo inteiro. A escolha da Igreja da Santa Maria Madalena, um local tradicionalmente reservado para celebrações natalinas da realeza, marcou um momento raro. Antes dela, apenas Eugenie, filha do Príncipe Andrew e de Sarah Ferguson, havia sido batizada ali, em um evento que, na época, também quebrou padrões ao ser o primeiro batizado público da Família Real. Hoje, Eugenie ocupa a 12ª posição na linha de sucessão, mas o laço com Charlotte permanece como um símbolo de continuidade.
O evento de Charlotte foi cercado de detalhes que encantaram o público. Seu irmão mais velho, o Príncipe George, então com 2 anos, roubou a cena ao tentar espiar a irmãzinha no carrinho, enquanto a família se reunia em Norfolk. Já o batizado de Eugenie, ocorrido 25 anos antes, trouxe um marco diferente, destacando-se pela abertura inédita à imprensa e aos súditos. Esses momentos, separados por décadas, mostram como a realeza britânica equilibra tradição e modernidade, usando locais como a igreja em Sandringham para reforçar sua história. A conexão entre as duas princesas, portanto, vai além da linhagem familiar e reflete a preservação de costumes em um cenário em constante mudança.
Igreja da Santa Maria Madalena une gerações
Localizada na propriedade real de Sandringham, a Igreja da Santa Maria Madalena é um marco histórico para a monarquia. Construída no século XVI, ela tem sido palco de celebrações importantes, como os cultos de Natal que reúnem a realeza e os moradores locais anualmente. Sua arquitetura gótica, com vitrais detalhados e uma atmosfera serena, oferece um cenário perfeito para eventos solenes. No entanto, seu uso para batizados é raro, o que torna os casos de Charlotte e Eugenie ainda mais especiais. A escolha desse local para ambas reflete não apenas a preferência da família por Sandringham, mas também uma continuidade simbólica entre diferentes ramos da realeza.
Para Charlotte, a cerimônia de 2015 foi conduzida pelo arcebispo de Canterbury, Justin Welby, e contou com a presença de padrinhos cuidadosamente selecionados por William e Kate. A data, no início de julho, aproveitou o clima ameno do verão britânico, e a igreja foi decorada com flores que homenageavam a tradição local. Já o batizado de Eugenie, em pleno inverno de 1990, ocorreu em um contexto diferente, com a Família Real buscando aproximar-se do público após anos de maior reserva. A presença de Sarah Ferguson e do Príncipe Andrew, então ainda casados, adicionou um tom festivo ao evento, que contrastou com os escândalos que marcariam a vida do duque anos depois.
- Batizado de Charlotte: 5 de julho de 2015, com presença da Rainha Elizabeth II.
- Batizado de Eugenie: 20 de dezembro de 1990, primeiro evento público do tipo.
- Local: Igreja da Santa Maria Madalena, em Sandringham, Norfolk.
- Significado: único ponto em comum entre as duas na história recente da realeza.
Vestido de Honiton como elo tradicional
Embora os batizados de Charlotte e Eugenie tenham ocorrido na mesma igreja, outro elemento tradicional conecta os membros mais jovens da realeza: o vestido de batizado de Honiton. Originalmente encomendado pela Rainha Vitória em 1841 para sua filha mais velha, a peça foi usada por 62 bebês reais ao longo de 163 anos. Feito de renda Honiton e cetim branco, o traje delicado tornou-se um símbolo da monarquia até 2004, quando a Rainha Elizabeth II decidiu preservá-lo devido ao desgaste. Desde então, uma réplica, criada pela designer Angela Kelly, passou a ser utilizada, incluindo nos batizados de Charlotte, George e Louis.
A recriação do vestido exigiu um trabalho minucioso. A equipe de Angela Kelly colaborou com a empresa londrina Joel & Son Fabrics, conhecida por fornecer tecidos à realeza, e uma companhia italiana especializada em renda. O processo misturou técnicas manuais e modernas para garantir fidelidade ao original, preservando detalhes como os bordados intricados e a textura leve do cetim. Charlotte usou essa réplica em 2015, assim como seus irmãos em suas respectivas cerimônias, realizadas na Capela da Rainha, no Palácio de St. James. Eugenie, por sua vez, vestiu o original em 1990, sendo uma das últimas a fazê-lo antes de sua aposentadoria.
Sandringham e seu papel na realeza
A propriedade de Sandringham, onde está localizada a Igreja da Santa Maria Madalena, é mais do que um refúgio rural para a Família Real. Adquirida em 1862 pelo então Príncipe de Gales, o futuro Rei Edward VII, ela abrange 8 mil hectares de campos, florestas e jardins. A residência principal, Sandringham House, serve como retiro de inverno para os monarcas, especialmente durante o Natal e o Ano-Novo. A igreja, situada a poucos passos da casa, reflete a simplicidade e a conexão da realeza com a comunidade local, sendo um ponto de encontro em celebrações públicas e privadas.
Além dos batizados de Charlotte e Eugenie, o local guarda memórias marcantes. Foi em Sandringham que a Rainha Elizabeth II passou seus últimos natais, mantendo a tradição de caminhar até a igreja ao lado de familiares e súditos. A escolha do espaço para os batizados das duas princesas reforça seu valor simbólico, unindo diferentes gerações em um ambiente carregado de história. Para Charlotte, o evento de 2015 foi um marco em sua infância real, enquanto para Eugenie, em 1990, representou um momento de destaque em uma família que, anos depois, enfrentaria turbulências públicas.

Charlotte na linha de sucessão
Aos 9 anos, a Princesa Charlotte ocupa a terceira posição na linha de sucessão ao trono britânico, atrás de seu pai, o Príncipe William, e de seu irmão mais velho, o Príncipe George. Sua posição é resultado de uma mudança histórica nas regras da monarquia, implementada pela Lei de Sucessão da Coroa de 2013. Antes dessa alteração, irmãos mais novos poderiam ultrapassar irmãs na ordem, mas a nova legislação garante igualdade de gênero, assegurando que Charlotte mantenha seu lugar independentemente do sexo de futuros irmãos. Assim, ela segue como uma figura central na próxima geração da realeza.
Criada em Kensington Palace e na residência de Anmer Hall, em Norfolk, Charlotte cresce sob os olhares atentos do público. Sua educação, atualmente na escola Lambrook, em Berkshire, reflete o cuidado de William e Kate em oferecer uma infância equilibrada, apesar das responsabilidades reais. Eventos como seu batizado em Sandringham são lembretes de seu papel na monarquia, mas também de sua conexão com parentes como Eugenie, que, embora mais distante na linha de sucessão, compartilha um pedaço de sua história.
Eugenie e sua trajetória na realeza
Filha do Príncipe Andrew e de Sarah Ferguson, a Princesa Eugenie nasceu em 23 de março de 1990 e foi batizada nove meses depois na Igreja da Santa Maria Madalena. Na época, ela ocupava a sexta posição na linha de sucessão, mas, com o nascimento de novos membros da família, caiu para o 12º lugar. Sua vida, ao contrário da de Charlotte, foi marcada por altos e baixos, especialmente após o divórcio de seus pais em 1996 e os escândalos envolvendo Andrew, relacionados ao caso Jeffrey Epstein. Apesar disso, Eugenie mantém uma presença discreta na realeza, dedicando-se a causas como a luta contra a escoliose, condição que ela mesma enfrentou na infância.
Casada desde 2018 com Jack Brooksbank, Eugenie é mãe de dois filhos: August, nascido em 2021, e Ernest, em 2023. Diferentemente de Charlotte, ela não desempenha funções oficiais regulares, optando por uma carreira independente no setor de artes, onde trabalha como diretora da galeria Hauser & Wirth. Seu batizado em 1990, no entanto, permanece como um ponto de conexão com a sobrinha de segundo grau, destacando como a monarquia preserva tradições mesmo em meio a mudanças familiares e sociais.
Diferenças e semelhanças entre as cerimônias
Os batizados de Charlotte e Eugenie, embora realizados no mesmo local, ocorreram em contextos distintos. A cerimônia de Charlotte, em 2015, foi um evento íntimo, com foco na continuidade da monarquia sob William e Kate. A presença de George, Louis ainda não nascido, e de figuras como Charles e Camilla reforçou a união da família em um momento de estabilidade. Já o batizado de Eugenie, em 1990, teve um tom mais experimental, sendo o primeiro aberto ao público, o que refletiu o desejo da realeza de se modernizar na era de Elizabeth II.
Apesar das diferenças, ambos os eventos compartilharam o peso da tradição. A Igreja da Santa Maria Madalena, com sua história ligada a Sandringham, serviu como pano de fundo para unir as duas princesas em um ritual que transcende gerações. Enquanto Charlotte usou a réplica do vestido de Honiton, Eugenie vestiu o original, marcando uma transição entre o passado e o presente da monarquia. Esses detalhes mostram como a realeza britânica adapta suas práticas sem perder de vista suas raízes.
Tradição do vestido em outros batizados
O vestido de batizado de Honiton é um dos itens mais icônicos da realeza britânica. Após seu uso por 62 bebês, incluindo Eugenie, ele foi substituído pela réplica em 2004, no batizado de Luísa Windsor, filha do Príncipe Edward. A decisão de Elizabeth II de preservar o original veio após anos de desgaste, mas a recriação manteve viva a tradição. George, batizado em 2013, Charlotte, em 2015, e Louis, em 2018, todos usaram a versão atualizada, que segue sendo um símbolo de continuidade na família.
A confecção da réplica foi um processo artesanal. A renda Honiton, típica do sudoeste da Inglaterra, exigiu horas de trabalho manual para replicar os padrões originais de 1841. O cetim branco, combinado com camadas delicadas, foi escolhido para manter a leveza e a elegância da peça. Nos batizados de Charlotte e seus irmãos, Kate Middleton foi vista ajustando o vestido com cuidado, um gesto que reflete o respeito da família pela história por trás do traje.
Papel de Sandringham na vida real
Além de sediar os batizados de Charlotte e Eugenie, Sandringham é um refúgio essencial para a realeza. Durante o reinado de Elizabeth II, a propriedade foi palco de momentos familiares e decisões importantes. Após sua morte em 2022, o Rei Charles III continuou a tradição de passar o inverno ali, mantendo a igreja como parte integrante das celebrações. Para Charlotte, crescer com acesso a Sandringham significa estar imersa em um legado que combina dever e memória.
A conexão entre Charlotte e Eugenie, marcada pelo local de seus batizados, também reflete a proximidade física e emocional da família com Norfolk. Enquanto Charlotte representa o futuro da monarquia, Eugenie carrega a história de uma geração anterior, enfrentando desafios distintos, mas unidas por um espaço que resiste ao tempo. A escolha da igreja para esses eventos sublinha como Sandringham permanece um ponto de convergência para a realeza.
Momentos marcantes das cerimônias
No dia do batizado de Charlotte, o público se encantou com a interação entre George e sua bisavó, Elizabeth II. Fotos mostram o pequeno príncipe na ponta dos pés, tentando ver a irmã, enquanto a rainha sorria ao seu lado. A presença de Kate, carregando Charlotte no carrinho, e de William, supervisionando a família, criou uma imagem de harmonia. A cerimônia, embora privada, foi amplamente registrada, destacando o interesse global na nova geração real.
Já o batizado de Eugenie trouxe um tom diferente. Realizado em um dia frio de dezembro, o evento reuniu Andrew e Sarah em um momento de união antes da separação. A abertura ao público, com súditos acompanhando de perto, marcou uma mudança na abordagem da realeza, que buscava maior transparência. A igreja, decorada com motivos natalinos, reforçou o clima festivo, enquanto Eugenie, ainda bebê, entrava para a história como a primeira a ter um batizado público ali.
Linha do tempo de batizados reais
A monarquia britânica tem uma longa tradição de cerimônias de batismo. Veja alguns marcos recentes:
- 1990: Princesa Eugenie é batizada na Igreja da Santa Maria Madalena.
- 2013: Príncipe George é batizado na Capela da Rainha, em St. James.
- 2015: Princesa Charlotte é batizada na Igreja da Santa Maria Madalena.
- 2018: Príncipe Louis é batizado na Capela da Rainha, em St. James.
Legado de Charlotte e Eugenie
Aos 9 anos, Charlotte já é vista como uma figura promissora na realeza. Sua educação e os eventos públicos dos quais participa, como o batizado em Sandringham, moldam sua imagem como uma princesa moderna, mas conectada às tradições. Sua ligação com Eugenie, embora simbólica, destaca como a monarquia valoriza laços históricos, mesmo entre membros de ramos distintos. Enquanto Charlotte cresce sob os holofotes, sua posição na linha de sucessão a coloca como uma ponte entre o presente e o futuro da Coroa.
Eugenie, por outro lado, construiu uma vida mais reservada. Após os escândalos envolvendo seu pai, ela optou por se afastar das funções reais oficiais, focando em sua família e carreira. Seu batizado em 1990, porém, permanece como um marco que a conecta à sobrinha de segundo grau. Juntas, Charlotte e Eugenie ilustram como a realeza britânica evolui, mantendo viva a memória de lugares como a Igreja da Santa Maria Madalena.
