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7 Apr 2025, Mon

Memphis detona arbitragem após Corinthians vencer Vasco por 3 a 0 na Neo Química Arena

Depay


O Corinthians estreou com o pé direito no Campeonato Brasileiro ao derrotar o Vasco por 3 a 0, na noite de sábado, 5 de abril, na Neo Química Arena, em São Paulo. A partida, válida pela segunda rodada da competição, marcou o primeiro triunfo do Timão na temporada nacional de 2025 e trouxe à tona o brilho de Memphis Depay, que participou diretamente de todos os gols válidos e anulados do confronto. No entanto, o que chamou atenção após o apito final não foi apenas o placar elástico, mas as duras críticas do atacante holandês à arbitragem e à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Irritado com decisões do juiz Anderson Daronco e do VAR, Memphis não mediu palavras ao expressar sua insatisfação com o que considera uma gestão equivocada do futebol no país.

A vitória alvinegra foi construída com gols de Yuri Alberto, do próprio Memphis e um contra de João Victor, zagueiro vascaíno. Apesar do domínio em campo, o Corinthians viu dois tentos serem anulados pelo VAR, o que aumentou a frustração do camisa 10. Um dos lances envolveu uma assistência de Memphis para Matheus Bidu, invalidada por uma suposta falta, enquanto outro gol do holandês também foi rejeitado. Para o jogador, a atuação da arbitragem deixou a desejar, especialmente em um momento do primeiro tempo em que sofreu uma entrada dura de Piton, lateral do Vasco, que pisou em seu tornozelo. Memphis acredita que o lance merecia cartão vermelho, mas não houve intervenção do VAR.

Após o jogo, em entrevista à Amazon Prime, o atacante desabafou sobre o episódio e aproveitou para cutucar a CBF. Ele fez referência a um ofício recente da entidade, que passou a proibir jogadores de subirem na bola, ação que o próprio Memphis protagonizou na final do Campeonato Paulista contra o Palmeiras. A nova regra, segundo a CBF, visa coibir condutas antidesportivas, mas para o holandês, a medida reflete uma visão limitada do esporte. “Eu não sei o que o VAR fez. No primeiro tempo, deveriam ter olhado meu tornozelo, era falta para vermelho. Mas preferem fazer regras sobre não pisar na bola”, disparou.

O jogo que reacendeu o Corinthians no Brasileirão

Com a vitória sobre o Vasco, o Corinthians encerrou uma sequência de três jogos sem vencer, que incluía a derrota na estreia da Sul-Americana e o empate na final do Paulistão. O resultado na Neo Química Arena recolocou o Timão nos trilhos e deu um respiro à equipe comandada por Ramón Díaz, que vinha de uma conquista estadual, mas enfrentava pressão por consistência no cenário nacional. Memphis, peça-chave no esquema tático, destacou a importância do triunfo, mas não escondeu que o time poderia ter ido além.

Durante os 90 minutos, o Corinthians aproveitou os espaços deixados pela defesa vascaína, especialmente entre as linhas, como apontou o próprio atacante. Yuri Alberto abriu o placar aproveitando um cruzamento preciso de Memphis, que depois ampliou com um gol de oportunismo. O terceiro veio em um lance infeliz de João Victor, que desviou contra a própria meta. Apesar do placar confortável, o Timão perdeu o controle no segundo tempo, conforme admitiu o holandês, o que impediu uma goleada ainda mais expressiva.

A atuação de Memphis foi um dos pontos altos da noite. Além de marcar e assistir, ele esteve envolvido nos dois gols anulados, mostrando sua influência em campo. No entanto, o camisa 10 acredita que os detalhes ainda precisam ser ajustados. “Tivemos espaço para jogar, eu aproveitei mais hoje. O time foi bem, mas perdemos um pouco o controle. Poderíamos ter feito mais gols”, analisou, reforçando que o futebol é decidido nos pequenos momentos.

Uma crítica que ecoa além do campo

As declarações de Memphis após a partida não se limitaram ao lance específico do tornozelo. O jogador ampliou o tom ao questionar a condução do futebol brasileiro pela CBF, sugerindo que as decisões da entidade estão longe de valorizar o esporte. “Se continuarmos assim, com essa diretoria que decide o futebol no Brasil, vamos fazer as coisas erradas. O Brasil é um país onde se joga futebol com os pés e com a cabeça, então eles têm que fazer um trabalho melhor”, afirmou, em um recado direto que reverberou entre torcedores e analistas.

A crítica do holandês ganha peso quando se considera o contexto recente. Dias antes do jogo contra o Vasco, a CBF emitiu um comunicado oficial às federações, clubes e à comissão de arbitragem, determinando que subir na bola, como Memphis fez contra o Palmeiras, será tratado como infração por “mostrar falta de respeito pelo futebol”. A medida foi motivada pelo lance na final do Paulistão, que gerou confusão e expulsões. Para o atacante, no entanto, a regra é um exemplo de como a entidade prioriza punições em vez de aprimorar a qualidade das decisões em campo.

Memphis e o impacto no Corinthians

Desde sua chegada ao Corinthians, em setembro de 2024, Memphis Depay tem se consolidado como um dos principais nomes do elenco. Com 31 anos, o holandês acumula números expressivos: em 29 jogos pelo clube até abril de 2025, marcou nove gols e deu 11 assistências, sendo decisivo tanto no Brasileirão quanto no Paulistão. Sua adaptação ao futebol brasileiro, marcada por intensidade e competitividade, surpreendeu até mesmo o técnico da seleção holandesa, Ronald Koeman, que voltou a convocá-lo após acompanhar seu desempenho no Brasil.

O camisa 10 alvinegro já havia elogiado a liga brasileira em entrevistas anteriores, classificando-a como uma das cinco melhores do mundo por conta do talento, da fisicalidade e da paixão dos torcedores. Contudo, sua experiência também revela os desafios do futebol local, como as condições climáticas e a maratona de jogos. Na partida contra o Vasco, disputada sob calor intenso, Memphis perdeu cerca de três quilos, algo que ele já havia mencionado como parte da exigência física do campeonato.

Para o Corinthians, a presença de Memphis é um diferencial. Na temporada passada, ele foi essencial na arrancada que tirou o time da zona de rebaixamento e garantiu vaga na Libertadores de 2025, com sete gols em 14 jogos no Brasileirão. Agora, em 2025, o atacante segue como líder técnico, mas suas críticas à arbitragem mostram que ele também quer deixar um legado fora das quatro linhas, cobrando melhorias no esporte que escolheu abraçar.

Os lances polêmicos que marcaram a partida

A vitória do Corinthians sobre o Vasco não passou sem controvérsias. Dois gols anulados pelo VAR foram o estopim para as reclamações de Memphis e dos jogadores alvinegros. No primeiro lance, o holandês deu uma assistência para Matheus Bidu, mas a arbitragem apontou uma falta do lateral no marcador vascaíno, decisão que gerou protestos no banco do Timão. O segundo gol anulado foi do próprio Memphis, também invalidado por uma infração questionável.

Outro momento de tensão ocorreu no primeiro tempo, quando Piton, lateral do Vasco, acertou o tornozelo de Memphis em uma entrada dura. O atacante caiu no gramado e precisou de atendimento médico, mas Anderson Daronco mandou o jogo seguir, e o VAR não recomendou revisão. Após a partida, Memphis exibiu o tornozelo inchado em redes sociais, ironizando a arbitragem e reforçando sua crítica à falta de rigor em lances como esse.

  • Gol de Bidu anulado: Assistência de Memphis foi invalidada por suposta falta do lateral.
  • Gol de Memphis rejeitado: Segundo tento do holandês não subiu ao placar por decisão do VAR.
  • Falta não marcada: Entrada de Piton no tornozelo de Memphis passou sem punição, gerando revolta.

A nova regra da CBF em foco

A polêmica envolvendo Memphis não é novidade no futebol brasileiro de 2025. A decisão da CBF de proibir jogadores de subirem na bola veio após o holandês protagonizar o gesto na final do Paulistão, em 27 de março, contra o Palmeiras. Na ocasião, o Corinthians empatou em 0 a 0 na Neo Química Arena e garantiu o título com a vantagem de 1 a 0 do jogo de ida. Nos acréscimos, Memphis subiu na bola, o que desencadeou uma briga generalizada, resultando em duas expulsões.

O episódio levou a CBF a agir rapidamente. Em 5 de abril, a entidade enviou um ofício classificando a ação como conduta antidesportiva, passível de cartão amarelo. A medida foi vista como uma resposta direta ao comportamento de Memphis, mas também reacendeu debates sobre a liberdade de expressão dos jogadores em campo. Para o atacante, a regra é um exagero que ignora a essência do futebol, enquanto a CBF defende que ela protege a integridade do esporte.

A aplicação da nova determinação já começou a gerar reações. No jogo contra o Vasco, Memphis evitou repetir o gesto, mas sua crítica pós-jogo sugere que o tema está longe de ser resolvido. A torcida corintiana, por sua vez, apoia o jogador, vendo suas declarações como um grito por mudanças em um sistema frequentemente questionado.

O desempenho do Corinthians na temporada

O triunfo sobre o Vasco marca um início promissor para o Corinthians no Brasileirão 2025, mas o caminho até aqui não foi fácil. Após conquistar o Paulistão com uma vitória sobre o Palmeiras no Allianz Parque e um empate em casa, o Timão enfrentou oscilações. A derrota por 2 a 1 para o Huracán na estreia da Sul-Americana, em 4 de abril, expôs fragilidades que Memphis também comentou em redes sociais, pedindo mais atitude da equipe.

Agora, com três pontos na tabela do Brasileirão, o Corinthians busca consistência. A liderança momentânea na competição, alcançada após o jogo de sábado, reflete o potencial do elenco, mas também a dependência de nomes como Memphis, Yuri Alberto e Rodrigo Garro. O próximo desafio será contra o Bahia, no dia 30 de abril, fora de casa, e Ramón Díaz já sinaliza que pode poupar titulares, incluindo o holandês, devido à maratona de jogos.

O calendário apertado é outro ponto de atenção. Confira os próximos compromissos do Timão:

  • 30 de abril: Bahia x Corinthians (Brasileirão)
  • 6 de maio: Corinthians x Racing (Sul-Americana)
  • 10 de maio: São Paulo x Corinthians (Brasileirão)

A voz de Memphis no futebol brasileiro

Desde que chegou ao Brasil, Memphis Depay não se limitou a jogar bola. Suas declarações têm colocado em xeque aspectos do futebol nacional, da arbitragem à organização das competições. Em fevereiro, ele revelou que amigos jogadores da Europa acompanham o Brasileirão e demonstram interesse em atuar no país, destacando o crescimento da liga. Para o holandês, a paixão dos torcedores e a intensidade dos jogos são únicas, mas a gestão precisa acompanhar esse potencial.

No confronto com o Vasco, a revolta de Memphis encontrou eco entre os corintianos. Postagens nas redes sociais mostram o atacante com o tornozelo machucado, acompanhadas de mensagens como “o futebol brasileiro merece mais respeito”. A Fiel, conhecida por sua devoção, abraçou o discurso do camisa 10, que já se tornou um símbolo de liderança dentro e fora de campo.

A trajetória de Memphis no Corinthians também inspira comparações. Com 46 gols em 98 jogos pela seleção holandesa, ele está a apenas quatro de igualar o recorde de Robin van Persie como maior artilheiro do país. No Brasil, seu impacto vai além dos números, trazendo visibilidade internacional ao Timão e reacendendo discussões sobre a qualidade da arbitragem local.

Números que impressionam

Os números de Memphis no Corinthians falam por si. Até o momento, o atacante soma participações diretas em 20 gols na temporada 2025, entre tentos marcados e assistências. No Brasileirão de 2024, foram sete gols em 14 jogos, enquanto no Paulistão 2025 ele contribuiu com um gol e uma assistência decisiva na final. A média de envolvimento em gols é de 0,68 por partida, um índice que reflete sua importância para o time.

A vitória contra o Vasco também reforça a força do Corinthians em casa. Desde a chegada de Memphis, o Timão venceu 12 dos 15 jogos disputados na Neo Química Arena, com um aproveitamento de 80%. O estádio, que recebeu mais de 40 mil torcedores no sábado, segue como um trunfo para a equipe na busca por títulos em 2025.

O que vem pela frente

Com o Brasileirão apenas começando, o Corinthians tem pela frente uma temporada cheia de desafios. A combinação de competições nacionais e internacionais exige do elenco uma preparação física e mental à altura, algo que Memphis já destacou como essencial. O holandês, que perdeu peso em quase todos os jogos devido ao calor e à intensidade, sabe que os detalhes serão cruciais para o sucesso do Timão.

O próximo jogo em casa, contra o Racing pela Sul-Americana, será mais um teste para a equipe de Ramón Díaz. Memphis, que deve ser poupado contra o Bahia, é esperado como titular no duelo continental, onde o Corinthians busca recuperação após o tropeço na estreia. A torcida, empolgada com a vitória sobre o Vasco, já projeta uma campanha sólida nas duas frentes.

Enquanto isso, as críticas de Memphis à CBF seguem no radar. O holandês não é o primeiro a questionar a arbitragem brasileira, mas sua voz, amplificada por sua trajetória internacional, pode pressionar por mudanças. Por ora, o camisa 10 foca em liderar o Corinthians em campo, mas suas palavras deixam claro que ele também quer transformar o futebol fora dele.

O Corinthians estreou com o pé direito no Campeonato Brasileiro ao derrotar o Vasco por 3 a 0, na noite de sábado, 5 de abril, na Neo Química Arena, em São Paulo. A partida, válida pela segunda rodada da competição, marcou o primeiro triunfo do Timão na temporada nacional de 2025 e trouxe à tona o brilho de Memphis Depay, que participou diretamente de todos os gols válidos e anulados do confronto. No entanto, o que chamou atenção após o apito final não foi apenas o placar elástico, mas as duras críticas do atacante holandês à arbitragem e à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Irritado com decisões do juiz Anderson Daronco e do VAR, Memphis não mediu palavras ao expressar sua insatisfação com o que considera uma gestão equivocada do futebol no país.

A vitória alvinegra foi construída com gols de Yuri Alberto, do próprio Memphis e um contra de João Victor, zagueiro vascaíno. Apesar do domínio em campo, o Corinthians viu dois tentos serem anulados pelo VAR, o que aumentou a frustração do camisa 10. Um dos lances envolveu uma assistência de Memphis para Matheus Bidu, invalidada por uma suposta falta, enquanto outro gol do holandês também foi rejeitado. Para o jogador, a atuação da arbitragem deixou a desejar, especialmente em um momento do primeiro tempo em que sofreu uma entrada dura de Piton, lateral do Vasco, que pisou em seu tornozelo. Memphis acredita que o lance merecia cartão vermelho, mas não houve intervenção do VAR.

Após o jogo, em entrevista à Amazon Prime, o atacante desabafou sobre o episódio e aproveitou para cutucar a CBF. Ele fez referência a um ofício recente da entidade, que passou a proibir jogadores de subirem na bola, ação que o próprio Memphis protagonizou na final do Campeonato Paulista contra o Palmeiras. A nova regra, segundo a CBF, visa coibir condutas antidesportivas, mas para o holandês, a medida reflete uma visão limitada do esporte. “Eu não sei o que o VAR fez. No primeiro tempo, deveriam ter olhado meu tornozelo, era falta para vermelho. Mas preferem fazer regras sobre não pisar na bola”, disparou.

O jogo que reacendeu o Corinthians no Brasileirão

Com a vitória sobre o Vasco, o Corinthians encerrou uma sequência de três jogos sem vencer, que incluía a derrota na estreia da Sul-Americana e o empate na final do Paulistão. O resultado na Neo Química Arena recolocou o Timão nos trilhos e deu um respiro à equipe comandada por Ramón Díaz, que vinha de uma conquista estadual, mas enfrentava pressão por consistência no cenário nacional. Memphis, peça-chave no esquema tático, destacou a importância do triunfo, mas não escondeu que o time poderia ter ido além.

Durante os 90 minutos, o Corinthians aproveitou os espaços deixados pela defesa vascaína, especialmente entre as linhas, como apontou o próprio atacante. Yuri Alberto abriu o placar aproveitando um cruzamento preciso de Memphis, que depois ampliou com um gol de oportunismo. O terceiro veio em um lance infeliz de João Victor, que desviou contra a própria meta. Apesar do placar confortável, o Timão perdeu o controle no segundo tempo, conforme admitiu o holandês, o que impediu uma goleada ainda mais expressiva.

A atuação de Memphis foi um dos pontos altos da noite. Além de marcar e assistir, ele esteve envolvido nos dois gols anulados, mostrando sua influência em campo. No entanto, o camisa 10 acredita que os detalhes ainda precisam ser ajustados. “Tivemos espaço para jogar, eu aproveitei mais hoje. O time foi bem, mas perdemos um pouco o controle. Poderíamos ter feito mais gols”, analisou, reforçando que o futebol é decidido nos pequenos momentos.

Uma crítica que ecoa além do campo

As declarações de Memphis após a partida não se limitaram ao lance específico do tornozelo. O jogador ampliou o tom ao questionar a condução do futebol brasileiro pela CBF, sugerindo que as decisões da entidade estão longe de valorizar o esporte. “Se continuarmos assim, com essa diretoria que decide o futebol no Brasil, vamos fazer as coisas erradas. O Brasil é um país onde se joga futebol com os pés e com a cabeça, então eles têm que fazer um trabalho melhor”, afirmou, em um recado direto que reverberou entre torcedores e analistas.

A crítica do holandês ganha peso quando se considera o contexto recente. Dias antes do jogo contra o Vasco, a CBF emitiu um comunicado oficial às federações, clubes e à comissão de arbitragem, determinando que subir na bola, como Memphis fez contra o Palmeiras, será tratado como infração por “mostrar falta de respeito pelo futebol”. A medida foi motivada pelo lance na final do Paulistão, que gerou confusão e expulsões. Para o atacante, no entanto, a regra é um exemplo de como a entidade prioriza punições em vez de aprimorar a qualidade das decisões em campo.

Memphis e o impacto no Corinthians

Desde sua chegada ao Corinthians, em setembro de 2024, Memphis Depay tem se consolidado como um dos principais nomes do elenco. Com 31 anos, o holandês acumula números expressivos: em 29 jogos pelo clube até abril de 2025, marcou nove gols e deu 11 assistências, sendo decisivo tanto no Brasileirão quanto no Paulistão. Sua adaptação ao futebol brasileiro, marcada por intensidade e competitividade, surpreendeu até mesmo o técnico da seleção holandesa, Ronald Koeman, que voltou a convocá-lo após acompanhar seu desempenho no Brasil.

O camisa 10 alvinegro já havia elogiado a liga brasileira em entrevistas anteriores, classificando-a como uma das cinco melhores do mundo por conta do talento, da fisicalidade e da paixão dos torcedores. Contudo, sua experiência também revela os desafios do futebol local, como as condições climáticas e a maratona de jogos. Na partida contra o Vasco, disputada sob calor intenso, Memphis perdeu cerca de três quilos, algo que ele já havia mencionado como parte da exigência física do campeonato.

Para o Corinthians, a presença de Memphis é um diferencial. Na temporada passada, ele foi essencial na arrancada que tirou o time da zona de rebaixamento e garantiu vaga na Libertadores de 2025, com sete gols em 14 jogos no Brasileirão. Agora, em 2025, o atacante segue como líder técnico, mas suas críticas à arbitragem mostram que ele também quer deixar um legado fora das quatro linhas, cobrando melhorias no esporte que escolheu abraçar.

Os lances polêmicos que marcaram a partida

A vitória do Corinthians sobre o Vasco não passou sem controvérsias. Dois gols anulados pelo VAR foram o estopim para as reclamações de Memphis e dos jogadores alvinegros. No primeiro lance, o holandês deu uma assistência para Matheus Bidu, mas a arbitragem apontou uma falta do lateral no marcador vascaíno, decisão que gerou protestos no banco do Timão. O segundo gol anulado foi do próprio Memphis, também invalidado por uma infração questionável.

Outro momento de tensão ocorreu no primeiro tempo, quando Piton, lateral do Vasco, acertou o tornozelo de Memphis em uma entrada dura. O atacante caiu no gramado e precisou de atendimento médico, mas Anderson Daronco mandou o jogo seguir, e o VAR não recomendou revisão. Após a partida, Memphis exibiu o tornozelo inchado em redes sociais, ironizando a arbitragem e reforçando sua crítica à falta de rigor em lances como esse.

  • Gol de Bidu anulado: Assistência de Memphis foi invalidada por suposta falta do lateral.
  • Gol de Memphis rejeitado: Segundo tento do holandês não subiu ao placar por decisão do VAR.
  • Falta não marcada: Entrada de Piton no tornozelo de Memphis passou sem punição, gerando revolta.

A nova regra da CBF em foco

A polêmica envolvendo Memphis não é novidade no futebol brasileiro de 2025. A decisão da CBF de proibir jogadores de subirem na bola veio após o holandês protagonizar o gesto na final do Paulistão, em 27 de março, contra o Palmeiras. Na ocasião, o Corinthians empatou em 0 a 0 na Neo Química Arena e garantiu o título com a vantagem de 1 a 0 do jogo de ida. Nos acréscimos, Memphis subiu na bola, o que desencadeou uma briga generalizada, resultando em duas expulsões.

O episódio levou a CBF a agir rapidamente. Em 5 de abril, a entidade enviou um ofício classificando a ação como conduta antidesportiva, passível de cartão amarelo. A medida foi vista como uma resposta direta ao comportamento de Memphis, mas também reacendeu debates sobre a liberdade de expressão dos jogadores em campo. Para o atacante, a regra é um exagero que ignora a essência do futebol, enquanto a CBF defende que ela protege a integridade do esporte.

A aplicação da nova determinação já começou a gerar reações. No jogo contra o Vasco, Memphis evitou repetir o gesto, mas sua crítica pós-jogo sugere que o tema está longe de ser resolvido. A torcida corintiana, por sua vez, apoia o jogador, vendo suas declarações como um grito por mudanças em um sistema frequentemente questionado.

O desempenho do Corinthians na temporada

O triunfo sobre o Vasco marca um início promissor para o Corinthians no Brasileirão 2025, mas o caminho até aqui não foi fácil. Após conquistar o Paulistão com uma vitória sobre o Palmeiras no Allianz Parque e um empate em casa, o Timão enfrentou oscilações. A derrota por 2 a 1 para o Huracán na estreia da Sul-Americana, em 4 de abril, expôs fragilidades que Memphis também comentou em redes sociais, pedindo mais atitude da equipe.

Agora, com três pontos na tabela do Brasileirão, o Corinthians busca consistência. A liderança momentânea na competição, alcançada após o jogo de sábado, reflete o potencial do elenco, mas também a dependência de nomes como Memphis, Yuri Alberto e Rodrigo Garro. O próximo desafio será contra o Bahia, no dia 30 de abril, fora de casa, e Ramón Díaz já sinaliza que pode poupar titulares, incluindo o holandês, devido à maratona de jogos.

O calendário apertado é outro ponto de atenção. Confira os próximos compromissos do Timão:

  • 30 de abril: Bahia x Corinthians (Brasileirão)
  • 6 de maio: Corinthians x Racing (Sul-Americana)
  • 10 de maio: São Paulo x Corinthians (Brasileirão)

A voz de Memphis no futebol brasileiro

Desde que chegou ao Brasil, Memphis Depay não se limitou a jogar bola. Suas declarações têm colocado em xeque aspectos do futebol nacional, da arbitragem à organização das competições. Em fevereiro, ele revelou que amigos jogadores da Europa acompanham o Brasileirão e demonstram interesse em atuar no país, destacando o crescimento da liga. Para o holandês, a paixão dos torcedores e a intensidade dos jogos são únicas, mas a gestão precisa acompanhar esse potencial.

No confronto com o Vasco, a revolta de Memphis encontrou eco entre os corintianos. Postagens nas redes sociais mostram o atacante com o tornozelo machucado, acompanhadas de mensagens como “o futebol brasileiro merece mais respeito”. A Fiel, conhecida por sua devoção, abraçou o discurso do camisa 10, que já se tornou um símbolo de liderança dentro e fora de campo.

A trajetória de Memphis no Corinthians também inspira comparações. Com 46 gols em 98 jogos pela seleção holandesa, ele está a apenas quatro de igualar o recorde de Robin van Persie como maior artilheiro do país. No Brasil, seu impacto vai além dos números, trazendo visibilidade internacional ao Timão e reacendendo discussões sobre a qualidade da arbitragem local.

Números que impressionam

Os números de Memphis no Corinthians falam por si. Até o momento, o atacante soma participações diretas em 20 gols na temporada 2025, entre tentos marcados e assistências. No Brasileirão de 2024, foram sete gols em 14 jogos, enquanto no Paulistão 2025 ele contribuiu com um gol e uma assistência decisiva na final. A média de envolvimento em gols é de 0,68 por partida, um índice que reflete sua importância para o time.

A vitória contra o Vasco também reforça a força do Corinthians em casa. Desde a chegada de Memphis, o Timão venceu 12 dos 15 jogos disputados na Neo Química Arena, com um aproveitamento de 80%. O estádio, que recebeu mais de 40 mil torcedores no sábado, segue como um trunfo para a equipe na busca por títulos em 2025.

O que vem pela frente

Com o Brasileirão apenas começando, o Corinthians tem pela frente uma temporada cheia de desafios. A combinação de competições nacionais e internacionais exige do elenco uma preparação física e mental à altura, algo que Memphis já destacou como essencial. O holandês, que perdeu peso em quase todos os jogos devido ao calor e à intensidade, sabe que os detalhes serão cruciais para o sucesso do Timão.

O próximo jogo em casa, contra o Racing pela Sul-Americana, será mais um teste para a equipe de Ramón Díaz. Memphis, que deve ser poupado contra o Bahia, é esperado como titular no duelo continental, onde o Corinthians busca recuperação após o tropeço na estreia. A torcida, empolgada com a vitória sobre o Vasco, já projeta uma campanha sólida nas duas frentes.

Enquanto isso, as críticas de Memphis à CBF seguem no radar. O holandês não é o primeiro a questionar a arbitragem brasileira, mas sua voz, amplificada por sua trajetória internacional, pode pressionar por mudanças. Por ora, o camisa 10 foca em liderar o Corinthians em campo, mas suas palavras deixam claro que ele também quer transformar o futebol fora dele.

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