Um grave acidente abalou a rotina de quem trafega pela BR-101 na tarde deste domingo, 6 de abril, na região do Morro dos Cavalos, em Palhoça, na Grande Florianópolis. Por volta das 13h40, uma carreta carregada de combustível tombou no quilômetro 233,7 da rodovia, desencadeando uma explosão seguida de um incêndio de grandes proporções. As chamas se espalharam rapidamente, atingindo outros veículos e deixando a pista completamente interditada nos dois sentidos. Até o momento, cinco pessoas ficaram feridas, e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) trabalha na remoção de 25 veículos queimados, enquanto motoristas enfrentam filas extensas sem perspectiva de liberação.
O incidente começou quando o veículo pesado, que transportava etanol, perdeu o controle e tombou no sentido norte, em direção a Curitiba. A carga inflamável entrou em combustão quase imediatamente, gerando uma cena caótica que testemunhas descreveram como aterrorizante. Imagens aéreas captadas por uma aeronave do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina mostram a dimensão do estrago: colunas de fumaça preta subiam a quilômetros de distância, e uma fila de carros incendiados marcava o trecho afetado. Equipes de emergência, incluindo bombeiros, agentes da PRF e da Arteris Litoral Sul, concessionária responsável pela rodovia, foram mobilizadas para conter o fogo e prestar socorro.
🚨Imagens impressionantes do estrago que o acidente em Palhoça causou.
O acidente ocorreu no km 233,no Morro dos Cavalos em Palhoça, na Grande Florianópolis-SC.
No total, 24 carros e três carretas foram atingidos,com cinco feridos. 😳 pic.twitter.com/2sSb6fSbwh— Aliel (@_gaelli_petrovi) April 7, 2025
A interdição total da BR-101, uma das principais artérias logísticas do Sul do país, causou transtornos imediatos. No sentido sul, rumo a Porto Alegre, o congestionamento ultrapassou 7 quilômetros, alcançando a região da Praia de Fora. Já no sentido norte, as filas chegaram próximas à praça de pedágio, com mais de 6,5 quilômetros de extensão. A PRF recomendou que os motoristas permaneçam nas filas, aguardando a liberação, enquanto a Arteris Litoral Sul alertou que não há rotas alternativas viáveis no momento para o sentido norte, exceto um desvio parcial pelo caminho da Pinheira para quem segue ao sul.
Impacto imediato na rodovia e na região
O acidente no Morro dos Cavalos expôs, mais uma vez, a vulnerabilidade de um dos trechos mais críticos da BR-101 em Santa Catarina. Conhecido por suas curvas sinuosas e alta circulação de veículos, o local já foi palco de outros incidentes graves ao longo dos anos. Desta vez, a explosão da carreta deixou um rastro de destruição que afetou diretamente 25 veículos, entre carros e outras carretas, segundo levantamento inicial do Corpo de Bombeiros. O fogo, alimentado pelo etanol derramado, consumiu rapidamente tudo o que estava ao alcance, dificultando o trabalho das equipes de resgate.
Entre as vítimas, estão o motorista da carreta e sua esposa, que sofreram queimaduras nos braços e pernas. Ambos foram encaminhados à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Pinheira, em Palhoça, onde receberam os primeiros cuidados. Outras três pessoas, que estavam em veículos próximos ao ponto da explosão, também foram socorridas com ferimentos causados pelas chamas. Ambulâncias da Arteris Litoral Sul e do Corpo de Bombeiros atuaram no transporte das vítimas, enquanto os demais motoristas, presos no congestionamento, relatavam momentos de pânico ao presenciarem o incêndio.
Por volta das 15h, as chamas já haviam sido parcialmente controladas, mas focos de incêndio persistiam na vegetação ao redor da pista. A área foi isolada devido ao risco de novas explosões, o que atrasou ainda mais o processo de remoção dos destroços. A fumaça densa, visível de longe, tornou o ar irrespirável no entorno, e os profissionais no local precisaram usar máscaras para continuar o trabalho. A operação de combate ao fogo envolveu viaturas de cidades próximas, como Imbituba e Garopaba, além de equipamentos específicos, como mangueiras de alta pressão e espuma química.
Trânsito paralisado e desafios logísticos
A paralisação da BR-101 no Morro dos Cavalos trouxe impactos imediatos para motoristas, empresas de transporte e moradores da região. Com o bloqueio total da rodovia, filas quilométricas se formaram rapidamente, afetando não apenas quem viajava no momento do acidente, mas também o fluxo de mercadorias entre o Sul e outras partes do país. A rodovia é essencial para a conexão de portos, indústrias e cidades turísticas de Santa Catarina, e o trecho do Morro dos Cavalos, com pista única em cada sentido, já é considerado um gargalo em dias de tráfego intenso.
No sentido norte, a ausência de desvios diretos agravou a situação. A PRF informou que a única alternativa disponível é a SC-435, que passa por São Bonifácio, mas o trajeto inclui trechos não asfaltados, o que torna a rota inviável para muitos veículos, especialmente os de carga. Para o sentido sul, motoristas têm optado por dar a volta na própria pista e seguir pelo caminho da Pinheira, embora o congestionamento também esteja intenso nessa opção. Até as 22h deste domingo, a Arteris Litoral Sul reportava 11 quilômetros de fila no trecho, sem qualquer previsão de quando a rodovia será liberada.
O trabalho de remoção dos 25 veículos atingidos começou logo após o controle parcial do incêndio, mas a tarefa é complexa. A carreta tombada ainda está no local, e sua carga inflamável exige cuidados extras para evitar novos incidentes. Equipes da PRF e da concessionária estão coordenando a operação, enquanto agentes de trânsito tentam organizar o fluxo nos arredores. A falta de suporte imediato, como água ou banheiros químicos para os motoristas presos nas filas, também foi relatada por quem está no local, aumentando o desconforto em uma situação já caótica.
- Principais impactos do acidente:
- Interdição total da BR-101 nos dois sentidos.
- 25 veículos destruídos pelas chamas, incluindo 22 carros e 3 carretas.
- Filas de até 11 quilômetros em cada direção.
- Cinco feridos, dois deles em estado mais grave.
- Tráfego logístico comprometido entre o Sul e outras regiões.
Histórico de problemas no Morro dos Cavalos
O trecho do Morro dos Cavalos não é estranho a situações de emergência. Localizado entre os quilômetros 233 e 235 da BR-101, o ponto é marcado por um relevo acidentado e uma pista estreita, que dificultam a passagem em condições adversas. Nos últimos anos, a região enfrentou bloqueios por deslizamentos de terra, quedas de barreiras e outros acidentes com veículos pesados. Em abril de 2024, por exemplo, chuvas intensas abriram crateras na rodovia, deixando o tráfego interrompido por seis dias e gerando filas que chegaram a 16 quilômetros.
Desta vez, o acidente com a carreta de combustível trouxe à tona um problema ainda mais grave: o transporte de cargas perigosas em um trecho sem infraestrutura adequada para emergências. A explosão deste domingo foi registrada por uma câmera de monitoramento da Arteris Litoral Sul, que captou o exato momento em que o veículo tombou e pegou fogo. As imagens mostram a velocidade com que as chamas se alastraram, surpreendendo motoristas que estavam próximos e não tiveram tempo de escapar do alcance do incêndio.
A vegetação de mata atlântica que margeia a rodovia também foi afetada, com focos de fogo se espalhando para além da pista. Bombeiros trabalharam por horas para evitar que o incêndio se tornasse ainda mais devastador, usando técnicas específicas para conter chamas alimentadas por combustível. A combinação de um trecho sinuoso, tráfego intenso e falta de rotas alternativas faz do Morro dos Cavalos um ponto crítico que exige soluções urgentes, algo que autoridades e especialistas discutem há anos sem avanços concretos.
Resposta das autoridades e operação de emergência
Equipes de emergência foram acionadas imediatamente após o acidente. O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina enviou viaturas de múltiplas cidades para o local, enquanto a PRF assumiu o controle do perímetro de segurança. A Arteris Litoral Sul, responsável pela administração da rodovia, forneceu suporte logístico, incluindo guinchos para a remoção dos veículos queimados e sinalização para orientar os motoristas. Apesar do esforço conjunto, o calor intenso e o risco de novas explosões dificultaram o acesso ao ponto central do incêndio.
Por volta das 16h, as chamas já estavam sob controle em grande parte, mas a área permanecia classificada como de alto risco. O tenente Alves, do Corpo de Bombeiros, informou que a região continuava bloqueada devido à instabilidade do cenário. A fumaça densa exigiu o uso de equipamentos de proteção pelos profissionais, e a operação de limpeza da pista só começou efetivamente após as 18h. A PRF reforçou a recomendação para que os motoristas evitem a BR-101 no trecho e aguardem nas filas até que a situação seja normalizada.
A Defesa Civil de Palhoça também acompanha o caso, monitorando possíveis impactos ambientais causados pelo derramamento de etanol. Até o momento, não há registros de contaminação de solo ou cursos d’água próximos, mas a presença de uma carga inflamável exige uma avaliação detalhada. A prefeitura local ainda não se pronunciou sobre medidas de apoio aos motoristas retidos, mas a expectativa é que a situação gere pressão por respostas mais rápidas das autoridades.
Cenário atual e próximos passos
A noite deste domingo chegou sem uma solução definitiva para o bloqueio no Morro dos Cavalos. Às 22h, a Arteris Litoral Sul confirmou que a rodovia seguia interditada, com 11 quilômetros de congestionamento em cada sentido. A remoção dos 25 veículos queimados avançava lentamente, e a carreta tombada permanecia no local, dificultando o trabalho das equipes. A PRF reiterou que não há previsão de liberação, o que mantém motoristas, caminhoneiros e moradores da região em um estado de espera prolongada.
O acidente também reacendeu o debate sobre a necessidade de um túnel no Morro dos Cavalos, uma obra prometida há mais de 17 anos. A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) propôs recentemente que o projeto seja incluído no contrato da CCR Via Costeira, concessionária do trecho sul da BR-101, como forma de viabilizar a construção. A ideia é que a revisão do contrato, prevista para 2025, contemple o investimento, mas até lá, incidentes como o deste domingo continuam a expor os riscos do trecho atual.
Enquanto isso, quem depende da rodovia enfrenta horas de transtorno. Relatos nas redes sociais mostram motoristas compartilhando fotos e vídeos do incêndio, com destaque para o denso fumo negro que tomou conta do céu. A falta de suporte básico, como água e banheiros, agrava a situação para os que estão presos nas filas. A operação de limpeza e remoção deve se estender pela madrugada, mas o impacto logístico e humano deste acidente já marca a história do Morro dos Cavalos como um dos mais graves dos últimos anos.
- Medidas em andamento no local:
- Remoção de 25 veículos queimados, incluindo a carreta principal.
- Controle de focos de incêndio na vegetação ao redor da pista.
- Monitoramento ambiental para evitar contaminação por etanol.
- Sinalização e organização do tráfego pela PRF e Arteris Litoral Sul.
Cronologia do acidente no Morro dos Cavalos
O acidente deste domingo seguiu uma sequência de eventos que transformou uma tarde tranquila em um cenário de caos. Abaixo, os principais momentos registrados até o momento:
- 13h36: Carreta carregada de etanol tomba no quilômetro 233,7 da BR-101.
- 13h40: Explosão ocorre, e as chamas se espalham pela pista e atingem outros veículos.
- 14h10: PRF confirma interdição total da rodovia nos dois sentidos.
- 15h00: Bombeiros controlam parcialmente o incêndio, mas focos persistem.
- 18h00: Início da remoção dos veículos queimados, com área ainda isolada.
- 22h00: Filas chegam a 11 quilômetros, sem previsão de liberação da pista.
Efeitos a longo prazo e espera por soluções
O bloqueio prolongado da BR-101 no Morro dos Cavalos terá reflexos que vão além deste domingo. Empresas de transporte que dependem da rodovia para escoar mercadorias já calculam prejuízos, enquanto moradores de Palhoça, São José e Florianópolis enfrentam dificuldades de deslocamento. O trecho, que liga a Grande Florianópolis ao sul do estado, é vital para a economia local, e a paralisação evidencia a fragilidade de depender de uma única rota em condições tão precárias.
A proposta do túnel, vista como uma solução definitiva, ganhou novo fôlego com o acidente. A obra, discutida desde 2008, enfrenta entraves burocráticos e financeiros, mas o incidente deste domingo pode pressionar autoridades a acelerar o projeto. A Fiesc argumenta que incluir o túnel no contrato da CCR Via Costeira seria uma forma de viabilizar o investimento sem sobrecarregar os pedágios, mas a execução depende de negociações que só devem avançar no próximo ano.
Por enquanto, a prioridade é liberar a pista e garantir a segurança de quem ainda está no local. A PRF mantém o alerta para que motoristas evitem a região, enquanto equipes trabalham sem parar para remover os destroços. O acidente no Morro dos Cavalos deixa um saldo de cinco feridos, 25 veículos destruídos e um lembrete claro de que o trecho precisa de atenção urgente para evitar que situações como essa se repitam.

Um grave acidente abalou a rotina de quem trafega pela BR-101 na tarde deste domingo, 6 de abril, na região do Morro dos Cavalos, em Palhoça, na Grande Florianópolis. Por volta das 13h40, uma carreta carregada de combustível tombou no quilômetro 233,7 da rodovia, desencadeando uma explosão seguida de um incêndio de grandes proporções. As chamas se espalharam rapidamente, atingindo outros veículos e deixando a pista completamente interditada nos dois sentidos. Até o momento, cinco pessoas ficaram feridas, e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) trabalha na remoção de 25 veículos queimados, enquanto motoristas enfrentam filas extensas sem perspectiva de liberação.
O incidente começou quando o veículo pesado, que transportava etanol, perdeu o controle e tombou no sentido norte, em direção a Curitiba. A carga inflamável entrou em combustão quase imediatamente, gerando uma cena caótica que testemunhas descreveram como aterrorizante. Imagens aéreas captadas por uma aeronave do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina mostram a dimensão do estrago: colunas de fumaça preta subiam a quilômetros de distância, e uma fila de carros incendiados marcava o trecho afetado. Equipes de emergência, incluindo bombeiros, agentes da PRF e da Arteris Litoral Sul, concessionária responsável pela rodovia, foram mobilizadas para conter o fogo e prestar socorro.
🚨Imagens impressionantes do estrago que o acidente em Palhoça causou.
O acidente ocorreu no km 233,no Morro dos Cavalos em Palhoça, na Grande Florianópolis-SC.
No total, 24 carros e três carretas foram atingidos,com cinco feridos. 😳 pic.twitter.com/2sSb6fSbwh— Aliel (@_gaelli_petrovi) April 7, 2025
A interdição total da BR-101, uma das principais artérias logísticas do Sul do país, causou transtornos imediatos. No sentido sul, rumo a Porto Alegre, o congestionamento ultrapassou 7 quilômetros, alcançando a região da Praia de Fora. Já no sentido norte, as filas chegaram próximas à praça de pedágio, com mais de 6,5 quilômetros de extensão. A PRF recomendou que os motoristas permaneçam nas filas, aguardando a liberação, enquanto a Arteris Litoral Sul alertou que não há rotas alternativas viáveis no momento para o sentido norte, exceto um desvio parcial pelo caminho da Pinheira para quem segue ao sul.
Impacto imediato na rodovia e na região
O acidente no Morro dos Cavalos expôs, mais uma vez, a vulnerabilidade de um dos trechos mais críticos da BR-101 em Santa Catarina. Conhecido por suas curvas sinuosas e alta circulação de veículos, o local já foi palco de outros incidentes graves ao longo dos anos. Desta vez, a explosão da carreta deixou um rastro de destruição que afetou diretamente 25 veículos, entre carros e outras carretas, segundo levantamento inicial do Corpo de Bombeiros. O fogo, alimentado pelo etanol derramado, consumiu rapidamente tudo o que estava ao alcance, dificultando o trabalho das equipes de resgate.
Entre as vítimas, estão o motorista da carreta e sua esposa, que sofreram queimaduras nos braços e pernas. Ambos foram encaminhados à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Pinheira, em Palhoça, onde receberam os primeiros cuidados. Outras três pessoas, que estavam em veículos próximos ao ponto da explosão, também foram socorridas com ferimentos causados pelas chamas. Ambulâncias da Arteris Litoral Sul e do Corpo de Bombeiros atuaram no transporte das vítimas, enquanto os demais motoristas, presos no congestionamento, relatavam momentos de pânico ao presenciarem o incêndio.
Por volta das 15h, as chamas já haviam sido parcialmente controladas, mas focos de incêndio persistiam na vegetação ao redor da pista. A área foi isolada devido ao risco de novas explosões, o que atrasou ainda mais o processo de remoção dos destroços. A fumaça densa, visível de longe, tornou o ar irrespirável no entorno, e os profissionais no local precisaram usar máscaras para continuar o trabalho. A operação de combate ao fogo envolveu viaturas de cidades próximas, como Imbituba e Garopaba, além de equipamentos específicos, como mangueiras de alta pressão e espuma química.
Trânsito paralisado e desafios logísticos
A paralisação da BR-101 no Morro dos Cavalos trouxe impactos imediatos para motoristas, empresas de transporte e moradores da região. Com o bloqueio total da rodovia, filas quilométricas se formaram rapidamente, afetando não apenas quem viajava no momento do acidente, mas também o fluxo de mercadorias entre o Sul e outras partes do país. A rodovia é essencial para a conexão de portos, indústrias e cidades turísticas de Santa Catarina, e o trecho do Morro dos Cavalos, com pista única em cada sentido, já é considerado um gargalo em dias de tráfego intenso.
No sentido norte, a ausência de desvios diretos agravou a situação. A PRF informou que a única alternativa disponível é a SC-435, que passa por São Bonifácio, mas o trajeto inclui trechos não asfaltados, o que torna a rota inviável para muitos veículos, especialmente os de carga. Para o sentido sul, motoristas têm optado por dar a volta na própria pista e seguir pelo caminho da Pinheira, embora o congestionamento também esteja intenso nessa opção. Até as 22h deste domingo, a Arteris Litoral Sul reportava 11 quilômetros de fila no trecho, sem qualquer previsão de quando a rodovia será liberada.
O trabalho de remoção dos 25 veículos atingidos começou logo após o controle parcial do incêndio, mas a tarefa é complexa. A carreta tombada ainda está no local, e sua carga inflamável exige cuidados extras para evitar novos incidentes. Equipes da PRF e da concessionária estão coordenando a operação, enquanto agentes de trânsito tentam organizar o fluxo nos arredores. A falta de suporte imediato, como água ou banheiros químicos para os motoristas presos nas filas, também foi relatada por quem está no local, aumentando o desconforto em uma situação já caótica.
- Principais impactos do acidente:
- Interdição total da BR-101 nos dois sentidos.
- 25 veículos destruídos pelas chamas, incluindo 22 carros e 3 carretas.
- Filas de até 11 quilômetros em cada direção.
- Cinco feridos, dois deles em estado mais grave.
- Tráfego logístico comprometido entre o Sul e outras regiões.
Histórico de problemas no Morro dos Cavalos
O trecho do Morro dos Cavalos não é estranho a situações de emergência. Localizado entre os quilômetros 233 e 235 da BR-101, o ponto é marcado por um relevo acidentado e uma pista estreita, que dificultam a passagem em condições adversas. Nos últimos anos, a região enfrentou bloqueios por deslizamentos de terra, quedas de barreiras e outros acidentes com veículos pesados. Em abril de 2024, por exemplo, chuvas intensas abriram crateras na rodovia, deixando o tráfego interrompido por seis dias e gerando filas que chegaram a 16 quilômetros.
Desta vez, o acidente com a carreta de combustível trouxe à tona um problema ainda mais grave: o transporte de cargas perigosas em um trecho sem infraestrutura adequada para emergências. A explosão deste domingo foi registrada por uma câmera de monitoramento da Arteris Litoral Sul, que captou o exato momento em que o veículo tombou e pegou fogo. As imagens mostram a velocidade com que as chamas se alastraram, surpreendendo motoristas que estavam próximos e não tiveram tempo de escapar do alcance do incêndio.
A vegetação de mata atlântica que margeia a rodovia também foi afetada, com focos de fogo se espalhando para além da pista. Bombeiros trabalharam por horas para evitar que o incêndio se tornasse ainda mais devastador, usando técnicas específicas para conter chamas alimentadas por combustível. A combinação de um trecho sinuoso, tráfego intenso e falta de rotas alternativas faz do Morro dos Cavalos um ponto crítico que exige soluções urgentes, algo que autoridades e especialistas discutem há anos sem avanços concretos.
Resposta das autoridades e operação de emergência
Equipes de emergência foram acionadas imediatamente após o acidente. O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina enviou viaturas de múltiplas cidades para o local, enquanto a PRF assumiu o controle do perímetro de segurança. A Arteris Litoral Sul, responsável pela administração da rodovia, forneceu suporte logístico, incluindo guinchos para a remoção dos veículos queimados e sinalização para orientar os motoristas. Apesar do esforço conjunto, o calor intenso e o risco de novas explosões dificultaram o acesso ao ponto central do incêndio.
Por volta das 16h, as chamas já estavam sob controle em grande parte, mas a área permanecia classificada como de alto risco. O tenente Alves, do Corpo de Bombeiros, informou que a região continuava bloqueada devido à instabilidade do cenário. A fumaça densa exigiu o uso de equipamentos de proteção pelos profissionais, e a operação de limpeza da pista só começou efetivamente após as 18h. A PRF reforçou a recomendação para que os motoristas evitem a BR-101 no trecho e aguardem nas filas até que a situação seja normalizada.
A Defesa Civil de Palhoça também acompanha o caso, monitorando possíveis impactos ambientais causados pelo derramamento de etanol. Até o momento, não há registros de contaminação de solo ou cursos d’água próximos, mas a presença de uma carga inflamável exige uma avaliação detalhada. A prefeitura local ainda não se pronunciou sobre medidas de apoio aos motoristas retidos, mas a expectativa é que a situação gere pressão por respostas mais rápidas das autoridades.
Cenário atual e próximos passos
A noite deste domingo chegou sem uma solução definitiva para o bloqueio no Morro dos Cavalos. Às 22h, a Arteris Litoral Sul confirmou que a rodovia seguia interditada, com 11 quilômetros de congestionamento em cada sentido. A remoção dos 25 veículos queimados avançava lentamente, e a carreta tombada permanecia no local, dificultando o trabalho das equipes. A PRF reiterou que não há previsão de liberação, o que mantém motoristas, caminhoneiros e moradores da região em um estado de espera prolongada.
O acidente também reacendeu o debate sobre a necessidade de um túnel no Morro dos Cavalos, uma obra prometida há mais de 17 anos. A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) propôs recentemente que o projeto seja incluído no contrato da CCR Via Costeira, concessionária do trecho sul da BR-101, como forma de viabilizar a construção. A ideia é que a revisão do contrato, prevista para 2025, contemple o investimento, mas até lá, incidentes como o deste domingo continuam a expor os riscos do trecho atual.
Enquanto isso, quem depende da rodovia enfrenta horas de transtorno. Relatos nas redes sociais mostram motoristas compartilhando fotos e vídeos do incêndio, com destaque para o denso fumo negro que tomou conta do céu. A falta de suporte básico, como água e banheiros, agrava a situação para os que estão presos nas filas. A operação de limpeza e remoção deve se estender pela madrugada, mas o impacto logístico e humano deste acidente já marca a história do Morro dos Cavalos como um dos mais graves dos últimos anos.
- Medidas em andamento no local:
- Remoção de 25 veículos queimados, incluindo a carreta principal.
- Controle de focos de incêndio na vegetação ao redor da pista.
- Monitoramento ambiental para evitar contaminação por etanol.
- Sinalização e organização do tráfego pela PRF e Arteris Litoral Sul.
Cronologia do acidente no Morro dos Cavalos
O acidente deste domingo seguiu uma sequência de eventos que transformou uma tarde tranquila em um cenário de caos. Abaixo, os principais momentos registrados até o momento:
- 13h36: Carreta carregada de etanol tomba no quilômetro 233,7 da BR-101.
- 13h40: Explosão ocorre, e as chamas se espalham pela pista e atingem outros veículos.
- 14h10: PRF confirma interdição total da rodovia nos dois sentidos.
- 15h00: Bombeiros controlam parcialmente o incêndio, mas focos persistem.
- 18h00: Início da remoção dos veículos queimados, com área ainda isolada.
- 22h00: Filas chegam a 11 quilômetros, sem previsão de liberação da pista.
Efeitos a longo prazo e espera por soluções
O bloqueio prolongado da BR-101 no Morro dos Cavalos terá reflexos que vão além deste domingo. Empresas de transporte que dependem da rodovia para escoar mercadorias já calculam prejuízos, enquanto moradores de Palhoça, São José e Florianópolis enfrentam dificuldades de deslocamento. O trecho, que liga a Grande Florianópolis ao sul do estado, é vital para a economia local, e a paralisação evidencia a fragilidade de depender de uma única rota em condições tão precárias.
A proposta do túnel, vista como uma solução definitiva, ganhou novo fôlego com o acidente. A obra, discutida desde 2008, enfrenta entraves burocráticos e financeiros, mas o incidente deste domingo pode pressionar autoridades a acelerar o projeto. A Fiesc argumenta que incluir o túnel no contrato da CCR Via Costeira seria uma forma de viabilizar o investimento sem sobrecarregar os pedágios, mas a execução depende de negociações que só devem avançar no próximo ano.
Por enquanto, a prioridade é liberar a pista e garantir a segurança de quem ainda está no local. A PRF mantém o alerta para que motoristas evitem a região, enquanto equipes trabalham sem parar para remover os destroços. O acidente no Morro dos Cavalos deixa um saldo de cinco feridos, 25 veículos destruídos e um lembrete claro de que o trecho precisa de atenção urgente para evitar que situações como essa se repitam.
