O sábado, 5 de abril, foi marcado por um empate frustrante para o Barcelona no estádio Olímpico Lluís Companys, onde a equipe ficou no 1 a 1 contra o Real Betis pela 30ª rodada da La Liga 2024/25. Apesar de manter a liderança do campeonato com 67 pontos, quatro à frente do Real Madrid, o resultado não agradou ao atacante brasileiro Raphinha, que protagonizou momentos de tensão ao fim da partida. Visivelmente irritado com a arbitragem, ele reclamou do tempo de acréscimo e de decisões como a não marcação de um escanteio nos instantes finais, o que gerou uma reação explosiva. O técnico Hansi Flick e o goleiro Marc-André Ter Stegen, mesmo sem jogar por estar lesionado, tentaram contê-lo, mas acabaram envolvidos em um confronto direto com o jogador. A cena chamou a atenção e expôs os ânimos exaltados no elenco blaugrana, que agora se prepara para desafios importantes na Liga dos Campeões e no Espanhol.
A partida começou com o Barcelona abrindo o placar logo aos sete minutos, graças a um gol de Gavi, que aproveitou uma jogada bem trabalhada para colocar os donos da casa em vantagem. No entanto, o Real Betis não demorou a reagir e, aos 17 minutos, Natan empatou o jogo com um cabeceio preciso, definindo o placar que se manteve até o apito final. O resultado foi um balde de água fria para os catalães, que vinham de uma sequência positiva e tinham a chance de ampliar a diferença na liderança após a derrota do Real Madrid para o Valencia por 2 a 1 no mesmo dia. Raphinha, que começou no banco por decisão de Flick e entrou no segundo tempo, esperava um desfecho diferente, mas o que se viu foi uma atuação aquém do esperado e um descontrole emocional que roubou a cena.
Flick, por sua vez, justificou a ausência de Raphinha no time titular como uma medida para poupá-lo, considerando o desgaste do jogador após compromissos com a seleção brasileira e a proximidade de um duelo decisivo contra o Borussia Dortmund pelas quartas de final da Champions League. Mesmo assim, a entrada do brasileiro na segunda etapa não mudou o rumo do jogo, e sua frustração ficou evidente após o apito final de Gil Manzano. O árbitro, alvo das reclamações, adicionou apenas quatro minutos de acréscimo, o que Raphinha considerou insuficiente, especialmente por acreditar que um escanteio a favor do Barcelona, nos momentos derradeiros, foi ignorado pela arbitragem.
🎙️ Hansi Flick: “é um jogo a menos e um ponto a mais. Estou contente com o segundo tempo, porque tentamos de tudo.” pic.twitter.com/LYtFDf6nFX
— FC Barcelona (@fcbarcelona_br) April 5, 2025
Tensão no apito final: o que aconteceu com Raphinha
Após o término do confronto, Raphinha não conteve sua insatisfação e partiu em direção aos árbitros para protestar. O técnico Hansi Flick, percebendo a situação, tentou intervir, posicionando-se entre o jogador e o assistente, mas o brasileiro estava determinado a expressar sua revolta. A discussão com o treinador foi breve, mas acalorada, e não parou por aí. Enquanto se dirigia ao túnel, Raphinha encontrou Ter Stegen, que, mesmo fora de campo por lesão e vestindo roupas casuais, tentou acalmá-lo. O gesto do goleiro, no entanto, foi recebido com um empurrão, o que gerou uma resposta imediata do alemão, que também o empurrou de volta, encaminhando-o ao vestiário.
A cena foi capturada pelas câmeras e rapidamente repercutiu entre os torcedores e a imprensa. Apesar da intensidade do momento, o relatório arbitral de Gil Manzano não mencionou o incidente, o que sugere que Raphinha não enfrentará punições disciplinares por sua conduta. Lewandowski, outro companheiro de equipe, também tentou apaziguar a situação antes de Ter Stegen, mas sem sucesso. A frustração do brasileiro parecia estar direcionada não apenas à arbitragem, mas ao desenrolar de uma partida que poderia ter consolidado ainda mais a posição do Barcelona na tabela.
O técnico Hansi Flick, em entrevista após o jogo, abordou o comportamento de Raphinha com um tom leve, mas revelador. Ele afirmou que o jogador estava irritado com ele próprio, e não apenas com os árbitros, destacando que o brasileiro gritava durante o confronto. A declaração do treinador alemão indica que o episódio pode ter raízes mais profundas, possivelmente ligadas à decisão de deixá-lo no banco ou ao desempenho coletivo da equipe, que não conseguiu superar a sólida defesa do Betis.
Contexto do jogo: Barcelona tropeça em casa
O empate contra o Real Betis veio em um momento crucial da temporada. Com o Real Madrid tropeçando diante do Valencia, o Barcelona tinha a oportunidade de abrir uma vantagem mais confortável na liderança da La Liga. A equipe de Hansi Flick, que soma 67 pontos em 30 rodadas, segue invicta em 2025 em todas as competições, mas o resultado em casa foi visto como um deslize. O Betis, por outro lado, chegou ao confronto em grande fase, com uma sequência de seis vitórias consecutivas no campeonato espanhol, o que demonstra a força do adversário enfrentado pelos catalães.
Gavi, autor do gol do Barcelona, foi um dos destaques do primeiro tempo, trazendo energia ao meio-campo e finalizando com precisão logo no início. A resposta do Betis, no entanto, veio rápido, com Natan aproveitando uma falha na marcação para igualar o placar. A partir daí, o jogo se tornou equilibrado, com chances de ambos os lados, mas sem a eficiência necessária para alterar o marcador. Raphinha, ao entrar no segundo tempo, tentou dar mais dinamismo ao ataque, mas esbarrou na organização defensiva do time visitante.
A decisão de Flick de poupar Raphinha no início do jogo foi explicada pelo treinador como uma estratégia para gerenciar o desgaste físico do jogador, que acumula 24 gols e 13 assistências em todas as competições nesta temporada. O brasileiro, um dos principais nomes do elenco e cotado como candidato ao Ballon d’Or, vinha de uma passagem complicada pela seleção brasileira durante a pausa internacional, o que pode ter influenciado sua condição física e emocional para o duelo contra o Betis.
Repercussão do incidente: o que dizem os envolvidos
Hansi Flick, ao comentar o ocorrido, preferiu não se aprofundar na questão da arbitragem, evitando críticas diretas a Gil Manzano. Sua postura foi de focar no próximo desafio, o confronto com o Borussia Dortmund, marcado para quarta-feira, 9 de abril, pelas quartas de final da Liga dos Campeões. O treinador destacou a necessidade de manter os jogadores com “pernas frescas” para o embate europeu, o que reforça sua escolha de escalar Ferran Torres no lugar de Raphinha no time titular contra o Betis.
Ter Stegen, por sua vez, não se pronunciou publicamente sobre o empurrão, mas sua intervenção no incidente mostrou o peso de sua liderança como capitão, mesmo estando fora dos gramados devido a uma lesão no ligamento cruzado que o afasta desde setembro. O goleiro alemão, que assistiu ao jogo das arquibancadas, agiu para evitar que a situação escalasse ainda mais, demonstrando seu papel de mediador no elenco.
Raphinha, conhecido por seu temperamento forte, já havia demonstrado frustração em outras ocasiões, como durante a pausa internacional com o Brasil, onde teve atuações abaixo do esperado. Sua reação após o empate reflete não apenas a insatisfação com o resultado, mas também a pressão que carrega como um dos protagonistas do Barcelona em uma temporada na qual o clube briga por títulos em três frentes: La Liga, Copa do Rei e Champions League.
Cronologia dos eventos no estádio Olímpico
Para entender melhor o que levou à explosão de Raphinha, é importante relembrar os principais momentos do jogo e do pós-partida:
- 7º minuto: Gavi abre o placar para o Barcelona com um gol após jogada coletiva.
- 17º minuto: Natan empata para o Real Betis com um cabeceio em cobrança de escanteio.
- 57º minuto: Raphinha entra em campo, substituindo Ferran Torres, na tentativa de mudar o jogo.
- Final do jogo: Gil Manzano apita o fim com quatro minutos de acréscimo, ignorando um possível escanteio para o Barcelona.
- Pós-apito: Raphinha protesta contra os árbitros, é contido por Flick e empurra Ter Stegen no caminho para o vestiário.
Esse desenrolar mostra como a partida, que começou promissora para os catalães, terminou em um clima de tensão, com o brasileiro no centro das atenções por sua reação.
Impacto na liderança da La Liga
Apesar do empate, o Barcelona segue na liderança da La Liga com 67 pontos, quatro à frente do Real Madrid, que tem 63. O tropeço em casa, no entanto, impede que a vantagem seja ainda maior, especialmente em um momento em que os merengues também perderam pontos. O Real Betis, com o resultado, mantém sua boa fase e se consolida como um adversário difícil, ocupando uma posição confortável na tabela e mostrando consistência sob o comando de Manuel Pellegrini.
O próximo compromisso do Barcelona no campeonato espanhol será contra o Leganés, no sábado, 12 de abril, pela 31ª rodada. Antes disso, porém, a equipe terá que lidar com o Borussia Dortmund na Champions, um jogo que pode testar ainda mais os nervos de Raphinha e companhia. A temporada entra em sua fase decisiva, e o controle emocional será tão importante quanto o desempenho técnico para os blaugranas.
Raphinha em destaque: números e desempenho
Raphinha tem sido um dos pilares do Barcelona na temporada 2024/25. Com 24 gols e 13 assistências em todas as competições, o brasileiro vive seu melhor momento desde que chegou ao clube vindo do Leeds United em 2022 por cerca de 58 milhões de euros. Sob o comando de Hansi Flick, ele encontrou regularidade e se tornou peça-chave no esquema tático, contrastando com os altos e baixos das temporadas anteriores sob Xavi Hernández.
No entanto, sua ausência no time titular contra o Betis reacendeu debates sobre sua gestão física e emocional. Flick, ao optar por Ferran Torres no início, buscou preservar o brasileiro para os desafios futuros, mas o resultado em campo e a reação posterior mostram que o equilíbrio entre descanso e utilização ainda é um desafio para o treinador.
Pressão e expectativas no Barcelona
O Barcelona de Hansi Flick vive uma temporada de renovação e ambição. Após um ano decepcionante em 2023/24, com eliminações precoces na Champions e a perda do título da La Liga, o clube apostou no treinador alemão para iniciar uma nova era. Os resultados até agora são animadores: liderança no Espanhol, presença nas quartas da Champions e uma final de Copa do Rei contra o Real Madrid marcada para 26 de abril. No entanto, episódios como o de Raphinha evidenciam a pressão que recai sobre o elenco.
A torcida, que lotou o estádio Olímpico Lluís Companys, esperava uma vitória para consolidar a boa fase, mas saiu com um gosto amargo. O empate, embora não comprometa a liderança, serve como alerta para a necessidade de ajustes, tanto no desempenho em campo quanto na gestão dos ânimos fora dele.
Próximos passos: Champions e La Liga em foco
Com o Borussia Dortmund no horizonte, o Barcelona terá pouco tempo para digerir o empate contra o Betis. O jogo de ida das quartas de final da Liga dos Campeões, na quarta-feira, 9 de abril, será disputado no mesmo estádio Olímpico, e a expectativa é de que Raphinha esteja entre os titulares. Flick já sinalizou que o foco está em manter o elenco fresco para esse confronto, o que pode explicar sua cautela na escalação contra o Betis.
No Espanhol, o duelo contra o Leganés na próxima rodada oferece uma chance de recuperação rápida. A sequência de jogos até o clássico contra o Real Madrid, em 11 de maio, será decisiva para definir o rumo do título. Até lá, o Barcelona precisará contar com a liderança de jogadores como Ter Stegen e o talento de Raphinha, mas também com a capacidade de Flick de manter a harmonia no grupo.
Momentos marcantes do confronto com o Betis
Alguns instantes do jogo e do pós-partida merecem destaque pela relevância:
- Gavi marcou seu primeiro gol em casa na temporada, reforçando sua importância no meio-campo.
- A defesa do Betis neutralizou as investidas de Lewandowski e Yamal, limitando o ataque blaugrana.
- Raphinha quase mudou o jogo com um cruzamento perigoso nos acréscimos, mas a jogada foi interrompida pelo apito final.
- O empurrão em Ter Stegen foi o ápice de uma sequência de protestos que envolveu até Lewandowski e Flick.
Esses eventos resumem uma noite de emoções intensas, em que o Barcelona mostrou qualidade, mas também vulnerabilidade.
Raphinha e a relação com o elenco
A interação de Raphinha com Ter Stegen e Flick levanta questões sobre a dinâmica interna do Barcelona. O brasileiro, que assumiu um papel de protagonista nesta temporada, tem histórico de demonstrar emoção em campo, algo que pode ser tanto um trunfo quanto um desafio. Sua relação com o treinador, que o transformou em peça central do time, parecia sólida até o incidente, mas o confronto sugere que a pressão do momento pode ter abalado essa sintonia.
Ter Stegen, como capitão, exerceu sua autoridade ao intervir, mesmo estando fora de ação. O empurrão recebido e sua resposta firme mostram que o goleiro não está disposto a deixar que tensões pessoais afetem o grupo. Lewandowski, outro líder experiente, também tentou apaziguar Raphinha, indicando que o elenco está atento à necessidade de manter a união em um momento crucial da temporada.
Fatores que influenciaram o empate
Vários elementos contribuíram para o resultado contra o Betis. A ausência de jogadores importantes, como Dani Olmo, Marc Casadó e o próprio Ter Stegen, por lesão, limitou as opções de Flick. A escolha de poupar Raphinha no início, embora estratégica, pode ter afetado o ritmo do ataque, que dependeu muito de Yamal e Lewandowski. Além disso, o Betis mostrou organização tática e aproveitou uma das poucas chances que teve para empatar.
A arbitragem, ponto central da revolta de Raphinha, também teve seu papel. A decisão de encerrar o jogo sem conceder o escanteio final foi vista como precipitada por parte do elenco blaugrana, embora o tempo de acréscimo tenha seguido o padrão habitual de quatro minutos para a segunda etapa.
⏱️+4 minutos de acréscimo. Vaaamos, Baaarça! 🔥#BarçaBetis (1-1) pic.twitter.com/IKW0xOe0BT
— FC Barcelona (@fcbarcelona_br) April 5, 2025
O que esperar de Raphinha nos próximos jogos
Raphinha, com seu talento inegável, será essencial para o Barcelona nas próximas semanas. Sua capacidade de decidir jogos, como já fez em diversas ocasiões nesta temporada, pode ser o diferencial contra o Dortmund e o Leganés. No entanto, o controle emocional será igualmente importante. Flick, que já lidou com estrelas como Lewandowski no Bayern de Munique, terá a missão de canalizar essa energia para o bem do time.
O brasileiro, que soma 11 assistências na La Liga, lidera o ranking de passes decisivos no campeonato, além de ser o artilheiro do time em todas as competições. Sua volta ao time titular contra o Dortmund é quase certa, e a torcida espera que ele transforme a frustração em motivação para os desafios que estão por vir.

O sábado, 5 de abril, foi marcado por um empate frustrante para o Barcelona no estádio Olímpico Lluís Companys, onde a equipe ficou no 1 a 1 contra o Real Betis pela 30ª rodada da La Liga 2024/25. Apesar de manter a liderança do campeonato com 67 pontos, quatro à frente do Real Madrid, o resultado não agradou ao atacante brasileiro Raphinha, que protagonizou momentos de tensão ao fim da partida. Visivelmente irritado com a arbitragem, ele reclamou do tempo de acréscimo e de decisões como a não marcação de um escanteio nos instantes finais, o que gerou uma reação explosiva. O técnico Hansi Flick e o goleiro Marc-André Ter Stegen, mesmo sem jogar por estar lesionado, tentaram contê-lo, mas acabaram envolvidos em um confronto direto com o jogador. A cena chamou a atenção e expôs os ânimos exaltados no elenco blaugrana, que agora se prepara para desafios importantes na Liga dos Campeões e no Espanhol.
A partida começou com o Barcelona abrindo o placar logo aos sete minutos, graças a um gol de Gavi, que aproveitou uma jogada bem trabalhada para colocar os donos da casa em vantagem. No entanto, o Real Betis não demorou a reagir e, aos 17 minutos, Natan empatou o jogo com um cabeceio preciso, definindo o placar que se manteve até o apito final. O resultado foi um balde de água fria para os catalães, que vinham de uma sequência positiva e tinham a chance de ampliar a diferença na liderança após a derrota do Real Madrid para o Valencia por 2 a 1 no mesmo dia. Raphinha, que começou no banco por decisão de Flick e entrou no segundo tempo, esperava um desfecho diferente, mas o que se viu foi uma atuação aquém do esperado e um descontrole emocional que roubou a cena.
Flick, por sua vez, justificou a ausência de Raphinha no time titular como uma medida para poupá-lo, considerando o desgaste do jogador após compromissos com a seleção brasileira e a proximidade de um duelo decisivo contra o Borussia Dortmund pelas quartas de final da Champions League. Mesmo assim, a entrada do brasileiro na segunda etapa não mudou o rumo do jogo, e sua frustração ficou evidente após o apito final de Gil Manzano. O árbitro, alvo das reclamações, adicionou apenas quatro minutos de acréscimo, o que Raphinha considerou insuficiente, especialmente por acreditar que um escanteio a favor do Barcelona, nos momentos derradeiros, foi ignorado pela arbitragem.
🎙️ Hansi Flick: “é um jogo a menos e um ponto a mais. Estou contente com o segundo tempo, porque tentamos de tudo.” pic.twitter.com/LYtFDf6nFX
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Tensão no apito final: o que aconteceu com Raphinha
Após o término do confronto, Raphinha não conteve sua insatisfação e partiu em direção aos árbitros para protestar. O técnico Hansi Flick, percebendo a situação, tentou intervir, posicionando-se entre o jogador e o assistente, mas o brasileiro estava determinado a expressar sua revolta. A discussão com o treinador foi breve, mas acalorada, e não parou por aí. Enquanto se dirigia ao túnel, Raphinha encontrou Ter Stegen, que, mesmo fora de campo por lesão e vestindo roupas casuais, tentou acalmá-lo. O gesto do goleiro, no entanto, foi recebido com um empurrão, o que gerou uma resposta imediata do alemão, que também o empurrou de volta, encaminhando-o ao vestiário.
A cena foi capturada pelas câmeras e rapidamente repercutiu entre os torcedores e a imprensa. Apesar da intensidade do momento, o relatório arbitral de Gil Manzano não mencionou o incidente, o que sugere que Raphinha não enfrentará punições disciplinares por sua conduta. Lewandowski, outro companheiro de equipe, também tentou apaziguar a situação antes de Ter Stegen, mas sem sucesso. A frustração do brasileiro parecia estar direcionada não apenas à arbitragem, mas ao desenrolar de uma partida que poderia ter consolidado ainda mais a posição do Barcelona na tabela.
O técnico Hansi Flick, em entrevista após o jogo, abordou o comportamento de Raphinha com um tom leve, mas revelador. Ele afirmou que o jogador estava irritado com ele próprio, e não apenas com os árbitros, destacando que o brasileiro gritava durante o confronto. A declaração do treinador alemão indica que o episódio pode ter raízes mais profundas, possivelmente ligadas à decisão de deixá-lo no banco ou ao desempenho coletivo da equipe, que não conseguiu superar a sólida defesa do Betis.
Contexto do jogo: Barcelona tropeça em casa
O empate contra o Real Betis veio em um momento crucial da temporada. Com o Real Madrid tropeçando diante do Valencia, o Barcelona tinha a oportunidade de abrir uma vantagem mais confortável na liderança da La Liga. A equipe de Hansi Flick, que soma 67 pontos em 30 rodadas, segue invicta em 2025 em todas as competições, mas o resultado em casa foi visto como um deslize. O Betis, por outro lado, chegou ao confronto em grande fase, com uma sequência de seis vitórias consecutivas no campeonato espanhol, o que demonstra a força do adversário enfrentado pelos catalães.
Gavi, autor do gol do Barcelona, foi um dos destaques do primeiro tempo, trazendo energia ao meio-campo e finalizando com precisão logo no início. A resposta do Betis, no entanto, veio rápido, com Natan aproveitando uma falha na marcação para igualar o placar. A partir daí, o jogo se tornou equilibrado, com chances de ambos os lados, mas sem a eficiência necessária para alterar o marcador. Raphinha, ao entrar no segundo tempo, tentou dar mais dinamismo ao ataque, mas esbarrou na organização defensiva do time visitante.
A decisão de Flick de poupar Raphinha no início do jogo foi explicada pelo treinador como uma estratégia para gerenciar o desgaste físico do jogador, que acumula 24 gols e 13 assistências em todas as competições nesta temporada. O brasileiro, um dos principais nomes do elenco e cotado como candidato ao Ballon d’Or, vinha de uma passagem complicada pela seleção brasileira durante a pausa internacional, o que pode ter influenciado sua condição física e emocional para o duelo contra o Betis.
Repercussão do incidente: o que dizem os envolvidos
Hansi Flick, ao comentar o ocorrido, preferiu não se aprofundar na questão da arbitragem, evitando críticas diretas a Gil Manzano. Sua postura foi de focar no próximo desafio, o confronto com o Borussia Dortmund, marcado para quarta-feira, 9 de abril, pelas quartas de final da Liga dos Campeões. O treinador destacou a necessidade de manter os jogadores com “pernas frescas” para o embate europeu, o que reforça sua escolha de escalar Ferran Torres no lugar de Raphinha no time titular contra o Betis.
Ter Stegen, por sua vez, não se pronunciou publicamente sobre o empurrão, mas sua intervenção no incidente mostrou o peso de sua liderança como capitão, mesmo estando fora dos gramados devido a uma lesão no ligamento cruzado que o afasta desde setembro. O goleiro alemão, que assistiu ao jogo das arquibancadas, agiu para evitar que a situação escalasse ainda mais, demonstrando seu papel de mediador no elenco.
Raphinha, conhecido por seu temperamento forte, já havia demonstrado frustração em outras ocasiões, como durante a pausa internacional com o Brasil, onde teve atuações abaixo do esperado. Sua reação após o empate reflete não apenas a insatisfação com o resultado, mas também a pressão que carrega como um dos protagonistas do Barcelona em uma temporada na qual o clube briga por títulos em três frentes: La Liga, Copa do Rei e Champions League.
Cronologia dos eventos no estádio Olímpico
Para entender melhor o que levou à explosão de Raphinha, é importante relembrar os principais momentos do jogo e do pós-partida:
- 7º minuto: Gavi abre o placar para o Barcelona com um gol após jogada coletiva.
- 17º minuto: Natan empata para o Real Betis com um cabeceio em cobrança de escanteio.
- 57º minuto: Raphinha entra em campo, substituindo Ferran Torres, na tentativa de mudar o jogo.
- Final do jogo: Gil Manzano apita o fim com quatro minutos de acréscimo, ignorando um possível escanteio para o Barcelona.
- Pós-apito: Raphinha protesta contra os árbitros, é contido por Flick e empurra Ter Stegen no caminho para o vestiário.
Esse desenrolar mostra como a partida, que começou promissora para os catalães, terminou em um clima de tensão, com o brasileiro no centro das atenções por sua reação.
Impacto na liderança da La Liga
Apesar do empate, o Barcelona segue na liderança da La Liga com 67 pontos, quatro à frente do Real Madrid, que tem 63. O tropeço em casa, no entanto, impede que a vantagem seja ainda maior, especialmente em um momento em que os merengues também perderam pontos. O Real Betis, com o resultado, mantém sua boa fase e se consolida como um adversário difícil, ocupando uma posição confortável na tabela e mostrando consistência sob o comando de Manuel Pellegrini.
O próximo compromisso do Barcelona no campeonato espanhol será contra o Leganés, no sábado, 12 de abril, pela 31ª rodada. Antes disso, porém, a equipe terá que lidar com o Borussia Dortmund na Champions, um jogo que pode testar ainda mais os nervos de Raphinha e companhia. A temporada entra em sua fase decisiva, e o controle emocional será tão importante quanto o desempenho técnico para os blaugranas.
Raphinha em destaque: números e desempenho
Raphinha tem sido um dos pilares do Barcelona na temporada 2024/25. Com 24 gols e 13 assistências em todas as competições, o brasileiro vive seu melhor momento desde que chegou ao clube vindo do Leeds United em 2022 por cerca de 58 milhões de euros. Sob o comando de Hansi Flick, ele encontrou regularidade e se tornou peça-chave no esquema tático, contrastando com os altos e baixos das temporadas anteriores sob Xavi Hernández.
No entanto, sua ausência no time titular contra o Betis reacendeu debates sobre sua gestão física e emocional. Flick, ao optar por Ferran Torres no início, buscou preservar o brasileiro para os desafios futuros, mas o resultado em campo e a reação posterior mostram que o equilíbrio entre descanso e utilização ainda é um desafio para o treinador.
Pressão e expectativas no Barcelona
O Barcelona de Hansi Flick vive uma temporada de renovação e ambição. Após um ano decepcionante em 2023/24, com eliminações precoces na Champions e a perda do título da La Liga, o clube apostou no treinador alemão para iniciar uma nova era. Os resultados até agora são animadores: liderança no Espanhol, presença nas quartas da Champions e uma final de Copa do Rei contra o Real Madrid marcada para 26 de abril. No entanto, episódios como o de Raphinha evidenciam a pressão que recai sobre o elenco.
A torcida, que lotou o estádio Olímpico Lluís Companys, esperava uma vitória para consolidar a boa fase, mas saiu com um gosto amargo. O empate, embora não comprometa a liderança, serve como alerta para a necessidade de ajustes, tanto no desempenho em campo quanto na gestão dos ânimos fora dele.
Próximos passos: Champions e La Liga em foco
Com o Borussia Dortmund no horizonte, o Barcelona terá pouco tempo para digerir o empate contra o Betis. O jogo de ida das quartas de final da Liga dos Campeões, na quarta-feira, 9 de abril, será disputado no mesmo estádio Olímpico, e a expectativa é de que Raphinha esteja entre os titulares. Flick já sinalizou que o foco está em manter o elenco fresco para esse confronto, o que pode explicar sua cautela na escalação contra o Betis.
No Espanhol, o duelo contra o Leganés na próxima rodada oferece uma chance de recuperação rápida. A sequência de jogos até o clássico contra o Real Madrid, em 11 de maio, será decisiva para definir o rumo do título. Até lá, o Barcelona precisará contar com a liderança de jogadores como Ter Stegen e o talento de Raphinha, mas também com a capacidade de Flick de manter a harmonia no grupo.
Momentos marcantes do confronto com o Betis
Alguns instantes do jogo e do pós-partida merecem destaque pela relevância:
- Gavi marcou seu primeiro gol em casa na temporada, reforçando sua importância no meio-campo.
- A defesa do Betis neutralizou as investidas de Lewandowski e Yamal, limitando o ataque blaugrana.
- Raphinha quase mudou o jogo com um cruzamento perigoso nos acréscimos, mas a jogada foi interrompida pelo apito final.
- O empurrão em Ter Stegen foi o ápice de uma sequência de protestos que envolveu até Lewandowski e Flick.
Esses eventos resumem uma noite de emoções intensas, em que o Barcelona mostrou qualidade, mas também vulnerabilidade.
Raphinha e a relação com o elenco
A interação de Raphinha com Ter Stegen e Flick levanta questões sobre a dinâmica interna do Barcelona. O brasileiro, que assumiu um papel de protagonista nesta temporada, tem histórico de demonstrar emoção em campo, algo que pode ser tanto um trunfo quanto um desafio. Sua relação com o treinador, que o transformou em peça central do time, parecia sólida até o incidente, mas o confronto sugere que a pressão do momento pode ter abalado essa sintonia.
Ter Stegen, como capitão, exerceu sua autoridade ao intervir, mesmo estando fora de ação. O empurrão recebido e sua resposta firme mostram que o goleiro não está disposto a deixar que tensões pessoais afetem o grupo. Lewandowski, outro líder experiente, também tentou apaziguar Raphinha, indicando que o elenco está atento à necessidade de manter a união em um momento crucial da temporada.
Fatores que influenciaram o empate
Vários elementos contribuíram para o resultado contra o Betis. A ausência de jogadores importantes, como Dani Olmo, Marc Casadó e o próprio Ter Stegen, por lesão, limitou as opções de Flick. A escolha de poupar Raphinha no início, embora estratégica, pode ter afetado o ritmo do ataque, que dependeu muito de Yamal e Lewandowski. Além disso, o Betis mostrou organização tática e aproveitou uma das poucas chances que teve para empatar.
A arbitragem, ponto central da revolta de Raphinha, também teve seu papel. A decisão de encerrar o jogo sem conceder o escanteio final foi vista como precipitada por parte do elenco blaugrana, embora o tempo de acréscimo tenha seguido o padrão habitual de quatro minutos para a segunda etapa.
⏱️+4 minutos de acréscimo. Vaaamos, Baaarça! 🔥#BarçaBetis (1-1) pic.twitter.com/IKW0xOe0BT
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O que esperar de Raphinha nos próximos jogos
Raphinha, com seu talento inegável, será essencial para o Barcelona nas próximas semanas. Sua capacidade de decidir jogos, como já fez em diversas ocasiões nesta temporada, pode ser o diferencial contra o Dortmund e o Leganés. No entanto, o controle emocional será igualmente importante. Flick, que já lidou com estrelas como Lewandowski no Bayern de Munique, terá a missão de canalizar essa energia para o bem do time.
O brasileiro, que soma 11 assistências na La Liga, lidera o ranking de passes decisivos no campeonato, além de ser o artilheiro do time em todas as competições. Sua volta ao time titular contra o Dortmund é quase certa, e a torcida espera que ele transforme a frustração em motivação para os desafios que estão por vir.
