Desde o início de 2025, o programa Pé-de-Meia tem transformado a realidade de estudantes do ensino médio público ao oferecer incentivos financeiros que podem alcançar até R$ 9.200 ao longo dos três anos da etapa escolar. Criada pelo governo federal em 2024, a iniciativa visa combater a evasão escolar entre jovens de baixa renda, garantindo suporte direto por meio de pagamentos automáticos depositados pela Caixa Econômica Federal. Com um cronograma detalhado para este ano, os alunos recebem valores que variam entre R$ 200 e R$ 1.800, distribuídos em parcelas como incentivo por matrícula, frequência e conclusão, além de um bônus para quem realiza o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Mais de 3,9 milhões de estudantes foram beneficiados em 2024, e a expectativa é que esse número cresça com a nova etapa.
Estudantes entre 14 e 24 anos, matriculados em escolas públicas e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), estão entre os elegíveis, desde que mantenham frequência mínima de 80% nas aulas. O programa não exige inscrição manual: as redes de ensino enviam os dados ao Ministério da Educação (MEC), que valida a participação e autoriza os depósitos. Em São Paulo, por exemplo, mais de 538 mil jovens já receberam os benefícios, enquanto Bahia e Minas Gerais registram 410 mil e 351 mil beneficiários, respectivamente, destacando o alcance nacional da iniciativa.
Acompanhar os pagamentos é simples, com ferramentas como o aplicativo Jornada do Estudante e o Caixa Tem permitindo que os alunos monitorem depósitos e resolvam pendências. A cada parcela, o programa reforça o compromisso com a permanência escolar, oferecendo não apenas suporte financeiro, mas também um caminho para melhores oportunidades no ensino superior e no mercado de trabalho.
Requisitos para participar do Pé-de-Meia
Participar do Pé-de-Meia exige que os estudantes atendam a critérios específicos que priorizam jovens em situação de vulnerabilidade. Além da faixa etária de 14 a 24 anos, é necessário estar matriculado no ensino médio público e pertencer a uma família com renda per capita de até meio salário mínimo, registrada no CadÚnico. A frequência escolar mínima de 80% é outro ponto essencial, monitorada pelas escolas para garantir a continuidade dos pagamentos.
Possuir CPF válido também é obrigatório, e menores de idade podem precisar de autorização dos responsáveis para movimentar a conta digital aberta pela Caixa. O programa abrange ainda alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), ajustando os valores e prazos às particularidades dessa modalidade, o que amplia o alcance para quem busca retomar os estudos.
O processo de inclusão é automático, mas depende da atualização cadastral no CadÚnico e do envio de informações precisas pelas redes de ensino. Em 2024, cerca de 5% dos beneficiários enfrentaram atrasos devido a dados desatualizados, o que reforça a importância de manter as informações em dia.
Calendário detalhado dos pagamentos
Os pagamentos do Pé-de-Meia em 2025 seguem um cronograma escalonado, começando com o incentivo de matrícula em 31 de março e se estendendo até fevereiro de 2026 para a última parcela de frequência. O depósito inicial de R$ 200 é liberado conforme o mês de nascimento, enquanto as nove parcelas de R$ 200 do incentivo por frequência são distribuídas ao longo do ano letivo.
- Nascidos em janeiro e fevereiro: 31 de março
- Nascidos em março e abril: 1º de abril
- Nascidos em maio e junho: 2 de abril
- Nascidos em julho e agosto: 3 de abril
- Nascidos em setembro e outubro: 4 de abril
- Nascidos em novembro e dezembro: 7 de abril
Para o incentivo de frequência, as datas incluem 23 a 30 de abril para a primeira parcela e 2 a 9 de fevereiro de 2026 para a nona. O bônus de conclusão, de R$ 1.200, será pago entre 26 de fevereiro e 5 de março de 2026 para quem finalizar o ensino médio e participar do Enem.
Estrutura dos incentivos financeiros
O Pé-de-Meia organiza os pagamentos em quatro categorias principais:
- Incentivo-Matrícula: R$ 200 pagos no início do ano letivo, entre 31 de março e 7 de abril, para estimular a matrícula.
- Incentivo-Frequência: R$ 1.800 anuais, divididos em nove parcelas de R$ 200, liberados mensalmente com base na assiduidade.
- Incentivo-Conclusão: R$ 1.000 por ano concluído com aprovação, depositados em poupança e sacados após a formatura.
- Incentivo-Enem: R$ 200 extras para alunos do terceiro ano que realizam o exame, pagos no início de 2026.
Para quem cumpre todos os requisitos ao longo dos três anos, o total chega a R$ 9.200, um valor significativo que combina apoio imediato e reserva para o futuro.
Objetivos e impacto na educação
Combater a evasão escolar é a missão central do Pé-de-Meia, especialmente entre jovens de baixa renda que muitas vezes abandonam os estudos para trabalhar. Em 2023, o Censo Escolar revelou que o ensino médio público tinha uma taxa de evasão de 3,9%, uma das mais altas da educação básica. Com os incentivos financeiros, o programa busca reverter esse cenário, oferecendo uma renda complementar que reduz a pressão econômica sobre as famílias.
São Paulo, com mais de meio milhão de beneficiários, já registra quedas na evasão em escolas estaduais, enquanto o Distrito Federal destaca o aumento na frequência entre alunos do Centro de Ensino Médio Paulo Freire. A inclusão do bônus pelo Enem também incentiva a participação no exame, ampliando as chances de acesso ao ensino superior e à mobilidade social.
A iniciativa complementa outras políticas educacionais, como a expansão de escolas de tempo integral, tornando o ambiente escolar mais atrativo e acessível. Desde seu lançamento, o programa investiu mais de R$ 12,5 bilhões anuais, consolidando-se como uma das maiores ações de incentivo à educação no país.
Ferramentas para acompanhar os depósitos
Acompanhar os pagamentos do Pé-de-Meia é facilitado por plataformas digitais como o aplicativo Jornada do Estudante, que exige apenas o CPF e uma conta Gov.br para acesso. Disponível gratuitamente, a ferramenta mostra o status dos depósitos, extratos e possíveis pendências, como dados não enviados pelas escolas.
O aplicativo Caixa Tem também permite consultar os valores e movimentar a conta digital, enquanto o telefone 0800-616161 oferece suporte para quem prefere atendimento humano. Em 2024, mais de 80% dos beneficiários usaram esses canais para monitorar os pagamentos, reduzindo a necessidade de idas a agências.
Resolver atrasos exige ação rápida: os alunos devem verificar o CadÚnico e buscar a escola caso os dados não tenham sido enviados ao MEC. A Caixa também orienta sobre bloqueios temporários, que podem ocorrer por inconsistências no CPF ou falta de atualização cadastral.
Benefícios para a Educação de Jovens e Adultos
Alunos da EJA também têm direito ao Pé-de-Meia, com incentivos ajustados à modalidade. O valor total é de R$ 900 por ano, dividido em quatro parcelas: R$ 200 pela matrícula e R$ 700 por frequência, pagos entre 23 de abril e 28 de julho. O bônus de conclusão e o incentivo pelo Enem seguem as mesmas regras do ensino regular.
Essa inclusão beneficia jovens entre 19 e 24 anos que retornam à escola, oferecendo suporte financeiro para conciliar estudos e trabalho. Em estados como Maranhão e Pará, onde a EJA é essencial para comunidades rurais, o programa tem ampliado o acesso à educação, reduzindo o abandono entre adultos.
A frequência mínima de 80% é igualmente exigida, e os pagamentos são depositados na mesma conta digital usada pelos alunos do ensino médio regular, garantindo uniformidade no processo.
Histórias de transformação entre beneficiários
Jovens beneficiados pelo Pé-de-Meia relatam mudanças significativas em suas vidas. Aline Rocha Soares, de 17 anos, do Distrito Federal, usou o incentivo de R$ 200 mensais para custear transporte e materiais escolares, garantindo presença nas aulas. Aprovada no terceiro ano, ela planeja usar o bônus do Enem para ingressar na universidade.
Em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, Giovanna Souza dos Santos, de 18 anos, concluiu o ensino médio no Colégio Pedro II e foi aprovada em Ciências Biológicas na UFRJ. O suporte financeiro do programa permitiu que ela se dedicasse aos estudos sem precisar trabalhar, um marco que ela atribui ao Pé-de-Meia.
No interior da Bahia, José Lima, de 22 anos, retomou os estudos pela EJA e recebeu R$ 900 em 2024. Com o dinheiro, ele comprou livros e planeja continuar investindo na formação, destacando como o programa o ajudou a superar barreiras financeiras.
Alcance regional do programa
O Pé-de-Meia tem uma distribuição ampla, refletindo as diferenças regionais do Brasil. São Paulo lidera com 538 mil beneficiários, seguido pela Bahia, com 410 mil, e Minas Gerais, com 351 mil. No Nordeste, Pernambuco registra 280 mil participantes, enquanto o Sul tem Santa Catarina com 150 mil. No Norte, Pará destaca-se com 120 mil alunos atendidos.
Essa capilaridade é resultado da parceria com as redes de ensino, que identificam os elegíveis e enviam os dados ao MEC. O programa prioriza áreas com maior vulnerabilidade social, como o semiárido nordestino, onde a evasão escolar é historicamente alta, oferecendo uma resposta direta às desigualdades educacionais.
A faixa etária predominante entre os beneficiários é de 15 a 18 anos, representando 70% do total, enquanto a EJA abrange cerca de 10% dos participantes, mostrando o foco nos jovens em idade escolar regular.
Valores acumulados ao longo do ensino médio
Ao longo dos três anos, o Pé-de-Meia pode acumular até R$ 9.200 por estudante, dependendo do cumprimento dos critérios. O cálculo inclui:
- R$ 600 de incentivo de matrícula (R$ 200 por ano).
- R$ 5.400 de incentivo de frequência (R$ 1.800 anuais).
- R$ 3.000 de incentivo de conclusão (R$ 1.000 por ano).
- R$ 200 pelo Enem no terceiro ano.
Os R$ 3.000 de conclusão ficam em poupança até a formatura, enquanto os outros valores podem ser sacados imediatamente, oferecendo apoio contínuo e uma reserva para o futuro.

Expansão para licenciaturas e professores
Além do ensino médio, o governo lançou em janeiro o Pé-de-Meia Licenciaturas, voltado para formar professores. Estudantes com nota acima de 650 no Enem que ingressam em cursos de licenciatura pelo Sisu, Prouni ou Fies recebem R$ 1.050 mensais, sendo R$ 700 sacados imediatamente e R$ 350 guardados para após o início da carreira na rede pública.
Com até 12 mil bolsas disponíveis este ano, a iniciativa começou a pagar em 1º de maio, após cadastro na Plataforma Freire da Capes. O objetivo é atrair talentos para o magistério, fortalecendo a educação básica com novos profissionais qualificados.
Essa expansão conecta o incentivo à permanência no ensino médio com a formação de educadores, criando um ciclo de melhoria na qualidade do ensino público.
Desafios e soluções para os beneficiários
Nem todos os pagamentos ocorrem sem problemas. Em 2024, atrasos afetaram 5% dos beneficiários devido a dados não enviados pelas escolas ou inconsistências no CadÚnico. A orientação é verificar o aplicativo Jornada do Estudante e buscar a diretoria escolar para regularizar a situação.
A suspensão temporária pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no início de 2025, que questionou o financiamento, foi outro obstáculo. Após ajustes no Orçamento Geral da União e um prazo de 120 dias, os depósitos foram liberados, mas o episódio destacou a necessidade de planejamento orçamentário sólido.
Para evitar bloqueios, os alunos devem manter a frequência acima de 80% e atualizar regularmente seus dados, garantindo o acesso contínuo aos valores e o aproveitamento total do programa.
Projeções para o futuro do Pé-de-Meia
O governo planeja ampliar o Pé-de-Meia, considerando aumentos nos valores e a inclusão de incentivos para o ensino técnico. Propostas em análise preveem R$ 500 extras para quem ingressa em cursos técnicos após o ensino médio e a extensão da faixa etária até 26 anos, abrangendo mais jovens em vulnerabilidade.
Com um impacto inicial de 3,9 milhões de beneficiários em 2024, a meta é alcançar 5 milhões nos próximos anos, fortalecendo a educação pública. O MEC também estuda parcerias com estados para acelerar o envio de dados, reduzindo atrasos e ampliando a eficiência do programa.
Essas perspectivas reforçam o compromisso com a redução da evasão escolar, oferecendo um modelo que pode inspirar futuras políticas educacionais no Brasil.

Desde o início de 2025, o programa Pé-de-Meia tem transformado a realidade de estudantes do ensino médio público ao oferecer incentivos financeiros que podem alcançar até R$ 9.200 ao longo dos três anos da etapa escolar. Criada pelo governo federal em 2024, a iniciativa visa combater a evasão escolar entre jovens de baixa renda, garantindo suporte direto por meio de pagamentos automáticos depositados pela Caixa Econômica Federal. Com um cronograma detalhado para este ano, os alunos recebem valores que variam entre R$ 200 e R$ 1.800, distribuídos em parcelas como incentivo por matrícula, frequência e conclusão, além de um bônus para quem realiza o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Mais de 3,9 milhões de estudantes foram beneficiados em 2024, e a expectativa é que esse número cresça com a nova etapa.
Estudantes entre 14 e 24 anos, matriculados em escolas públicas e inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), estão entre os elegíveis, desde que mantenham frequência mínima de 80% nas aulas. O programa não exige inscrição manual: as redes de ensino enviam os dados ao Ministério da Educação (MEC), que valida a participação e autoriza os depósitos. Em São Paulo, por exemplo, mais de 538 mil jovens já receberam os benefícios, enquanto Bahia e Minas Gerais registram 410 mil e 351 mil beneficiários, respectivamente, destacando o alcance nacional da iniciativa.
Acompanhar os pagamentos é simples, com ferramentas como o aplicativo Jornada do Estudante e o Caixa Tem permitindo que os alunos monitorem depósitos e resolvam pendências. A cada parcela, o programa reforça o compromisso com a permanência escolar, oferecendo não apenas suporte financeiro, mas também um caminho para melhores oportunidades no ensino superior e no mercado de trabalho.
Requisitos para participar do Pé-de-Meia
Participar do Pé-de-Meia exige que os estudantes atendam a critérios específicos que priorizam jovens em situação de vulnerabilidade. Além da faixa etária de 14 a 24 anos, é necessário estar matriculado no ensino médio público e pertencer a uma família com renda per capita de até meio salário mínimo, registrada no CadÚnico. A frequência escolar mínima de 80% é outro ponto essencial, monitorada pelas escolas para garantir a continuidade dos pagamentos.
Possuir CPF válido também é obrigatório, e menores de idade podem precisar de autorização dos responsáveis para movimentar a conta digital aberta pela Caixa. O programa abrange ainda alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), ajustando os valores e prazos às particularidades dessa modalidade, o que amplia o alcance para quem busca retomar os estudos.
O processo de inclusão é automático, mas depende da atualização cadastral no CadÚnico e do envio de informações precisas pelas redes de ensino. Em 2024, cerca de 5% dos beneficiários enfrentaram atrasos devido a dados desatualizados, o que reforça a importância de manter as informações em dia.
Calendário detalhado dos pagamentos
Os pagamentos do Pé-de-Meia em 2025 seguem um cronograma escalonado, começando com o incentivo de matrícula em 31 de março e se estendendo até fevereiro de 2026 para a última parcela de frequência. O depósito inicial de R$ 200 é liberado conforme o mês de nascimento, enquanto as nove parcelas de R$ 200 do incentivo por frequência são distribuídas ao longo do ano letivo.
- Nascidos em janeiro e fevereiro: 31 de março
- Nascidos em março e abril: 1º de abril
- Nascidos em maio e junho: 2 de abril
- Nascidos em julho e agosto: 3 de abril
- Nascidos em setembro e outubro: 4 de abril
- Nascidos em novembro e dezembro: 7 de abril
Para o incentivo de frequência, as datas incluem 23 a 30 de abril para a primeira parcela e 2 a 9 de fevereiro de 2026 para a nona. O bônus de conclusão, de R$ 1.200, será pago entre 26 de fevereiro e 5 de março de 2026 para quem finalizar o ensino médio e participar do Enem.
Estrutura dos incentivos financeiros
O Pé-de-Meia organiza os pagamentos em quatro categorias principais:
- Incentivo-Matrícula: R$ 200 pagos no início do ano letivo, entre 31 de março e 7 de abril, para estimular a matrícula.
- Incentivo-Frequência: R$ 1.800 anuais, divididos em nove parcelas de R$ 200, liberados mensalmente com base na assiduidade.
- Incentivo-Conclusão: R$ 1.000 por ano concluído com aprovação, depositados em poupança e sacados após a formatura.
- Incentivo-Enem: R$ 200 extras para alunos do terceiro ano que realizam o exame, pagos no início de 2026.
Para quem cumpre todos os requisitos ao longo dos três anos, o total chega a R$ 9.200, um valor significativo que combina apoio imediato e reserva para o futuro.
Objetivos e impacto na educação
Combater a evasão escolar é a missão central do Pé-de-Meia, especialmente entre jovens de baixa renda que muitas vezes abandonam os estudos para trabalhar. Em 2023, o Censo Escolar revelou que o ensino médio público tinha uma taxa de evasão de 3,9%, uma das mais altas da educação básica. Com os incentivos financeiros, o programa busca reverter esse cenário, oferecendo uma renda complementar que reduz a pressão econômica sobre as famílias.
São Paulo, com mais de meio milhão de beneficiários, já registra quedas na evasão em escolas estaduais, enquanto o Distrito Federal destaca o aumento na frequência entre alunos do Centro de Ensino Médio Paulo Freire. A inclusão do bônus pelo Enem também incentiva a participação no exame, ampliando as chances de acesso ao ensino superior e à mobilidade social.
A iniciativa complementa outras políticas educacionais, como a expansão de escolas de tempo integral, tornando o ambiente escolar mais atrativo e acessível. Desde seu lançamento, o programa investiu mais de R$ 12,5 bilhões anuais, consolidando-se como uma das maiores ações de incentivo à educação no país.
Ferramentas para acompanhar os depósitos
Acompanhar os pagamentos do Pé-de-Meia é facilitado por plataformas digitais como o aplicativo Jornada do Estudante, que exige apenas o CPF e uma conta Gov.br para acesso. Disponível gratuitamente, a ferramenta mostra o status dos depósitos, extratos e possíveis pendências, como dados não enviados pelas escolas.
O aplicativo Caixa Tem também permite consultar os valores e movimentar a conta digital, enquanto o telefone 0800-616161 oferece suporte para quem prefere atendimento humano. Em 2024, mais de 80% dos beneficiários usaram esses canais para monitorar os pagamentos, reduzindo a necessidade de idas a agências.
Resolver atrasos exige ação rápida: os alunos devem verificar o CadÚnico e buscar a escola caso os dados não tenham sido enviados ao MEC. A Caixa também orienta sobre bloqueios temporários, que podem ocorrer por inconsistências no CPF ou falta de atualização cadastral.
Benefícios para a Educação de Jovens e Adultos
Alunos da EJA também têm direito ao Pé-de-Meia, com incentivos ajustados à modalidade. O valor total é de R$ 900 por ano, dividido em quatro parcelas: R$ 200 pela matrícula e R$ 700 por frequência, pagos entre 23 de abril e 28 de julho. O bônus de conclusão e o incentivo pelo Enem seguem as mesmas regras do ensino regular.
Essa inclusão beneficia jovens entre 19 e 24 anos que retornam à escola, oferecendo suporte financeiro para conciliar estudos e trabalho. Em estados como Maranhão e Pará, onde a EJA é essencial para comunidades rurais, o programa tem ampliado o acesso à educação, reduzindo o abandono entre adultos.
A frequência mínima de 80% é igualmente exigida, e os pagamentos são depositados na mesma conta digital usada pelos alunos do ensino médio regular, garantindo uniformidade no processo.
Histórias de transformação entre beneficiários
Jovens beneficiados pelo Pé-de-Meia relatam mudanças significativas em suas vidas. Aline Rocha Soares, de 17 anos, do Distrito Federal, usou o incentivo de R$ 200 mensais para custear transporte e materiais escolares, garantindo presença nas aulas. Aprovada no terceiro ano, ela planeja usar o bônus do Enem para ingressar na universidade.
Em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, Giovanna Souza dos Santos, de 18 anos, concluiu o ensino médio no Colégio Pedro II e foi aprovada em Ciências Biológicas na UFRJ. O suporte financeiro do programa permitiu que ela se dedicasse aos estudos sem precisar trabalhar, um marco que ela atribui ao Pé-de-Meia.
No interior da Bahia, José Lima, de 22 anos, retomou os estudos pela EJA e recebeu R$ 900 em 2024. Com o dinheiro, ele comprou livros e planeja continuar investindo na formação, destacando como o programa o ajudou a superar barreiras financeiras.
Alcance regional do programa
O Pé-de-Meia tem uma distribuição ampla, refletindo as diferenças regionais do Brasil. São Paulo lidera com 538 mil beneficiários, seguido pela Bahia, com 410 mil, e Minas Gerais, com 351 mil. No Nordeste, Pernambuco registra 280 mil participantes, enquanto o Sul tem Santa Catarina com 150 mil. No Norte, Pará destaca-se com 120 mil alunos atendidos.
Essa capilaridade é resultado da parceria com as redes de ensino, que identificam os elegíveis e enviam os dados ao MEC. O programa prioriza áreas com maior vulnerabilidade social, como o semiárido nordestino, onde a evasão escolar é historicamente alta, oferecendo uma resposta direta às desigualdades educacionais.
A faixa etária predominante entre os beneficiários é de 15 a 18 anos, representando 70% do total, enquanto a EJA abrange cerca de 10% dos participantes, mostrando o foco nos jovens em idade escolar regular.
Valores acumulados ao longo do ensino médio
Ao longo dos três anos, o Pé-de-Meia pode acumular até R$ 9.200 por estudante, dependendo do cumprimento dos critérios. O cálculo inclui:
- R$ 600 de incentivo de matrícula (R$ 200 por ano).
- R$ 5.400 de incentivo de frequência (R$ 1.800 anuais).
- R$ 3.000 de incentivo de conclusão (R$ 1.000 por ano).
- R$ 200 pelo Enem no terceiro ano.
Os R$ 3.000 de conclusão ficam em poupança até a formatura, enquanto os outros valores podem ser sacados imediatamente, oferecendo apoio contínuo e uma reserva para o futuro.

Expansão para licenciaturas e professores
Além do ensino médio, o governo lançou em janeiro o Pé-de-Meia Licenciaturas, voltado para formar professores. Estudantes com nota acima de 650 no Enem que ingressam em cursos de licenciatura pelo Sisu, Prouni ou Fies recebem R$ 1.050 mensais, sendo R$ 700 sacados imediatamente e R$ 350 guardados para após o início da carreira na rede pública.
Com até 12 mil bolsas disponíveis este ano, a iniciativa começou a pagar em 1º de maio, após cadastro na Plataforma Freire da Capes. O objetivo é atrair talentos para o magistério, fortalecendo a educação básica com novos profissionais qualificados.
Essa expansão conecta o incentivo à permanência no ensino médio com a formação de educadores, criando um ciclo de melhoria na qualidade do ensino público.
Desafios e soluções para os beneficiários
Nem todos os pagamentos ocorrem sem problemas. Em 2024, atrasos afetaram 5% dos beneficiários devido a dados não enviados pelas escolas ou inconsistências no CadÚnico. A orientação é verificar o aplicativo Jornada do Estudante e buscar a diretoria escolar para regularizar a situação.
A suspensão temporária pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no início de 2025, que questionou o financiamento, foi outro obstáculo. Após ajustes no Orçamento Geral da União e um prazo de 120 dias, os depósitos foram liberados, mas o episódio destacou a necessidade de planejamento orçamentário sólido.
Para evitar bloqueios, os alunos devem manter a frequência acima de 80% e atualizar regularmente seus dados, garantindo o acesso contínuo aos valores e o aproveitamento total do programa.
Projeções para o futuro do Pé-de-Meia
O governo planeja ampliar o Pé-de-Meia, considerando aumentos nos valores e a inclusão de incentivos para o ensino técnico. Propostas em análise preveem R$ 500 extras para quem ingressa em cursos técnicos após o ensino médio e a extensão da faixa etária até 26 anos, abrangendo mais jovens em vulnerabilidade.
Com um impacto inicial de 3,9 milhões de beneficiários em 2024, a meta é alcançar 5 milhões nos próximos anos, fortalecendo a educação pública. O MEC também estuda parcerias com estados para acelerar o envio de dados, reduzindo atrasos e ampliando a eficiência do programa.
Essas perspectivas reforçam o compromisso com a redução da evasão escolar, oferecendo um modelo que pode inspirar futuras políticas educacionais no Brasil.
