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7 Apr 2025, Mon

carreta tomba em Palhoça e atinge 24 carros e 3 caminhões

Acidente com carreta que tombou e pegou fogo deixa rastro de destruição na BR-101 em Palhoça, na Grande Florianópolis — Foto: CBMSC/Divulgação


Um grave acidente transformou a tarde de domingo na BR-101, em Palhoça, na Grande Florianópolis, em um cenário de caos e destruição. Por volta das 13h37, uma carreta carregada com etanol tombou no quilômetro 233, na região do Morro dos Cavalos, no sentido norte da rodovia. O impacto provocou uma explosão imediata, seguida por um incêndio de grandes proporções que se alastrou rapidamente, consumindo 24 carros e três carretas que trafegavam pelo local. Cinco pessoas ficaram feridas, incluindo o motorista do veículo acidentado e sua esposa, que sofreram queimaduras graves. A rodovia, uma das principais vias de ligação de Santa Catarina, permaneceu interditada por mais de 15 horas, sendo liberada apenas na manhã de segunda-feira, dia 7 de abril, às 5h. O episódio deixou um rastro de destruição, com veículos carbonizados e longas filas de congestionamento, alcançando até 12 quilômetros no sentido Curitiba e 6 quilômetros no sentido Porto Alegre, conforme dados da Arteris Litoral Sul, concessionária responsável pelo trecho.

O fogo, alimentado pelo etanol, um combustível altamente inflamável, espalhou-se em questão de minutos, surpreendendo motoristas que estavam na pista ou aguardavam em uma fila causada por outro acidente anterior. Equipes de emergência, incluindo o Corpo de Bombeiros Militar, a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Polícia Militar, a Defesa Civil e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), foram mobilizadas rapidamente para conter as chamas e socorrer as vítimas. Além disso, três ambulâncias e três guinchos da concessionária atuaram no local, enfrentando um cenário desafiador devido à presença de material inflamável e à extensão dos danos. Árvores às margens da rodovia também foram atingidas, ampliando o impacto ambiental do incidente.

Relatos de testemunhas descrevem momentos de pânico e desespero. Um motorista que teve seu carro queimado comparou a cena a um filme, destacando a rapidez com que as chamas se propagaram. Outro condutor, que escapou por pouco com sua esposa, viu o fogo se aproximar perigosamente enquanto tentava fugir. A gravidade do acidente foi registrada por uma câmera de monitoramento, que capturou o exato momento em que a carreta tombou, explodiu e desencadeou o inferno na rodovia. As imagens mostram o veículo perdendo o controle, tombando sobre a pista e, em seguida, sendo engolido por uma bola de fogo que rapidamente alcançou os carros próximos.

Carreta explode
Carreta explode – Foto: PRF, Reprodução

Como o acidente paralisou a BR-101

A interdição total da BR-101 em ambos os sentidos foi inevitável diante da magnitude do incêndio. Localizado em um ponto estratégico do Morro dos Cavalos, o acidente bloqueou o tráfego em uma das vias mais movimentadas de Santa Catarina, essencial para a conexão entre o sul do estado e outras regiões. A liberação do trecho só ocorreu após intensos trabalhos de resgate, combate às chamas e limpeza da pista, que duraram mais de 15 horas. Até as 7h13 de segunda-feira, mesmo com a rodovia já liberada, o congestionamento persistia, evidenciando o impacto prolongado do incidente.

A carreta transportava etanol, um líquido sem cor, mas com alto potencial inflamável, usado como combustível e solvente em diversas indústrias. Quando o veículo tombou, o vazamento da carga se espalhou pela pista, criando uma espécie de rastro explosivo. A ignição, possivelmente causada pelo atrito ou por uma faísca, transformou o local em um campo de fogo, dificultando a ação imediata dos socorristas. O motorista da carreta e sua esposa, que estavam no veículo, sofreram queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus nos braços e pernas, sendo encaminhados à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Pinheira, em Palhoça. Ele teve 30% do corpo queimado, enquanto ela, 20%. Outras três pessoas, atingidas pelas chamas enquanto estavam em seus carros, foram socorridas por ambulâncias da concessionária.

O esforço das equipes de emergência

Controlar o incêndio exigiu um trabalho coordenado entre diversas instituições. Os bombeiros, com 36 profissionais no local, atuaram por horas para apagar as chamas e realizar o rescaldo, que se estendeu até o fim da tarde de domingo. A presença de um caminhão carregado com gás GLP na fila de veículos gerou preocupação extra, mas os socorristas conseguiram removê-lo a tempo, evitando uma tragédia ainda maior. A Polícia Rodoviária Federal orientou os motoristas a evitarem o trecho, enquanto a concessionária Arteris Litoral Sul removeu barreiras de contenção no sentido sul para liberar parcialmente o fluxo de veículos retidos.

A destruição não se limitou aos veículos. Imagens divulgadas mostram uma fila de carros e caminhões reduzidos a carcaças carbonizadas, com partes derretidas e espalhadas pela pista. Árvores próximas à rodovia também pegaram fogo, exigindo a retirada de vegetação danificada para garantir a segurança do local. A limpeza da pista envolveu a remoção de destroços e o manejo de resíduos do etanol, que poderiam representar riscos adicionais se não tratados adequadamente.

  • Veículos atingidos: 24 carros e 3 carretas foram consumidos pelas chamas.
  • Feridos: 5 pessoas, incluindo o casal da carreta e três motoristas de outros veículos.
  • Tempo de interdição: Mais de 15 horas, com liberação às 5h de segunda-feira.
  • Congestionamento máximo: 12 km no sentido Curitiba e 6 km no sentido Porto Alegre.

Testemunhas relatam momentos de terror

O pânico tomou conta dos motoristas que estavam na BR-101 no momento do acidente. Sidiney José de Souza, um autônomo que viajava com a família, estava parado na fila há cerca de 15 minutos quando viu o caminhão tombar e explodir. Ele conseguiu tirar sua esposa, filha e neto do carro segundos antes de o veículo ser engolido pelas chamas. “Foi uma cena de filme”, relatou, ainda abalado, destacando o desespero das pessoas correndo pela pista para escapar do fogo. Ele perdeu tudo que estava no carro, escapando apenas com a roupa do corpo e o celular da filha.

Genoir Soares, um empresário que também estava no local, viu o caminhão vindo em sua direção, desgovernado. Ele gritou para a esposa sair do carro e correr, enquanto as chamas avançavam atrás deles. Uma mulher ao lado, em outro veículo, não teve a mesma sorte e foi atingida pelo fogo nas pernas e nas costas. “Meu carro queimou tudo, não sobrou nada”, lamentou Soares, que assistiu à destruição de perto. Jefferson Moreira, outro motorista que estava mais atrás, ouviu o estrondo da explosão e viu o trânsito parar completamente, enquanto o calor e a fumaça tomavam o ar.

A rapidez com que o fogo se espalhou pegou todos desprevenidos. Muitos abandonaram seus veículos e correram pela rodovia, enquanto outros tentaram, em vão, salvar pertences antes que as chamas os alcançassem. A combinação de etanol vazado e a proximidade dos carros na fila criou uma reação em cadeia, dificultando qualquer tentativa de conter o incêndio nos primeiros minutos.

Impacto na principal rodovia de Santa Catarina

A BR-101 é o maior corredor viário de Santa Catarina, essencial para o transporte de cargas e o deslocamento de passageiros entre o sul do estado e outras regiões. O acidente no Morro dos Cavalos, um trecho já conhecido por sua inclinação acentuada e curvas perigosas, expôs a vulnerabilidade da rodovia a incidentes graves. A interdição total gerou transtornos significativos, com filas que chegaram a 11 quilômetros no auge do bloqueio, segundo a Arteris Litoral Sul. Mesmo após a liberação, o fluxo permaneceu lento, com retenções registradas até a manhã de segunda-feira.

O transporte de cargas perigosas, como o etanol, exige cuidados especiais, mas acidentes como esse mostram os riscos envolvidos. O líquido inflamável, ao vazar, formou uma trilha de fogo que atingiu não só os veículos próximos, mas também a vegetação ao redor. A Defesa Civil acompanhou a situação para avaliar possíveis danos ambientais, enquanto os bombeiros trabalharam na contenção de focos residuais de incêndio. A PRF sinalizou um desvio pela SC-435, passando por São Bonifácio, mas a estrada, com trechos não asfaltados, não foi suficiente para aliviar o congestionamento.

Detalhes da carga que causou a tragédia

O etanol transportado pela carreta é um álcool etílico amplamente utilizado como combustível, misturado à gasolina, e como solvente em indústrias de tintas e aerossóis. Sem cor e com um leve odor característico, ele é altamente inflamável e produz vapores que podem irritar olhos, nariz e garganta. Quando em contato com uma fonte de ignição, como uma faísca ou o calor do atrito, o resultado é uma combustão rápida e intensa, como ocorreu no acidente. A carga, ao se espalhar pela pista, amplificou a destruição, tornando o controle do incêndio uma tarefa árdua para as equipes de emergência.

A carreta seguia no sentido norte, rumo a Curitiba, quando perdeu o controle. As causas do tombamento ainda não foram detalhadas, mas o impacto foi suficiente para romper o tanque e liberar o etanol. A explosão inicial foi seguida por uma sequência de chamas que alcançaram os veículos próximos, muitos dos quais estavam parados devido a um acidente anterior na mesma região. Esse fator contribuiu para o grande número de carros afetados, já que a fila impediu uma fuga rápida.

Cronologia do acidente em Palhoça

O acidente na BR-101 seguiu uma sequência de eventos que transformou um domingo comum em um dia de caos. Abaixo, os principais momentos registrados:

  • 13h37 (domingo, 6 de abril): Carreta carregada com etanol tomba no km 233, no Morro dos Cavalos, e explode.
  • Minutos após o tombamento: Incêndio se espalha, atingindo 24 carros e 3 carretas; cinco pessoas são feridas.
  • Tarde de domingo: Equipes de emergência chegam ao local e iniciam o combate às chamas e o resgate das vítimas.
  • 17h30 (domingo): Bombeiros seguem no rescaldo, enquanto a rodovia permanece interditada em ambos os sentidos.
  • 5h (segunda-feira, 7 de abril): Trecho é liberado após mais de 15 horas de trabalho, mas filas persistem.
  • 7h13 (segunda-feira): Congestionamento ainda é registrado, com 12 km no sentido Curitiba e 6 km no sentido Porto Alegre.

A resposta das autoridades ao incêndio

As equipes de emergência enfrentaram um desafio monumental para conter o incêndio e restabelecer a normalidade na BR-101. Os bombeiros, com apoio de 36 profissionais, usaram técnicas específicas para apagar as chamas alimentadas pelo etanol, enquanto guinchos da concessionária removeram os destroços. A PRF coordenou o bloqueio da rodovia e orientou os motoristas, enquanto o SAMU e as ambulâncias da Arteris Litoral Sul prestaram atendimento às vítimas. A Defesa Civil monitorou os impactos ambientais, como o fogo nas árvores e o risco de contaminação pelo combustível derramado.

O motorista da carreta e sua esposa foram os mais afetados entre os feridos, com queimaduras graves que exigiram atendimento imediato na UPA da Pinheira. As outras três vítimas, socorridas pela concessionária, também sofreram queimaduras, mas informações sobre seu estado de saúde não foram atualizadas. A presença de um caminhão de gás GLP na fila trouxe um risco adicional, mas a ação rápida dos socorristas evitou uma explosão secundária que poderia agravar ainda mais a situação.

Danos materiais e humanos em números

O acidente deixou marcas profundas na BR-101, tanto em termos materiais quanto humanos. Dos 27 veículos atingidos, 24 eram carros de passeio e 3 eram carretas, todos reduzidos a escombros pelo fogo. As cinco vítimas, apesar de sobreviverem, enfrentam um longo processo de recuperação devido às queimaduras. A rodovia, essencial para a economia e a mobilidade de Santa Catarina, ficou comprometida por mais de 15 horas, afetando milhares de motoristas e o transporte de cargas na região.

A limpeza do local foi um processo demorado, envolvendo a remoção de carcaças, destroços e resíduos de etanol. A concessionária precisou mobilizar guinchos e equipes especializadas para liberar a pista, enquanto os bombeiros garantiam que não havia risco de reignição. O impacto econômico ainda é difícil de mensurar, mas o bloqueio prolongado certamente prejudicou o fluxo de mercadorias e o trânsito de passageiros.

  • Carros destruídos: 24 unidades, muitos deles parados na fila antes do acidente.
  • Carretas queimadas: 3, incluindo a que transportava o etanol.
  • Pessoas feridas: 5, com queimaduras de diferentes graus.
  • Horas de interdição: Mais de 15, com liberação apenas na madrugada de segunda-feira.

O que o acidente revela sobre o Morro dos Cavalos

Conhecido por sua topografia desafiadora, o Morro dos Cavalos é um trecho temido por motoristas na BR-101. Com curvas fechadas e uma inclinação significativa, a região já foi palco de outros acidentes graves. O tombamento da carreta reforça a necessidade de atenção redobrada nesse ponto da rodovia, especialmente para veículos pesados que transportam cargas perigosas. A combinação de tráfego intenso, condições da pista e imprevistos como esse cria um cenário de risco constante.

A vegetação às margens da rodovia, afetada pelo fogo, também levanta questões sobre o impacto ambiental de incidentes como esse. O etanol derramado, embora seja um combustível renovável, pode contaminar o solo e a água se não for manejado corretamente. A Defesa Civil acompanhou a situação para evitar danos maiores, mas o episódio deixa um alerta sobre a segurança no transporte de materiais inflamáveis em trechos críticos como esse.

Um grave acidente transformou a tarde de domingo na BR-101, em Palhoça, na Grande Florianópolis, em um cenário de caos e destruição. Por volta das 13h37, uma carreta carregada com etanol tombou no quilômetro 233, na região do Morro dos Cavalos, no sentido norte da rodovia. O impacto provocou uma explosão imediata, seguida por um incêndio de grandes proporções que se alastrou rapidamente, consumindo 24 carros e três carretas que trafegavam pelo local. Cinco pessoas ficaram feridas, incluindo o motorista do veículo acidentado e sua esposa, que sofreram queimaduras graves. A rodovia, uma das principais vias de ligação de Santa Catarina, permaneceu interditada por mais de 15 horas, sendo liberada apenas na manhã de segunda-feira, dia 7 de abril, às 5h. O episódio deixou um rastro de destruição, com veículos carbonizados e longas filas de congestionamento, alcançando até 12 quilômetros no sentido Curitiba e 6 quilômetros no sentido Porto Alegre, conforme dados da Arteris Litoral Sul, concessionária responsável pelo trecho.

O fogo, alimentado pelo etanol, um combustível altamente inflamável, espalhou-se em questão de minutos, surpreendendo motoristas que estavam na pista ou aguardavam em uma fila causada por outro acidente anterior. Equipes de emergência, incluindo o Corpo de Bombeiros Militar, a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Polícia Militar, a Defesa Civil e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), foram mobilizadas rapidamente para conter as chamas e socorrer as vítimas. Além disso, três ambulâncias e três guinchos da concessionária atuaram no local, enfrentando um cenário desafiador devido à presença de material inflamável e à extensão dos danos. Árvores às margens da rodovia também foram atingidas, ampliando o impacto ambiental do incidente.

Relatos de testemunhas descrevem momentos de pânico e desespero. Um motorista que teve seu carro queimado comparou a cena a um filme, destacando a rapidez com que as chamas se propagaram. Outro condutor, que escapou por pouco com sua esposa, viu o fogo se aproximar perigosamente enquanto tentava fugir. A gravidade do acidente foi registrada por uma câmera de monitoramento, que capturou o exato momento em que a carreta tombou, explodiu e desencadeou o inferno na rodovia. As imagens mostram o veículo perdendo o controle, tombando sobre a pista e, em seguida, sendo engolido por uma bola de fogo que rapidamente alcançou os carros próximos.

Carreta explode
Carreta explode – Foto: PRF, Reprodução

Como o acidente paralisou a BR-101

A interdição total da BR-101 em ambos os sentidos foi inevitável diante da magnitude do incêndio. Localizado em um ponto estratégico do Morro dos Cavalos, o acidente bloqueou o tráfego em uma das vias mais movimentadas de Santa Catarina, essencial para a conexão entre o sul do estado e outras regiões. A liberação do trecho só ocorreu após intensos trabalhos de resgate, combate às chamas e limpeza da pista, que duraram mais de 15 horas. Até as 7h13 de segunda-feira, mesmo com a rodovia já liberada, o congestionamento persistia, evidenciando o impacto prolongado do incidente.

A carreta transportava etanol, um líquido sem cor, mas com alto potencial inflamável, usado como combustível e solvente em diversas indústrias. Quando o veículo tombou, o vazamento da carga se espalhou pela pista, criando uma espécie de rastro explosivo. A ignição, possivelmente causada pelo atrito ou por uma faísca, transformou o local em um campo de fogo, dificultando a ação imediata dos socorristas. O motorista da carreta e sua esposa, que estavam no veículo, sofreram queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus nos braços e pernas, sendo encaminhados à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Pinheira, em Palhoça. Ele teve 30% do corpo queimado, enquanto ela, 20%. Outras três pessoas, atingidas pelas chamas enquanto estavam em seus carros, foram socorridas por ambulâncias da concessionária.

O esforço das equipes de emergência

Controlar o incêndio exigiu um trabalho coordenado entre diversas instituições. Os bombeiros, com 36 profissionais no local, atuaram por horas para apagar as chamas e realizar o rescaldo, que se estendeu até o fim da tarde de domingo. A presença de um caminhão carregado com gás GLP na fila de veículos gerou preocupação extra, mas os socorristas conseguiram removê-lo a tempo, evitando uma tragédia ainda maior. A Polícia Rodoviária Federal orientou os motoristas a evitarem o trecho, enquanto a concessionária Arteris Litoral Sul removeu barreiras de contenção no sentido sul para liberar parcialmente o fluxo de veículos retidos.

A destruição não se limitou aos veículos. Imagens divulgadas mostram uma fila de carros e caminhões reduzidos a carcaças carbonizadas, com partes derretidas e espalhadas pela pista. Árvores próximas à rodovia também pegaram fogo, exigindo a retirada de vegetação danificada para garantir a segurança do local. A limpeza da pista envolveu a remoção de destroços e o manejo de resíduos do etanol, que poderiam representar riscos adicionais se não tratados adequadamente.

  • Veículos atingidos: 24 carros e 3 carretas foram consumidos pelas chamas.
  • Feridos: 5 pessoas, incluindo o casal da carreta e três motoristas de outros veículos.
  • Tempo de interdição: Mais de 15 horas, com liberação às 5h de segunda-feira.
  • Congestionamento máximo: 12 km no sentido Curitiba e 6 km no sentido Porto Alegre.

Testemunhas relatam momentos de terror

O pânico tomou conta dos motoristas que estavam na BR-101 no momento do acidente. Sidiney José de Souza, um autônomo que viajava com a família, estava parado na fila há cerca de 15 minutos quando viu o caminhão tombar e explodir. Ele conseguiu tirar sua esposa, filha e neto do carro segundos antes de o veículo ser engolido pelas chamas. “Foi uma cena de filme”, relatou, ainda abalado, destacando o desespero das pessoas correndo pela pista para escapar do fogo. Ele perdeu tudo que estava no carro, escapando apenas com a roupa do corpo e o celular da filha.

Genoir Soares, um empresário que também estava no local, viu o caminhão vindo em sua direção, desgovernado. Ele gritou para a esposa sair do carro e correr, enquanto as chamas avançavam atrás deles. Uma mulher ao lado, em outro veículo, não teve a mesma sorte e foi atingida pelo fogo nas pernas e nas costas. “Meu carro queimou tudo, não sobrou nada”, lamentou Soares, que assistiu à destruição de perto. Jefferson Moreira, outro motorista que estava mais atrás, ouviu o estrondo da explosão e viu o trânsito parar completamente, enquanto o calor e a fumaça tomavam o ar.

A rapidez com que o fogo se espalhou pegou todos desprevenidos. Muitos abandonaram seus veículos e correram pela rodovia, enquanto outros tentaram, em vão, salvar pertences antes que as chamas os alcançassem. A combinação de etanol vazado e a proximidade dos carros na fila criou uma reação em cadeia, dificultando qualquer tentativa de conter o incêndio nos primeiros minutos.

Impacto na principal rodovia de Santa Catarina

A BR-101 é o maior corredor viário de Santa Catarina, essencial para o transporte de cargas e o deslocamento de passageiros entre o sul do estado e outras regiões. O acidente no Morro dos Cavalos, um trecho já conhecido por sua inclinação acentuada e curvas perigosas, expôs a vulnerabilidade da rodovia a incidentes graves. A interdição total gerou transtornos significativos, com filas que chegaram a 11 quilômetros no auge do bloqueio, segundo a Arteris Litoral Sul. Mesmo após a liberação, o fluxo permaneceu lento, com retenções registradas até a manhã de segunda-feira.

O transporte de cargas perigosas, como o etanol, exige cuidados especiais, mas acidentes como esse mostram os riscos envolvidos. O líquido inflamável, ao vazar, formou uma trilha de fogo que atingiu não só os veículos próximos, mas também a vegetação ao redor. A Defesa Civil acompanhou a situação para avaliar possíveis danos ambientais, enquanto os bombeiros trabalharam na contenção de focos residuais de incêndio. A PRF sinalizou um desvio pela SC-435, passando por São Bonifácio, mas a estrada, com trechos não asfaltados, não foi suficiente para aliviar o congestionamento.

Detalhes da carga que causou a tragédia

O etanol transportado pela carreta é um álcool etílico amplamente utilizado como combustível, misturado à gasolina, e como solvente em indústrias de tintas e aerossóis. Sem cor e com um leve odor característico, ele é altamente inflamável e produz vapores que podem irritar olhos, nariz e garganta. Quando em contato com uma fonte de ignição, como uma faísca ou o calor do atrito, o resultado é uma combustão rápida e intensa, como ocorreu no acidente. A carga, ao se espalhar pela pista, amplificou a destruição, tornando o controle do incêndio uma tarefa árdua para as equipes de emergência.

A carreta seguia no sentido norte, rumo a Curitiba, quando perdeu o controle. As causas do tombamento ainda não foram detalhadas, mas o impacto foi suficiente para romper o tanque e liberar o etanol. A explosão inicial foi seguida por uma sequência de chamas que alcançaram os veículos próximos, muitos dos quais estavam parados devido a um acidente anterior na mesma região. Esse fator contribuiu para o grande número de carros afetados, já que a fila impediu uma fuga rápida.

Cronologia do acidente em Palhoça

O acidente na BR-101 seguiu uma sequência de eventos que transformou um domingo comum em um dia de caos. Abaixo, os principais momentos registrados:

  • 13h37 (domingo, 6 de abril): Carreta carregada com etanol tomba no km 233, no Morro dos Cavalos, e explode.
  • Minutos após o tombamento: Incêndio se espalha, atingindo 24 carros e 3 carretas; cinco pessoas são feridas.
  • Tarde de domingo: Equipes de emergência chegam ao local e iniciam o combate às chamas e o resgate das vítimas.
  • 17h30 (domingo): Bombeiros seguem no rescaldo, enquanto a rodovia permanece interditada em ambos os sentidos.
  • 5h (segunda-feira, 7 de abril): Trecho é liberado após mais de 15 horas de trabalho, mas filas persistem.
  • 7h13 (segunda-feira): Congestionamento ainda é registrado, com 12 km no sentido Curitiba e 6 km no sentido Porto Alegre.

A resposta das autoridades ao incêndio

As equipes de emergência enfrentaram um desafio monumental para conter o incêndio e restabelecer a normalidade na BR-101. Os bombeiros, com apoio de 36 profissionais, usaram técnicas específicas para apagar as chamas alimentadas pelo etanol, enquanto guinchos da concessionária removeram os destroços. A PRF coordenou o bloqueio da rodovia e orientou os motoristas, enquanto o SAMU e as ambulâncias da Arteris Litoral Sul prestaram atendimento às vítimas. A Defesa Civil monitorou os impactos ambientais, como o fogo nas árvores e o risco de contaminação pelo combustível derramado.

O motorista da carreta e sua esposa foram os mais afetados entre os feridos, com queimaduras graves que exigiram atendimento imediato na UPA da Pinheira. As outras três vítimas, socorridas pela concessionária, também sofreram queimaduras, mas informações sobre seu estado de saúde não foram atualizadas. A presença de um caminhão de gás GLP na fila trouxe um risco adicional, mas a ação rápida dos socorristas evitou uma explosão secundária que poderia agravar ainda mais a situação.

Danos materiais e humanos em números

O acidente deixou marcas profundas na BR-101, tanto em termos materiais quanto humanos. Dos 27 veículos atingidos, 24 eram carros de passeio e 3 eram carretas, todos reduzidos a escombros pelo fogo. As cinco vítimas, apesar de sobreviverem, enfrentam um longo processo de recuperação devido às queimaduras. A rodovia, essencial para a economia e a mobilidade de Santa Catarina, ficou comprometida por mais de 15 horas, afetando milhares de motoristas e o transporte de cargas na região.

A limpeza do local foi um processo demorado, envolvendo a remoção de carcaças, destroços e resíduos de etanol. A concessionária precisou mobilizar guinchos e equipes especializadas para liberar a pista, enquanto os bombeiros garantiam que não havia risco de reignição. O impacto econômico ainda é difícil de mensurar, mas o bloqueio prolongado certamente prejudicou o fluxo de mercadorias e o trânsito de passageiros.

  • Carros destruídos: 24 unidades, muitos deles parados na fila antes do acidente.
  • Carretas queimadas: 3, incluindo a que transportava o etanol.
  • Pessoas feridas: 5, com queimaduras de diferentes graus.
  • Horas de interdição: Mais de 15, com liberação apenas na madrugada de segunda-feira.

O que o acidente revela sobre o Morro dos Cavalos

Conhecido por sua topografia desafiadora, o Morro dos Cavalos é um trecho temido por motoristas na BR-101. Com curvas fechadas e uma inclinação significativa, a região já foi palco de outros acidentes graves. O tombamento da carreta reforça a necessidade de atenção redobrada nesse ponto da rodovia, especialmente para veículos pesados que transportam cargas perigosas. A combinação de tráfego intenso, condições da pista e imprevistos como esse cria um cenário de risco constante.

A vegetação às margens da rodovia, afetada pelo fogo, também levanta questões sobre o impacto ambiental de incidentes como esse. O etanol derramado, embora seja um combustível renovável, pode contaminar o solo e a água se não for manejado corretamente. A Defesa Civil acompanhou a situação para evitar danos maiores, mas o episódio deixa um alerta sobre a segurança no transporte de materiais inflamáveis em trechos críticos como esse.

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