A economia brasileira ganhará um impulso significativo com a chegada do décimo terceiro salário, que promete injetar R$ 320 bilhões no mercado. O montante, superior aos R$ 317 bilhões distribuídos no ano anterior, alcançará cerca de 85 milhões de pessoas, incluindo trabalhadores formais, servidores públicos e aposentados do INSS. Com o salário mínimo elevado para R$ 1.518 desde janeiro, os valores pagos serão maiores, refletindo o crescimento do mercado formal, que agora conta com 52 milhões de empregados CLT, e a inclusão de mais aposentados na base de beneficiários. Os depósitos, ajustados para 28 de novembro e 19 de dezembro, chegam estrategicamente antes das festas de fim de ano, aquecendo setores como varejo, turismo e serviços. Criado em 1962 pela Lei nº 4.090, o benefício consolidou-se como um dos principais motores econômicos do último trimestre, com impacto direto no consumo e na circulação de recursos em todo o país.
Esse aquecimento econômico ocorre em um momento de formalização crescente do trabalho. Estima-se que o mercado formal tenha expandido 2% em relação ao ano anterior, ampliando o número de recebedores do décimo terceiro. Para as empresas, o desafio é garantir o cumprimento dos prazos sob pena de multas, enquanto trabalhadores e aposentados planejam o uso do dinheiro extra. A alta no salário mínimo também reforça o poder de compra, especialmente para os 60% dos beneficiários concentrados nas regiões Norte e Nordeste, onde o benefício sustenta o comércio local. Com projeções de crescimento de 5% nas vendas de fim de ano, o varejo já se prepara para um período intenso, enquanto o turismo espera mais visitantes em destinos populares.
Diferentemente de anos anteriores, as datas de pagamento foram ajustadas para evitar coincidências com fins de semana, seguindo determinação do Tribunal Superior do Trabalho. Isso assegura que os recursos estejam disponíveis antes do Natal e do Ano Novo, oferecendo alívio financeiro imediato às famílias. Pequenos negócios, grandes redes e até o comércio eletrônico ajustam estoques e estratégias para aproveitar o fluxo de R$ 320 bilhões, que equivale a cerca de 2,5% do PIB anual. O aumento no número de beneficiários, de 83 milhões em 2024 para 85 milhões agora, evidencia a relevância do décimo terceiro como ferramenta de estímulo econômico e redução de desigualdades regionais.
Quem recebe o décimo terceiro e como funciona
O décimo terceiro salário abrange uma ampla gama de trabalhadores e segurados no Brasil. Empregados com carteira assinada que atuaram pelo menos 15 dias no ano têm direito ao benefício, incluindo categorias como domésticos, rurais e temporários. Servidores públicos de todas as esferas e trabalhadores avulsos, como estivadores com intermediação sindical, também estão na lista. Para os aposentados e pensionistas do INSS, o abono é igualmente garantido, assim como para quem recebe auxílios por incapacidade temporária ou reclusão. Em 2025, cerca de 52 milhões de trabalhadores formais e 33 milhões de segurados do INSS receberão o pagamento, totalizando os 85 milhões de beneficiários estimados.
Existem, contudo, exceções importantes. Quem foi demitido por justa causa perde o direito ao décimo terceiro, independentemente do tempo trabalhado no ano. Estagiários e autônomos não entram na lista, assim como os beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que não têm vínculo trabalhista ou previdenciário elegível. Para quem tem direito, o cálculo é proporcional ao tempo de serviço: cada período superior a 15 dias conta como um mês completo. Esse critério assegura que mesmo trabalhadores com poucos meses de atividade recebam um valor justo, ajustado à sua contribuição anual.
O impacto do benefício vai além dos recebedores diretos. Pequenos municípios, especialmente no interior, dependem do décimo terceiro para movimentar a economia local. Em regiões como o Nordeste, onde os aposentados representam uma fatia significativa da renda, o dinheiro circula rapidamente em feiras, farmácias e mercados. Já nas grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, o foco está no consumo de bens duráveis e serviços, como viagens e eventos de fim de ano. Com o aumento do salário mínimo, o valor médio pago por beneficiário sobe, ampliando ainda mais esses efeitos.
Datas ajustadas garantem pagamento antes das festas
Os prazos de pagamento do décimo terceiro em 2025 foram definidos com precisão para garantir que os recursos cheguem às mãos dos beneficiários antes das celebrações de fim de ano. A primeira parcela, ou o valor integral para quem opta pelo pagamento único, deve ser depositada até 28 de novembro, uma sexta-feira, antecipando o prazo tradicional de 30 de novembro, que cai em um domingo. Já a segunda parcela está marcada para 19 de dezembro, também uma sexta-feira, ajustada do dia 20, um sábado. Esses ajustes seguem a orientação do Tribunal Superior do Trabalho, que exige depósitos em dias úteis, facilitando o acesso imediato ao dinheiro.
Para os trabalhadores formais, as empresas podem escolher entre pagar tudo em uma única vez até 28 de novembro ou dividir em duas parcelas. A primeira metade é depositada sem descontos, enquanto a segunda sofre deduções de INSS e, quando aplicável, Imposto de Renda. Em 2024, cerca de 95% das companhias cumpriram os prazos, injetando R$ 317 bilhões na economia, e a expectativa é que esse índice se mantenha elevado neste ano. Aposentados e pensionistas do INSS seguem um calendário próprio, que pode ser antecipado pelo governo para o primeiro semestre, como ocorreu em 2024, ou mantido para novembro e dezembro.
- 28 de novembro: Primeira parcela ou pagamento único para trabalhadores formais.
- 19 de dezembro: Segunda parcela para trabalhadores formais.
- Aposentados do INSS: 28/11 e 19/12, salvo antecipação governamental.

Como calcular o valor do décimo terceiro
Calcular o décimo terceiro é um processo simples, mas exige atenção aos detalhes. O valor é baseado no salário bruto mensal, dividido por 12 e multiplicado pelo número de meses trabalhados no ano. Um trabalhador com salário de R$ 3.000 que atuou o ano inteiro recebe R$ 3.000 brutos. Se começou em maio, são 8 meses, resultando em R$ 2.000 (R$ 3.000 ÷ 12 × 8). Períodos superiores a 15 dias contam como um mês completo, garantindo que o pagamento seja proporcional ao tempo de serviço. Adicionais como horas extras e comissões entram na média anual, ajustada na segunda parcela.
Os descontos, no entanto, afetam o valor líquido recebido. O INSS varia de 7,5% a 14%, dependendo da faixa salarial, e incide sobre o total do benefício. O Imposto de Renda, aplicado apenas na segunda parcela, vai de 7,5% a 27,5% para rendas acima de R$ 2.824. Para um salário de R$ 1.518, equivalente ao mínimo em 2025, o desconto do INSS é de R$ 113,85 (7,5%), resultando em R$ 1.404,15 líquidos para quem trabalhou o ano todo. Esse cálculo pode ser conferido no contracheque ou, no caso de aposentados, no extrato disponível no aplicativo Meu INSS.
Aposentados têm um cálculo semelhante, baseado no valor do benefício mensal. Um segurado com R$ 1.518 que começou a receber em julho terá direito a 6/12 do valor, ou R$ 759, com desconto de R$ 57 no INSS, totalizando R$ 702 líquidos. Esses valores são fundamentais para o planejamento financeiro, especialmente em um período de alta demanda por gastos sazonais. A elevação do salário mínimo para R$ 1.518 aumenta o montante pago, beneficiando especialmente os trabalhadores e segurados de baixa renda, que formam a maioria dos recebedores.
Varejo se prepara para alta no consumo
Com R$ 320 bilhões circulando, o varejo já se organiza para aproveitar o aquecimento econômico gerado pelo décimo terceiro. Em 2024, as vendas de dezembro registraram alta de 5,6%, com destaque para eletrônicos, roupas e alimentos, e a projeção para este ano é de um crescimento similar, em torno de 5%. Supermercados esperam maior procura por itens típicos das festas, como carnes, bebidas e panetones, enquanto lojas de eletrodomésticos planejam promoções agressivas a partir de novembro, coincidindo com a liberação da primeira parcela. O comércio eletrônico, que cresceu 10% no último dezembro, também aposta em campanhas para captar o fluxo de renda extra.
Pequenos negócios sentem o impacto de forma ainda mais direta. Em cidades menores, onde o décimo terceiro representa uma injeção significativa de recursos, lojas de bairro e feiras locais ajustam estoques para atender à demanda. Em 2024, cerca de 40% do valor do benefício foi gasto imediatamente no comércio local, sustentando a economia de municípios do interior. Esse padrão deve se repetir agora, com o aumento do salário mínimo ampliando o poder de compra das famílias. Grandes redes, por sua vez, projetam contratações temporárias para dar conta do movimento, especialmente em datas como Black Friday e Natal.
O turismo também colhe benefícios expressivos. Destinos como Salvador, Recife e Gramado registraram 15% mais reservas em 2024, e a expectativa é que o décimo terceiro impulsione ainda mais o setor. Hotéis e restaurantes em regiões populares, como o Nordeste e o Sul, preveem um crescimento de 4% no faturamento, contra 3% no ano anterior. Pacotes de viagem para o fim de ano já estão entre os mais procurados, refletindo o uso do benefício para lazer e descanso após um ano de trabalho.
Desafios financeiros para empresas
Garantir o pagamento do décimo terceiro dentro dos prazos exige planejamento rigoroso das empresas, especialmente as de pequeno porte, que respondem por 70% dos empregos formais no país. Em 2024, muitas recorreram a empréstimos com juros 2% acima da média anual para cobrir os custos, uma prática que deve se repetir agora. A multa por atraso, fixada em R$ 170,25 por empregado, representa um risco significativo, sobretudo em setores com alta rotatividade, como construção civil e varejo sazonal. Para negócios com dezenas ou centenas de funcionários, o valor das penalidades pode comprometer o caixa.
Grandes empresas, com maior capacidade financeira, enfrentam menos dificuldades. Em 2024, 95% delas cumpriram os prazos, e a projeção para este ano é de 90%, devido ao ajuste nas datas de pagamento. A emissão antecipada de contracheques e a coordenação com instituições bancárias são passos cruciais para evitar problemas. Setores sazonais, como o comércio, contratam trabalhadores temporários em novembro, mas precisam incluir o décimo terceiro proporcional nos custos, o que eleva os gastos em até 10% em relação ao ano anterior. Esse aumento reflete tanto a alta no salário mínimo quanto a expansão do mercado formal.
A pressão financeira é maior em pequenas empresas com faturamento irregular. Em 2024, cerca de 5% das companhias descumpriram os prazos, resultando em R$ 1,5 bilhão em multas. Para evitar esse cenário, muitas ajustam o fluxo de caixa desde o início do ano, reservando parte dos lucros para o pagamento do benefício. A antecipação dos depósitos, embora benéfica para os trabalhadores, exige que os empregadores estejam preparados com antecedência, especialmente em um contexto de custos operacionais crescentes.
Impacto do décimo terceiro nas finanças pessoais
Receber o décimo terceiro antes das festas de fim de ano oferece um alívio financeiro imediato para milhões de brasileiros. Em 2024, 40% dos beneficiários usaram o valor para compras natalinas, como presentes e ceias, enquanto 30% quitaram dívidas acumuladas ao longo do ano. Outros 25% optaram por poupar ou investir, mostrando um equilíbrio entre consumo e planejamento. Para trabalhadores de baixa renda, o valor líquido médio de R$ 1.404, após descontos no salário mínimo de R$ 1.518, cobre despesas sazonais essenciais, aliviando o orçamento familiar em um período de alta demanda.
Aposentados e pensionistas, que somam 33 milhões de beneficiários, também dependem do benefício para equilibrar as finanças. Em 2024, a antecipação dos pagamentos entre abril e maio injetou R$ 67,6 bilhões na economia, ajudando a cobrir gastos como IPTU e material escolar no início do ano. Caso o governo repita a medida em 2025, esse adiantamento pode trazer um impacto semelhante, beneficiando especialmente os segurados de baixa renda, que representam 70% do total. Para novos aposentados, o pagamento proporcional em novembro e dezembro oferece flexibilidade para planejar o fim de ano.
O aumento do salário mínimo para R$ 1.518 amplia o alcance do décimo terceiro, especialmente para quem ganha o piso. Em 2024, o valor líquido médio foi de R$ 1.298, com o mínimo em R$ 1.412, e a diferença de R$ 106 faz diferença no bolso de trabalhadores e segurados. Esse incremento reflete a política de valorização do mínimo, que considera a inflação de 4,84% até novembro de 2024 e um ganho real limitado a 2,5%, conforme aprovado pelo Congresso. Assim, o benefício não só aquece a economia, mas também melhora o poder de compra em um momento estratégico.
Efeitos regionais do benefício
O décimo terceiro salário tem um impacto econômico que varia de acordo com as características de cada região do país. No Nordeste e no Norte, onde 60% dos beneficiários estão concentrados, o comércio local ganha um fôlego significativo. Cidades como Recife e Fortaleza esperam um aumento de 20% no turismo em dezembro, impulsionado pelo pagamento do benefício. Em 2024, os R$ 317 bilhões elevaram o consumo em 5% nessas regiões, e os R$ 320 bilhões previstos para agora devem manter essa proporção, sustentando feiras, farmácias e mercados de bairro.
No Sudeste, que concentra o maior volume de recursos, grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro lideram o movimento no varejo e nos serviços. Shoppings nessas cidades projetam alta de 7% nas vendas de fim de ano, contra 5% em 2024, refletindo o maior poder de compra proporcionado pelo reajuste salarial. O comércio eletrônico também sente os efeitos, com previsão de crescimento de 10% nas vendas online, especialmente em categorias como eletrônicos e vestuário. Pequenos negócios em cidades do interior, por sua vez, absorvem boa parte do valor, mantendo a economia local ativa.
A formalização do trabalho, com 52 milhões de empregados CLT, e o aumento do salário mínimo reforçam o papel do décimo terceiro como equalizador econômico. No Sul, o benefício beneficia a indústria e o agronegócio, enquanto destinos turísticos como Gramado veem hotéis e restaurantes lotados. Em 2024, cerca de 25% do valor foi poupado, mas 40% circularam imediatamente no comércio, e essa dinâmica deve se repetir, equilibrando consumo e reservas financeiras em todas as regiões do país.
Curiosidades que marcam o décimo terceiro
O décimo terceiro salário carrega uma história e peculiaridades que destacam sua importância no Brasil. Instituído em 1962 como uma gratificação natalina, o benefício foi inspirado em práticas europeias de bonificação de fim de ano e rapidamente se consolidou como um direito trabalhista essencial. Hoje, ele movimenta cerca de 2,5% do PIB anual, com R$ 320 bilhões previstos para circular em 2025, atingindo um número recorde de 85 milhões de beneficiários.
- Inspirado em bonificações europeias, surgiu como gratificação natalina em 1962.
- Empregados domésticos só foram incluídos em 1988, pela Constituição Federal.
- A multa por atraso, de R$ 170,25 por empregado, permanece fixa desde 1980.
- Representa cerca de 2,5% do PIB, com impacto concentrado no último trimestre.
Calendário previsto para aposentados do INSS
Aposentados e pensionistas do INSS aguardam ansiosamente o cronograma do décimo terceiro, que pode variar conforme decisão do governo. Em 2024, os pagamentos foram antecipados para o primeiro semestre, entre abril e maio, injetando R$ 67,6 bilhões e beneficiando 33 milhões de segurados. Para 2025, a expectativa é que o adiantamento se repita, embora dependa da aprovação do Orçamento até março. Sem antecipação, os depósitos seguem o calendário tradicional de novembro e dezembro, escalonados pelo número final do benefício.
Se confirmada a antecipação, o cronograma provável será:
- Primeira parcela: 24 de abril a 8 de maio, começando por quem recebe até R$ 1.518.
- Segunda parcela: 26 de maio a 6 de junho, com descontos aplicados.
Caso contrário, os pagamentos ocorrerão em 28 de novembro e 19 de dezembro, alinhados aos trabalhadores formais. A decisão afeta diretamente o planejamento de 33 milhões de segurados, especialmente os 70% que recebem até um salário mínimo, e influencia o comércio em períodos distintos do ano.

A economia brasileira ganhará um impulso significativo com a chegada do décimo terceiro salário, que promete injetar R$ 320 bilhões no mercado. O montante, superior aos R$ 317 bilhões distribuídos no ano anterior, alcançará cerca de 85 milhões de pessoas, incluindo trabalhadores formais, servidores públicos e aposentados do INSS. Com o salário mínimo elevado para R$ 1.518 desde janeiro, os valores pagos serão maiores, refletindo o crescimento do mercado formal, que agora conta com 52 milhões de empregados CLT, e a inclusão de mais aposentados na base de beneficiários. Os depósitos, ajustados para 28 de novembro e 19 de dezembro, chegam estrategicamente antes das festas de fim de ano, aquecendo setores como varejo, turismo e serviços. Criado em 1962 pela Lei nº 4.090, o benefício consolidou-se como um dos principais motores econômicos do último trimestre, com impacto direto no consumo e na circulação de recursos em todo o país.
Esse aquecimento econômico ocorre em um momento de formalização crescente do trabalho. Estima-se que o mercado formal tenha expandido 2% em relação ao ano anterior, ampliando o número de recebedores do décimo terceiro. Para as empresas, o desafio é garantir o cumprimento dos prazos sob pena de multas, enquanto trabalhadores e aposentados planejam o uso do dinheiro extra. A alta no salário mínimo também reforça o poder de compra, especialmente para os 60% dos beneficiários concentrados nas regiões Norte e Nordeste, onde o benefício sustenta o comércio local. Com projeções de crescimento de 5% nas vendas de fim de ano, o varejo já se prepara para um período intenso, enquanto o turismo espera mais visitantes em destinos populares.
Diferentemente de anos anteriores, as datas de pagamento foram ajustadas para evitar coincidências com fins de semana, seguindo determinação do Tribunal Superior do Trabalho. Isso assegura que os recursos estejam disponíveis antes do Natal e do Ano Novo, oferecendo alívio financeiro imediato às famílias. Pequenos negócios, grandes redes e até o comércio eletrônico ajustam estoques e estratégias para aproveitar o fluxo de R$ 320 bilhões, que equivale a cerca de 2,5% do PIB anual. O aumento no número de beneficiários, de 83 milhões em 2024 para 85 milhões agora, evidencia a relevância do décimo terceiro como ferramenta de estímulo econômico e redução de desigualdades regionais.
Quem recebe o décimo terceiro e como funciona
O décimo terceiro salário abrange uma ampla gama de trabalhadores e segurados no Brasil. Empregados com carteira assinada que atuaram pelo menos 15 dias no ano têm direito ao benefício, incluindo categorias como domésticos, rurais e temporários. Servidores públicos de todas as esferas e trabalhadores avulsos, como estivadores com intermediação sindical, também estão na lista. Para os aposentados e pensionistas do INSS, o abono é igualmente garantido, assim como para quem recebe auxílios por incapacidade temporária ou reclusão. Em 2025, cerca de 52 milhões de trabalhadores formais e 33 milhões de segurados do INSS receberão o pagamento, totalizando os 85 milhões de beneficiários estimados.
Existem, contudo, exceções importantes. Quem foi demitido por justa causa perde o direito ao décimo terceiro, independentemente do tempo trabalhado no ano. Estagiários e autônomos não entram na lista, assim como os beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que não têm vínculo trabalhista ou previdenciário elegível. Para quem tem direito, o cálculo é proporcional ao tempo de serviço: cada período superior a 15 dias conta como um mês completo. Esse critério assegura que mesmo trabalhadores com poucos meses de atividade recebam um valor justo, ajustado à sua contribuição anual.
O impacto do benefício vai além dos recebedores diretos. Pequenos municípios, especialmente no interior, dependem do décimo terceiro para movimentar a economia local. Em regiões como o Nordeste, onde os aposentados representam uma fatia significativa da renda, o dinheiro circula rapidamente em feiras, farmácias e mercados. Já nas grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, o foco está no consumo de bens duráveis e serviços, como viagens e eventos de fim de ano. Com o aumento do salário mínimo, o valor médio pago por beneficiário sobe, ampliando ainda mais esses efeitos.
Datas ajustadas garantem pagamento antes das festas
Os prazos de pagamento do décimo terceiro em 2025 foram definidos com precisão para garantir que os recursos cheguem às mãos dos beneficiários antes das celebrações de fim de ano. A primeira parcela, ou o valor integral para quem opta pelo pagamento único, deve ser depositada até 28 de novembro, uma sexta-feira, antecipando o prazo tradicional de 30 de novembro, que cai em um domingo. Já a segunda parcela está marcada para 19 de dezembro, também uma sexta-feira, ajustada do dia 20, um sábado. Esses ajustes seguem a orientação do Tribunal Superior do Trabalho, que exige depósitos em dias úteis, facilitando o acesso imediato ao dinheiro.
Para os trabalhadores formais, as empresas podem escolher entre pagar tudo em uma única vez até 28 de novembro ou dividir em duas parcelas. A primeira metade é depositada sem descontos, enquanto a segunda sofre deduções de INSS e, quando aplicável, Imposto de Renda. Em 2024, cerca de 95% das companhias cumpriram os prazos, injetando R$ 317 bilhões na economia, e a expectativa é que esse índice se mantenha elevado neste ano. Aposentados e pensionistas do INSS seguem um calendário próprio, que pode ser antecipado pelo governo para o primeiro semestre, como ocorreu em 2024, ou mantido para novembro e dezembro.
- 28 de novembro: Primeira parcela ou pagamento único para trabalhadores formais.
- 19 de dezembro: Segunda parcela para trabalhadores formais.
- Aposentados do INSS: 28/11 e 19/12, salvo antecipação governamental.

Como calcular o valor do décimo terceiro
Calcular o décimo terceiro é um processo simples, mas exige atenção aos detalhes. O valor é baseado no salário bruto mensal, dividido por 12 e multiplicado pelo número de meses trabalhados no ano. Um trabalhador com salário de R$ 3.000 que atuou o ano inteiro recebe R$ 3.000 brutos. Se começou em maio, são 8 meses, resultando em R$ 2.000 (R$ 3.000 ÷ 12 × 8). Períodos superiores a 15 dias contam como um mês completo, garantindo que o pagamento seja proporcional ao tempo de serviço. Adicionais como horas extras e comissões entram na média anual, ajustada na segunda parcela.
Os descontos, no entanto, afetam o valor líquido recebido. O INSS varia de 7,5% a 14%, dependendo da faixa salarial, e incide sobre o total do benefício. O Imposto de Renda, aplicado apenas na segunda parcela, vai de 7,5% a 27,5% para rendas acima de R$ 2.824. Para um salário de R$ 1.518, equivalente ao mínimo em 2025, o desconto do INSS é de R$ 113,85 (7,5%), resultando em R$ 1.404,15 líquidos para quem trabalhou o ano todo. Esse cálculo pode ser conferido no contracheque ou, no caso de aposentados, no extrato disponível no aplicativo Meu INSS.
Aposentados têm um cálculo semelhante, baseado no valor do benefício mensal. Um segurado com R$ 1.518 que começou a receber em julho terá direito a 6/12 do valor, ou R$ 759, com desconto de R$ 57 no INSS, totalizando R$ 702 líquidos. Esses valores são fundamentais para o planejamento financeiro, especialmente em um período de alta demanda por gastos sazonais. A elevação do salário mínimo para R$ 1.518 aumenta o montante pago, beneficiando especialmente os trabalhadores e segurados de baixa renda, que formam a maioria dos recebedores.
Varejo se prepara para alta no consumo
Com R$ 320 bilhões circulando, o varejo já se organiza para aproveitar o aquecimento econômico gerado pelo décimo terceiro. Em 2024, as vendas de dezembro registraram alta de 5,6%, com destaque para eletrônicos, roupas e alimentos, e a projeção para este ano é de um crescimento similar, em torno de 5%. Supermercados esperam maior procura por itens típicos das festas, como carnes, bebidas e panetones, enquanto lojas de eletrodomésticos planejam promoções agressivas a partir de novembro, coincidindo com a liberação da primeira parcela. O comércio eletrônico, que cresceu 10% no último dezembro, também aposta em campanhas para captar o fluxo de renda extra.
Pequenos negócios sentem o impacto de forma ainda mais direta. Em cidades menores, onde o décimo terceiro representa uma injeção significativa de recursos, lojas de bairro e feiras locais ajustam estoques para atender à demanda. Em 2024, cerca de 40% do valor do benefício foi gasto imediatamente no comércio local, sustentando a economia de municípios do interior. Esse padrão deve se repetir agora, com o aumento do salário mínimo ampliando o poder de compra das famílias. Grandes redes, por sua vez, projetam contratações temporárias para dar conta do movimento, especialmente em datas como Black Friday e Natal.
O turismo também colhe benefícios expressivos. Destinos como Salvador, Recife e Gramado registraram 15% mais reservas em 2024, e a expectativa é que o décimo terceiro impulsione ainda mais o setor. Hotéis e restaurantes em regiões populares, como o Nordeste e o Sul, preveem um crescimento de 4% no faturamento, contra 3% no ano anterior. Pacotes de viagem para o fim de ano já estão entre os mais procurados, refletindo o uso do benefício para lazer e descanso após um ano de trabalho.
Desafios financeiros para empresas
Garantir o pagamento do décimo terceiro dentro dos prazos exige planejamento rigoroso das empresas, especialmente as de pequeno porte, que respondem por 70% dos empregos formais no país. Em 2024, muitas recorreram a empréstimos com juros 2% acima da média anual para cobrir os custos, uma prática que deve se repetir agora. A multa por atraso, fixada em R$ 170,25 por empregado, representa um risco significativo, sobretudo em setores com alta rotatividade, como construção civil e varejo sazonal. Para negócios com dezenas ou centenas de funcionários, o valor das penalidades pode comprometer o caixa.
Grandes empresas, com maior capacidade financeira, enfrentam menos dificuldades. Em 2024, 95% delas cumpriram os prazos, e a projeção para este ano é de 90%, devido ao ajuste nas datas de pagamento. A emissão antecipada de contracheques e a coordenação com instituições bancárias são passos cruciais para evitar problemas. Setores sazonais, como o comércio, contratam trabalhadores temporários em novembro, mas precisam incluir o décimo terceiro proporcional nos custos, o que eleva os gastos em até 10% em relação ao ano anterior. Esse aumento reflete tanto a alta no salário mínimo quanto a expansão do mercado formal.
A pressão financeira é maior em pequenas empresas com faturamento irregular. Em 2024, cerca de 5% das companhias descumpriram os prazos, resultando em R$ 1,5 bilhão em multas. Para evitar esse cenário, muitas ajustam o fluxo de caixa desde o início do ano, reservando parte dos lucros para o pagamento do benefício. A antecipação dos depósitos, embora benéfica para os trabalhadores, exige que os empregadores estejam preparados com antecedência, especialmente em um contexto de custos operacionais crescentes.
Impacto do décimo terceiro nas finanças pessoais
Receber o décimo terceiro antes das festas de fim de ano oferece um alívio financeiro imediato para milhões de brasileiros. Em 2024, 40% dos beneficiários usaram o valor para compras natalinas, como presentes e ceias, enquanto 30% quitaram dívidas acumuladas ao longo do ano. Outros 25% optaram por poupar ou investir, mostrando um equilíbrio entre consumo e planejamento. Para trabalhadores de baixa renda, o valor líquido médio de R$ 1.404, após descontos no salário mínimo de R$ 1.518, cobre despesas sazonais essenciais, aliviando o orçamento familiar em um período de alta demanda.
Aposentados e pensionistas, que somam 33 milhões de beneficiários, também dependem do benefício para equilibrar as finanças. Em 2024, a antecipação dos pagamentos entre abril e maio injetou R$ 67,6 bilhões na economia, ajudando a cobrir gastos como IPTU e material escolar no início do ano. Caso o governo repita a medida em 2025, esse adiantamento pode trazer um impacto semelhante, beneficiando especialmente os segurados de baixa renda, que representam 70% do total. Para novos aposentados, o pagamento proporcional em novembro e dezembro oferece flexibilidade para planejar o fim de ano.
O aumento do salário mínimo para R$ 1.518 amplia o alcance do décimo terceiro, especialmente para quem ganha o piso. Em 2024, o valor líquido médio foi de R$ 1.298, com o mínimo em R$ 1.412, e a diferença de R$ 106 faz diferença no bolso de trabalhadores e segurados. Esse incremento reflete a política de valorização do mínimo, que considera a inflação de 4,84% até novembro de 2024 e um ganho real limitado a 2,5%, conforme aprovado pelo Congresso. Assim, o benefício não só aquece a economia, mas também melhora o poder de compra em um momento estratégico.
Efeitos regionais do benefício
O décimo terceiro salário tem um impacto econômico que varia de acordo com as características de cada região do país. No Nordeste e no Norte, onde 60% dos beneficiários estão concentrados, o comércio local ganha um fôlego significativo. Cidades como Recife e Fortaleza esperam um aumento de 20% no turismo em dezembro, impulsionado pelo pagamento do benefício. Em 2024, os R$ 317 bilhões elevaram o consumo em 5% nessas regiões, e os R$ 320 bilhões previstos para agora devem manter essa proporção, sustentando feiras, farmácias e mercados de bairro.
No Sudeste, que concentra o maior volume de recursos, grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro lideram o movimento no varejo e nos serviços. Shoppings nessas cidades projetam alta de 7% nas vendas de fim de ano, contra 5% em 2024, refletindo o maior poder de compra proporcionado pelo reajuste salarial. O comércio eletrônico também sente os efeitos, com previsão de crescimento de 10% nas vendas online, especialmente em categorias como eletrônicos e vestuário. Pequenos negócios em cidades do interior, por sua vez, absorvem boa parte do valor, mantendo a economia local ativa.
A formalização do trabalho, com 52 milhões de empregados CLT, e o aumento do salário mínimo reforçam o papel do décimo terceiro como equalizador econômico. No Sul, o benefício beneficia a indústria e o agronegócio, enquanto destinos turísticos como Gramado veem hotéis e restaurantes lotados. Em 2024, cerca de 25% do valor foi poupado, mas 40% circularam imediatamente no comércio, e essa dinâmica deve se repetir, equilibrando consumo e reservas financeiras em todas as regiões do país.
Curiosidades que marcam o décimo terceiro
O décimo terceiro salário carrega uma história e peculiaridades que destacam sua importância no Brasil. Instituído em 1962 como uma gratificação natalina, o benefício foi inspirado em práticas europeias de bonificação de fim de ano e rapidamente se consolidou como um direito trabalhista essencial. Hoje, ele movimenta cerca de 2,5% do PIB anual, com R$ 320 bilhões previstos para circular em 2025, atingindo um número recorde de 85 milhões de beneficiários.
- Inspirado em bonificações europeias, surgiu como gratificação natalina em 1962.
- Empregados domésticos só foram incluídos em 1988, pela Constituição Federal.
- A multa por atraso, de R$ 170,25 por empregado, permanece fixa desde 1980.
- Representa cerca de 2,5% do PIB, com impacto concentrado no último trimestre.
Calendário previsto para aposentados do INSS
Aposentados e pensionistas do INSS aguardam ansiosamente o cronograma do décimo terceiro, que pode variar conforme decisão do governo. Em 2024, os pagamentos foram antecipados para o primeiro semestre, entre abril e maio, injetando R$ 67,6 bilhões e beneficiando 33 milhões de segurados. Para 2025, a expectativa é que o adiantamento se repita, embora dependa da aprovação do Orçamento até março. Sem antecipação, os depósitos seguem o calendário tradicional de novembro e dezembro, escalonados pelo número final do benefício.
Se confirmada a antecipação, o cronograma provável será:
- Primeira parcela: 24 de abril a 8 de maio, começando por quem recebe até R$ 1.518.
- Segunda parcela: 26 de maio a 6 de junho, com descontos aplicados.
Caso contrário, os pagamentos ocorrerão em 28 de novembro e 19 de dezembro, alinhados aos trabalhadores formais. A decisão afeta diretamente o planejamento de 33 milhões de segurados, especialmente os 70% que recebem até um salário mínimo, e influencia o comércio em períodos distintos do ano.
