Em 2025, o décimo terceiro salário promete ser um dos principais pilares da economia brasileira, com uma injeção estimada de R$ 320 bilhões que alcançará cerca de 85 milhões de pessoas. Esse montante, distribuído entre trabalhadores formais, servidores públicos e aposentados do INSS, chega em um momento crucial, às vésperas das festas de fim de ano, aquecendo setores como varejo, turismo e serviços. O ajuste nos prazos de pagamento, definidos para 28 de novembro e 19 de dezembro, reflete a necessidade de garantir que os valores estejam disponíveis em dias úteis, evitando atrasos e assegurando o impacto positivo no consumo. Com o salário mínimo elevado para R$ 1.518 em janeiro, o benefício ganha ainda mais peso, superando os R$ 317 bilhões pagos em 2024, quando 83 milhões de brasileiros foram contemplados. Esse crescimento é impulsionado pela formalização do mercado de trabalho, que agora abrange 52 milhões de empregados com carteira assinada, e pelo aumento no número de segurados da Previdência Social.
O impacto econômico do décimo terceiro vai muito além dos números brutos. Pequenos negócios, especialmente em cidades do interior, dependem desse fluxo para equilibrar as contas e impulsionar as vendas de fim de ano, enquanto grandes redes varejistas e o comércio eletrônico planejam promoções agressivas para captar a renda extra. Em 2024, o varejo registrou um crescimento de 5,6% nas vendas de dezembro, e as projeções para este ano apontam para um desempenho semelhante, com destaque para eletrônicos, vestuário e alimentos. O turismo também se beneficia, com destinos como Salvador e Gramado esperando um aumento significativo na procura por pacotes de viagem. A antecipação dos pagamentos, ajustada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), reforça a relevância do benefício como um motor sazonal que movimenta desde feiras locais até hotéis e restaurantes em regiões turísticas.
Esse cenário reflete a consolidação do décimo terceiro como um direito essencial, instituído em 1962 pela Lei nº 4.090. Originalmente concebido como uma gratificação natalina, ele evoluiu para um mecanismo de distribuição de renda que representa cerca de 2,5% do PIB anual. Para 2025, o aumento no valor total pago acompanha a expansão do mercado formal e o reajuste salarial, beneficiando uma base ainda maior de recebedores. Enquanto trabalhadores se preparam para usar o dinheiro em compras, quitação de dívidas ou poupança, empresas enfrentam o desafio de cumprir os prazos sob pena de multas, o que exige planejamento financeiro rigoroso em um período de alta demanda.
Quem recebe o décimo terceiro
O direito ao décimo terceiro salário abrange uma ampla gama de trabalhadores e segurados no Brasil. Empregados com carteira assinada que atuaram por pelo menos 15 dias em 2025 estão incluídos, o que engloba categorias como domésticos, rurais e temporários. Servidores públicos das esferas federal, estadual e municipal também têm o benefício garantido, assim como trabalhadores avulsos, como estivadores, cuja intermediação é feita por sindicatos. Para os aposentados e pensionistas do INSS, o pagamento é assegurado, incluindo quem recebe auxílios por incapacidade temporária ou reclusão. Em 2025, o total de beneficiários deve chegar a 85 milhões, um aumento em relação aos 83 milhões registrados no ano anterior, reflexo do crescimento de 2% no mercado formal e da inclusão de novos segurados na Previdência.
Existem, porém, exceções importantes. Trabalhadores demitidos por justa causa perdem o direito ao benefício, independentemente do tempo trabalhado no ano. Estagiários e autônomos não entram na lista, assim como beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que tem caráter assistencial e não trabalhista. Para quem está elegível, o cálculo considera o tempo de serviço: períodos superiores a 15 dias são contados como um mês completo, garantindo proporcionalidade. Esse critério beneficia, por exemplo, empregados que começaram a trabalhar em meados de um mês, assegurando que recebam uma fração justa do valor total.
A expansão no número de recebedores reflete tendências recentes no mercado de trabalho. Com 52 milhões de empregados CLT e 33 milhões de aposentados e pensionistas, o décimo terceiro alcança uma fatia significativa da população economicamente ativa e dependente de benefícios previdenciários. Esse alcance reforça seu papel como um equalizador econômico, especialmente em regiões mais vulneráveis, onde o dinheiro circula rapidamente no comércio local.
Datas ajustadas para o pagamento
Os prazos de pagamento do décimo terceiro em 2025 foram ajustados para garantir que os valores cheguem às mãos dos beneficiários antes das festas de fim de ano. A primeira parcela, ou o pagamento único, deve ser depositada até 28 de novembro, antecipada do dia 30, que cai em um domingo. Já a segunda parcela está marcada para 19 de dezembro, ajustada do dia 20, um sábado. Essa mudança segue a determinação do TST, que exige que os depósitos ocorram em dias úteis, facilitando o acesso ao dinheiro e o planejamento financeiro de trabalhadores e empresas.
Para os trabalhadores formais, o pagamento pode ser feito em parcela única até 28 de novembro ou dividido em duas etapas. A primeira metade, paga sem descontos, chega até o fim de novembro, enquanto a segunda, com deduções de INSS e Imposto de Renda, é liberada em dezembro. Em 2024, 95% das empresas cumpriram os prazos, injetando R$ 317 bilhões na economia, e a expectativa para este ano é de um índice semelhante, apesar do desafio logístico imposto pelo ajuste de datas. Aposentados e pensionistas do INSS seguem um calendário próprio, que pode ser antecipado pelo governo, como ocorreu em 2024, quando R$ 67,6 bilhões foram pagos entre abril e maio.
Empresas que descumprem os prazos enfrentam multa de R$ 170,25 por empregado, um valor fixo desde 1980 que ainda pesa no orçamento de negócios com muitos funcionários. Em 2024, cerca de 5% das companhias atrasaram os pagamentos, resultando em penalidades que somaram R$ 1,5 bilhão. Para evitar esse custo adicional, a emissão antecipada de contracheques e a coordenação com bancos são estratégias essenciais adotadas por empregadores.
- 28 de novembro: Primeira parcela ou pagamento único para trabalhadores formais.
- 19 de dezembro: Segunda parcela para trabalhadores formais, com descontos aplicados.
- Aposentados do INSS: Pagamentos em 28/11 e 19/12, salvo antecipação decidida pelo governo.

Como calcular o benefício
Calcular o décimo terceiro salário é um processo simples, mas exige atenção aos detalhes. O valor é baseado no salário bruto mensal, dividido por 12 e multiplicado pelo número de meses trabalhados no ano. Um empregado com salário de R$ 3.000 que atuou de janeiro a dezembro recebe R$ 3.000 brutos, pagos em duas parcelas de R$ 1.500, se dividido. Caso tenha começado em maio, são 8 meses, resultando em R$ 2.000 (R$ 3.000 ÷ 12 × 8). Períodos superiores a 15 dias contam como um mês completo, o que beneficia trabalhadores com contratos iniciados no meio do mês.
Os descontos, aplicados apenas na segunda parcela, reduzem o valor líquido. O INSS varia de 7,5% a 14%, dependendo da faixa salarial, enquanto o Imposto de Renda, para rendas acima de R$ 2.824, vai de 7,5% a 27,5%. Um salário de R$ 2.000, por exemplo, tem desconto de cerca de R$ 150 no INSS, resultando em R$ 1.850 líquidos se isento de IR. Para o salário mínimo de R$ 1.518 em 2025, o benefício anual completo é de R$ 1.404 líquidos após a dedução de R$ 114 no INSS, valor que trabalhadores de baixa renda recebem como base.
Aposentados do INSS seguem a mesma lógica proporcional. Um benefício de R$ 1.518 iniciado em agosto rende R$ 506 (5/12), com desconto de R$ 38 no INSS, totalizando R$ 468 líquidos. Esses valores podem ser conferidos no contracheque ou no aplicativo Meu INSS, que disponibiliza o extrato detalhado para consulta. Adicionais como horas extras e comissões também entram no cálculo, com base na média anual, garantindo precisão para rendas variáveis.
Varejo se prepara para o boom de vendas
Com R$ 320 bilhões circulando, o varejo brasileiro já se mobiliza para aproveitar o aquecimento gerado pelo décimo terceiro. Em 2024, as vendas de dezembro cresceram 5,6%, impulsionadas pela renda extra, e a projeção para este ano é de uma alta próxima de 5%, com setores como eletrônicos, vestuário e alimentos na liderança. Supermercados ampliam estoques de itens natalinos, como panetones, carnes e bebidas, esperando um aumento na demanda a partir de novembro, quando a primeira parcela é paga. Lojas de eletrodomésticos planejam promoções agressivas, como descontos em TVs e smartphones, para atrair consumidores logo após o depósito.
O comércio eletrônico também se destaca no cenário. Em 2024, as vendas online subiram 10% em dezembro, com destaque para compras de última hora em categorias como roupas e eletrônicos. Para 2025, a expectativa é repetir esse crescimento, com grandes plataformas investindo em campanhas publicitárias e entregas rápidas para captar a renda extra. Pequenos varejistas, especialmente em cidades do interior, ajustam estoques para atender à procura local, que representa 40% do gasto imediato do décimo terceiro, segundo dados recentes.
Esse movimento sazonal gera um efeito cascata na economia. Em 2024, o varejo contratou mais de 100 mil trabalhadores temporários para o fim de ano, e a tendência deve se manter em 2025, com reflexos na produção e na logística. Desde grandes redes até feiras livres, o setor se prepara para um dos períodos mais lucrativos do ano, aproveitando o poder de compra ampliado pelo aumento do salário mínimo.
Turismo espera alta na demanda
O décimo terceiro salário também impulsiona o turismo, um dos setores mais beneficiados no fim de ano. Em 2024, destinos como Salvador e Gramado registraram um aumento de 15% nas reservas de dezembro, e a projeção para 2025 é de um crescimento ainda maior, puxado pela antecipação dos pagamentos. Pacotes para o Nordeste, como Recife e Natal, e para o Sul, como Florianópolis, estão entre os mais procurados, com agências de viagem relatando alta demanda já em outubro. Hotéis e restaurantes nesses locais esperam um faturamento 4% superior ao do ano anterior, contra 3% em 2024.
A renda extra do benefício incentiva viagens curtas e gastos em serviços locais, como passeios e artesanato. Em cidades menores, o turismo interno ganha força, com famílias aproveitando o décimo terceiro para visitar parentes ou destinos próximos. Em 2024, o setor movimentou bilhões com o fluxo de turistas, e os R$ 320 bilhões previstos para 2025 devem intensificar essa dinâmica, especialmente em regiões como o Nordeste, que lidera a procura por pacotes de fim de ano.
Esse aquecimento beneficia toda a cadeia turística. Companhias aéreas aumentam voos sazonais, enquanto pousadas e guias locais ampliam a oferta para atender à demanda. O impacto do décimo terceiro no turismo reflete sua capacidade de mobilizar recursos rapidamente, transformando o fim de ano em uma temporada de ouro para o setor.
Desafios logísticos para empresas
Cumprir os prazos do décimo terceiro representa um desafio significativo para as empresas, especialmente as pequenas, que respondem por 70% dos empregos formais no Brasil. Em 2024, muitos negócios recorreram a empréstimos com juros 2% acima da média anual para cobrir os pagamentos, uma prática que deve se repetir em 2025. A multa de R$ 170,25 por empregado em caso de atraso pressiona o fluxo de caixa, principalmente em setores como construção e varejo, onde a rotatividade de trabalhadores é alta e os custos operacionais sobem no fim de ano.
Grandes empresas, com maior capacidade financeira, enfrentam menos dificuldades. Em 2024, 95% delas cumpriram os prazos, mas o ajuste de datas para 2025 pode reduzir esse índice para 90%, devido à necessidade de coordenação com bancos e sistemas de folha de pagamento. A emissão antecipada de contracheques e a reserva de recursos ao longo do ano são medidas adotadas para evitar penalidades, que em 2024 somaram R$ 1,5 bilhão para as companhias que falharam.
Setores sazonais, como o comércio, enfrentam um custo adicional com a contratação de temporários, que têm direito ao décimo terceiro proporcional. Esse gasto eleva os custos em até 10% em relação ao ano anterior, exigindo planejamento rigoroso para equilibrar as finanças e aproveitar o aquecimento das vendas. A logística de pagamento, aliada à pressão por cumprir prazos legais, torna o décimo terceiro um teste anual de gestão para empregadores de todos os portes.
Alívio financeiro para trabalhadores
Receber o décimo terceiro antes do Natal oferece um alívio financeiro imediato para milhões de trabalhadores. Em 2024, 40% dos beneficiários usaram o valor para compras natalinas, como presentes e ceias, enquanto 30% quitaram dívidas acumuladas ao longo do ano. Para quem ganha o salário mínimo de R$ 1.518, o benefício líquido de R$ 1.404 após descontos cobre despesas sazonais essenciais, garantindo um fim de ano mais tranquilo para famílias de baixa renda.
O dinheiro extra também permite planejamento. Em 2024, 25% dos trabalhadores pouparam ou investiram parte do décimo terceiro, um padrão que deve se manter em 2025 com o aumento do poder de compra. Para empregados com rendas variáveis, como vendedores que recebem comissões, o benefício é calculado com base na média anual, oferecendo um reforço significativo em um período de alta demanda. Esse equilíbrio entre consumo e reserva destaca a importância do décimo terceiro como ferramenta de gestão financeira pessoal.
A formalização do mercado, que atingiu 52 milhões de empregados CLT, amplia o alcance do benefício, beneficiando especialmente trabalhadores recém-contratados. Para eles, mesmo o pagamento proporcional representa uma ajuda crucial no orçamento, seja para gastos imediatos ou para começar o ano seguinte com mais segurança.
Impacto para aposentados do INSS
Os 33 milhões de aposentados e pensionistas do INSS também contam com o décimo terceiro como um suporte essencial. Em 2024, a antecipação dos pagamentos entre abril e maio injetou R$ 67,6 bilhões na economia, aliviando despesas do primeiro semestre, como IPTU e material escolar. Para 2025, o governo avalia repetir a medida, o que pode liberar R$ 68 bilhões antes do fim do ano, beneficiando uma base ainda maior de segurados com o aumento do salário mínimo para R$ 1.518.
Para quem recebe até um salário mínimo, o valor líquido de R$ 1.404 cobre custos básicos, como remédios e contas, enquanto beneficiários com aposentadorias maiores usam o extra para viagens ou reformas. Novos segurados, que começaram a receber o benefício durante o ano, têm direito a uma fração proporcional, paga em novembro e dezembro se não houver antecipação. Em 2024, 70% dos aposentados estavam na faixa de um salário mínimo, destacando o peso do décimo terceiro para esse grupo.
A possibilidade de antecipação depende da aprovação do Orçamento de 2025, esperada para março, e de um decreto presidencial. Caso confirmada, os depósitos seguirão o padrão escalonado pelo número final do benefício, começando por quem ganha menos, o que garante organização e acesso rápido aos recursos.
Efeitos regionais do benefício
O décimo terceiro salário tem um impacto desigual, mas significativo, nas diferentes regiões do Brasil. No Nordeste e no Norte, onde 60% dos beneficiários estão concentrados, o comércio local sente um impulso imediato. Cidades como Recife e Fortaleza esperam 20% mais visitantes em dezembro, enquanto feiras e lojas de bairro absorvem boa parte dos R$ 320 bilhões injetados. Em 2024, o consumo na região subiu 5%, e a tendência deve se repetir em 2025, beneficiando pequenos negócios que dependem desse fluxo sazonal.
No Sudeste, grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro lideram o volume de recursos, com shoppings e redes varejistas projetando alta de 7% nas vendas. O e-commerce, que cresce 10% no fim de ano, também reflete a força do benefício em áreas urbanas, com destaque para eletrônicos e roupas. No Sul, o turismo interno ganha destaque, com destinos como Gramado atraindo famílias em busca de eventos natalinos, o que eleva a ocupação hoteleira em 4% em relação ao ano anterior.
A formalização do trabalho e o aumento do salário mínimo ampliam o alcance do décimo terceiro, reduzindo desigualdades regionais. Em cidades menores, o dinheiro circula rapidamente, sustentando economias locais, enquanto em metrópoles, o foco é o consumo de bens duráveis e serviços. Esse contraste reforça o papel do benefício como um equalizador econômico em um país marcado por disparidades.
Curiosidades históricas do décimo terceiro
O décimo terceiro salário carrega uma trajetória interessante desde sua criação. Instituído em 1962 pelo então presidente João Goulart, ele surgiu como uma resposta às pressões sindicais por uma gratificação de fim de ano, inspirada em práticas europeias. Inicialmente, o benefício era restrito a trabalhadores formais urbanos, mas ao longo das décadas foi ampliado, incluindo empregados domésticos em 1988 com a Constituição Federal.
Hoje, ele movimenta cerca de 2,5% do PIB anual, um impacto que poucos benefícios trabalhistas alcançam globalmente. A multa por atraso, fixada em R$ 170,25 por empregado, permanece inalterada desde 1980, apesar da inflação acumulada, o que gera debates sobre sua atualização. Outro fato curioso é que o décimo terceiro é um dos poucos direitos natalinos obrigatórios no mundo, destacando sua singularidade no contexto brasileiro.
Calendário detalhado dos pagamentos
Os prazos do décimo terceiro em 2025 foram ajustados para atender às necessidades de trabalhadores e aposentados. Para empregados formais, as datas são fixas e definidas por lei, enquanto os segurados do INSS dependem de decisões governamentais. Confira o cronograma oficial:
- 28 de novembro: Primeira parcela ou pagamento único para trabalhadores CLT.
- 19 de dezembro: Segunda parcela para trabalhadores CLT, com descontos de INSS e IR.
- Aposentados do INSS (sem antecipação): 28/11 para a primeira parcela e 19/12 para a segunda.
- Com antecipação (se confirmada): Entre abril e maio, escalonado pelo número final do benefício.
Em 2024, a antecipação do INSS começou em 24 de abril e terminou em 6 de junho, beneficiando 33 milhões de segurados. Para 2025, o governo deve anunciar a decisão até março, dependendo do Orçamento e da situação fiscal, o que pode alterar o fluxo econômico do primeiro semestre.
Benefícios para pequenos negócios
Pequenos negócios, especialmente em cidades do interior, colhem frutos diretos do décimo terceiro. Em 2024, 40% do valor foi gasto imediatamente no comércio local, de feiras livres a lojas de bairro, enquanto 25% foram poupados para o início do ano seguinte. Esse padrão deve se repetir em 2025, com o aumento do salário mínimo ampliando o impacto em regiões onde a renda extra é essencial para a sobrevivência de microempreendedores.
Supermercados de pequeno porte investem em produtos sazonais, como carnes e bebidas, enquanto lojistas ajustam estoques para atender à demanda de fim de ano. Em 2024, esses negócios registraram até 50% do faturamento anual em dezembro, e a injeção de R$ 320 bilhões neste ano promete manter essa dinâmica. O efeito multiplicador do décimo terceiro sustenta economias locais, gerando um ciclo de consumo que beneficia desde vendedores ambulantes até prestadores de serviços.
Setor de serviços em alta
O setor de serviços também se prepara para o impacto do décimo terceiro. Restaurantes, salões de beleza e oficinas mecânicas esperam um aumento na procura a partir de novembro, quando os trabalhadores recebem a primeira parcela. Em 2024, o faturamento desse segmento subiu 3% em dezembro, e a projeção para 2025 é de 4%, refletindo o maior poder de compra gerado pelo reajuste do salário mínimo.
Hotéis e agências de viagem, especialmente em destinos turísticos, ampliam a oferta para atender à demanda sazonal. Em cidades como Natal e Florianópolis, a ocupação hoteleira cresce significativamente no fim de ano, enquanto serviços como passeios e eventos culturais absorvem parte da renda extra. Esse aquecimento reforça a importância do décimo terceiro como um catalisador de atividades econômicas diversas.

Em 2025, o décimo terceiro salário promete ser um dos principais pilares da economia brasileira, com uma injeção estimada de R$ 320 bilhões que alcançará cerca de 85 milhões de pessoas. Esse montante, distribuído entre trabalhadores formais, servidores públicos e aposentados do INSS, chega em um momento crucial, às vésperas das festas de fim de ano, aquecendo setores como varejo, turismo e serviços. O ajuste nos prazos de pagamento, definidos para 28 de novembro e 19 de dezembro, reflete a necessidade de garantir que os valores estejam disponíveis em dias úteis, evitando atrasos e assegurando o impacto positivo no consumo. Com o salário mínimo elevado para R$ 1.518 em janeiro, o benefício ganha ainda mais peso, superando os R$ 317 bilhões pagos em 2024, quando 83 milhões de brasileiros foram contemplados. Esse crescimento é impulsionado pela formalização do mercado de trabalho, que agora abrange 52 milhões de empregados com carteira assinada, e pelo aumento no número de segurados da Previdência Social.
O impacto econômico do décimo terceiro vai muito além dos números brutos. Pequenos negócios, especialmente em cidades do interior, dependem desse fluxo para equilibrar as contas e impulsionar as vendas de fim de ano, enquanto grandes redes varejistas e o comércio eletrônico planejam promoções agressivas para captar a renda extra. Em 2024, o varejo registrou um crescimento de 5,6% nas vendas de dezembro, e as projeções para este ano apontam para um desempenho semelhante, com destaque para eletrônicos, vestuário e alimentos. O turismo também se beneficia, com destinos como Salvador e Gramado esperando um aumento significativo na procura por pacotes de viagem. A antecipação dos pagamentos, ajustada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), reforça a relevância do benefício como um motor sazonal que movimenta desde feiras locais até hotéis e restaurantes em regiões turísticas.
Esse cenário reflete a consolidação do décimo terceiro como um direito essencial, instituído em 1962 pela Lei nº 4.090. Originalmente concebido como uma gratificação natalina, ele evoluiu para um mecanismo de distribuição de renda que representa cerca de 2,5% do PIB anual. Para 2025, o aumento no valor total pago acompanha a expansão do mercado formal e o reajuste salarial, beneficiando uma base ainda maior de recebedores. Enquanto trabalhadores se preparam para usar o dinheiro em compras, quitação de dívidas ou poupança, empresas enfrentam o desafio de cumprir os prazos sob pena de multas, o que exige planejamento financeiro rigoroso em um período de alta demanda.
Quem recebe o décimo terceiro
O direito ao décimo terceiro salário abrange uma ampla gama de trabalhadores e segurados no Brasil. Empregados com carteira assinada que atuaram por pelo menos 15 dias em 2025 estão incluídos, o que engloba categorias como domésticos, rurais e temporários. Servidores públicos das esferas federal, estadual e municipal também têm o benefício garantido, assim como trabalhadores avulsos, como estivadores, cuja intermediação é feita por sindicatos. Para os aposentados e pensionistas do INSS, o pagamento é assegurado, incluindo quem recebe auxílios por incapacidade temporária ou reclusão. Em 2025, o total de beneficiários deve chegar a 85 milhões, um aumento em relação aos 83 milhões registrados no ano anterior, reflexo do crescimento de 2% no mercado formal e da inclusão de novos segurados na Previdência.
Existem, porém, exceções importantes. Trabalhadores demitidos por justa causa perdem o direito ao benefício, independentemente do tempo trabalhado no ano. Estagiários e autônomos não entram na lista, assim como beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que tem caráter assistencial e não trabalhista. Para quem está elegível, o cálculo considera o tempo de serviço: períodos superiores a 15 dias são contados como um mês completo, garantindo proporcionalidade. Esse critério beneficia, por exemplo, empregados que começaram a trabalhar em meados de um mês, assegurando que recebam uma fração justa do valor total.
A expansão no número de recebedores reflete tendências recentes no mercado de trabalho. Com 52 milhões de empregados CLT e 33 milhões de aposentados e pensionistas, o décimo terceiro alcança uma fatia significativa da população economicamente ativa e dependente de benefícios previdenciários. Esse alcance reforça seu papel como um equalizador econômico, especialmente em regiões mais vulneráveis, onde o dinheiro circula rapidamente no comércio local.
Datas ajustadas para o pagamento
Os prazos de pagamento do décimo terceiro em 2025 foram ajustados para garantir que os valores cheguem às mãos dos beneficiários antes das festas de fim de ano. A primeira parcela, ou o pagamento único, deve ser depositada até 28 de novembro, antecipada do dia 30, que cai em um domingo. Já a segunda parcela está marcada para 19 de dezembro, ajustada do dia 20, um sábado. Essa mudança segue a determinação do TST, que exige que os depósitos ocorram em dias úteis, facilitando o acesso ao dinheiro e o planejamento financeiro de trabalhadores e empresas.
Para os trabalhadores formais, o pagamento pode ser feito em parcela única até 28 de novembro ou dividido em duas etapas. A primeira metade, paga sem descontos, chega até o fim de novembro, enquanto a segunda, com deduções de INSS e Imposto de Renda, é liberada em dezembro. Em 2024, 95% das empresas cumpriram os prazos, injetando R$ 317 bilhões na economia, e a expectativa para este ano é de um índice semelhante, apesar do desafio logístico imposto pelo ajuste de datas. Aposentados e pensionistas do INSS seguem um calendário próprio, que pode ser antecipado pelo governo, como ocorreu em 2024, quando R$ 67,6 bilhões foram pagos entre abril e maio.
Empresas que descumprem os prazos enfrentam multa de R$ 170,25 por empregado, um valor fixo desde 1980 que ainda pesa no orçamento de negócios com muitos funcionários. Em 2024, cerca de 5% das companhias atrasaram os pagamentos, resultando em penalidades que somaram R$ 1,5 bilhão. Para evitar esse custo adicional, a emissão antecipada de contracheques e a coordenação com bancos são estratégias essenciais adotadas por empregadores.
- 28 de novembro: Primeira parcela ou pagamento único para trabalhadores formais.
- 19 de dezembro: Segunda parcela para trabalhadores formais, com descontos aplicados.
- Aposentados do INSS: Pagamentos em 28/11 e 19/12, salvo antecipação decidida pelo governo.

Como calcular o benefício
Calcular o décimo terceiro salário é um processo simples, mas exige atenção aos detalhes. O valor é baseado no salário bruto mensal, dividido por 12 e multiplicado pelo número de meses trabalhados no ano. Um empregado com salário de R$ 3.000 que atuou de janeiro a dezembro recebe R$ 3.000 brutos, pagos em duas parcelas de R$ 1.500, se dividido. Caso tenha começado em maio, são 8 meses, resultando em R$ 2.000 (R$ 3.000 ÷ 12 × 8). Períodos superiores a 15 dias contam como um mês completo, o que beneficia trabalhadores com contratos iniciados no meio do mês.
Os descontos, aplicados apenas na segunda parcela, reduzem o valor líquido. O INSS varia de 7,5% a 14%, dependendo da faixa salarial, enquanto o Imposto de Renda, para rendas acima de R$ 2.824, vai de 7,5% a 27,5%. Um salário de R$ 2.000, por exemplo, tem desconto de cerca de R$ 150 no INSS, resultando em R$ 1.850 líquidos se isento de IR. Para o salário mínimo de R$ 1.518 em 2025, o benefício anual completo é de R$ 1.404 líquidos após a dedução de R$ 114 no INSS, valor que trabalhadores de baixa renda recebem como base.
Aposentados do INSS seguem a mesma lógica proporcional. Um benefício de R$ 1.518 iniciado em agosto rende R$ 506 (5/12), com desconto de R$ 38 no INSS, totalizando R$ 468 líquidos. Esses valores podem ser conferidos no contracheque ou no aplicativo Meu INSS, que disponibiliza o extrato detalhado para consulta. Adicionais como horas extras e comissões também entram no cálculo, com base na média anual, garantindo precisão para rendas variáveis.
Varejo se prepara para o boom de vendas
Com R$ 320 bilhões circulando, o varejo brasileiro já se mobiliza para aproveitar o aquecimento gerado pelo décimo terceiro. Em 2024, as vendas de dezembro cresceram 5,6%, impulsionadas pela renda extra, e a projeção para este ano é de uma alta próxima de 5%, com setores como eletrônicos, vestuário e alimentos na liderança. Supermercados ampliam estoques de itens natalinos, como panetones, carnes e bebidas, esperando um aumento na demanda a partir de novembro, quando a primeira parcela é paga. Lojas de eletrodomésticos planejam promoções agressivas, como descontos em TVs e smartphones, para atrair consumidores logo após o depósito.
O comércio eletrônico também se destaca no cenário. Em 2024, as vendas online subiram 10% em dezembro, com destaque para compras de última hora em categorias como roupas e eletrônicos. Para 2025, a expectativa é repetir esse crescimento, com grandes plataformas investindo em campanhas publicitárias e entregas rápidas para captar a renda extra. Pequenos varejistas, especialmente em cidades do interior, ajustam estoques para atender à procura local, que representa 40% do gasto imediato do décimo terceiro, segundo dados recentes.
Esse movimento sazonal gera um efeito cascata na economia. Em 2024, o varejo contratou mais de 100 mil trabalhadores temporários para o fim de ano, e a tendência deve se manter em 2025, com reflexos na produção e na logística. Desde grandes redes até feiras livres, o setor se prepara para um dos períodos mais lucrativos do ano, aproveitando o poder de compra ampliado pelo aumento do salário mínimo.
Turismo espera alta na demanda
O décimo terceiro salário também impulsiona o turismo, um dos setores mais beneficiados no fim de ano. Em 2024, destinos como Salvador e Gramado registraram um aumento de 15% nas reservas de dezembro, e a projeção para 2025 é de um crescimento ainda maior, puxado pela antecipação dos pagamentos. Pacotes para o Nordeste, como Recife e Natal, e para o Sul, como Florianópolis, estão entre os mais procurados, com agências de viagem relatando alta demanda já em outubro. Hotéis e restaurantes nesses locais esperam um faturamento 4% superior ao do ano anterior, contra 3% em 2024.
A renda extra do benefício incentiva viagens curtas e gastos em serviços locais, como passeios e artesanato. Em cidades menores, o turismo interno ganha força, com famílias aproveitando o décimo terceiro para visitar parentes ou destinos próximos. Em 2024, o setor movimentou bilhões com o fluxo de turistas, e os R$ 320 bilhões previstos para 2025 devem intensificar essa dinâmica, especialmente em regiões como o Nordeste, que lidera a procura por pacotes de fim de ano.
Esse aquecimento beneficia toda a cadeia turística. Companhias aéreas aumentam voos sazonais, enquanto pousadas e guias locais ampliam a oferta para atender à demanda. O impacto do décimo terceiro no turismo reflete sua capacidade de mobilizar recursos rapidamente, transformando o fim de ano em uma temporada de ouro para o setor.
Desafios logísticos para empresas
Cumprir os prazos do décimo terceiro representa um desafio significativo para as empresas, especialmente as pequenas, que respondem por 70% dos empregos formais no Brasil. Em 2024, muitos negócios recorreram a empréstimos com juros 2% acima da média anual para cobrir os pagamentos, uma prática que deve se repetir em 2025. A multa de R$ 170,25 por empregado em caso de atraso pressiona o fluxo de caixa, principalmente em setores como construção e varejo, onde a rotatividade de trabalhadores é alta e os custos operacionais sobem no fim de ano.
Grandes empresas, com maior capacidade financeira, enfrentam menos dificuldades. Em 2024, 95% delas cumpriram os prazos, mas o ajuste de datas para 2025 pode reduzir esse índice para 90%, devido à necessidade de coordenação com bancos e sistemas de folha de pagamento. A emissão antecipada de contracheques e a reserva de recursos ao longo do ano são medidas adotadas para evitar penalidades, que em 2024 somaram R$ 1,5 bilhão para as companhias que falharam.
Setores sazonais, como o comércio, enfrentam um custo adicional com a contratação de temporários, que têm direito ao décimo terceiro proporcional. Esse gasto eleva os custos em até 10% em relação ao ano anterior, exigindo planejamento rigoroso para equilibrar as finanças e aproveitar o aquecimento das vendas. A logística de pagamento, aliada à pressão por cumprir prazos legais, torna o décimo terceiro um teste anual de gestão para empregadores de todos os portes.
Alívio financeiro para trabalhadores
Receber o décimo terceiro antes do Natal oferece um alívio financeiro imediato para milhões de trabalhadores. Em 2024, 40% dos beneficiários usaram o valor para compras natalinas, como presentes e ceias, enquanto 30% quitaram dívidas acumuladas ao longo do ano. Para quem ganha o salário mínimo de R$ 1.518, o benefício líquido de R$ 1.404 após descontos cobre despesas sazonais essenciais, garantindo um fim de ano mais tranquilo para famílias de baixa renda.
O dinheiro extra também permite planejamento. Em 2024, 25% dos trabalhadores pouparam ou investiram parte do décimo terceiro, um padrão que deve se manter em 2025 com o aumento do poder de compra. Para empregados com rendas variáveis, como vendedores que recebem comissões, o benefício é calculado com base na média anual, oferecendo um reforço significativo em um período de alta demanda. Esse equilíbrio entre consumo e reserva destaca a importância do décimo terceiro como ferramenta de gestão financeira pessoal.
A formalização do mercado, que atingiu 52 milhões de empregados CLT, amplia o alcance do benefício, beneficiando especialmente trabalhadores recém-contratados. Para eles, mesmo o pagamento proporcional representa uma ajuda crucial no orçamento, seja para gastos imediatos ou para começar o ano seguinte com mais segurança.
Impacto para aposentados do INSS
Os 33 milhões de aposentados e pensionistas do INSS também contam com o décimo terceiro como um suporte essencial. Em 2024, a antecipação dos pagamentos entre abril e maio injetou R$ 67,6 bilhões na economia, aliviando despesas do primeiro semestre, como IPTU e material escolar. Para 2025, o governo avalia repetir a medida, o que pode liberar R$ 68 bilhões antes do fim do ano, beneficiando uma base ainda maior de segurados com o aumento do salário mínimo para R$ 1.518.
Para quem recebe até um salário mínimo, o valor líquido de R$ 1.404 cobre custos básicos, como remédios e contas, enquanto beneficiários com aposentadorias maiores usam o extra para viagens ou reformas. Novos segurados, que começaram a receber o benefício durante o ano, têm direito a uma fração proporcional, paga em novembro e dezembro se não houver antecipação. Em 2024, 70% dos aposentados estavam na faixa de um salário mínimo, destacando o peso do décimo terceiro para esse grupo.
A possibilidade de antecipação depende da aprovação do Orçamento de 2025, esperada para março, e de um decreto presidencial. Caso confirmada, os depósitos seguirão o padrão escalonado pelo número final do benefício, começando por quem ganha menos, o que garante organização e acesso rápido aos recursos.
Efeitos regionais do benefício
O décimo terceiro salário tem um impacto desigual, mas significativo, nas diferentes regiões do Brasil. No Nordeste e no Norte, onde 60% dos beneficiários estão concentrados, o comércio local sente um impulso imediato. Cidades como Recife e Fortaleza esperam 20% mais visitantes em dezembro, enquanto feiras e lojas de bairro absorvem boa parte dos R$ 320 bilhões injetados. Em 2024, o consumo na região subiu 5%, e a tendência deve se repetir em 2025, beneficiando pequenos negócios que dependem desse fluxo sazonal.
No Sudeste, grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro lideram o volume de recursos, com shoppings e redes varejistas projetando alta de 7% nas vendas. O e-commerce, que cresce 10% no fim de ano, também reflete a força do benefício em áreas urbanas, com destaque para eletrônicos e roupas. No Sul, o turismo interno ganha destaque, com destinos como Gramado atraindo famílias em busca de eventos natalinos, o que eleva a ocupação hoteleira em 4% em relação ao ano anterior.
A formalização do trabalho e o aumento do salário mínimo ampliam o alcance do décimo terceiro, reduzindo desigualdades regionais. Em cidades menores, o dinheiro circula rapidamente, sustentando economias locais, enquanto em metrópoles, o foco é o consumo de bens duráveis e serviços. Esse contraste reforça o papel do benefício como um equalizador econômico em um país marcado por disparidades.
Curiosidades históricas do décimo terceiro
O décimo terceiro salário carrega uma trajetória interessante desde sua criação. Instituído em 1962 pelo então presidente João Goulart, ele surgiu como uma resposta às pressões sindicais por uma gratificação de fim de ano, inspirada em práticas europeias. Inicialmente, o benefício era restrito a trabalhadores formais urbanos, mas ao longo das décadas foi ampliado, incluindo empregados domésticos em 1988 com a Constituição Federal.
Hoje, ele movimenta cerca de 2,5% do PIB anual, um impacto que poucos benefícios trabalhistas alcançam globalmente. A multa por atraso, fixada em R$ 170,25 por empregado, permanece inalterada desde 1980, apesar da inflação acumulada, o que gera debates sobre sua atualização. Outro fato curioso é que o décimo terceiro é um dos poucos direitos natalinos obrigatórios no mundo, destacando sua singularidade no contexto brasileiro.
Calendário detalhado dos pagamentos
Os prazos do décimo terceiro em 2025 foram ajustados para atender às necessidades de trabalhadores e aposentados. Para empregados formais, as datas são fixas e definidas por lei, enquanto os segurados do INSS dependem de decisões governamentais. Confira o cronograma oficial:
- 28 de novembro: Primeira parcela ou pagamento único para trabalhadores CLT.
- 19 de dezembro: Segunda parcela para trabalhadores CLT, com descontos de INSS e IR.
- Aposentados do INSS (sem antecipação): 28/11 para a primeira parcela e 19/12 para a segunda.
- Com antecipação (se confirmada): Entre abril e maio, escalonado pelo número final do benefício.
Em 2024, a antecipação do INSS começou em 24 de abril e terminou em 6 de junho, beneficiando 33 milhões de segurados. Para 2025, o governo deve anunciar a decisão até março, dependendo do Orçamento e da situação fiscal, o que pode alterar o fluxo econômico do primeiro semestre.
Benefícios para pequenos negócios
Pequenos negócios, especialmente em cidades do interior, colhem frutos diretos do décimo terceiro. Em 2024, 40% do valor foi gasto imediatamente no comércio local, de feiras livres a lojas de bairro, enquanto 25% foram poupados para o início do ano seguinte. Esse padrão deve se repetir em 2025, com o aumento do salário mínimo ampliando o impacto em regiões onde a renda extra é essencial para a sobrevivência de microempreendedores.
Supermercados de pequeno porte investem em produtos sazonais, como carnes e bebidas, enquanto lojistas ajustam estoques para atender à demanda de fim de ano. Em 2024, esses negócios registraram até 50% do faturamento anual em dezembro, e a injeção de R$ 320 bilhões neste ano promete manter essa dinâmica. O efeito multiplicador do décimo terceiro sustenta economias locais, gerando um ciclo de consumo que beneficia desde vendedores ambulantes até prestadores de serviços.
Setor de serviços em alta
O setor de serviços também se prepara para o impacto do décimo terceiro. Restaurantes, salões de beleza e oficinas mecânicas esperam um aumento na procura a partir de novembro, quando os trabalhadores recebem a primeira parcela. Em 2024, o faturamento desse segmento subiu 3% em dezembro, e a projeção para 2025 é de 4%, refletindo o maior poder de compra gerado pelo reajuste do salário mínimo.
Hotéis e agências de viagem, especialmente em destinos turísticos, ampliam a oferta para atender à demanda sazonal. Em cidades como Natal e Florianópolis, a ocupação hoteleira cresce significativamente no fim de ano, enquanto serviços como passeios e eventos culturais absorvem parte da renda extra. Esse aquecimento reforça a importância do décimo terceiro como um catalisador de atividades econômicas diversas.
