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16 Apr 2025, Wed

Luana Rocha, influenciadora e filha de Vicentinho, morre aos 35 anos após luta contra câncer

Young Su - Ator de Round 6


Luana Rocha da Silva Moura, influenciadora digital e assistente social de 35 anos, faleceu na noite de domingo, 6 de abril de 2025, após uma batalha de cinco anos contra um câncer agressivo no intestino. Filha única mulher entre os sete filhos do deputado federal Vicentinho (PT-SP), ela deixou um legado marcado por sua dedicação à família, ao trabalho social e à criação de conteúdo nas redes sociais ao lado do marido, Adão Rocha. A morte foi anunciada por Adão na madrugada de segunda-feira, 7, em um comunicado emocionado no Instagram, onde agradeceu as orações e boas energias recebidas durante a luta de Luana. A influenciadora, que também era mãe de Bento, um menino de 4 anos com transtorno do espectro autista, estava internada desde 25 de março no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), onde enfrentou uma infecção generalizada que os médicos não conseguiram reverter.

Graduada em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) em 2011 e mestre pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em 2014, Luana atuava no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), focada em assistência estudantil e políticas afirmativas. Recentemente, colaborava com a Universidade Federal do ABC (UFABC), onde era reconhecida por sua sensibilidade e compromisso com a justiça social. Nas redes, ela e Adão comandavam a página “Dois Pretinhos no Mundo”, compartilhando experiências de viagens por 14 países e dicas de lifestyle, sempre destacando a vida em família com o pequeno Bento. A notícia de seu falecimento gerou comoção entre seguidores, colegas de trabalho e lideranças políticas, que prestaram homenagens à sua coragem e legado.

Vicentinho, o pai de Luana, também usou as redes sociais para expressar sua dor. Ele descreveu a filha como uma lutadora que enfrentou cinco cirurgias e inúmeros tratamentos com esperança, mesmo diante de um quadro que se agravou nos últimos dias. O velório foi marcado para segunda-feira, 7, das 14h às 17h, no Cemitério Memorial Jardim Santo André, em Santo André, Grande ABC, onde amigos, familiares e admiradores puderam se despedir. A perda de Luana, que unia sua trajetória profissional à influência digital, deixou um vazio em diferentes esferas, desde o ativismo social até o universo online, onde era admirada por sua autenticidade e determinação.

  • Idade de Luana: 35 anos, falecida em 6 de abril de 2025.
  • Filho: Bento, 4 anos, diagnosticado com autismo.
  • Local de internação: ICESP, São Paulo, desde 25 de março.

Cinco anos de luta contra o câncer

Luana Rocha enfrentou o câncer de intestino por meia década, uma batalha que começou em 2020 e se estendeu até seus últimos dias. O diagnóstico inicial revelou um tumor agressivo, que se espalhou rapidamente, exigindo intervenções cirúrgicas e sessões intensas de quimioterapia. Ao longo desse período, ela passou por cinco operações, cada uma acompanhada de esperança por uma melhora que, infelizmente, não veio de forma definitiva. Adão Rocha, seu marido, destacou em seu comunicado que cada ciclo de tratamento concluído era celebrado como uma vitória em família, um reflexo da resiliência que marcou a vida da influenciadora.

Nos últimos meses, o estado de saúde de Luana se deteriorou significativamente. Internada no ICESP desde o dia 25 de março, ela enfrentou complicações que culminaram em uma infecção generalizada. Nos dias finais, precisou ser entubada, enquanto a equipe médica lutava para controlar o quadro, mas os antibióticos não foram suficientes diante do avanço da doença. Vicentinho, que acompanhou a filha de perto durante todo o processo, descreveu sua determinação em lutar pela vida até o último momento, uma força que emocionou todos ao seu redor.

A influenciadora, mesmo em meio ao tratamento, manteve-se ativa nas redes sociais por boa parte desse tempo. Suas postagens, muitas vezes ao lado de Adão e Bento, mostravam um equilíbrio entre os desafios da doença e a busca por momentos de alegria. A página “Dois Pretinhos no Mundo” tornou-se um espaço onde ela dividia não apenas dicas de viagem e lifestyle, mas também reflexões sobre a maternidade e a vida com um filho autista, conectando-se com milhares de seguidores que acompanharam sua jornada.

Legado de Luana no serviço social

Formada em Serviço Social pela PUC-SP e com mestrado pela UERJ, Luana Rocha construiu uma carreira sólida voltada para a inclusão e a igualdade. No IFSP, onde atuava desde 2013, ela se dedicava ao Programa de Assistência Estudantil, ajudando jovens em situação de vulnerabilidade a terem acesso à educação. Sua atuação nas políticas de ações afirmativas também foi destaque, com foco em promover oportunidades para grupos historicamente marginalizados. Mais recentemente, na UFABC, colaborava tecnicamente, trazendo sua experiência e sensibilidade para projetos que impactavam a comunidade acadêmica.

Colegas de trabalho lembraram Luana como uma profissional brilhante e comprometida. Sua capacidade de ouvir e propor soluções era frequentemente elogiada, assim como sua empatia, que se refletia tanto no ambiente profissional quanto nas redes sociais. A influenciadora usava sua plataforma para falar sobre causas sociais, muitas vezes conectando sua formação acadêmica às experiências pessoais, como os cuidados com Bento, que inspiraram reflexões sobre os desafios enfrentados por famílias de crianças com autismo.

A morte de Luana deixou um vazio no meio acadêmico e social onde atuava. Sua trajetória, que unia teoria e prática, foi interrompida cedo demais, mas o impacto de seu trabalho continua vivo entre os estudantes e colegas que beneficiou. A combinação de sua dedicação profissional com a visibilidade como influenciadora ampliou o alcance de suas ideias, tornando-a uma voz respeitada em diferentes esferas.

  • Formação: Graduação em 2011 (PUC-SP) e mestrado em 2014 (UERJ).
  • Atuação: IFSP desde 2013 e colaboração recente com a UFABC.
  • Foco: Assistência estudantil e ações afirmativas.

“Dois Pretinhos no Mundo” e a vida online

Luana Rocha e Adão Rocha criaram a página “Dois Pretinhos no Mundo” como um projeto que unia paixão por viagens e o desejo de inspirar outras pessoas negras a explorarem o planeta. Juntos, o casal visitou 14 países, compartilhando dicas práticas e histórias que destacavam a diversidade cultural e os desafios de viajar como uma família negra. O conteúdo, que incluía Bento em muitas das aventuras, conquistou um público fiel, que admirava a autenticidade e o carisma do trio.

Nas redes, Luana se destacava por sua habilidade em transformar experiências pessoais em narrativas envolventes. As postagens variavam entre roteiros de viagem, reflexões sobre a maternidade e momentos do dia a dia com Adão e Bento. Mesmo durante o tratamento contra o câncer, ela manteve a página ativa por um tempo, usando-a como uma forma de manter a conexão com os seguidores e encontrar força na comunidade que construíram. A última atualização antes de sua internação mostrava um momento simples em família, um reflexo de sua busca por normalidade em meio à doença.

A morte de Luana gerou uma onda de mensagens de apoio nas redes sociais. Seguidores lamentaram a perda de uma figura que representava resiliência e inspiração, enquanto amigos virtuais destacaram o impacto de suas palavras e imagens. A página, agora sob os cuidados de Adão, deve continuar como um tributo ao legado que o casal construiu juntos, mantendo viva a memória de Luana no universo digital.

Vicentinho e a dor da perda

Vicentinho, deputado federal pelo PT de São Paulo, enfrentou ao lado da filha cada etapa de sua luta contra o câncer. Pai de sete filhos, sendo Luana a única mulher, ele sempre demonstrou um apego especial por ela, acompanhando-a em consultas, internações e momentos de fragilidade. Em sua mensagem nas redes sociais, o parlamentar expressou a “imensurável dor” de perder a filha, a quem carinhosamente chamava de “Luaninha”, destacando sua coragem até os últimos instantes.

A relação entre Vicentinho e Luana era marcada por apoio mútuo. Nos últimos anos, o deputado dividiu a rotina entre os compromissos políticos e os cuidados com a filha e o neto Bento, que moravam com ele. A internação de Luana no ICESP, a partir de 25 de março, foi um período especialmente difícil, com Vicentinho ao seu lado enquanto o quadro se agravava. A infecção generalizada que levou à morte da influenciadora foi um golpe duro para o parlamentar, que agradeceu publicamente a solidariedade recebida de amigos e colegas.

A comoção pela perda de Luana alcançou lideranças políticas do Grande ABC e de todo o estado. Figuras como o prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira, e o ex-senador Eduardo Suplicy manifestaram apoio a Vicentinho, reconhecendo a força da família em um momento tão delicado. O velório, realizado em Santo André, reuniu familiares e admiradores, que prestaram suas últimas homenagens à influenciadora e assistente social.

Uma mãe dedicada a Bento

Ser mãe de Bento, um menino de 4 anos com transtorno do espectro autista, foi uma das maiores motivações de Luana Rocha. Ela dedicou-se intensamente aos cuidados com o filho, buscando terapias e estratégias para garantir seu desenvolvimento. Nas redes sociais, a influenciadora compartilhava os desafios e as conquistas da maternidade atípica, oferecendo apoio a outras famílias na mesma situação. Sua determinação em dar a Bento uma vida plena era evidente, mesmo enquanto enfrentava o câncer.

Adão Rocha, em seu comunicado, destacou o amor de Luana pelo filho como uma de suas maiores qualidades. Ele lembrou como ela transformava cada pequeno avanço de Bento em motivo de celebração, criando um ambiente de carinho e paciência em casa. A rotina da família, que incluía Vicentinho como avô presente, era estruturada para atender às necessidades do menino, algo que Luana priorizou até o fim. A perda da mãe deixa um vazio na vida de Bento, mas também um legado de afeto que deve guiá-lo nos anos seguintes.

A experiência de Luana com o autismo também influenciou seu trabalho como assistente social. Ela usava sua formação para advogar por políticas inclusivas, especialmente para crianças com necessidades especiais, conectando sua vida pessoal às causas que defendia. Essa dedicação foi lembrada por colegas e seguidores, que a viam como uma inspiração tanto no âmbito profissional quanto familiar.

O impacto da perda no Grande ABC

A morte de Luana Rocha reverberou fortemente na região do Grande ABC, onde ela nasceu e viveu boa parte de sua vida. Santo André, cidade onde o velório foi realizado, viu uma mobilização de amigos, familiares e colegas para prestar homenagens. O Cemitério Memorial Jardim Santo André, na Vila Humaitá, recebeu dezenas de pessoas entre 14h e 17h de segunda-feira, 7, em uma cerimônia marcada por emoção e respeito. A presença de lideranças políticas locais, como vereadores e deputados, reforçou o peso da perda para a comunidade.

Vicentinho, figura conhecida na política regional, recebeu mensagens de solidariedade de nomes como Luiz Fernando Teixeira e Ana Nice, ambos do PT, que destacaram a força de Luana e o impacto de sua trajetória. A influenciadora, que colaborava com a UFABC, também deixou sua marca na educação local, onde era vista como uma ponte entre a academia e as necessidades sociais da região. Sua partida precoce, aos 35 anos, foi sentida como uma perda coletiva, unindo diferentes setores em torno de sua memória.

A página “Dois Pretinhos no Mundo” também reflete o apego de Luana pelo Grande ABC. Muitas de suas postagens mostravam a vida cotidiana na região, desde passeios em família até reflexões sobre o dia a dia em Santo André. Esse vínculo local, somado à sua projeção nacional como influenciadora, fez dela uma figura que conectava o pessoal ao universal, deixando um legado que transcende as fronteiras da cidade.

Câncer de intestino em foco

O câncer de intestino, que vitimou Luana Rocha, é uma das doenças oncológicas mais comuns no mundo, afetando milhares de pessoas anualmente. Caracterizado por tumores que se desenvolvem no cólon ou no reto, ele pode ser agressivo, como no caso da influenciadora, especialmente quando diagnosticado em estágios avançados. Luana enfrentou cinco cirurgias ao longo de sua luta, um indicativo da gravidade do quadro, que se complicou com metástases e infecções nos últimos dias.

Dados mostram que o câncer colorretal é o terceiro tipo mais frequente entre homens e mulheres no Brasil, com cerca de 40 mil novos casos por ano. Fatores como histórico familiar, dieta e estilo de vida podem influenciar seu surgimento, mas a doença também atinge pessoas jovens, como Luana, que tinha apenas 30 anos no início do tratamento. A internação no ICESP, um dos principais centros de oncologia do país, reflete a busca por cuidados especializados, mas o avanço da doença e a infecção generalizada mostram os limites da medicina em casos extremos.

A história de Luana traz luz à importância da prevenção e do diagnóstico precoce. Exames como a colonoscopia, recomendados a partir dos 45 anos ou antes em casos de risco, podem detectar o câncer em estágios iniciais, aumentando as chances de cura. Sua luta, compartilhada em parte nas redes, serve como um alerta sobre os desafios dessa doença, que exige atenção médica e apoio familiar para ser enfrentada.

  • Incidência: terceiro câncer mais comum no Brasil, com 40 mil casos anuais.
  • Fatores de risco: histórico familiar, dieta rica em gorduras, sedentarismo.
  • Prevenção: colonoscopia e exames regulares a partir dos 45 anos.

Homenagens emocionam a família

Após o anúncio da morte de Luana, uma onda de homenagens tomou conta das redes sociais e do meio político. Adão Rocha recebeu mensagens de seguidores que destacaram a força da influenciadora e o impacto de seu trabalho em “Dois Pretinhos no Mundo”. Muitos lembraram posts específicos, como os que mostravam viagens em família ou reflexões sobre o autismo, como forma de celebrar sua memória. A comunidade online, que acompanhou sua jornada, transformou a página em um espaço de luto e apoio mútuo.

Vicentinho também foi alvo de mensagens de solidariedade. Políticos como Marcelo Oliveira, prefeito de Mauá, expressaram condolências, pedindo força à família em um momento tão difícil. Vereadores de São Bernardo e Diadema, como Ana Nice e Patty Ferreira, reforçaram o reconhecimento ao legado de Luana, tanto como filha do deputado quanto como profissional e mãe. Essas manifestações mostram como a influenciadora era vista como uma ponte entre diferentes mundos, conectando política, ativismo e a vida digital.

O velório em Santo André foi outro momento de tributo. Amigos da UFABC e do IFSP compareceram para se despedir, assim como seguidores que conheciam Luana apenas pelas redes. A presença de Bento, ao lado de Adão e Vicentinho, emocionou os presentes, que viam na criança um reflexo do amor e da dedicação da mãe. As homenagens, presenciais e virtuais, reforçam o alcance da trajetória de Luana, que tocou vidas em múltiplas esferas.

Uma vida de conquistas e desafios

Viver 35 anos com a intensidade de Luana Rocha não foi tarefa simples. Sua formação acadêmica, com graduação e mestrado em Serviço Social, abriu portas para uma carreira dedicada à inclusão. No IFSP e na UFABC, ela deixou marcas em projetos que beneficiaram estudantes e comunidades vulneráveis, sempre com um olhar atento às desigualdades. Sua atuação profissional era um reflexo de seus valores, que também apareciam em suas postagens como influenciadora.

A criação de “Dois Pretinhos no Mundo” ao lado de Adão foi outra conquista significativa. O projeto, que começou como uma forma de registrar viagens, tornou-se uma plataforma de representatividade, mostrando que famílias negras podem ocupar espaços muitas vezes negados a elas. As experiências em 14 países, compartilhadas com Bento, inspiraram seguidores a sonhar além das barreiras, enquanto as reflexões sobre o autismo trouxeram visibilidade a uma causa pouco discutida. Mesmo com o câncer, Luana manteve essa missão, equilibrando os desafios da doença com o desejo de deixar um legado positivo.

A maternidade, por fim, foi o coração de sua vida. Bento, com seus 4 anos, era o centro de suas atenções, e os cuidados com ele moldaram suas escolhas nos últimos anos. A luta contra o câncer, as cirurgias e os tratamentos foram enfrentados com a força de quem queria estar presente para o filho. Sua morte, embora precoce, não apaga as conquistas que acumulou, que continuam vivas na memória de quem a conheceu, seja pessoalmente ou pelas redes.

Luana Rocha da Silva Moura, influenciadora digital e assistente social de 35 anos, faleceu na noite de domingo, 6 de abril de 2025, após uma batalha de cinco anos contra um câncer agressivo no intestino. Filha única mulher entre os sete filhos do deputado federal Vicentinho (PT-SP), ela deixou um legado marcado por sua dedicação à família, ao trabalho social e à criação de conteúdo nas redes sociais ao lado do marido, Adão Rocha. A morte foi anunciada por Adão na madrugada de segunda-feira, 7, em um comunicado emocionado no Instagram, onde agradeceu as orações e boas energias recebidas durante a luta de Luana. A influenciadora, que também era mãe de Bento, um menino de 4 anos com transtorno do espectro autista, estava internada desde 25 de março no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), onde enfrentou uma infecção generalizada que os médicos não conseguiram reverter.

Graduada em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) em 2011 e mestre pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) em 2014, Luana atuava no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), focada em assistência estudantil e políticas afirmativas. Recentemente, colaborava com a Universidade Federal do ABC (UFABC), onde era reconhecida por sua sensibilidade e compromisso com a justiça social. Nas redes, ela e Adão comandavam a página “Dois Pretinhos no Mundo”, compartilhando experiências de viagens por 14 países e dicas de lifestyle, sempre destacando a vida em família com o pequeno Bento. A notícia de seu falecimento gerou comoção entre seguidores, colegas de trabalho e lideranças políticas, que prestaram homenagens à sua coragem e legado.

Vicentinho, o pai de Luana, também usou as redes sociais para expressar sua dor. Ele descreveu a filha como uma lutadora que enfrentou cinco cirurgias e inúmeros tratamentos com esperança, mesmo diante de um quadro que se agravou nos últimos dias. O velório foi marcado para segunda-feira, 7, das 14h às 17h, no Cemitério Memorial Jardim Santo André, em Santo André, Grande ABC, onde amigos, familiares e admiradores puderam se despedir. A perda de Luana, que unia sua trajetória profissional à influência digital, deixou um vazio em diferentes esferas, desde o ativismo social até o universo online, onde era admirada por sua autenticidade e determinação.

  • Idade de Luana: 35 anos, falecida em 6 de abril de 2025.
  • Filho: Bento, 4 anos, diagnosticado com autismo.
  • Local de internação: ICESP, São Paulo, desde 25 de março.

Cinco anos de luta contra o câncer

Luana Rocha enfrentou o câncer de intestino por meia década, uma batalha que começou em 2020 e se estendeu até seus últimos dias. O diagnóstico inicial revelou um tumor agressivo, que se espalhou rapidamente, exigindo intervenções cirúrgicas e sessões intensas de quimioterapia. Ao longo desse período, ela passou por cinco operações, cada uma acompanhada de esperança por uma melhora que, infelizmente, não veio de forma definitiva. Adão Rocha, seu marido, destacou em seu comunicado que cada ciclo de tratamento concluído era celebrado como uma vitória em família, um reflexo da resiliência que marcou a vida da influenciadora.

Nos últimos meses, o estado de saúde de Luana se deteriorou significativamente. Internada no ICESP desde o dia 25 de março, ela enfrentou complicações que culminaram em uma infecção generalizada. Nos dias finais, precisou ser entubada, enquanto a equipe médica lutava para controlar o quadro, mas os antibióticos não foram suficientes diante do avanço da doença. Vicentinho, que acompanhou a filha de perto durante todo o processo, descreveu sua determinação em lutar pela vida até o último momento, uma força que emocionou todos ao seu redor.

A influenciadora, mesmo em meio ao tratamento, manteve-se ativa nas redes sociais por boa parte desse tempo. Suas postagens, muitas vezes ao lado de Adão e Bento, mostravam um equilíbrio entre os desafios da doença e a busca por momentos de alegria. A página “Dois Pretinhos no Mundo” tornou-se um espaço onde ela dividia não apenas dicas de viagem e lifestyle, mas também reflexões sobre a maternidade e a vida com um filho autista, conectando-se com milhares de seguidores que acompanharam sua jornada.

Legado de Luana no serviço social

Formada em Serviço Social pela PUC-SP e com mestrado pela UERJ, Luana Rocha construiu uma carreira sólida voltada para a inclusão e a igualdade. No IFSP, onde atuava desde 2013, ela se dedicava ao Programa de Assistência Estudantil, ajudando jovens em situação de vulnerabilidade a terem acesso à educação. Sua atuação nas políticas de ações afirmativas também foi destaque, com foco em promover oportunidades para grupos historicamente marginalizados. Mais recentemente, na UFABC, colaborava tecnicamente, trazendo sua experiência e sensibilidade para projetos que impactavam a comunidade acadêmica.

Colegas de trabalho lembraram Luana como uma profissional brilhante e comprometida. Sua capacidade de ouvir e propor soluções era frequentemente elogiada, assim como sua empatia, que se refletia tanto no ambiente profissional quanto nas redes sociais. A influenciadora usava sua plataforma para falar sobre causas sociais, muitas vezes conectando sua formação acadêmica às experiências pessoais, como os cuidados com Bento, que inspiraram reflexões sobre os desafios enfrentados por famílias de crianças com autismo.

A morte de Luana deixou um vazio no meio acadêmico e social onde atuava. Sua trajetória, que unia teoria e prática, foi interrompida cedo demais, mas o impacto de seu trabalho continua vivo entre os estudantes e colegas que beneficiou. A combinação de sua dedicação profissional com a visibilidade como influenciadora ampliou o alcance de suas ideias, tornando-a uma voz respeitada em diferentes esferas.

  • Formação: Graduação em 2011 (PUC-SP) e mestrado em 2014 (UERJ).
  • Atuação: IFSP desde 2013 e colaboração recente com a UFABC.
  • Foco: Assistência estudantil e ações afirmativas.

“Dois Pretinhos no Mundo” e a vida online

Luana Rocha e Adão Rocha criaram a página “Dois Pretinhos no Mundo” como um projeto que unia paixão por viagens e o desejo de inspirar outras pessoas negras a explorarem o planeta. Juntos, o casal visitou 14 países, compartilhando dicas práticas e histórias que destacavam a diversidade cultural e os desafios de viajar como uma família negra. O conteúdo, que incluía Bento em muitas das aventuras, conquistou um público fiel, que admirava a autenticidade e o carisma do trio.

Nas redes, Luana se destacava por sua habilidade em transformar experiências pessoais em narrativas envolventes. As postagens variavam entre roteiros de viagem, reflexões sobre a maternidade e momentos do dia a dia com Adão e Bento. Mesmo durante o tratamento contra o câncer, ela manteve a página ativa por um tempo, usando-a como uma forma de manter a conexão com os seguidores e encontrar força na comunidade que construíram. A última atualização antes de sua internação mostrava um momento simples em família, um reflexo de sua busca por normalidade em meio à doença.

A morte de Luana gerou uma onda de mensagens de apoio nas redes sociais. Seguidores lamentaram a perda de uma figura que representava resiliência e inspiração, enquanto amigos virtuais destacaram o impacto de suas palavras e imagens. A página, agora sob os cuidados de Adão, deve continuar como um tributo ao legado que o casal construiu juntos, mantendo viva a memória de Luana no universo digital.

Vicentinho e a dor da perda

Vicentinho, deputado federal pelo PT de São Paulo, enfrentou ao lado da filha cada etapa de sua luta contra o câncer. Pai de sete filhos, sendo Luana a única mulher, ele sempre demonstrou um apego especial por ela, acompanhando-a em consultas, internações e momentos de fragilidade. Em sua mensagem nas redes sociais, o parlamentar expressou a “imensurável dor” de perder a filha, a quem carinhosamente chamava de “Luaninha”, destacando sua coragem até os últimos instantes.

A relação entre Vicentinho e Luana era marcada por apoio mútuo. Nos últimos anos, o deputado dividiu a rotina entre os compromissos políticos e os cuidados com a filha e o neto Bento, que moravam com ele. A internação de Luana no ICESP, a partir de 25 de março, foi um período especialmente difícil, com Vicentinho ao seu lado enquanto o quadro se agravava. A infecção generalizada que levou à morte da influenciadora foi um golpe duro para o parlamentar, que agradeceu publicamente a solidariedade recebida de amigos e colegas.

A comoção pela perda de Luana alcançou lideranças políticas do Grande ABC e de todo o estado. Figuras como o prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira, e o ex-senador Eduardo Suplicy manifestaram apoio a Vicentinho, reconhecendo a força da família em um momento tão delicado. O velório, realizado em Santo André, reuniu familiares e admiradores, que prestaram suas últimas homenagens à influenciadora e assistente social.

Uma mãe dedicada a Bento

Ser mãe de Bento, um menino de 4 anos com transtorno do espectro autista, foi uma das maiores motivações de Luana Rocha. Ela dedicou-se intensamente aos cuidados com o filho, buscando terapias e estratégias para garantir seu desenvolvimento. Nas redes sociais, a influenciadora compartilhava os desafios e as conquistas da maternidade atípica, oferecendo apoio a outras famílias na mesma situação. Sua determinação em dar a Bento uma vida plena era evidente, mesmo enquanto enfrentava o câncer.

Adão Rocha, em seu comunicado, destacou o amor de Luana pelo filho como uma de suas maiores qualidades. Ele lembrou como ela transformava cada pequeno avanço de Bento em motivo de celebração, criando um ambiente de carinho e paciência em casa. A rotina da família, que incluía Vicentinho como avô presente, era estruturada para atender às necessidades do menino, algo que Luana priorizou até o fim. A perda da mãe deixa um vazio na vida de Bento, mas também um legado de afeto que deve guiá-lo nos anos seguintes.

A experiência de Luana com o autismo também influenciou seu trabalho como assistente social. Ela usava sua formação para advogar por políticas inclusivas, especialmente para crianças com necessidades especiais, conectando sua vida pessoal às causas que defendia. Essa dedicação foi lembrada por colegas e seguidores, que a viam como uma inspiração tanto no âmbito profissional quanto familiar.

O impacto da perda no Grande ABC

A morte de Luana Rocha reverberou fortemente na região do Grande ABC, onde ela nasceu e viveu boa parte de sua vida. Santo André, cidade onde o velório foi realizado, viu uma mobilização de amigos, familiares e colegas para prestar homenagens. O Cemitério Memorial Jardim Santo André, na Vila Humaitá, recebeu dezenas de pessoas entre 14h e 17h de segunda-feira, 7, em uma cerimônia marcada por emoção e respeito. A presença de lideranças políticas locais, como vereadores e deputados, reforçou o peso da perda para a comunidade.

Vicentinho, figura conhecida na política regional, recebeu mensagens de solidariedade de nomes como Luiz Fernando Teixeira e Ana Nice, ambos do PT, que destacaram a força de Luana e o impacto de sua trajetória. A influenciadora, que colaborava com a UFABC, também deixou sua marca na educação local, onde era vista como uma ponte entre a academia e as necessidades sociais da região. Sua partida precoce, aos 35 anos, foi sentida como uma perda coletiva, unindo diferentes setores em torno de sua memória.

A página “Dois Pretinhos no Mundo” também reflete o apego de Luana pelo Grande ABC. Muitas de suas postagens mostravam a vida cotidiana na região, desde passeios em família até reflexões sobre o dia a dia em Santo André. Esse vínculo local, somado à sua projeção nacional como influenciadora, fez dela uma figura que conectava o pessoal ao universal, deixando um legado que transcende as fronteiras da cidade.

Câncer de intestino em foco

O câncer de intestino, que vitimou Luana Rocha, é uma das doenças oncológicas mais comuns no mundo, afetando milhares de pessoas anualmente. Caracterizado por tumores que se desenvolvem no cólon ou no reto, ele pode ser agressivo, como no caso da influenciadora, especialmente quando diagnosticado em estágios avançados. Luana enfrentou cinco cirurgias ao longo de sua luta, um indicativo da gravidade do quadro, que se complicou com metástases e infecções nos últimos dias.

Dados mostram que o câncer colorretal é o terceiro tipo mais frequente entre homens e mulheres no Brasil, com cerca de 40 mil novos casos por ano. Fatores como histórico familiar, dieta e estilo de vida podem influenciar seu surgimento, mas a doença também atinge pessoas jovens, como Luana, que tinha apenas 30 anos no início do tratamento. A internação no ICESP, um dos principais centros de oncologia do país, reflete a busca por cuidados especializados, mas o avanço da doença e a infecção generalizada mostram os limites da medicina em casos extremos.

A história de Luana traz luz à importância da prevenção e do diagnóstico precoce. Exames como a colonoscopia, recomendados a partir dos 45 anos ou antes em casos de risco, podem detectar o câncer em estágios iniciais, aumentando as chances de cura. Sua luta, compartilhada em parte nas redes, serve como um alerta sobre os desafios dessa doença, que exige atenção médica e apoio familiar para ser enfrentada.

  • Incidência: terceiro câncer mais comum no Brasil, com 40 mil casos anuais.
  • Fatores de risco: histórico familiar, dieta rica em gorduras, sedentarismo.
  • Prevenção: colonoscopia e exames regulares a partir dos 45 anos.

Homenagens emocionam a família

Após o anúncio da morte de Luana, uma onda de homenagens tomou conta das redes sociais e do meio político. Adão Rocha recebeu mensagens de seguidores que destacaram a força da influenciadora e o impacto de seu trabalho em “Dois Pretinhos no Mundo”. Muitos lembraram posts específicos, como os que mostravam viagens em família ou reflexões sobre o autismo, como forma de celebrar sua memória. A comunidade online, que acompanhou sua jornada, transformou a página em um espaço de luto e apoio mútuo.

Vicentinho também foi alvo de mensagens de solidariedade. Políticos como Marcelo Oliveira, prefeito de Mauá, expressaram condolências, pedindo força à família em um momento tão difícil. Vereadores de São Bernardo e Diadema, como Ana Nice e Patty Ferreira, reforçaram o reconhecimento ao legado de Luana, tanto como filha do deputado quanto como profissional e mãe. Essas manifestações mostram como a influenciadora era vista como uma ponte entre diferentes mundos, conectando política, ativismo e a vida digital.

O velório em Santo André foi outro momento de tributo. Amigos da UFABC e do IFSP compareceram para se despedir, assim como seguidores que conheciam Luana apenas pelas redes. A presença de Bento, ao lado de Adão e Vicentinho, emocionou os presentes, que viam na criança um reflexo do amor e da dedicação da mãe. As homenagens, presenciais e virtuais, reforçam o alcance da trajetória de Luana, que tocou vidas em múltiplas esferas.

Uma vida de conquistas e desafios

Viver 35 anos com a intensidade de Luana Rocha não foi tarefa simples. Sua formação acadêmica, com graduação e mestrado em Serviço Social, abriu portas para uma carreira dedicada à inclusão. No IFSP e na UFABC, ela deixou marcas em projetos que beneficiaram estudantes e comunidades vulneráveis, sempre com um olhar atento às desigualdades. Sua atuação profissional era um reflexo de seus valores, que também apareciam em suas postagens como influenciadora.

A criação de “Dois Pretinhos no Mundo” ao lado de Adão foi outra conquista significativa. O projeto, que começou como uma forma de registrar viagens, tornou-se uma plataforma de representatividade, mostrando que famílias negras podem ocupar espaços muitas vezes negados a elas. As experiências em 14 países, compartilhadas com Bento, inspiraram seguidores a sonhar além das barreiras, enquanto as reflexões sobre o autismo trouxeram visibilidade a uma causa pouco discutida. Mesmo com o câncer, Luana manteve essa missão, equilibrando os desafios da doença com o desejo de deixar um legado positivo.

A maternidade, por fim, foi o coração de sua vida. Bento, com seus 4 anos, era o centro de suas atenções, e os cuidados com ele moldaram suas escolhas nos últimos anos. A luta contra o câncer, as cirurgias e os tratamentos foram enfrentados com a força de quem queria estar presente para o filho. Sua morte, embora precoce, não apaga as conquistas que acumulou, que continuam vivas na memória de quem a conheceu, seja pessoalmente ou pelas redes.

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