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8 Apr 2025, Tue

Rei Charles III enfrenta câncer e prioriza dever em visita a Roma com Camilla

King Charles


O Rei Charles III desembarcou em Roma nesta segunda-feira, 7 de abril de 2025, ao lado da Rainha Camilla, dando início a uma visita oficial de quatro dias à Itália. Aos 76 anos, o monarca britânico segue firme em sua agenda, mesmo enfrentando um câncer diagnosticado em fevereiro de 2024, com tratamentos semanais em uma unidade especializada em Londres. A viagem, que inclui paradas em Roma e Ravenna, marca sua primeira visita de Estado do ano e coincide com a celebração de seu 20º aniversário de casamento, a ser comemorado em um banquete no Palazzo Quirinale. Enquanto Charles III coloca o dever em primeiro plano, questões familiares, como o apelo do Príncipe Harry por segurança no Reino Unido, continuam a orbitar o reinado, desafiando a tranquilidade do monarca.

A visita à Itália ocorre menos de duas semanas após uma breve internação do rei, em 27 de março, devido a efeitos colaterais de seu tratamento. Apesar disso, fontes próximas ao Palácio de Buckingham afirmam que ele está em “ótima forma” e determinado a cumprir seu papel. O itinerário inclui encontros com o presidente italiano Sergio Mattarella e a primeira-ministra Giorgia Meloni, além de um marco histórico: Charles III será o primeiro monarca britânico a discursar em uma sessão conjunta do parlamento italiano. A agenda reflete o compromisso do rei em fortalecer os laços entre Reino Unido e Itália, usando a diplomacia suave da monarquia em um momento de redefinição das relações pós-Brexit.

Enquanto o rei foca em suas obrigações, o Príncipe Harry, seu filho mais novo, prepara-se para um embate judicial. Na mesma semana, ele iniciará um apelo contra a decisão de 2020 que retirou sua segurança financiada pelo Estado britânico, após abandonar os deveres reais e se mudar para os Estados Unidos com Meghan Markle. A disputa evidencia as tensões familiares que persistem, mas fontes próximas ao rei garantem que sua prioridade segue sendo o dever público. A viagem à Itália, com sua carga simbólica e histórica, destaca a resiliência de Charles III em meio a desafios pessoais e institucionais.

  • Principais eventos da visita:
    • Discurso inédito no parlamento italiano.
    • Banquete de 20 anos de casamento no Palazzo Quirinale.
    • Comemoração da libertação de Ravenna na Segunda Guerra.

Saúde do rei sob os holofotes

Charles III foi diagnosticado com câncer há mais de um ano, após um procedimento para tratar um aumento benigno da próstata. O tipo exato da doença não foi revelado, mas o palácio confirmou que não se trata de câncer de próstata. Desde então, o rei tem conciliado tratamentos regulares com uma agenda pública intensa, que incluiu uma turnê por Austrália e Samoa em outubro do ano passado. A recente internação de poucas horas, descrita como um “pequeno obstáculo” em sua jornada médica, não alterou sua determinação. Ele retomou os compromissos em 1º de abril, mostrando vigor para a viagem à Itália.

A saúde do monarca tem sido um ponto de atenção global desde o anúncio do diagnóstico. Após suspender temporariamente os deveres presenciais em fevereiro de 2024, ele voltou às atividades públicas em abril do mesmo ano, com uma agenda que já soma mais de 200 compromissos em 2025. A turnê atual é vista como um teste de resistência, especialmente após o sucesso da viagem ao Pacífico, que fontes palacianas chamaram de “tônico perfeito” para o rei. Camilla, sua esposa, tem sido uma presença constante, oferecendo suporte emocional e mantendo a leveza nos momentos de pressão.

A escolha de manter o dever à frente das adversidades reflete os valores que Charles III carrega desde o início de seu reinado, em novembro de 2022, após a morte de sua mãe, a Rainha Elizabeth II. Aos 76 anos, ele se tornou o monarca mais velho a assumir o trono britânico, e sua abordagem pragmática tem sido elogiada por aliados. A visita à Itália, planejada em detalhes desde o início do ano, é mais uma prova de sua dedicação, mesmo com a saúde fragilizada e as questões familiares em ebulição.

Itália recebe o casal real com entusiasmo

A chegada de Charles III e Camilla a Roma foi marcada por uma recepção calorosa no Aeroporto Ciampino, com uma guarda de honra e representantes do governo italiano, incluindo o ministro das Relações Exteriores, acompanhados pelo secretário britânico David Lammy. A visita, a primeira de Estado do rei em 2025, foi planejada a pedido do governo do Reino Unido para reforçar os laços bilaterais com a Itália, um aliado na OTAN e parceiro em iniciativas como o Programa Global de Combate Aéreo. O casal foi recebido com bandeiras e aplausos, evidenciando o apelo da monarquia britânica no país.

Em Roma, o rei fará história ao discursar para as duas casas do parlamento italiano, um feito inédito para um monarca britânico. O evento, agendado para o segundo dia da visita, será seguido por uma audiência com Sergio Mattarella no Palazzo Quirinale, onde Charles III e Camilla também participarão de um banquete de gala na quarta-feira, dia 9, marcando 20 anos de casamento. A ocasião terá um menu vegetariano a pedido do casal, refletindo suas preferências pessoais e o compromisso com a sustentabilidade, uma causa que o rei defende há décadas.

A etapa em Ravenna, no norte da Itália, incluirá uma homenagem aos 80 anos da libertação da província do domínio nazista, em 10 de abril de 1945, por forças aliadas, incluindo tropas britânicas e canadenses. Charles e Camilla visitarão o túmulo de Dante Alighieri, poeta símbolo da cultura italiana, e participarão de um festival da culinária “slow food” da região de Emilia-Romagna, conhecida por sua gastronomia tradicional. A agenda cultural e histórica reforça os laços entre os dois países, enquanto a presença do casal real aquece o turismo e o interesse internacional pela Itália.

Príncipe Harry busca segurança em meio à turnê do rei

Enquanto Charles III cumpre sua agenda em Roma, o Príncipe Harry, de 40 anos, prepara-se para uma batalha legal no Reino Unido. O duque de Sussex apelará nesta semana contra a decisão do governo britânico que, em 2020, removeu seu direito a segurança financiada pelo contribuinte durante visitas ao país. A medida foi tomada após ele e Meghan Markle renunciarem aos papéis de membros ativos da realeza e se mudarem para Montecito, na Califórnia, onde vivem com os filhos Archie, de 5 anos, e Lilibet, de 3.

A segurança de Harry tem sido um ponto de tensão desde sua saída da monarquia. Ele argumenta que o risco a sua família permanece elevado devido à sua posição na linha de sucessão — sexto na ordem ao trono — e ao histórico de ameaças enfrentado pela realeza, como o assassinato de sua mãe, a Princesa Diana, em 1997. O governo britânico, por sua vez, sustenta que o nível de proteção deve ser ajustado ao seu status de não trabalhador real, oferecendo cobertura apenas em eventos oficiais. O apelo, que será julgado em Londres, pode reabrir feridas familiares em um momento delicado para o rei.

A relação entre Charles III e Harry segue estremecida desde a saída do duque da realeza. O livro de memórias “Spare”, lançado por Harry em 2023, expôs desentendimentos com o pai e o irmão, o Príncipe William, aprofundando o distanciamento. Apesar disso, o rei manteve contato esporádico com o filho, especialmente após seu diagnóstico de câncer, quando Harry viajou aos Estados Unidos para visitá-lo. A disputa pela segurança, porém, mostra que as questões práticas e emocionais entre eles estão longe de uma resolução.

Dever acima de tudo guia Charles III

Charles III assumiu o trono em um período de transição para a monarquia britânica, enfrentando não apenas sua saúde debilitada, mas também uma família real reduzida e controvérsias públicas. Sua insistência em priorizar o dever reflete os princípios herdados de sua mãe, que reinou por 70 anos com foco na estabilidade da Coroa. Aos 76 anos, ele já realizou 17 visitas oficiais à Itália como Príncipe de Gales, duas delas com Camilla, mas esta é sua primeira como rei, carregando um peso simbólico maior.

A turnê atual foi precedida por um jantar em Highgrove, residência do casal, que celebrou as relações anglo-italianas com convidados da comunidade britânica e italiana. O evento, realizado em fevereiro, foi descrito como um aquecimento para a viagem, com Charles e Camilla demonstrando entusiasmo pela cultura, comida e história da Itália. Esse apego pessoal pelo país adiciona uma camada de autenticidade à visita, que também busca promover interesses econômicos e diplomáticos do Reino Unido em um contexto global desafiador.

A resiliência do rei é evidente em sua agenda cheia, mesmo após contratempos médicos. Em outubro do ano passado, ele completou uma turnê de nove dias por Austrália e Samoa, enfrentando até 10 compromissos diários ao lado de Camilla. A viagem à Itália, embora mais curta, mantém o mesmo ritmo intenso, com eventos que vão de cerimônias oficiais a celebrações culturais. Fontes próximas afirmam que o rei está “recuperando o tempo perdido” após um primeiro ano de reinado marcado por desafios, incluindo o diagnóstico de câncer e a ausência temporária da Princesa de Gales, Kate Middleton, também diagnosticada com a doença em 2024.

Camilla apoia o rei em momento crucial

A Rainha Camilla, de 77 anos, tem sido um pilar essencial para Charles III durante seu reinado e sua batalha contra o câncer. Presente em todos os eventos da turnê italiana, ela traz leveza e apoio ao marido, especialmente em um momento em que ele celebra 20 anos de casamento enquanto enfrenta adversidades. O banquete no Palazzo Quirinale, na quarta-feira, será um marco pessoal para o casal, que se casou em 9 de abril de 2005, em uma cerimônia civil em Windsor, seguida por uma bênção religiosa.

Camilla também assume compromissos solo em Ravenna, como uma visita ao Museu Byron, destacando seu interesse pela literatura e cultura. Sua presença constante ao lado do rei é vista como um fator de equilíbrio, especialmente após os desafios enfrentados pela monarquia nos últimos anos. Durante a turnê na Austrália, ela foi elogiada por manter o tom descontraído, mesmo em meio a discussões sobre a possível transição do país para uma república, um debate que Charles III enfrentou com diplomacia.

O papel de Camilla vai além do cerimonial. Ela tem incentivado o rei a continuar suas funções, mesmo com a recomendação médica de pausas ocasionais, como a exclusão de uma etapa na Nova Zelândia na turnê anterior. Sua influência é discreta, mas significativa, ajudando Charles a manter o foco no dever enquanto lida com a pressão de liderar uma instituição em transformação e uma família marcada por divisões.

  • Momentos marcantes do casal na Itália:
    • Banquete vegetariano no Palazzo Quirinale.
    • Visita conjunta ao túmulo de Dante em Ravenna.
    • Comemoração dos 80 anos da libertação de Ravenna.

Relações familiares testam o reinado

As tensões familiares continuam a desafiar Charles III, com o apelo de Harry por segurança sendo apenas o capítulo mais recente. A saída do duque e de Meghan Markle da realeza em 2020 abalou a monarquia, reduzindo o número de membros ativos e expondo rachas internos. A série documental “Harry & Meghan”, lançada em 2022 pela Netflix, e o livro “Spare” detalharam críticas ao rei e à instituição, incluindo acusações de falta de apoio emocional durante crises pessoais do casal.

Outro ponto de pressão é o escândalo envolvendo o Príncipe Andrew, irmão de Charles III, cuja associação com Jeffrey Epstein e uma suposta ligação com um espião chinês, Yang Tengbo, banido do Reino Unido em 2023, gerou constrangimento. O rei foi envolvido indiretamente no caso após revelações de que Andrew buscou apoio dele em Windsor, mas o Palácio de Buckingham negou qualquer conhecimento prévio de Charles sobre o assunto. Esses episódios testam a capacidade do monarca de manter a imagem da Coroa intacta.

Apesar disso, Charles III mantém o foco em suas funções públicas. Sua visita à Itália é uma oportunidade de projetar estabilidade e continuidade, mesmo com os dramas familiares em segundo plano. O rei tem evitado comentários diretos sobre Harry ou Andrew, delegando a gestão dessas crises a assessores enquanto prioriza compromissos como a turnê atual, que já gerou expectativa de um impacto positivo nas relações bilaterais com a Itália.

Marcos históricos na agenda italiana

A visita de Charles III à Itália carrega um peso histórico significativo. Seu discurso no parlamento italiano, previsto para terça-feira, será um momento único, destacando a influência da monarquia britânica em um contexto europeu. A sessão conjunta das câmaras de deputados e do senado em Roma contará com a presença de líderes políticos e marcará a primeira vez que um soberano do Reino Unido se dirige diretamente aos legisladores italianos, um gesto que reforça a parceria entre as nações.

Em Ravenna, a homenagem aos 80 anos da libertação da província do domínio nazista resgata a memória da colaboração militar entre Reino Unido e Itália durante a Segunda Guerra Mundial. O evento, no dia 10 de abril, incluirá uma recepção na prefeitura local, com Charles e Camilla ao lado de autoridades italianas e veteranos. A visita ao túmulo de Dante, autor da “Divina Comédia”, e a participação no festival “slow food” celebram a riqueza cultural da região, conectando passado e presente em uma narrativa de união.

A cooperação militar também estará em destaque com um sobrevoo conjunto das equipes acrobáticas Frecce Tricolori, da força aérea italiana, e Red Arrows, da RAF, sobre Roma. O evento simboliza a aliança entre os dois países na OTAN e em projetos como o desenvolvimento de caças avançados, uma prioridade estratégica em um cenário global de tensões crescentes. Esses marcos reforçam a mensagem de Charles III: o dever público transcende os desafios pessoais.

Cronograma da visita à Itália

A turnê de Charles III e Camilla segue um roteiro bem definido, equilibrando compromissos oficiais e culturais. Veja os principais eventos:

  • 7 de abril: Chegada a Roma e recepção no Aeroporto Ciampino.
  • 8 de abril: Discurso no parlamento italiano e audiência com Sergio Mattarella.
  • 9 de abril: Banquete de 20 anos de casamento no Palazzo Quirinale.
  • 10 de abril: Visita a Ravenna, com homenagem à libertação e festival “slow food”.

Legado de Charles III em construção

A viagem à Itália é mais um capítulo na tentativa de Charles III de consolidar seu reinado em meio a adversidades. Diagnosticado com câncer logo após assumir o trono, ele enfrentou um primeiro ano marcado por crises de saúde e familiares, mas sua determinação em manter uma agenda robusta tem sido um sinal de força. A turnê atual, com sua mistura de diplomacia, história e celebração pessoal, reflete o equilíbrio que o rei busca entre tradição e modernidade.

A presença de Camilla ao seu lado reforça essa narrativa. O banquete de aniversário de casamento, com líderes como Giorgia Meloni e Sergio Mattarella, é tanto uma celebração privada quanto um evento de Estado, mostrando a união do casal como um ativo da monarquia. Enquanto isso, a disputa de Harry pela segurança e os ecos do escândalo de Andrew lembram que o reinado de Charles III é testado em várias frentes, exigindo dele uma resiliência que vai além do físico.

Com mais de 70 anos de preparação como Príncipe de Gales, Charles III traz uma visão clara para o trono: uma monarquia enxuta, focada em causas como sustentabilidade e diplomacia, mas adaptada aos tempos atuais. A visita à Itália, com seu impacto projetado em turismo, relações bilaterais e visibilidade global, é um passo nessa direção, enquanto o rei enfrenta o câncer e as turbulências familiares com a mesma determinação que o levou a Roma nesta semana.



O Rei Charles III desembarcou em Roma nesta segunda-feira, 7 de abril de 2025, ao lado da Rainha Camilla, dando início a uma visita oficial de quatro dias à Itália. Aos 76 anos, o monarca britânico segue firme em sua agenda, mesmo enfrentando um câncer diagnosticado em fevereiro de 2024, com tratamentos semanais em uma unidade especializada em Londres. A viagem, que inclui paradas em Roma e Ravenna, marca sua primeira visita de Estado do ano e coincide com a celebração de seu 20º aniversário de casamento, a ser comemorado em um banquete no Palazzo Quirinale. Enquanto Charles III coloca o dever em primeiro plano, questões familiares, como o apelo do Príncipe Harry por segurança no Reino Unido, continuam a orbitar o reinado, desafiando a tranquilidade do monarca.

A visita à Itália ocorre menos de duas semanas após uma breve internação do rei, em 27 de março, devido a efeitos colaterais de seu tratamento. Apesar disso, fontes próximas ao Palácio de Buckingham afirmam que ele está em “ótima forma” e determinado a cumprir seu papel. O itinerário inclui encontros com o presidente italiano Sergio Mattarella e a primeira-ministra Giorgia Meloni, além de um marco histórico: Charles III será o primeiro monarca britânico a discursar em uma sessão conjunta do parlamento italiano. A agenda reflete o compromisso do rei em fortalecer os laços entre Reino Unido e Itália, usando a diplomacia suave da monarquia em um momento de redefinição das relações pós-Brexit.

Enquanto o rei foca em suas obrigações, o Príncipe Harry, seu filho mais novo, prepara-se para um embate judicial. Na mesma semana, ele iniciará um apelo contra a decisão de 2020 que retirou sua segurança financiada pelo Estado britânico, após abandonar os deveres reais e se mudar para os Estados Unidos com Meghan Markle. A disputa evidencia as tensões familiares que persistem, mas fontes próximas ao rei garantem que sua prioridade segue sendo o dever público. A viagem à Itália, com sua carga simbólica e histórica, destaca a resiliência de Charles III em meio a desafios pessoais e institucionais.

  • Principais eventos da visita:
    • Discurso inédito no parlamento italiano.
    • Banquete de 20 anos de casamento no Palazzo Quirinale.
    • Comemoração da libertação de Ravenna na Segunda Guerra.

Saúde do rei sob os holofotes

Charles III foi diagnosticado com câncer há mais de um ano, após um procedimento para tratar um aumento benigno da próstata. O tipo exato da doença não foi revelado, mas o palácio confirmou que não se trata de câncer de próstata. Desde então, o rei tem conciliado tratamentos regulares com uma agenda pública intensa, que incluiu uma turnê por Austrália e Samoa em outubro do ano passado. A recente internação de poucas horas, descrita como um “pequeno obstáculo” em sua jornada médica, não alterou sua determinação. Ele retomou os compromissos em 1º de abril, mostrando vigor para a viagem à Itália.

A saúde do monarca tem sido um ponto de atenção global desde o anúncio do diagnóstico. Após suspender temporariamente os deveres presenciais em fevereiro de 2024, ele voltou às atividades públicas em abril do mesmo ano, com uma agenda que já soma mais de 200 compromissos em 2025. A turnê atual é vista como um teste de resistência, especialmente após o sucesso da viagem ao Pacífico, que fontes palacianas chamaram de “tônico perfeito” para o rei. Camilla, sua esposa, tem sido uma presença constante, oferecendo suporte emocional e mantendo a leveza nos momentos de pressão.

A escolha de manter o dever à frente das adversidades reflete os valores que Charles III carrega desde o início de seu reinado, em novembro de 2022, após a morte de sua mãe, a Rainha Elizabeth II. Aos 76 anos, ele se tornou o monarca mais velho a assumir o trono britânico, e sua abordagem pragmática tem sido elogiada por aliados. A visita à Itália, planejada em detalhes desde o início do ano, é mais uma prova de sua dedicação, mesmo com a saúde fragilizada e as questões familiares em ebulição.

Itália recebe o casal real com entusiasmo

A chegada de Charles III e Camilla a Roma foi marcada por uma recepção calorosa no Aeroporto Ciampino, com uma guarda de honra e representantes do governo italiano, incluindo o ministro das Relações Exteriores, acompanhados pelo secretário britânico David Lammy. A visita, a primeira de Estado do rei em 2025, foi planejada a pedido do governo do Reino Unido para reforçar os laços bilaterais com a Itália, um aliado na OTAN e parceiro em iniciativas como o Programa Global de Combate Aéreo. O casal foi recebido com bandeiras e aplausos, evidenciando o apelo da monarquia britânica no país.

Em Roma, o rei fará história ao discursar para as duas casas do parlamento italiano, um feito inédito para um monarca britânico. O evento, agendado para o segundo dia da visita, será seguido por uma audiência com Sergio Mattarella no Palazzo Quirinale, onde Charles III e Camilla também participarão de um banquete de gala na quarta-feira, dia 9, marcando 20 anos de casamento. A ocasião terá um menu vegetariano a pedido do casal, refletindo suas preferências pessoais e o compromisso com a sustentabilidade, uma causa que o rei defende há décadas.

A etapa em Ravenna, no norte da Itália, incluirá uma homenagem aos 80 anos da libertação da província do domínio nazista, em 10 de abril de 1945, por forças aliadas, incluindo tropas britânicas e canadenses. Charles e Camilla visitarão o túmulo de Dante Alighieri, poeta símbolo da cultura italiana, e participarão de um festival da culinária “slow food” da região de Emilia-Romagna, conhecida por sua gastronomia tradicional. A agenda cultural e histórica reforça os laços entre os dois países, enquanto a presença do casal real aquece o turismo e o interesse internacional pela Itália.

Príncipe Harry busca segurança em meio à turnê do rei

Enquanto Charles III cumpre sua agenda em Roma, o Príncipe Harry, de 40 anos, prepara-se para uma batalha legal no Reino Unido. O duque de Sussex apelará nesta semana contra a decisão do governo britânico que, em 2020, removeu seu direito a segurança financiada pelo contribuinte durante visitas ao país. A medida foi tomada após ele e Meghan Markle renunciarem aos papéis de membros ativos da realeza e se mudarem para Montecito, na Califórnia, onde vivem com os filhos Archie, de 5 anos, e Lilibet, de 3.

A segurança de Harry tem sido um ponto de tensão desde sua saída da monarquia. Ele argumenta que o risco a sua família permanece elevado devido à sua posição na linha de sucessão — sexto na ordem ao trono — e ao histórico de ameaças enfrentado pela realeza, como o assassinato de sua mãe, a Princesa Diana, em 1997. O governo britânico, por sua vez, sustenta que o nível de proteção deve ser ajustado ao seu status de não trabalhador real, oferecendo cobertura apenas em eventos oficiais. O apelo, que será julgado em Londres, pode reabrir feridas familiares em um momento delicado para o rei.

A relação entre Charles III e Harry segue estremecida desde a saída do duque da realeza. O livro de memórias “Spare”, lançado por Harry em 2023, expôs desentendimentos com o pai e o irmão, o Príncipe William, aprofundando o distanciamento. Apesar disso, o rei manteve contato esporádico com o filho, especialmente após seu diagnóstico de câncer, quando Harry viajou aos Estados Unidos para visitá-lo. A disputa pela segurança, porém, mostra que as questões práticas e emocionais entre eles estão longe de uma resolução.

Dever acima de tudo guia Charles III

Charles III assumiu o trono em um período de transição para a monarquia britânica, enfrentando não apenas sua saúde debilitada, mas também uma família real reduzida e controvérsias públicas. Sua insistência em priorizar o dever reflete os princípios herdados de sua mãe, que reinou por 70 anos com foco na estabilidade da Coroa. Aos 76 anos, ele já realizou 17 visitas oficiais à Itália como Príncipe de Gales, duas delas com Camilla, mas esta é sua primeira como rei, carregando um peso simbólico maior.

A turnê atual foi precedida por um jantar em Highgrove, residência do casal, que celebrou as relações anglo-italianas com convidados da comunidade britânica e italiana. O evento, realizado em fevereiro, foi descrito como um aquecimento para a viagem, com Charles e Camilla demonstrando entusiasmo pela cultura, comida e história da Itália. Esse apego pessoal pelo país adiciona uma camada de autenticidade à visita, que também busca promover interesses econômicos e diplomáticos do Reino Unido em um contexto global desafiador.

A resiliência do rei é evidente em sua agenda cheia, mesmo após contratempos médicos. Em outubro do ano passado, ele completou uma turnê de nove dias por Austrália e Samoa, enfrentando até 10 compromissos diários ao lado de Camilla. A viagem à Itália, embora mais curta, mantém o mesmo ritmo intenso, com eventos que vão de cerimônias oficiais a celebrações culturais. Fontes próximas afirmam que o rei está “recuperando o tempo perdido” após um primeiro ano de reinado marcado por desafios, incluindo o diagnóstico de câncer e a ausência temporária da Princesa de Gales, Kate Middleton, também diagnosticada com a doença em 2024.

Camilla apoia o rei em momento crucial

A Rainha Camilla, de 77 anos, tem sido um pilar essencial para Charles III durante seu reinado e sua batalha contra o câncer. Presente em todos os eventos da turnê italiana, ela traz leveza e apoio ao marido, especialmente em um momento em que ele celebra 20 anos de casamento enquanto enfrenta adversidades. O banquete no Palazzo Quirinale, na quarta-feira, será um marco pessoal para o casal, que se casou em 9 de abril de 2005, em uma cerimônia civil em Windsor, seguida por uma bênção religiosa.

Camilla também assume compromissos solo em Ravenna, como uma visita ao Museu Byron, destacando seu interesse pela literatura e cultura. Sua presença constante ao lado do rei é vista como um fator de equilíbrio, especialmente após os desafios enfrentados pela monarquia nos últimos anos. Durante a turnê na Austrália, ela foi elogiada por manter o tom descontraído, mesmo em meio a discussões sobre a possível transição do país para uma república, um debate que Charles III enfrentou com diplomacia.

O papel de Camilla vai além do cerimonial. Ela tem incentivado o rei a continuar suas funções, mesmo com a recomendação médica de pausas ocasionais, como a exclusão de uma etapa na Nova Zelândia na turnê anterior. Sua influência é discreta, mas significativa, ajudando Charles a manter o foco no dever enquanto lida com a pressão de liderar uma instituição em transformação e uma família marcada por divisões.

  • Momentos marcantes do casal na Itália:
    • Banquete vegetariano no Palazzo Quirinale.
    • Visita conjunta ao túmulo de Dante em Ravenna.
    • Comemoração dos 80 anos da libertação de Ravenna.

Relações familiares testam o reinado

As tensões familiares continuam a desafiar Charles III, com o apelo de Harry por segurança sendo apenas o capítulo mais recente. A saída do duque e de Meghan Markle da realeza em 2020 abalou a monarquia, reduzindo o número de membros ativos e expondo rachas internos. A série documental “Harry & Meghan”, lançada em 2022 pela Netflix, e o livro “Spare” detalharam críticas ao rei e à instituição, incluindo acusações de falta de apoio emocional durante crises pessoais do casal.

Outro ponto de pressão é o escândalo envolvendo o Príncipe Andrew, irmão de Charles III, cuja associação com Jeffrey Epstein e uma suposta ligação com um espião chinês, Yang Tengbo, banido do Reino Unido em 2023, gerou constrangimento. O rei foi envolvido indiretamente no caso após revelações de que Andrew buscou apoio dele em Windsor, mas o Palácio de Buckingham negou qualquer conhecimento prévio de Charles sobre o assunto. Esses episódios testam a capacidade do monarca de manter a imagem da Coroa intacta.

Apesar disso, Charles III mantém o foco em suas funções públicas. Sua visita à Itália é uma oportunidade de projetar estabilidade e continuidade, mesmo com os dramas familiares em segundo plano. O rei tem evitado comentários diretos sobre Harry ou Andrew, delegando a gestão dessas crises a assessores enquanto prioriza compromissos como a turnê atual, que já gerou expectativa de um impacto positivo nas relações bilaterais com a Itália.

Marcos históricos na agenda italiana

A visita de Charles III à Itália carrega um peso histórico significativo. Seu discurso no parlamento italiano, previsto para terça-feira, será um momento único, destacando a influência da monarquia britânica em um contexto europeu. A sessão conjunta das câmaras de deputados e do senado em Roma contará com a presença de líderes políticos e marcará a primeira vez que um soberano do Reino Unido se dirige diretamente aos legisladores italianos, um gesto que reforça a parceria entre as nações.

Em Ravenna, a homenagem aos 80 anos da libertação da província do domínio nazista resgata a memória da colaboração militar entre Reino Unido e Itália durante a Segunda Guerra Mundial. O evento, no dia 10 de abril, incluirá uma recepção na prefeitura local, com Charles e Camilla ao lado de autoridades italianas e veteranos. A visita ao túmulo de Dante, autor da “Divina Comédia”, e a participação no festival “slow food” celebram a riqueza cultural da região, conectando passado e presente em uma narrativa de união.

A cooperação militar também estará em destaque com um sobrevoo conjunto das equipes acrobáticas Frecce Tricolori, da força aérea italiana, e Red Arrows, da RAF, sobre Roma. O evento simboliza a aliança entre os dois países na OTAN e em projetos como o desenvolvimento de caças avançados, uma prioridade estratégica em um cenário global de tensões crescentes. Esses marcos reforçam a mensagem de Charles III: o dever público transcende os desafios pessoais.

Cronograma da visita à Itália

A turnê de Charles III e Camilla segue um roteiro bem definido, equilibrando compromissos oficiais e culturais. Veja os principais eventos:

  • 7 de abril: Chegada a Roma e recepção no Aeroporto Ciampino.
  • 8 de abril: Discurso no parlamento italiano e audiência com Sergio Mattarella.
  • 9 de abril: Banquete de 20 anos de casamento no Palazzo Quirinale.
  • 10 de abril: Visita a Ravenna, com homenagem à libertação e festival “slow food”.

Legado de Charles III em construção

A viagem à Itália é mais um capítulo na tentativa de Charles III de consolidar seu reinado em meio a adversidades. Diagnosticado com câncer logo após assumir o trono, ele enfrentou um primeiro ano marcado por crises de saúde e familiares, mas sua determinação em manter uma agenda robusta tem sido um sinal de força. A turnê atual, com sua mistura de diplomacia, história e celebração pessoal, reflete o equilíbrio que o rei busca entre tradição e modernidade.

A presença de Camilla ao seu lado reforça essa narrativa. O banquete de aniversário de casamento, com líderes como Giorgia Meloni e Sergio Mattarella, é tanto uma celebração privada quanto um evento de Estado, mostrando a união do casal como um ativo da monarquia. Enquanto isso, a disputa de Harry pela segurança e os ecos do escândalo de Andrew lembram que o reinado de Charles III é testado em várias frentes, exigindo dele uma resiliência que vai além do físico.

Com mais de 70 anos de preparação como Príncipe de Gales, Charles III traz uma visão clara para o trono: uma monarquia enxuta, focada em causas como sustentabilidade e diplomacia, mas adaptada aos tempos atuais. A visita à Itália, com seu impacto projetado em turismo, relações bilaterais e visibilidade global, é um passo nessa direção, enquanto o rei enfrenta o câncer e as turbulências familiares com a mesma determinação que o levou a Roma nesta semana.



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