Breaking
7 Apr 2025, Mon

veja como se aposentar com as mudanças da reforma

meu inss app governo federal


Milhares de trabalhadores brasileiros que já contribuíam para o Instituto Nacional do Seguro Social antes da Reforma da Previdência, aprovada em 13 de novembro de 2019, ainda podem se beneficiar das regras de transição em 2025. Essas normas, criadas pela Emenda Constitucional 103, surgiram para suavizar o impacto das mudanças nas exigências de aposentadoria, oferecendo alternativas mais flexíveis para quem estava no mercado de trabalho antes da data limite. A reforma alterou profundamente o sistema previdenciário, introduzindo idade mínima e novos cálculos de benefícios, mas as regras de transição continuam sendo um caminho essencial para quem planeja encerrar a vida laboral nos próximos anos. Em 2025, ajustes anuais nas pontuações e idades mínimas entram em vigor, refletindo o caráter progressivo das mudanças implementadas há seis anos.

A necessidade de adequação do sistema previdenciário veio à tona com o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população brasileira. Antes de 2019, muitos trabalhadores conseguiam se aposentar apenas pelo tempo de contribuição, sem exigência de idade mínima, o que resultava em benefícios concedidos em idades mais baixas. Com a reforma, o governo estabeleceu critérios mais rigorosos, como a soma de idade e tempo de contribuição na regra dos pontos e a inclusão de pedágios para quem estava próximo da aposentadoria. Essas medidas afetam diretamente homens e mulheres, com requisitos que variam conforme o gênero e o histórico de trabalho, além de impactar o valor final dos benefícios.

Para quem busca se aposentar em 2025, entender as opções disponíveis é fundamental. As regras de transição abrangem modalidades como aposentadoria por idade, por tempo de contribuição e a aposentadoria especial, destinada a profissões de risco. Cada uma dessas alternativas tem requisitos específicos que mudam anualmente, exigindo planejamento detalhado para evitar surpresas no momento da solicitação. O INSS tem investido em ferramentas digitais, como o aplicativo Meu INSS, para facilitar o acesso às informações, mas a complexidade das normas ainda desafia muitos segurados.

Aposentadoria por idade ganha destaque em 2025

A aposentadoria por idade segue como uma das modalidades mais procuradas pelos trabalhadores brasileiros, especialmente aqueles com contribuições mínimas ou carreiras informais. Para quem já pagava o INSS antes de novembro de 2019, a regra de transição mantém condições mais acessíveis em comparação com as normas permanentes. Homens podem se aposentar aos 65 anos com 15 anos de contribuição, um requisito que não sofreu alterações desde a reforma. Já as mulheres enfrentaram um aumento gradual na idade mínima, que subiu de 60 anos em 2019 para 62 anos em 2023, estabilizando-se nesse patamar em 2025.

O cálculo do benefício na aposentadoria por idade é baseado na média de todos os salários de contribuição desde julho de 1994. O trabalhador recebe 60% desse valor, com um acréscimo de 2% para cada ano que exceder 15 anos de contribuição para mulheres ou 20 anos para homens. Uma mulher com 18 anos de contribuição em 2025, por exemplo, terá direito a 66% da média salarial, enquanto um homem com 23 anos receberá 66% também, já que o adicional só começa após os 20 anos exigidos para o gênero masculino.

Além do tempo de contribuição, é necessário cumprir 180 meses de carência, ou seja, contribuições efetivamente pagas ao longo da vida laboral. Esse detalhe é crucial para trabalhadores que atuaram de forma intermitente, como autônomos ou informais, que muitas vezes enfrentam dificuldades para atingir esse número. A modalidade é especialmente relevante em regiões onde o trabalho formal é menos comum, garantindo proteção previdenciária a uma parcela significativa da população.

Como funciona a aposentadoria por pontos em 2025

Combinar idade e tempo de contribuição é a essência da aposentadoria por pontos, uma das regras de transição mais populares entre os segurados do INSS. Em 2025, as mulheres precisam atingir 92 pontos e ter pelo menos 30 anos de contribuição, enquanto os homens devem alcançar 102 pontos com 35 anos de contribuição. Um exemplo prático: uma mulher de 60 anos com 32 anos de contribuição soma 92 pontos e pode se aposentar imediatamente, enquanto um homem de 66 anos com 36 anos atinge 102 pontos, também estando apto ao benefício.

A pontuação exigida aumenta um ponto por ano, uma medida que reflete o ajuste progressivo da reforma. Esse crescimento começou em 2020, com 87 pontos para mulheres e 97 para homens, e seguirá até alcançar 100 pontos para mulheres em 2033 e 105 pontos para homens em 2028. O valor do benefício segue o padrão de 60% da média salarial, com 2% adicionais por cada ano que ultrapassar os 15 anos para mulheres ou 20 anos para homens, incentivando contribuições mais longas.

Essa modalidade é vantajosa para quem começou a trabalhar cedo e acumulou tempo de contribuição significativo, mas exige atenção ao aumento anual da pontuação. Trabalhadores que estão próximos da meta podem optar por aguardar mais um ano para atingir os pontos necessários, enquanto outros avaliam alternativas como o pedágio de 100% para garantir um benefício maior.

  • Requisitos em 2025:
    • Mulheres: 92 pontos + 30 anos de contribuição.
    • Homens: 102 pontos + 35 anos de contribuição.
    • Aumento anual: 1 ponto até 2033 (mulheres) e 2028 (homens).

Pedágio de 50% e 100% oferece alternativas

Quem estava próximo de se aposentar em 2019 pode recorrer às regras do pedágio, que adicionam um período extra de trabalho com base no tempo que faltava na data da reforma. O pedágio de 50% é exclusivo para trabalhadores que estavam a até dois anos de completar o tempo mínimo: 30 anos para mulheres e 35 anos para homens. Nesse caso, é necessário cumprir 50% do tempo restante como adicional. Um homem com 34 anos de contribuição em 2019, por exemplo, precisava de mais um ano para os 35 exigidos; com o pedágio, ele adiciona seis meses, totalizando um ano e meio de trabalho extra.

Já o pedágio de 100% é direcionado a quem estava um pouco mais distante da meta, exigindo o dobro do tempo que faltava em 2019, além de uma idade mínima de 57 anos para mulheres e 60 anos para homens. Uma mulher com 27 anos de contribuição em 2019, a três anos dos 30 necessários, precisaria trabalhar mais seis anos, totalizando 33 anos de contribuição, desde que tenha pelo menos 57 anos ao final. O diferencial dessa regra é o cálculo do benefício, que considera 100% da média dos salários desde julho de 1994, uma vantagem significativa em relação às demais modalidades.

Essas opções têm sido amplamente utilizadas por trabalhadores que buscavam uma transição suave entre o sistema antigo e o novo. O pedágio de 50% é ideal para quem estava a poucos passos da aposentadoria, enquanto o de 100% atrai aqueles dispostos a trabalhar mais tempo por um benefício integral.

Aposentadoria INSS
Aposentadoria INSS – Foto: Monthira/Shutterstock.com

Impactos na aposentadoria especial

Profissionais expostos a condições insalubres ou perigosas, como mineradores, médicos e soldadores, enfrentam regras mais rígidas na aposentadoria especial desde a reforma. Antes de 2019, bastava comprovar 15, 20 ou 25 anos de exposição a agentes nocivos, dependendo do nível de risco, sem idade mínima. Agora, a transição exige uma soma de pontos que combina tempo de atividade especial e idade. Em 2025, atividades de baixo risco, como as de enfermeiros, requerem 25 anos de contribuição e 86 pontos, enquanto riscos moderados, como os de soldadores, demandam 20 anos e 76 pontos, e riscos altos, como os de mineradores subterrâneos, pedem 15 anos e 66 pontos.

Um soldador com 20 anos de exposição em 2025, por exemplo, precisará ter 56 anos para atingir os 76 pontos necessários, enquanto no sistema antigo poderia se aposentar aos 40 anos com o mesmo tempo de serviço. O cálculo do benefício também mudou: os trabalhadores recebem 60% da média de todos os salários desde julho de 1994, com 2% adicionais por ano excedente a 15 anos para mulheres e 20 anos para homens, o que pode reduzir o valor em comparação com os 100% do sistema anterior.

A mudança tem gerado debates entre trabalhadores e sindicatos, que apontam o aumento do tempo de exposição a condições adversas como um risco à saúde. Apesar disso, o governo defende que a uniformização das regras era essencial para a sustentabilidade do sistema previdenciário.

Idade mínima progressiva ajusta exigências

A regra da idade mínima progressiva é outra alternativa para quem busca aposentadoria por tempo de contribuição. Em 2025, mulheres precisam ter 59 anos e 30 anos de contribuição, enquanto homens devem atingir 64 anos e 35 anos de contribuição. Essa idade aumenta seis meses por ano, até alcançar 62 anos para mulheres em 2031 e 65 anos para homens em 2027, quando se alinha à regra definitiva. Um homem de 64 anos com 35 anos de contribuição em 2025 pode se aposentar imediatamente, mas se tiver 63 anos, terá que esperar até 2026, quando a idade mínima subirá para 64 anos e meio.

O benefício segue o cálculo de 60% da média salarial, com 2% por ano excedente, uma fórmula que recompensa quem contribuiu por mais tempo. Essa modalidade é especialmente útil para trabalhadores que já cumpriram o tempo de contribuição, mas ainda não atingiram a pontuação da regra dos pontos, oferecendo uma opção intermediária entre as exigências antigas e as novas.

Cronograma das mudanças em 2025

As regras de transição seguem um calendário de ajustes graduais que impactam diretamente os planos de aposentadoria. Em 2025, algumas das principais alterações incluem:

  • Aposentadoria por pontos: 92 pontos para mulheres e 102 para homens, com aumento anual até 100 e 105, respectivamente.
  • Idade mínima progressiva: 59 anos para mulheres e 64 anos para homens, subindo seis meses por ano.
  • Aposentadoria por idade: estabilizada em 62 anos para mulheres e 65 anos para homens.
  • Pedágio de 50% e 100%: sem mudanças anuais, aplicáveis com base em 2019.

Esse cronograma reflete o esforço para equilibrar os direitos adquiridos com as necessidades fiscais do sistema previdenciário, que enfrenta pressões crescentes devido às mudanças demográficas no país.

Planejamento é essencial para 2025

Planejar a aposentadoria em 2025 exige análise cuidadosa do histórico de contribuições e das regras disponíveis. O aplicativo Meu INSS oferece a ferramenta “Simular Aposentadoria”, que permite estimar o tempo restante para cada modalidade e o valor do benefício. Um homem de 61 anos com 34 anos de contribuição, por exemplo, pode descobrir que está a um ano do pedágio de 50%, se faltava um ano em 2019, ou que já cumpre os requisitos da idade mínima progressiva com ajustes.

Regularizar períodos de trabalho não registrados, como empregos sem carteira assinada, pode aumentar o tempo de contribuição e o benefício. Além disso, trabalhadores que contribuíram com salários mais altos após 1994 podem ter uma média salarial maior, compensando parcialmente a redução para 60% no cálculo. Para autônomos, manter pagamentos regulares ao INSS é crucial para atingir os 180 meses de carência.

  • Dicas para planejar:
    • Use o Meu INSS para simular todas as regras aplicáveis.
    • Verifique e corrija períodos de contribuição não registrados.
    • Avalie o impacto de contribuições extras no benefício final.

Realidade dos trabalhadores rurais

Trabalhadores rurais também contam com regras de transição específicas. Em 2025, homens e mulheres precisam ter 60 anos e 15 anos de atividade rural ou contribuição, além de 180 meses de carência. Antes da reforma, as idades eram 60 anos para homens e 55 anos para mulheres, mas o aumento para 60 anos nas mulheres foi concluído em 2023. O benefício é calculado com 60% da média salarial, mais 2% por ano excedente a 15 anos.

A comprovação da atividade rural pode ser feita por documentos como notas fiscais de venda de produtos agrícolas ou declarações de sindicatos, o que facilita o acesso ao benefício em áreas onde o trabalho formal é raro. Essa modalidade segue sendo vital para a proteção previdenciária no campo.

Benefícios e desafios das mudanças

As regras de transição oferecem vantagens como a flexibilização da idade mínima e a possibilidade de benefícios integrais em casos como o pedágio de 100%. No entanto, o aumento anual da pontuação e a redução no cálculo dos benefícios representam desafios para muitos trabalhadores, especialmente aqueles com carreiras curtas ou em condições adversas. Para trabalhadores de baixa renda, a aposentadoria por idade continua sendo uma opção acessível, enquanto profissões de risco enfrentam barreiras adicionais com a aposentadoria especial.

Milhares de trabalhadores brasileiros que já contribuíam para o Instituto Nacional do Seguro Social antes da Reforma da Previdência, aprovada em 13 de novembro de 2019, ainda podem se beneficiar das regras de transição em 2025. Essas normas, criadas pela Emenda Constitucional 103, surgiram para suavizar o impacto das mudanças nas exigências de aposentadoria, oferecendo alternativas mais flexíveis para quem estava no mercado de trabalho antes da data limite. A reforma alterou profundamente o sistema previdenciário, introduzindo idade mínima e novos cálculos de benefícios, mas as regras de transição continuam sendo um caminho essencial para quem planeja encerrar a vida laboral nos próximos anos. Em 2025, ajustes anuais nas pontuações e idades mínimas entram em vigor, refletindo o caráter progressivo das mudanças implementadas há seis anos.

A necessidade de adequação do sistema previdenciário veio à tona com o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população brasileira. Antes de 2019, muitos trabalhadores conseguiam se aposentar apenas pelo tempo de contribuição, sem exigência de idade mínima, o que resultava em benefícios concedidos em idades mais baixas. Com a reforma, o governo estabeleceu critérios mais rigorosos, como a soma de idade e tempo de contribuição na regra dos pontos e a inclusão de pedágios para quem estava próximo da aposentadoria. Essas medidas afetam diretamente homens e mulheres, com requisitos que variam conforme o gênero e o histórico de trabalho, além de impactar o valor final dos benefícios.

Para quem busca se aposentar em 2025, entender as opções disponíveis é fundamental. As regras de transição abrangem modalidades como aposentadoria por idade, por tempo de contribuição e a aposentadoria especial, destinada a profissões de risco. Cada uma dessas alternativas tem requisitos específicos que mudam anualmente, exigindo planejamento detalhado para evitar surpresas no momento da solicitação. O INSS tem investido em ferramentas digitais, como o aplicativo Meu INSS, para facilitar o acesso às informações, mas a complexidade das normas ainda desafia muitos segurados.

Aposentadoria por idade ganha destaque em 2025

A aposentadoria por idade segue como uma das modalidades mais procuradas pelos trabalhadores brasileiros, especialmente aqueles com contribuições mínimas ou carreiras informais. Para quem já pagava o INSS antes de novembro de 2019, a regra de transição mantém condições mais acessíveis em comparação com as normas permanentes. Homens podem se aposentar aos 65 anos com 15 anos de contribuição, um requisito que não sofreu alterações desde a reforma. Já as mulheres enfrentaram um aumento gradual na idade mínima, que subiu de 60 anos em 2019 para 62 anos em 2023, estabilizando-se nesse patamar em 2025.

O cálculo do benefício na aposentadoria por idade é baseado na média de todos os salários de contribuição desde julho de 1994. O trabalhador recebe 60% desse valor, com um acréscimo de 2% para cada ano que exceder 15 anos de contribuição para mulheres ou 20 anos para homens. Uma mulher com 18 anos de contribuição em 2025, por exemplo, terá direito a 66% da média salarial, enquanto um homem com 23 anos receberá 66% também, já que o adicional só começa após os 20 anos exigidos para o gênero masculino.

Além do tempo de contribuição, é necessário cumprir 180 meses de carência, ou seja, contribuições efetivamente pagas ao longo da vida laboral. Esse detalhe é crucial para trabalhadores que atuaram de forma intermitente, como autônomos ou informais, que muitas vezes enfrentam dificuldades para atingir esse número. A modalidade é especialmente relevante em regiões onde o trabalho formal é menos comum, garantindo proteção previdenciária a uma parcela significativa da população.

Como funciona a aposentadoria por pontos em 2025

Combinar idade e tempo de contribuição é a essência da aposentadoria por pontos, uma das regras de transição mais populares entre os segurados do INSS. Em 2025, as mulheres precisam atingir 92 pontos e ter pelo menos 30 anos de contribuição, enquanto os homens devem alcançar 102 pontos com 35 anos de contribuição. Um exemplo prático: uma mulher de 60 anos com 32 anos de contribuição soma 92 pontos e pode se aposentar imediatamente, enquanto um homem de 66 anos com 36 anos atinge 102 pontos, também estando apto ao benefício.

A pontuação exigida aumenta um ponto por ano, uma medida que reflete o ajuste progressivo da reforma. Esse crescimento começou em 2020, com 87 pontos para mulheres e 97 para homens, e seguirá até alcançar 100 pontos para mulheres em 2033 e 105 pontos para homens em 2028. O valor do benefício segue o padrão de 60% da média salarial, com 2% adicionais por cada ano que ultrapassar os 15 anos para mulheres ou 20 anos para homens, incentivando contribuições mais longas.

Essa modalidade é vantajosa para quem começou a trabalhar cedo e acumulou tempo de contribuição significativo, mas exige atenção ao aumento anual da pontuação. Trabalhadores que estão próximos da meta podem optar por aguardar mais um ano para atingir os pontos necessários, enquanto outros avaliam alternativas como o pedágio de 100% para garantir um benefício maior.

  • Requisitos em 2025:
    • Mulheres: 92 pontos + 30 anos de contribuição.
    • Homens: 102 pontos + 35 anos de contribuição.
    • Aumento anual: 1 ponto até 2033 (mulheres) e 2028 (homens).

Pedágio de 50% e 100% oferece alternativas

Quem estava próximo de se aposentar em 2019 pode recorrer às regras do pedágio, que adicionam um período extra de trabalho com base no tempo que faltava na data da reforma. O pedágio de 50% é exclusivo para trabalhadores que estavam a até dois anos de completar o tempo mínimo: 30 anos para mulheres e 35 anos para homens. Nesse caso, é necessário cumprir 50% do tempo restante como adicional. Um homem com 34 anos de contribuição em 2019, por exemplo, precisava de mais um ano para os 35 exigidos; com o pedágio, ele adiciona seis meses, totalizando um ano e meio de trabalho extra.

Já o pedágio de 100% é direcionado a quem estava um pouco mais distante da meta, exigindo o dobro do tempo que faltava em 2019, além de uma idade mínima de 57 anos para mulheres e 60 anos para homens. Uma mulher com 27 anos de contribuição em 2019, a três anos dos 30 necessários, precisaria trabalhar mais seis anos, totalizando 33 anos de contribuição, desde que tenha pelo menos 57 anos ao final. O diferencial dessa regra é o cálculo do benefício, que considera 100% da média dos salários desde julho de 1994, uma vantagem significativa em relação às demais modalidades.

Essas opções têm sido amplamente utilizadas por trabalhadores que buscavam uma transição suave entre o sistema antigo e o novo. O pedágio de 50% é ideal para quem estava a poucos passos da aposentadoria, enquanto o de 100% atrai aqueles dispostos a trabalhar mais tempo por um benefício integral.

Aposentadoria INSS
Aposentadoria INSS – Foto: Monthira/Shutterstock.com

Impactos na aposentadoria especial

Profissionais expostos a condições insalubres ou perigosas, como mineradores, médicos e soldadores, enfrentam regras mais rígidas na aposentadoria especial desde a reforma. Antes de 2019, bastava comprovar 15, 20 ou 25 anos de exposição a agentes nocivos, dependendo do nível de risco, sem idade mínima. Agora, a transição exige uma soma de pontos que combina tempo de atividade especial e idade. Em 2025, atividades de baixo risco, como as de enfermeiros, requerem 25 anos de contribuição e 86 pontos, enquanto riscos moderados, como os de soldadores, demandam 20 anos e 76 pontos, e riscos altos, como os de mineradores subterrâneos, pedem 15 anos e 66 pontos.

Um soldador com 20 anos de exposição em 2025, por exemplo, precisará ter 56 anos para atingir os 76 pontos necessários, enquanto no sistema antigo poderia se aposentar aos 40 anos com o mesmo tempo de serviço. O cálculo do benefício também mudou: os trabalhadores recebem 60% da média de todos os salários desde julho de 1994, com 2% adicionais por ano excedente a 15 anos para mulheres e 20 anos para homens, o que pode reduzir o valor em comparação com os 100% do sistema anterior.

A mudança tem gerado debates entre trabalhadores e sindicatos, que apontam o aumento do tempo de exposição a condições adversas como um risco à saúde. Apesar disso, o governo defende que a uniformização das regras era essencial para a sustentabilidade do sistema previdenciário.

Idade mínima progressiva ajusta exigências

A regra da idade mínima progressiva é outra alternativa para quem busca aposentadoria por tempo de contribuição. Em 2025, mulheres precisam ter 59 anos e 30 anos de contribuição, enquanto homens devem atingir 64 anos e 35 anos de contribuição. Essa idade aumenta seis meses por ano, até alcançar 62 anos para mulheres em 2031 e 65 anos para homens em 2027, quando se alinha à regra definitiva. Um homem de 64 anos com 35 anos de contribuição em 2025 pode se aposentar imediatamente, mas se tiver 63 anos, terá que esperar até 2026, quando a idade mínima subirá para 64 anos e meio.

O benefício segue o cálculo de 60% da média salarial, com 2% por ano excedente, uma fórmula que recompensa quem contribuiu por mais tempo. Essa modalidade é especialmente útil para trabalhadores que já cumpriram o tempo de contribuição, mas ainda não atingiram a pontuação da regra dos pontos, oferecendo uma opção intermediária entre as exigências antigas e as novas.

Cronograma das mudanças em 2025

As regras de transição seguem um calendário de ajustes graduais que impactam diretamente os planos de aposentadoria. Em 2025, algumas das principais alterações incluem:

  • Aposentadoria por pontos: 92 pontos para mulheres e 102 para homens, com aumento anual até 100 e 105, respectivamente.
  • Idade mínima progressiva: 59 anos para mulheres e 64 anos para homens, subindo seis meses por ano.
  • Aposentadoria por idade: estabilizada em 62 anos para mulheres e 65 anos para homens.
  • Pedágio de 50% e 100%: sem mudanças anuais, aplicáveis com base em 2019.

Esse cronograma reflete o esforço para equilibrar os direitos adquiridos com as necessidades fiscais do sistema previdenciário, que enfrenta pressões crescentes devido às mudanças demográficas no país.

Planejamento é essencial para 2025

Planejar a aposentadoria em 2025 exige análise cuidadosa do histórico de contribuições e das regras disponíveis. O aplicativo Meu INSS oferece a ferramenta “Simular Aposentadoria”, que permite estimar o tempo restante para cada modalidade e o valor do benefício. Um homem de 61 anos com 34 anos de contribuição, por exemplo, pode descobrir que está a um ano do pedágio de 50%, se faltava um ano em 2019, ou que já cumpre os requisitos da idade mínima progressiva com ajustes.

Regularizar períodos de trabalho não registrados, como empregos sem carteira assinada, pode aumentar o tempo de contribuição e o benefício. Além disso, trabalhadores que contribuíram com salários mais altos após 1994 podem ter uma média salarial maior, compensando parcialmente a redução para 60% no cálculo. Para autônomos, manter pagamentos regulares ao INSS é crucial para atingir os 180 meses de carência.

  • Dicas para planejar:
    • Use o Meu INSS para simular todas as regras aplicáveis.
    • Verifique e corrija períodos de contribuição não registrados.
    • Avalie o impacto de contribuições extras no benefício final.

Realidade dos trabalhadores rurais

Trabalhadores rurais também contam com regras de transição específicas. Em 2025, homens e mulheres precisam ter 60 anos e 15 anos de atividade rural ou contribuição, além de 180 meses de carência. Antes da reforma, as idades eram 60 anos para homens e 55 anos para mulheres, mas o aumento para 60 anos nas mulheres foi concluído em 2023. O benefício é calculado com 60% da média salarial, mais 2% por ano excedente a 15 anos.

A comprovação da atividade rural pode ser feita por documentos como notas fiscais de venda de produtos agrícolas ou declarações de sindicatos, o que facilita o acesso ao benefício em áreas onde o trabalho formal é raro. Essa modalidade segue sendo vital para a proteção previdenciária no campo.

Benefícios e desafios das mudanças

As regras de transição oferecem vantagens como a flexibilização da idade mínima e a possibilidade de benefícios integrais em casos como o pedágio de 100%. No entanto, o aumento anual da pontuação e a redução no cálculo dos benefícios representam desafios para muitos trabalhadores, especialmente aqueles com carreiras curtas ou em condições adversas. Para trabalhadores de baixa renda, a aposentadoria por idade continua sendo uma opção acessível, enquanto profissões de risco enfrentam barreiras adicionais com a aposentadoria especial.

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *