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16 Apr 2025, Wed

Botafogo recebe Carabobo no Nilton Santos pela Libertadores com Savarino de volta e sem Igor Jesus

Savarino


O Botafogo entra em campo nesta terça-feira, dia 8 de abril, para encarar o Carabobo, da Venezuela, em um duelo que marca a segunda rodada do Grupo A da Copa Libertadores. A partida, realizada no Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, às 19h (horário de Brasília), é a chance do atual campeão continental buscar sua primeira vitória na competição deste ano. Após uma derrota na estreia contra a Universidad del Chile, por 1 a 0, em Santiago, o Alvinegro precisa reagir diante de sua torcida para não complicar a caminhada na defesa do título conquistado em 2024. O adversário, embora sem grande tradição no torneio, chega embalado pela liderança no campeonato venezuelano e promete oferecer resistência.

A preparação para o jogo vem após um resultado positivo no Brasileirão. No último sábado, o Botafogo venceu o Juventude por 2 a 0, em casa, com gols de Igor Jesus e Mateo Ponte, encerrando um jejum de vitórias que durava cerca de dois meses. O triunfo trouxe alívio ao técnico Renato Paiva, que assumiu o comando da equipe em um momento turbulento, após a saída de Artur Jorge. Agora, com o foco na Libertadores, o treinador português aposta na força do elenco e no apoio da torcida para superar os desafios, mesmo enfrentando desfalques importantes que podem influenciar a estratégia do time.

Enquanto isso, o Carabobo também busca recuperação. Vice-campeão venezuelano em 2024, o time comandado por Diego Merino perdeu na estreia da Libertadores para o Estudiantes, por 2 a 0, em Valência. Apesar do revés, a equipe vive um bom momento no cenário nacional, liderando o torneio local com 21 pontos em dez jogos, somando seis vitórias, três empates e apenas uma derrota. Este confronto no Nilton Santos será o primeiro encontro histórico entre os dois clubes, adicionando um elemento de imprevisibilidade ao embate.

Contexto do confronto no Grupo A

Antes de a bola rolar, o cenário do Grupo A já mostra um equilíbrio inicial. O Botafogo, atual campeão, ocupa a terceira posição sem pontos, assim como o Carabobo, que está em quarto. A Universidad del Chile lidera com três pontos, seguida pelo Estudiantes, também com três, mas em segundo lugar por critérios de desempate. A rodada desta terça-feira pode redefinir as posições, especialmente com o outro jogo da chave, entre Universidad del Chile e Estudiantes, marcado para o mesmo dia, às 21h30, em La Plata, na Argentina.

O Glorioso chega pressionado após a estreia ruim fora de casa. A derrota no Chile expôs fragilidades que Renato Paiva busca corrigir, como a falta de efetividade no ataque e a dificuldade em converter posse de bola em gols. Naquele jogo, o time teve 63% de posse, mas não conseguiu furar a defesa adversária, sofrendo o gol de Diu Yorio aos 59 minutos. Para piorar, Igor Jesus, principal referência ofensiva, foi expulso nos acréscimos, o que o tira do duelo contra o Carabobo.

Por outro lado, o Carabobo também tem seus desafios. A equipe venezuelana, que disputa a fase de grupos da Libertadores pela primeira vez em sua história, mostrou vulnerabilidade na estreia ao ser dominada pelo Estudiantes. Apesar disso, o técnico Diego Merino, um espanhol de 36 anos que levou o clube ao título do Apertura em 2024, mantém o otimismo e vê o confronto como uma oportunidade de surpreender o favorito.

Desfalques mudam planos de Botafogo e Carabobo

Entre as baixas confirmadas, o Botafogo sente o peso da ausência de Igor Jesus. O atacante, expulso contra a Universidad del Chile após receber dois cartões amarelos, é uma peça central no esquema de Renato Paiva. Sua saída precoce no jogo de estreia já havia complicado a equipe, e agora o treinador precisa encontrar um substituto à altura. Além dele, Bastos, Danilo Barbosa e Nathan Fernandes estão fora por lesão, o que reduz as opções defensivas e ofensivas do Alvinegro.

Uma boa notícia, porém, é o retorno de Jefferson Savarino. O meia venezuelano, que perdeu a estreia por questões físicas, está de volta e pode ser um trunfo contra seus compatriotas. Sua experiência e qualidade técnica são vistas como essenciais para destravar o ataque botafoguense, que sofreu para criar chances claras em Santiago. A provável escalação testada por Paiva inclui John no gol, uma linha defensiva com Vitinho (ou Mateo Ponte), Jair Cunha, Alexander Barboza e Alex Telles, além de Gregore e Marlon Freitas no meio, com Savarino, Artur, Santiago Rodríguez e Mastriani na frente.

No lado do Carabobo, o desfalque é igualmente significativo. Edson Tortolero, atacante titular, foi expulso na derrota para o Estudiantes e não estará disponível. A ausência força Diego Merino a ajustar o sistema ofensivo, que deve contar com Flabian Londoño como referência no ataque, apoiado por Berríos Mora e Cristian Cañozales. A escalação provável tem Lucas Bruera no gol, uma defesa com Pablo Bonilla, Ezequiel Neira, Norman Rodríguez e Camilo Pérez, e um meio-campo formado por Gustavo González, Matías Núñez e Carlos Ramos.

  • Principais desfalques do Botafogo: Igor Jesus (suspenso), Bastos, Danilo Barbosa e Nathan Fernandes (lesionados).
  • Principal desfalque do Carabobo: Edson Tortolero (suspenso).
  • Reforço botafoguense: Savarino retorna após se recuperar de problema físico.

Botafogo aposta em força caseira

Jogar no Nilton Santos é um dos maiores trunfos do Botafogo para este confronto. O estádio, que recebeu cerca de 30 mil torcedores na vitória contra o Juventude, deve novamente ser um caldeirão para empurrar o time rumo à recuperação na Libertadores. O Alvinegro tem um retrospecto impressionante em casa, especialmente no Brasileirão, onde não perde há 18 jogos, uma sequência que começou ainda na temporada passada e se consolidou como recorde histórico do clube.

Renato Paiva, que assumiu o comando há pouco tempo, sabe da importância de aproveitar o fator local. Após a vitória sobre o Juventude, ele destacou a evolução ofensiva da equipe, apontando que a produção de jogadas começou a se refletir em números. Contra o Carabobo, o treinador testou uma formação mais ousada, abrindo mão de um dos três volantes habituais para incluir quatro jogadores de frente, com Mastriani assumindo a vaga de Igor Jesus. A estratégia visa pressionar o adversário desde o início e evitar os erros de finalização vistos na estreia.

A torcida, por sua vez, também está mobilizada. Desde o fim de março, os sócios-torcedores do plano Glorioso já podiam garantir seus ingressos via check-in online, enquanto a venda para o público geral foi aberta dias depois. A expectativa é de casa cheia, reforçando o apoio ao time em um momento crucial da campanha continental.

Carabobo confia no momento positivo

Do outro lado, o Carabobo desembarca no Rio de Janeiro com a confiança de quem lidera o campeonato venezuelano. Com 21 pontos em dez rodadas, a equipe de Diego Merino tem se destacado pela consistência, especialmente fora de casa, onde perdeu apenas uma vez nos últimos seis jogos. O técnico espanhol, que renovou seu contrato por mais um ano após conquistar o primeiro título da história do clube em 2024, encara o duelo como um marco em sua jovem carreira.

Apesar da falta de tradição na Libertadores, o Carabobo aposta em sua organização tática para tentar surpreender. A equipe, fundada há 28 anos, nunca havia chegado à fase de grupos do torneio, e a campanha atual é vista como um passo histórico. Merino, em entrevista recente, reconheceu o favoritismo do Botafogo, mas enfatizou a motivação de enfrentar o atual campeão em seu estádio. Ele também minimizou o impacto do gramado sintético do Nilton Santos, afirmando que o time está preparado para se adaptar às condições.

O ataque, mesmo sem Tortolero, é uma das armas do time venezuelano. Flabian Londoño, colombiano de 24 anos, assume a responsabilidade de liderar a linha de frente, enquanto a defesa, ancorada por Norman Rodríguez, busca repetir a solidez exibida no torneio nacional. A sequência de três jogos sem derrota como visitante dá ao Carabobo a esperança de ao menos pontuar no Rio.

Histórico e números em jogo

Este será o primeiro confronto entre Botafogo e Carabobo na história, o que torna o embate ainda mais imprevisível. O Alvinegro, como atual campeão da Libertadores, carrega o peso de uma campanha vitoriosa em 2024, quando conquistou o título sul-americano e o Brasileirão na mesma semana. No entanto, a temporada atual começou com tropeços, incluindo eliminações no Carioca e na Recopa Sul-Americana, além de uma transição conturbada no comando técnico.

Já o Carabobo tem um passado modesto na competição continental. Em suas quatro participações anteriores, todas em fases preliminares, o clube venceu apenas uma partida, o que reflete sua falta de experiência em duelos desse porte. A vitória solitária aconteceu em 2019, contra o Deportivo Lara, mas o time não avançou. Agora, na fase de grupos, o objetivo de Merino é mais modesto: pontuar e ganhar experiência contra adversários de peso.

No Brasileirão, o Botafogo soma quatro pontos em duas rodadas, com um empate sem gols contra o Palmeiras e a vitória sobre o Juventude. O Carabobo, por sua vez, acumula uma campanha sólida na Venezuela, com 70% de aproveitamento até o momento. Esses números mostram que, apesar da diferença de tradição, ambos os times chegam ao duelo em fases positivas em seus torneios domésticos.

  • Botafogo em casa na Libertadores 2024: 6 vitórias, 1 empate e 1 derrota em 8 jogos.
  • Carabobo fora de casa em 2025: 3 vitórias, 2 empates e 1 derrota em 6 jogos.
  • Gols no Brasileirão 2025: Botafogo marcou 2 em 2 jogos; no nacional venezuelano, Carabobo tem 15 em 10 jogos.

Estratégias em campo

Renato Paiva deve apostar em uma postura agressiva desde o início. A escalação com quatro atacantes, incluindo Mastriani, Savarino, Artur e Santiago Rodríguez, indica a intenção de sufocar o Carabobo com pressão alta e jogadas pelas laterais. Gregore e Marlon Freitas terão a missão de dar equilíbrio ao meio-campo, enquanto a defesa, liderada por Alexander Barboza e Alex Telles, precisa se manter atenta aos contra-ataques venezuelanos.

O uruguaio Gonzalo Mastriani, reforço contratado no fim de março, ganha sua primeira chance como titular. Aos 31 anos, o centroavante tem experiência no futebol brasileiro, com passagens por América-MG e Athletico-PR, onde marcou 16 gols em 54 jogos. No Botafogo, ele se coloca à disposição para atuar tanto como referência quanto pelos lados, o que pode dar versatilidade ao ataque alvinegro.

Para o Carabobo, a estratégia passa por fechar os espaços e explorar erros do adversário. Diego Merino deve montar um time compacto, com linhas defensivas próximas e foco em transições rápidas. Flabian Londoño será o alvo principal nas bolas longas, enquanto Berríos Mora e Cañozales tentarão criar jogadas pelas pontas. A solidez defensiva, que permitiu apenas sete gols em dez jogos no campeonato venezuelano, será testada contra o poderio ofensivo do Botafogo.

Expectativas para o duelo

A pressão recai principalmente sobre o Botafogo. Como campeão vigente, o time carioca é amplamente favorito, e uma vitória é vista como obrigatória para manter as chances de classificação no Grupo A. A derrota na estreia já acendeu um sinal de alerta, e um novo tropeço em casa poderia complicar a campanha, especialmente com jogos difíceis contra Estudiantes e Universidad del Chile pela frente.

Analistas apontam que o Alvinegro tem tudo para dominar a partida. A qualidade do elenco, reforçado com 11 contratações para a temporada, e a invencibilidade em casa no Brasileirão são fatores que pesam a seu favor. No entanto, a falta de entrosamento, agravada pela recente chegada de Renato Paiva, ainda é um obstáculo a ser superado. A ausência de Igor Jesus também pode limitar o poder de fogo, colocando pressão extra sobre Mastriani e Savarino.

Para o Carabobo, o jogo é uma chance de ouro. Pontuar contra o Botafogo seria um feito histórico para o clube e um impulso na luta por uma improvável classificação. O time venezuelano sabe que não é o favorito, mas a boa fase no torneio local e a postura competitiva de Diego Merino sugerem que a equipe não se contentará em apenas se defender. Um gol cedo ou uma atuação sólida podem abrir caminho para uma surpresa.

Calendário do Botafogo na sequência

Após o duelo com o Carabobo, o Botafogo terá uma agenda cheia. No Brasileirão, o próximo compromisso é contra o Atlético-MG, no dia 20 de abril, às 16h, em Belo Horizonte. Pela Libertadores, o time volta a campo no dia 23 de abril, às 21h30, para enfrentar o Estudiantes, em La Plata. Esses jogos serão decisivos para definir o rumo da equipe na temporada.

  • 8 de abril: Botafogo x Carabobo, 19h, Nilton Santos (Libertadores).
  • 20 de abril: Atlético-MG x Botafogo, 16h, Arena MRV (Brasileirão).
  • 23 de abril: Estudiantes x Botafogo, 21h30, Estádio Jorge Luis Hirschi (Libertadores).

Foco na reação imediata

Vencer em casa é a prioridade do Botafogo neste momento. Renato Paiva, que já comandou o time em três jogos (uma derrota e duas vitórias), busca consolidar seu trabalho e apagar a má impressão da estreia na Libertadores. A volta de Savarino e a estreia de Mastriani como titular são apostas para trazer frescor ao ataque, enquanto a torcida espera ver o mesmo ímpeto que levou o clube ao título continental no ano passado.

O Carabobo, por sua vez, quer fazer história. Diego Merino, que assumiu o clube em 2024 e já conquistou um título nacional, encara o jogo como o maior desafio de sua carreira até agora. A equipe venezuelana sabe que enfrenta um gigante, mas o bom momento e a organização tática podem ser armas para ao menos dificultar a vida do adversário.

Com a bola rolando às 19h, o Nilton Santos será palco de um confronto que opõe tradição e favoritismo a ambição e surpresa. O Botafogo quer mostrar que a derrota na estreia foi um acidente de percurso, enquanto o Carabobo sonha em deixar sua marca na competição mais importante da América do Sul.



O Botafogo entra em campo nesta terça-feira, dia 8 de abril, para encarar o Carabobo, da Venezuela, em um duelo que marca a segunda rodada do Grupo A da Copa Libertadores. A partida, realizada no Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, às 19h (horário de Brasília), é a chance do atual campeão continental buscar sua primeira vitória na competição deste ano. Após uma derrota na estreia contra a Universidad del Chile, por 1 a 0, em Santiago, o Alvinegro precisa reagir diante de sua torcida para não complicar a caminhada na defesa do título conquistado em 2024. O adversário, embora sem grande tradição no torneio, chega embalado pela liderança no campeonato venezuelano e promete oferecer resistência.

A preparação para o jogo vem após um resultado positivo no Brasileirão. No último sábado, o Botafogo venceu o Juventude por 2 a 0, em casa, com gols de Igor Jesus e Mateo Ponte, encerrando um jejum de vitórias que durava cerca de dois meses. O triunfo trouxe alívio ao técnico Renato Paiva, que assumiu o comando da equipe em um momento turbulento, após a saída de Artur Jorge. Agora, com o foco na Libertadores, o treinador português aposta na força do elenco e no apoio da torcida para superar os desafios, mesmo enfrentando desfalques importantes que podem influenciar a estratégia do time.

Enquanto isso, o Carabobo também busca recuperação. Vice-campeão venezuelano em 2024, o time comandado por Diego Merino perdeu na estreia da Libertadores para o Estudiantes, por 2 a 0, em Valência. Apesar do revés, a equipe vive um bom momento no cenário nacional, liderando o torneio local com 21 pontos em dez jogos, somando seis vitórias, três empates e apenas uma derrota. Este confronto no Nilton Santos será o primeiro encontro histórico entre os dois clubes, adicionando um elemento de imprevisibilidade ao embate.

Contexto do confronto no Grupo A

Antes de a bola rolar, o cenário do Grupo A já mostra um equilíbrio inicial. O Botafogo, atual campeão, ocupa a terceira posição sem pontos, assim como o Carabobo, que está em quarto. A Universidad del Chile lidera com três pontos, seguida pelo Estudiantes, também com três, mas em segundo lugar por critérios de desempate. A rodada desta terça-feira pode redefinir as posições, especialmente com o outro jogo da chave, entre Universidad del Chile e Estudiantes, marcado para o mesmo dia, às 21h30, em La Plata, na Argentina.

O Glorioso chega pressionado após a estreia ruim fora de casa. A derrota no Chile expôs fragilidades que Renato Paiva busca corrigir, como a falta de efetividade no ataque e a dificuldade em converter posse de bola em gols. Naquele jogo, o time teve 63% de posse, mas não conseguiu furar a defesa adversária, sofrendo o gol de Diu Yorio aos 59 minutos. Para piorar, Igor Jesus, principal referência ofensiva, foi expulso nos acréscimos, o que o tira do duelo contra o Carabobo.

Por outro lado, o Carabobo também tem seus desafios. A equipe venezuelana, que disputa a fase de grupos da Libertadores pela primeira vez em sua história, mostrou vulnerabilidade na estreia ao ser dominada pelo Estudiantes. Apesar disso, o técnico Diego Merino, um espanhol de 36 anos que levou o clube ao título do Apertura em 2024, mantém o otimismo e vê o confronto como uma oportunidade de surpreender o favorito.

Desfalques mudam planos de Botafogo e Carabobo

Entre as baixas confirmadas, o Botafogo sente o peso da ausência de Igor Jesus. O atacante, expulso contra a Universidad del Chile após receber dois cartões amarelos, é uma peça central no esquema de Renato Paiva. Sua saída precoce no jogo de estreia já havia complicado a equipe, e agora o treinador precisa encontrar um substituto à altura. Além dele, Bastos, Danilo Barbosa e Nathan Fernandes estão fora por lesão, o que reduz as opções defensivas e ofensivas do Alvinegro.

Uma boa notícia, porém, é o retorno de Jefferson Savarino. O meia venezuelano, que perdeu a estreia por questões físicas, está de volta e pode ser um trunfo contra seus compatriotas. Sua experiência e qualidade técnica são vistas como essenciais para destravar o ataque botafoguense, que sofreu para criar chances claras em Santiago. A provável escalação testada por Paiva inclui John no gol, uma linha defensiva com Vitinho (ou Mateo Ponte), Jair Cunha, Alexander Barboza e Alex Telles, além de Gregore e Marlon Freitas no meio, com Savarino, Artur, Santiago Rodríguez e Mastriani na frente.

No lado do Carabobo, o desfalque é igualmente significativo. Edson Tortolero, atacante titular, foi expulso na derrota para o Estudiantes e não estará disponível. A ausência força Diego Merino a ajustar o sistema ofensivo, que deve contar com Flabian Londoño como referência no ataque, apoiado por Berríos Mora e Cristian Cañozales. A escalação provável tem Lucas Bruera no gol, uma defesa com Pablo Bonilla, Ezequiel Neira, Norman Rodríguez e Camilo Pérez, e um meio-campo formado por Gustavo González, Matías Núñez e Carlos Ramos.

  • Principais desfalques do Botafogo: Igor Jesus (suspenso), Bastos, Danilo Barbosa e Nathan Fernandes (lesionados).
  • Principal desfalque do Carabobo: Edson Tortolero (suspenso).
  • Reforço botafoguense: Savarino retorna após se recuperar de problema físico.

Botafogo aposta em força caseira

Jogar no Nilton Santos é um dos maiores trunfos do Botafogo para este confronto. O estádio, que recebeu cerca de 30 mil torcedores na vitória contra o Juventude, deve novamente ser um caldeirão para empurrar o time rumo à recuperação na Libertadores. O Alvinegro tem um retrospecto impressionante em casa, especialmente no Brasileirão, onde não perde há 18 jogos, uma sequência que começou ainda na temporada passada e se consolidou como recorde histórico do clube.

Renato Paiva, que assumiu o comando há pouco tempo, sabe da importância de aproveitar o fator local. Após a vitória sobre o Juventude, ele destacou a evolução ofensiva da equipe, apontando que a produção de jogadas começou a se refletir em números. Contra o Carabobo, o treinador testou uma formação mais ousada, abrindo mão de um dos três volantes habituais para incluir quatro jogadores de frente, com Mastriani assumindo a vaga de Igor Jesus. A estratégia visa pressionar o adversário desde o início e evitar os erros de finalização vistos na estreia.

A torcida, por sua vez, também está mobilizada. Desde o fim de março, os sócios-torcedores do plano Glorioso já podiam garantir seus ingressos via check-in online, enquanto a venda para o público geral foi aberta dias depois. A expectativa é de casa cheia, reforçando o apoio ao time em um momento crucial da campanha continental.

Carabobo confia no momento positivo

Do outro lado, o Carabobo desembarca no Rio de Janeiro com a confiança de quem lidera o campeonato venezuelano. Com 21 pontos em dez rodadas, a equipe de Diego Merino tem se destacado pela consistência, especialmente fora de casa, onde perdeu apenas uma vez nos últimos seis jogos. O técnico espanhol, que renovou seu contrato por mais um ano após conquistar o primeiro título da história do clube em 2024, encara o duelo como um marco em sua jovem carreira.

Apesar da falta de tradição na Libertadores, o Carabobo aposta em sua organização tática para tentar surpreender. A equipe, fundada há 28 anos, nunca havia chegado à fase de grupos do torneio, e a campanha atual é vista como um passo histórico. Merino, em entrevista recente, reconheceu o favoritismo do Botafogo, mas enfatizou a motivação de enfrentar o atual campeão em seu estádio. Ele também minimizou o impacto do gramado sintético do Nilton Santos, afirmando que o time está preparado para se adaptar às condições.

O ataque, mesmo sem Tortolero, é uma das armas do time venezuelano. Flabian Londoño, colombiano de 24 anos, assume a responsabilidade de liderar a linha de frente, enquanto a defesa, ancorada por Norman Rodríguez, busca repetir a solidez exibida no torneio nacional. A sequência de três jogos sem derrota como visitante dá ao Carabobo a esperança de ao menos pontuar no Rio.

Histórico e números em jogo

Este será o primeiro confronto entre Botafogo e Carabobo na história, o que torna o embate ainda mais imprevisível. O Alvinegro, como atual campeão da Libertadores, carrega o peso de uma campanha vitoriosa em 2024, quando conquistou o título sul-americano e o Brasileirão na mesma semana. No entanto, a temporada atual começou com tropeços, incluindo eliminações no Carioca e na Recopa Sul-Americana, além de uma transição conturbada no comando técnico.

Já o Carabobo tem um passado modesto na competição continental. Em suas quatro participações anteriores, todas em fases preliminares, o clube venceu apenas uma partida, o que reflete sua falta de experiência em duelos desse porte. A vitória solitária aconteceu em 2019, contra o Deportivo Lara, mas o time não avançou. Agora, na fase de grupos, o objetivo de Merino é mais modesto: pontuar e ganhar experiência contra adversários de peso.

No Brasileirão, o Botafogo soma quatro pontos em duas rodadas, com um empate sem gols contra o Palmeiras e a vitória sobre o Juventude. O Carabobo, por sua vez, acumula uma campanha sólida na Venezuela, com 70% de aproveitamento até o momento. Esses números mostram que, apesar da diferença de tradição, ambos os times chegam ao duelo em fases positivas em seus torneios domésticos.

  • Botafogo em casa na Libertadores 2024: 6 vitórias, 1 empate e 1 derrota em 8 jogos.
  • Carabobo fora de casa em 2025: 3 vitórias, 2 empates e 1 derrota em 6 jogos.
  • Gols no Brasileirão 2025: Botafogo marcou 2 em 2 jogos; no nacional venezuelano, Carabobo tem 15 em 10 jogos.

Estratégias em campo

Renato Paiva deve apostar em uma postura agressiva desde o início. A escalação com quatro atacantes, incluindo Mastriani, Savarino, Artur e Santiago Rodríguez, indica a intenção de sufocar o Carabobo com pressão alta e jogadas pelas laterais. Gregore e Marlon Freitas terão a missão de dar equilíbrio ao meio-campo, enquanto a defesa, liderada por Alexander Barboza e Alex Telles, precisa se manter atenta aos contra-ataques venezuelanos.

O uruguaio Gonzalo Mastriani, reforço contratado no fim de março, ganha sua primeira chance como titular. Aos 31 anos, o centroavante tem experiência no futebol brasileiro, com passagens por América-MG e Athletico-PR, onde marcou 16 gols em 54 jogos. No Botafogo, ele se coloca à disposição para atuar tanto como referência quanto pelos lados, o que pode dar versatilidade ao ataque alvinegro.

Para o Carabobo, a estratégia passa por fechar os espaços e explorar erros do adversário. Diego Merino deve montar um time compacto, com linhas defensivas próximas e foco em transições rápidas. Flabian Londoño será o alvo principal nas bolas longas, enquanto Berríos Mora e Cañozales tentarão criar jogadas pelas pontas. A solidez defensiva, que permitiu apenas sete gols em dez jogos no campeonato venezuelano, será testada contra o poderio ofensivo do Botafogo.

Expectativas para o duelo

A pressão recai principalmente sobre o Botafogo. Como campeão vigente, o time carioca é amplamente favorito, e uma vitória é vista como obrigatória para manter as chances de classificação no Grupo A. A derrota na estreia já acendeu um sinal de alerta, e um novo tropeço em casa poderia complicar a campanha, especialmente com jogos difíceis contra Estudiantes e Universidad del Chile pela frente.

Analistas apontam que o Alvinegro tem tudo para dominar a partida. A qualidade do elenco, reforçado com 11 contratações para a temporada, e a invencibilidade em casa no Brasileirão são fatores que pesam a seu favor. No entanto, a falta de entrosamento, agravada pela recente chegada de Renato Paiva, ainda é um obstáculo a ser superado. A ausência de Igor Jesus também pode limitar o poder de fogo, colocando pressão extra sobre Mastriani e Savarino.

Para o Carabobo, o jogo é uma chance de ouro. Pontuar contra o Botafogo seria um feito histórico para o clube e um impulso na luta por uma improvável classificação. O time venezuelano sabe que não é o favorito, mas a boa fase no torneio local e a postura competitiva de Diego Merino sugerem que a equipe não se contentará em apenas se defender. Um gol cedo ou uma atuação sólida podem abrir caminho para uma surpresa.

Calendário do Botafogo na sequência

Após o duelo com o Carabobo, o Botafogo terá uma agenda cheia. No Brasileirão, o próximo compromisso é contra o Atlético-MG, no dia 20 de abril, às 16h, em Belo Horizonte. Pela Libertadores, o time volta a campo no dia 23 de abril, às 21h30, para enfrentar o Estudiantes, em La Plata. Esses jogos serão decisivos para definir o rumo da equipe na temporada.

  • 8 de abril: Botafogo x Carabobo, 19h, Nilton Santos (Libertadores).
  • 20 de abril: Atlético-MG x Botafogo, 16h, Arena MRV (Brasileirão).
  • 23 de abril: Estudiantes x Botafogo, 21h30, Estádio Jorge Luis Hirschi (Libertadores).

Foco na reação imediata

Vencer em casa é a prioridade do Botafogo neste momento. Renato Paiva, que já comandou o time em três jogos (uma derrota e duas vitórias), busca consolidar seu trabalho e apagar a má impressão da estreia na Libertadores. A volta de Savarino e a estreia de Mastriani como titular são apostas para trazer frescor ao ataque, enquanto a torcida espera ver o mesmo ímpeto que levou o clube ao título continental no ano passado.

O Carabobo, por sua vez, quer fazer história. Diego Merino, que assumiu o clube em 2024 e já conquistou um título nacional, encara o jogo como o maior desafio de sua carreira até agora. A equipe venezuelana sabe que enfrenta um gigante, mas o bom momento e a organização tática podem ser armas para ao menos dificultar a vida do adversário.

Com a bola rolando às 19h, o Nilton Santos será palco de um confronto que opõe tradição e favoritismo a ambição e surpresa. O Botafogo quer mostrar que a derrota na estreia foi um acidente de percurso, enquanto o Carabobo sonha em deixar sua marca na competição mais importante da América do Sul.



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