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17 Apr 2025, Thu

Caminhonete de piloto da Fórmula 1600 colide com caminhão; pai e filho morrem

filho de piloto


Uma colisão devastadora na Rodovia Transbrasiliana (BR-153), em Marília, interior de São Paulo, resultou na morte do piloto de Fórmula 1600 Eduardo Imamura, de 35 anos, e de seu filho Bento Imamura, de apenas 7 anos. O acidente ocorreu na tarde de sábado, 5 de abril de 2025, quando a caminhonete Volkswagen Amarok conduzida por Eduardo se chocou frontalmente contra um caminhão que trafegava no sentido oposto. O impacto, registrado por uma câmera na cabine do caminhão, destruiu completamente o veículo da família, deixando uma cena de destruição no quilômetro 218 da rodovia. Eduardo morreu no local, enquanto Bento, após lutar por três dias no Hospital das Clínicas de Marília, faleceu na madrugada de terça-feira, 8 de abril. A tragédia abalou a comunidade do automobilismo e a cidade, gerando comoção nas redes sociais e homenagens de amigos, colegas e fãs.

Além de Eduardo e Bento, a caminhonete levava a esposa do piloto, Aline Imamura, de 38 anos, e outro passageiro, de 25 anos. Ambos sofreram ferimentos, mas foram considerados de menor gravidade e receberam atendimento médico. O motorista do caminhão saiu ileso, e o teste do bafômetro realizado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou que ele não havia ingerido álcool. A pista precisou ser interditada por cerca de uma hora para o trabalho de resgate e perícia, que agora investiga as causas do acidente. Imagens do vídeo mostram a Amarok invadindo a pista contrária momentos antes da batida, mas os motivos dessa manobra ainda estão sob análise da Polícia Civil e da Polícia Técnico-Científica.

A perda de Eduardo e Bento, em um intervalo de poucos dias, transformou o que era uma viagem familiar em uma tragédia que chocou Marília e região. O velório de Bento ocorreu na terça-feira, 8 de abril, a partir das 12h, na sala Master do Velório da Saudade, com o sepultamento marcado para as 17h no Cemitério da Saudade. Já o corpo de Eduardo foi sepultado no domingo, 6 de abril, no mesmo cemitério, em uma cerimônia marcada por homenagens de amigos e colegas do automobilismo. A família, conhecida na cidade pelo envolvimento de Eduardo no esporte a motor, recebeu mensagens de solidariedade de todo o país.

Primeiros relatos do acidente

O sábado, 5 de abril, começou como um dia comum para a família Imamura, mas terminou em tragédia às 15h33, horário registrado pela câmera do caminhão. Eduardo, um piloto experiente da Fórmula 1600, conduzia a caminhonete no sentido Marília-Lins quando, por razões ainda desconhecidas, o veículo cruzou a linha divisória da BR-153 e atingiu o caminhão. O impacto foi tão violento que a Amarok tombou, foi arrastada por cerca de 70 metros e saiu da pista, enquanto o caminhão colidiu com um barranco e parou no acostamento. O Corpo de Bombeiros chegou rapidamente ao local, mas, apesar das tentativas de reanimação, Eduardo não resistiu aos ferimentos.

Bento, gravemente ferido, foi levado em estado crítico ao Hospital das Clínicas de Marília, onde permaneceu internado na UTI pediátrica. Equipes médicas lutaram para estabilizá-lo, mas os ferimentos sofridos na colisão, aliados à gravidade do quadro, levaram ao óbito na madrugada de terça-feira, por volta das 22h. A esposa de Eduardo, Aline, e o outro ocupante da caminhonete tiveram mais sorte, sofrendo apenas escoriações e lesões leves. Eles foram socorridos e, após atendimento, receberam alta, embora ainda abalados emocionalmente pelo ocorrido.

Piloto de Fórmula 1600 Eduardo Imamura morre após caminhonete bater de frente com caminhão na BR-153 em Marília — Foto Arquivo pessoalReprodução
Piloto de Fórmula 1600 Eduardo Imamura morre após caminhonete bater de frente com caminhão na BR-153 em Marília — Foto Arquivo pessoalReprodução

A Polícia Rodoviária Federal informou que a ausência de marcas de frenagem no local sugere que o acidente ocorreu de forma repentina. Peritos da Polícia Técnico-Científica coletaram evidências, incluindo destroços dos veículos e registros das câmeras, para determinar se houve falha mecânica, erro humano ou outros fatores externos. Enquanto isso, a notícia da morte de Eduardo se espalhou rapidamente, alcançando amigos e colegas do automobilismo antes mesmo da confirmação do falecimento de Bento.

Detalhes da colisão na BR-153

Imagens captadas pela câmera do caminhão oferecem uma visão clara e chocante do momento do acidente. O vídeo mostra o caminhão seguindo normalmente pela rodovia quando a Amarok, em uma fração de segundo, invade a pista contrária e colide frontalmente com a lateral esquerda do veículo de carga. A força da batida levanta uma nuvem de poeira, e o caminhoneiro, sem tempo para reagir, tenta frear, mas não consegue evitar o impacto. A caminhonete, reduzida a destroços, evidencia a gravidade da colisão, que deixou poucas chances de sobrevivência aos ocupantes.

Testemunhas que passavam pelo local relataram ter visto o resgate em andamento, com bombeiros trabalhando para retirar as vítimas dos destroços. O caminhoneiro, embora abalado, saiu ileso e prestou depoimento à polícia, afirmando que não teve como desviar. A BR-153, uma rodovia de pista simples e fluxo intenso, é conhecida por acidentes graves, mas esse caso ganhou destaque pela perda de duas vidas de uma mesma família e pelo perfil conhecido de Eduardo Imamura na região.

A perícia ainda analisa possíveis causas, como distração do motorista, falha nos freios ou condições da pista. Um segundo vídeo, obtido de outro ângulo pelo sistema de segurança do caminhão, reforça que a Amarok invadiu a faixa oposta, mas não esclarece o motivo. Enquanto as investigações seguem, a Polícia Civil abriu um inquérito para apurar responsabilidades, e o caso foi registrado como homicídio culposo no trânsito, aguardando os laudos finais.

Quem era Eduardo Imamura

Eduardo Imamura, de 35 anos, era um nome conhecido no automobilismo brasileiro, especialmente na Fórmula 1600, categoria em que competia desde 2020. Nascido em Marília, ele começou sua trajetória no esporte a motor ainda jovem, com passagens pelo kart e pelo motocross antes de migrar para os monopostos. Sua estreia em Interlagos, em 2018, marcou o início de uma carreira promissora, com pódios logo na primeira temporada. Em 2021, conquistou o Campeonato Paulista na categoria GP, voltada a pilotos iniciantes, e, em 2023, venceu a Copa do Brasil de Fórmula 1600, consolidando-se como um talento local.

  • Vice-campeão paulista em 2020.
  • Campeão paulista em 2021.
  • Vencedor da Copa do Brasil em 2023.

Apaixonado por velocidade, Eduardo também era reconhecido por sua dedicação à família. Em suas redes sociais, ele frequentemente compartilhava momentos com a esposa Aline e o filho Bento, como uma foto transformada em desenho publicada horas antes do acidente. Sua última mensagem pública foi um convite para uma prova em Interlagos, mostrando o entusiasmo que o acompanhava dentro e fora das pistas.

Repercussão no automobilismo

A morte de Eduardo Imamura gerou uma onda de homenagens entre pilotos, equipes e fãs do esporte a motor. João Guimarães, colega da Fórmula 1600, destacou a perda de um talento e amigo, lembrando a energia que Eduardo levava às corridas. A equipe San Race, pela qual ele competiu em 2023 e 2024, publicou uma nota de pesar, oferecendo apoio à família e exaltando o legado do piloto. Em Interlagos, onde ele fez história como o primeiro mariliense a vencer uma prova oficial, a ausência de Imamura foi sentida como um vazio no grid.

Amigos de pista recordaram momentos marcantes, como sua estreia impressionante em 2018, quando terminou em quinto lugar nas duas corridas do Campeonato Paulista. Outros destacaram sua humildade e paixão, características que o tornaram querido no meio. A Maverick Race, equipe que o acolheu em seus primeiros anos, também lamentou a tragédia, lembrando os investimentos feitos no carro que o levou ao pódio. O automobilismo brasileiro, ainda em choque, prepara tributos para as próximas etapas da temporada.

Nas redes sociais, mensagens de apoio à família se multiplicaram. A conta oficial de Eduardo confirmou as mortes e pediu orações nos dias seguintes ao acidente, enquanto fãs compartilharam fotos e vídeos de suas corridas. A comoção ultrapassou os limites de Marília, alcançando pilotos e entusiastas de todo o país, que reconheceram em Imamura um exemplo de determinação e amor pelo esporte.

Os últimos dias de Bento

Após o acidente, Bento Imamura, de apenas 7 anos, tornou-se o foco de esperança para a família e amigos. Socorrido em estado gravíssimo, ele foi internado na UTI do Hospital das Clínicas de Marília, onde recebeu cuidados intensivos. Por três dias, equipes médicas monitoraram seu quadro, mas a extensão dos ferimentos, incluindo traumatismos graves, comprometeu suas chances de recuperação. A morte foi confirmada na noite de 7 de abril, às 22h, e comunicada à Polícia Civil, que atualizou o registro do caso.

A luta de Bento mobilizou pedidos de oração nas redes sociais, com postagens da família e de conhecidos pedindo força para o menino. Uma publicação no perfil de Eduardo, feita após sua morte, descreveu a batalha do filho como corajosa, mas anunciou seu falecimento com uma mensagem de paz. O velório e o sepultamento, realizados no dia seguinte, reuniram familiares e amigos em um adeus marcado pela dor de perder pai e filho em tão pouco tempo.

O impacto da tragédia foi sentido em Marília, onde Bento era conhecido como o filho sorridente de um ídolo local. Fotos recentes, como uma do aniversário do menino em 2 de abril, circularam amplamente, reforçando a tristeza da comunidade. A morte elevou para 11 o número de vítimas fatais no trânsito da cidade em 2025, destacando a gravidade dos acidentes na região.

Contexto da BR-153

A Rodovia Transbrasiliana, ou BR-153, é uma das principais vias do interior paulista, conectando cidades como Marília e Lins. De pista simples em grande parte de seu trajeto, ela é marcada por um histórico de acidentes graves, muitos deles fatais. Em 2024, dados da PRF registraram mais de 50 colisões na região de Marília, com pelo menos 15 mortes. A falta de duplicação, o tráfego intenso de caminhões e a imprudência de motoristas são apontados como fatores recorrentes nesses incidentes.

No caso de Eduardo e Bento, a invasão da pista contrária levanta questões sobre segurança viária. Especialistas já alertaram que a ausência de barreiras físicas e a sinalização insuficiente em trechos como o quilômetro 218 contribuem para colisões frontais. Embora as causas exatas do acidente ainda estejam sob investigação, o episódio reacende o debate sobre melhorias na infraestrutura da rodovia, uma demanda antiga de moradores e autoridades locais.

A PRF intensificou fiscalizações na BR-153 nos últimos anos, mas os números de acidentes permanecem altos. Em 2023, uma campanha de conscientização reduziu temporariamente os incidentes, mas os efeitos foram limitados. A tragédia envolvendo a família Imamura pode pressionar por mudanças, embora, por ora, o foco esteja na apuração do ocorrido e no luto da comunidade.

Homenagens e legado

A despedida de Eduardo Imamura, no domingo, 6 de abril, foi marcada por emoção no Cemitério da Saudade. Amigos levaram capacetes e bandeiras da Fórmula 1600, enquanto colegas de pista prestaram tributos silenciosos. Já o velório de Bento, dois dias depois, reuniu familiares e moradores de Marília em um momento de solidariedade. Uma postagem no Instagram de Eduardo, transformada em memorial, acumulou milhares de mensagens, refletindo o impacto da dupla perda.

O legado de Eduardo no automobilismo inclui títulos e a inspiração deixada para novos pilotos. Sua trajetória, desde o kart até os monopostos, é lembrada como um exemplo de perseverança. Para a família, Bento representava a continuidade desse amor pela vida e pela velocidade, frequentemente visto ao lado do pai nas pistas. A San Race anunciou planos de homenageá-lo em corridas futuras, enquanto Interlagos prepara um minuto de silêncio na próxima etapa do Paulista.

  • Momentos marcantes da carreira de Eduardo:
  • Estreia em Interlagos com dois pódios em 2018.
  • Título paulista em 2021 na categoria GP.
  • Vitória na Copa do Brasil em 2023.

A tragédia na BR-153 não apagará as conquistas de Eduardo nem o carinho que Bento despertava. Em Marília, a memória de ambos segue viva nas histórias contadas por quem os conheceu.

O que se sabe até agora

As investigações sobre o acidente continuam, com a Polícia Civil aguardando laudos periciais para esclarecer os detalhes. O vídeo da câmera do caminhão é uma peça-chave, mostrando a Amarok invadindo a pista, mas fatores como velocidade, condições do veículo e da rodovia ainda precisam ser analisados. A PRF descartou álcool como causa no caso do caminhoneiro, mas não há informações sobre o estado da caminhonete antes do impacto.

A família Imamura, agora representada por Aline, enfrenta o luto enquanto a comunidade se mobiliza em apoio. O caso foi registrado como homicídio culposo no trânsito, mas não há indícios de culpa deliberada até o momento. O relatório final da perícia, esperado nas próximas semanas, deve trazer mais clareza sobre o que levou à tragédia que tirou a vida de Eduardo e Bento.

Enquanto isso, Marília reflete sobre a perda de duas figuras queridas. O acidente, além de um drama familiar, expõe os riscos da BR-153 e a fragilidade da vida em um instante de descuido ou fatalidade. A cidade, ainda em choque, acompanha os desdobramentos com a esperança de que a investigação traga respostas e, quem sabe, medidas para evitar novas tragédias.



Uma colisão devastadora na Rodovia Transbrasiliana (BR-153), em Marília, interior de São Paulo, resultou na morte do piloto de Fórmula 1600 Eduardo Imamura, de 35 anos, e de seu filho Bento Imamura, de apenas 7 anos. O acidente ocorreu na tarde de sábado, 5 de abril de 2025, quando a caminhonete Volkswagen Amarok conduzida por Eduardo se chocou frontalmente contra um caminhão que trafegava no sentido oposto. O impacto, registrado por uma câmera na cabine do caminhão, destruiu completamente o veículo da família, deixando uma cena de destruição no quilômetro 218 da rodovia. Eduardo morreu no local, enquanto Bento, após lutar por três dias no Hospital das Clínicas de Marília, faleceu na madrugada de terça-feira, 8 de abril. A tragédia abalou a comunidade do automobilismo e a cidade, gerando comoção nas redes sociais e homenagens de amigos, colegas e fãs.

Além de Eduardo e Bento, a caminhonete levava a esposa do piloto, Aline Imamura, de 38 anos, e outro passageiro, de 25 anos. Ambos sofreram ferimentos, mas foram considerados de menor gravidade e receberam atendimento médico. O motorista do caminhão saiu ileso, e o teste do bafômetro realizado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou que ele não havia ingerido álcool. A pista precisou ser interditada por cerca de uma hora para o trabalho de resgate e perícia, que agora investiga as causas do acidente. Imagens do vídeo mostram a Amarok invadindo a pista contrária momentos antes da batida, mas os motivos dessa manobra ainda estão sob análise da Polícia Civil e da Polícia Técnico-Científica.

A perda de Eduardo e Bento, em um intervalo de poucos dias, transformou o que era uma viagem familiar em uma tragédia que chocou Marília e região. O velório de Bento ocorreu na terça-feira, 8 de abril, a partir das 12h, na sala Master do Velório da Saudade, com o sepultamento marcado para as 17h no Cemitério da Saudade. Já o corpo de Eduardo foi sepultado no domingo, 6 de abril, no mesmo cemitério, em uma cerimônia marcada por homenagens de amigos e colegas do automobilismo. A família, conhecida na cidade pelo envolvimento de Eduardo no esporte a motor, recebeu mensagens de solidariedade de todo o país.

Primeiros relatos do acidente

O sábado, 5 de abril, começou como um dia comum para a família Imamura, mas terminou em tragédia às 15h33, horário registrado pela câmera do caminhão. Eduardo, um piloto experiente da Fórmula 1600, conduzia a caminhonete no sentido Marília-Lins quando, por razões ainda desconhecidas, o veículo cruzou a linha divisória da BR-153 e atingiu o caminhão. O impacto foi tão violento que a Amarok tombou, foi arrastada por cerca de 70 metros e saiu da pista, enquanto o caminhão colidiu com um barranco e parou no acostamento. O Corpo de Bombeiros chegou rapidamente ao local, mas, apesar das tentativas de reanimação, Eduardo não resistiu aos ferimentos.

Bento, gravemente ferido, foi levado em estado crítico ao Hospital das Clínicas de Marília, onde permaneceu internado na UTI pediátrica. Equipes médicas lutaram para estabilizá-lo, mas os ferimentos sofridos na colisão, aliados à gravidade do quadro, levaram ao óbito na madrugada de terça-feira, por volta das 22h. A esposa de Eduardo, Aline, e o outro ocupante da caminhonete tiveram mais sorte, sofrendo apenas escoriações e lesões leves. Eles foram socorridos e, após atendimento, receberam alta, embora ainda abalados emocionalmente pelo ocorrido.

Piloto de Fórmula 1600 Eduardo Imamura morre após caminhonete bater de frente com caminhão na BR-153 em Marília — Foto Arquivo pessoalReprodução
Piloto de Fórmula 1600 Eduardo Imamura morre após caminhonete bater de frente com caminhão na BR-153 em Marília — Foto Arquivo pessoalReprodução

A Polícia Rodoviária Federal informou que a ausência de marcas de frenagem no local sugere que o acidente ocorreu de forma repentina. Peritos da Polícia Técnico-Científica coletaram evidências, incluindo destroços dos veículos e registros das câmeras, para determinar se houve falha mecânica, erro humano ou outros fatores externos. Enquanto isso, a notícia da morte de Eduardo se espalhou rapidamente, alcançando amigos e colegas do automobilismo antes mesmo da confirmação do falecimento de Bento.

Detalhes da colisão na BR-153

Imagens captadas pela câmera do caminhão oferecem uma visão clara e chocante do momento do acidente. O vídeo mostra o caminhão seguindo normalmente pela rodovia quando a Amarok, em uma fração de segundo, invade a pista contrária e colide frontalmente com a lateral esquerda do veículo de carga. A força da batida levanta uma nuvem de poeira, e o caminhoneiro, sem tempo para reagir, tenta frear, mas não consegue evitar o impacto. A caminhonete, reduzida a destroços, evidencia a gravidade da colisão, que deixou poucas chances de sobrevivência aos ocupantes.

Testemunhas que passavam pelo local relataram ter visto o resgate em andamento, com bombeiros trabalhando para retirar as vítimas dos destroços. O caminhoneiro, embora abalado, saiu ileso e prestou depoimento à polícia, afirmando que não teve como desviar. A BR-153, uma rodovia de pista simples e fluxo intenso, é conhecida por acidentes graves, mas esse caso ganhou destaque pela perda de duas vidas de uma mesma família e pelo perfil conhecido de Eduardo Imamura na região.

A perícia ainda analisa possíveis causas, como distração do motorista, falha nos freios ou condições da pista. Um segundo vídeo, obtido de outro ângulo pelo sistema de segurança do caminhão, reforça que a Amarok invadiu a faixa oposta, mas não esclarece o motivo. Enquanto as investigações seguem, a Polícia Civil abriu um inquérito para apurar responsabilidades, e o caso foi registrado como homicídio culposo no trânsito, aguardando os laudos finais.

Quem era Eduardo Imamura

Eduardo Imamura, de 35 anos, era um nome conhecido no automobilismo brasileiro, especialmente na Fórmula 1600, categoria em que competia desde 2020. Nascido em Marília, ele começou sua trajetória no esporte a motor ainda jovem, com passagens pelo kart e pelo motocross antes de migrar para os monopostos. Sua estreia em Interlagos, em 2018, marcou o início de uma carreira promissora, com pódios logo na primeira temporada. Em 2021, conquistou o Campeonato Paulista na categoria GP, voltada a pilotos iniciantes, e, em 2023, venceu a Copa do Brasil de Fórmula 1600, consolidando-se como um talento local.

  • Vice-campeão paulista em 2020.
  • Campeão paulista em 2021.
  • Vencedor da Copa do Brasil em 2023.

Apaixonado por velocidade, Eduardo também era reconhecido por sua dedicação à família. Em suas redes sociais, ele frequentemente compartilhava momentos com a esposa Aline e o filho Bento, como uma foto transformada em desenho publicada horas antes do acidente. Sua última mensagem pública foi um convite para uma prova em Interlagos, mostrando o entusiasmo que o acompanhava dentro e fora das pistas.

Repercussão no automobilismo

A morte de Eduardo Imamura gerou uma onda de homenagens entre pilotos, equipes e fãs do esporte a motor. João Guimarães, colega da Fórmula 1600, destacou a perda de um talento e amigo, lembrando a energia que Eduardo levava às corridas. A equipe San Race, pela qual ele competiu em 2023 e 2024, publicou uma nota de pesar, oferecendo apoio à família e exaltando o legado do piloto. Em Interlagos, onde ele fez história como o primeiro mariliense a vencer uma prova oficial, a ausência de Imamura foi sentida como um vazio no grid.

Amigos de pista recordaram momentos marcantes, como sua estreia impressionante em 2018, quando terminou em quinto lugar nas duas corridas do Campeonato Paulista. Outros destacaram sua humildade e paixão, características que o tornaram querido no meio. A Maverick Race, equipe que o acolheu em seus primeiros anos, também lamentou a tragédia, lembrando os investimentos feitos no carro que o levou ao pódio. O automobilismo brasileiro, ainda em choque, prepara tributos para as próximas etapas da temporada.

Nas redes sociais, mensagens de apoio à família se multiplicaram. A conta oficial de Eduardo confirmou as mortes e pediu orações nos dias seguintes ao acidente, enquanto fãs compartilharam fotos e vídeos de suas corridas. A comoção ultrapassou os limites de Marília, alcançando pilotos e entusiastas de todo o país, que reconheceram em Imamura um exemplo de determinação e amor pelo esporte.

Os últimos dias de Bento

Após o acidente, Bento Imamura, de apenas 7 anos, tornou-se o foco de esperança para a família e amigos. Socorrido em estado gravíssimo, ele foi internado na UTI do Hospital das Clínicas de Marília, onde recebeu cuidados intensivos. Por três dias, equipes médicas monitoraram seu quadro, mas a extensão dos ferimentos, incluindo traumatismos graves, comprometeu suas chances de recuperação. A morte foi confirmada na noite de 7 de abril, às 22h, e comunicada à Polícia Civil, que atualizou o registro do caso.

A luta de Bento mobilizou pedidos de oração nas redes sociais, com postagens da família e de conhecidos pedindo força para o menino. Uma publicação no perfil de Eduardo, feita após sua morte, descreveu a batalha do filho como corajosa, mas anunciou seu falecimento com uma mensagem de paz. O velório e o sepultamento, realizados no dia seguinte, reuniram familiares e amigos em um adeus marcado pela dor de perder pai e filho em tão pouco tempo.

O impacto da tragédia foi sentido em Marília, onde Bento era conhecido como o filho sorridente de um ídolo local. Fotos recentes, como uma do aniversário do menino em 2 de abril, circularam amplamente, reforçando a tristeza da comunidade. A morte elevou para 11 o número de vítimas fatais no trânsito da cidade em 2025, destacando a gravidade dos acidentes na região.

Contexto da BR-153

A Rodovia Transbrasiliana, ou BR-153, é uma das principais vias do interior paulista, conectando cidades como Marília e Lins. De pista simples em grande parte de seu trajeto, ela é marcada por um histórico de acidentes graves, muitos deles fatais. Em 2024, dados da PRF registraram mais de 50 colisões na região de Marília, com pelo menos 15 mortes. A falta de duplicação, o tráfego intenso de caminhões e a imprudência de motoristas são apontados como fatores recorrentes nesses incidentes.

No caso de Eduardo e Bento, a invasão da pista contrária levanta questões sobre segurança viária. Especialistas já alertaram que a ausência de barreiras físicas e a sinalização insuficiente em trechos como o quilômetro 218 contribuem para colisões frontais. Embora as causas exatas do acidente ainda estejam sob investigação, o episódio reacende o debate sobre melhorias na infraestrutura da rodovia, uma demanda antiga de moradores e autoridades locais.

A PRF intensificou fiscalizações na BR-153 nos últimos anos, mas os números de acidentes permanecem altos. Em 2023, uma campanha de conscientização reduziu temporariamente os incidentes, mas os efeitos foram limitados. A tragédia envolvendo a família Imamura pode pressionar por mudanças, embora, por ora, o foco esteja na apuração do ocorrido e no luto da comunidade.

Homenagens e legado

A despedida de Eduardo Imamura, no domingo, 6 de abril, foi marcada por emoção no Cemitério da Saudade. Amigos levaram capacetes e bandeiras da Fórmula 1600, enquanto colegas de pista prestaram tributos silenciosos. Já o velório de Bento, dois dias depois, reuniu familiares e moradores de Marília em um momento de solidariedade. Uma postagem no Instagram de Eduardo, transformada em memorial, acumulou milhares de mensagens, refletindo o impacto da dupla perda.

O legado de Eduardo no automobilismo inclui títulos e a inspiração deixada para novos pilotos. Sua trajetória, desde o kart até os monopostos, é lembrada como um exemplo de perseverança. Para a família, Bento representava a continuidade desse amor pela vida e pela velocidade, frequentemente visto ao lado do pai nas pistas. A San Race anunciou planos de homenageá-lo em corridas futuras, enquanto Interlagos prepara um minuto de silêncio na próxima etapa do Paulista.

  • Momentos marcantes da carreira de Eduardo:
  • Estreia em Interlagos com dois pódios em 2018.
  • Título paulista em 2021 na categoria GP.
  • Vitória na Copa do Brasil em 2023.

A tragédia na BR-153 não apagará as conquistas de Eduardo nem o carinho que Bento despertava. Em Marília, a memória de ambos segue viva nas histórias contadas por quem os conheceu.

O que se sabe até agora

As investigações sobre o acidente continuam, com a Polícia Civil aguardando laudos periciais para esclarecer os detalhes. O vídeo da câmera do caminhão é uma peça-chave, mostrando a Amarok invadindo a pista, mas fatores como velocidade, condições do veículo e da rodovia ainda precisam ser analisados. A PRF descartou álcool como causa no caso do caminhoneiro, mas não há informações sobre o estado da caminhonete antes do impacto.

A família Imamura, agora representada por Aline, enfrenta o luto enquanto a comunidade se mobiliza em apoio. O caso foi registrado como homicídio culposo no trânsito, mas não há indícios de culpa deliberada até o momento. O relatório final da perícia, esperado nas próximas semanas, deve trazer mais clareza sobre o que levou à tragédia que tirou a vida de Eduardo e Bento.

Enquanto isso, Marília reflete sobre a perda de duas figuras queridas. O acidente, além de um drama familiar, expõe os riscos da BR-153 e a fragilidade da vida em um instante de descuido ou fatalidade. A cidade, ainda em choque, acompanha os desdobramentos com a esperança de que a investigação traga respostas e, quem sabe, medidas para evitar novas tragédias.



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