Milhares de famílias brasileiras sonham com a casa própria, e o Minha Casa Minha Vida se mantém como uma das principais portas de entrada para realizar esse desejo. Relançado em 2023 pelo governo federal, o programa habitacional passou por mudanças significativas, ampliando faixas de renda e ajustando condições de financiamento para atender desde os mais vulneráveis até a classe média. Com subsídios que podem chegar a R$ 55 mil e taxas de juros reduzidas, a iniciativa oferece oportunidades para quem busca sair do aluguel ou melhorar as condições de moradia. Em 2025, a expectativa é que mais de 600 mil unidades habitacionais sejam contratadas, beneficiando cerca de 2,5 milhões de pessoas até o fim de 2026.
O programa divide os beneficiários em faixas de renda, cada uma com regras específicas. Famílias com renda mensal de até R$ 2.850 se enquadram na Faixa 1, que oferece os maiores subsídios e condições especiais, como isenção de parcelas para quem recebe Bolsa Família ou Benefício de Prestação Continuada (BPC). Já as Faixas 2 e 3, para rendas de até R$ 4.700 e R$ 8.000, respectivamente, contam com financiamentos facilitados e juros abaixo do mercado. Recentemente, uma nova Faixa 4 foi introduzida, alcançando famílias com renda de até R$ 12 mil, com financiamentos de até 420 meses e imóveis de até R$ 500 mil.
Acessar o Minha Casa Minha Vida exige entender os critérios de elegibilidade e reunir a documentação necessária. O processo varia conforme a faixa de renda: enquanto a Faixa 1 depende de cadastros municipais, as demais podem ser contratadas diretamente com instituições financeiras como a Caixa Econômica Federal ou o Banco do Brasil. Em 2024, mais de 491 mil moradias foram entregues, e o governo investiu R$ 3,5 bilhões só na modalidade Reconstrução, voltada para famílias afetadas por desastres, como as enchentes no Rio Grande do Sul.
Quem pode participar do programa
Famílias interessadas no Minha Casa Minha Vida precisam atender a requisitos claros de renda e situação habitacional. Na Faixa 1, o limite é de R$ 2.850 mensais em áreas urbanas ou R$ 40 mil anuais em zonas rurais. Esse grupo tem acesso a subsídios que podem cobrir até 95% do valor do imóvel, com prestações mínimas de R$ 80 por cinco anos. Para quem recebe Bolsa Família ou BPC, o imóvel é totalmente gratuito, uma medida que beneficia cerca de 25% dos inscritos nessa faixa.
Já a Faixa 2 abrange rendas entre R$ 2.850,01 e R$ 4.700 mensais, enquanto a Faixa 3 vai de R$ 4.700,01 a R$ 8.000. A nova Faixa 4, anunciada em 2025, inclui famílias com renda de R$ 8.001 a R$ 12 mil, oferecendo juros de 10,5% ao ano e prazos longos, mas sem subsídios. Além da renda, é proibido ter outro imóvel no nome ou financiamento ativo pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Em 2023, cerca de 15% das inscrições foram rejeitadas por descumprimento dessas regras.
- Principais critérios de elegibilidade:
- Não possuir imóvel residencial em nenhuma cidade do país;
- Ter idade mínima de 18 anos e máxima que, somada ao prazo do financiamento, não exceda 80 anos e seis meses;
- Residir ou trabalhar na cidade onde o imóvel será financiado;
- Apresentar CPF sem restrições de crédito (exceto na Faixa 1).

Passos para se inscrever no Minha Casa Minha Vida
Inscrever-se no Minha Casa Minha Vida depende da faixa de renda da família. Para a Faixa 1, o processo começa nas prefeituras ou entidades organizadoras, como associações habitacionais. O interessado deve procurar o setor responsável pelo cadastro habitacional, geralmente ligado à secretaria de assistência social, e apresentar documentos como RG, CPF e comprovantes de renda. Após a inscrição, a análise pode levar até 60 dias, seguida de sorteios em cidades com alta demanda.
Nas Faixas 2, 3 e 4, o caminho é mais direto. A família escolhe um imóvel dentro dos limites do programa – até R$ 264 mil para Faixas 1 e 2, R$ 350 mil para Faixa 3 e R$ 500 mil para Faixa 4 – e faz uma simulação de financiamento na Caixa ou no Banco do Brasil. A aprovação depende da análise de crédito, que leva cerca de 30 dias. Em 2024, mais de 70% das contratações nessas faixas foram para imóveis novos, refletindo o foco do governo em estimular a construção civil.
O uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é um diferencial. Famílias das Faixas 2, 3 e 4 podem utilizá-lo para abater a entrada ou amortizar parcelas, reduzindo o custo total. Em 2023, cerca de 1,2 milhão de beneficiários usaram o FGTS, movimentando R$ 15 bilhões no programa.
Benefícios oferecidos pelo programa
O Minha Casa Minha Vida combina subsídios e financiamentos para tornar a casa própria acessível. Na Faixa 1, o governo cobre até 95% do valor do imóvel, com famílias pagando prestações proporcionais à renda. Para a Faixa 2, o subsídio chega a R$ 55 mil, enquanto as Faixas 3 e 4 oferecem taxas de juros entre 4% e 10,5% ao ano, bem abaixo das praticadas no mercado, que podem superar 12%.
Outro benefício é a possibilidade de financiar imóveis novos e usados. Em 2024, o limite para imóveis usados na Faixa 3 caiu de R$ 350 mil para R$ 270 mil, com entradas mínimas de 30% a 50%, dependendo da região. Já os imóveis novos mantêm tetos mais altos, incentivando a construção de 600 mil unidades previstas para 2025. O programa também permite prazos de até 35 anos, ou 420 meses na Faixa 4, aliviando o impacto das parcelas no orçamento familiar.
A inclusão de famílias afetadas por desastres naturais é um destaque. No Rio Grande do Sul, a modalidade Reconstrução entregou mais de 1.100 moradias em 2024, com investimentos de R$ 3,5 bilhões. Esse esforço beneficiou mais de 25 mil famílias, priorizando mulheres chefes de família e vítimas de violência doméstica.
Regras atualizadas para financiamento
Em 2025, o Minha Casa Minha Vida ajustou suas regras para equilibrar o acesso à moradia e a sustentabilidade financeira do programa. A Faixa 1 teve seu teto de renda elevado de R$ 2.640 para R$ 2.850, enquanto a Faixa 2 passou de R$ 4.400 para R$ 4.700. A Faixa 3 permaneceu em R$ 8.000, mas a introdução da Faixa 4, com limite de R$ 12 mil, ampliou o alcance para a classe média. Os valores máximos dos imóveis variam: R$ 264 mil para Faixas 1 e 2, R$ 350 mil para Faixa 3 (novos) e R$ 500 mil para Faixa 4.
As taxas de juros também foram ajustadas. Na Faixa 1, variam de 4% a 4,25% ao ano, dependendo da região, enquanto a Faixa 2 tem taxas entre 4,75% e 7%. A Faixa 3 oferece juros de 6% a 8,16%, e a Faixa 4, 10,5%. Para imóveis usados, o financiamento foi restringido: na Faixa 3, a cota máxima caiu de 80% para 50% nas regiões Sul e Sudeste, e para 70% no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Essas mudanças visam priorizar a construção de novas unidades, que geraram mais de 300 mil empregos diretos em 2024.
O programa exige que as parcelas não ultrapassem 30% da renda mensal. Uma família com renda de R$ 4.000, por exemplo, pode comprometer até R$ 1.200 por mês. Em 2023, cerca de 20% dos financiamentos foram renegociados por inadimplência, o que levou a uma fiscalização mais rigorosa dos cadastros.
Como usar o FGTS no Minha Casa Minha Vida
O FGTS é uma ferramenta poderosa para quem busca financiar um imóvel pelo Minha Casa Minha Vida. Disponível para as Faixas 2, 3 e 4, o fundo pode ser usado de três formas: como entrada, para amortizar o saldo devedor ou para quitar até 80% das parcelas por 12 meses consecutivos. Em 2024, mais de 1,5 milhão de trabalhadores utilizaram o FGTS no programa, injetando R$ 18 bilhões no mercado imobiliário.
Para acessar o benefício, é preciso ter pelo menos três anos de carteira assinada, mesmo que em períodos diferentes, e não possuir outro financiamento ativo no SFH. O saldo do FGTS deve ser informado na simulação de financiamento, que pode ser feita no site da Caixa. Uma família com R$ 10 mil acumulados, por exemplo, pode reduzir significativamente o valor financiado de um imóvel de R$ 200 mil.
- Vantagens de usar o FGTS:
- Redução imediata do valor da entrada;
- Diminuição do total de parcelas a pagar;
- Alívio no orçamento mensal durante o primeiro ano.
Dicas para ser aprovado no financiamento
Garantir a aprovação no Minha Casa Minha Vida exige organização e atenção às exigências. Antes de iniciar o processo, é recomendável simular o financiamento no site da Caixa ou em uma agência, verificando o impacto das parcelas na renda familiar. Famílias da Faixa 1 devem manter o cadastro atualizado na prefeitura, enquanto as demais faixas precisam apresentar score de crédito positivo, exceto na Faixa 1, onde restrições não são impedimento.
Reunir a documentação completa é essencial. RG, CPF, comprovante de residência e renda devem estar em ordem, além de certidões de estado civil e, se aplicável, laudos médicos para pessoas com deficiência. Em 2024, cerca de 10% das reprovações ocorreram por falta de documentos ou inconsistências nos dados. Outra dica é evitar dívidas altas antes da análise, já que bancos avaliam o comprometimento financeiro do solicitante.
Escolher um imóvel dentro dos limites do programa também facilita a aprovação. Para a Faixa 3, por exemplo, o teto de R$ 270 mil para usados exige pesquisa de mercado, especialmente em regiões metropolitanas onde os preços são mais altos. Em 2023, 30% dos financiamentos rejeitados foram por imóveis acima do valor permitido.
Impacto do programa na economia e na sociedade
O Minha Casa Minha Vida vai além da moradia, movimentando a economia e transformando vidas. Em 2024, o programa injetou R$ 139,6 bilhões no setor habitacional, sendo R$ 127,6 bilhões para construção e R$ 11 bilhões em descontos para famílias. Esse investimento gerou mais de 400 mil empregos diretos e indiretos, especialmente na construção civil, que cresceu 5% no último ano.
Socialmente, o programa reduz o déficit habitacional, estimado em 5,8 milhões de moradias em 2023. No Nordeste, onde 40% das famílias beneficiadas vivem, a iniciativa cortou a pobreza extrema em 3% nos últimos dois anos. A prioridade dada a mulheres chefes de família – 60% dos contratos em 2024 – também promove igualdade de gênero, enquanto a modalidade Reconstrução ajuda comunidades vulneráveis a se reerguerem após tragédias.
O comércio local sente os efeitos positivos. Em cidades pequenas, os pagamentos do programa aumentam as vendas em até 15% nos dias de depósito, beneficiando mercados e lojas de materiais de construção. Em 2025, a meta de 2,5 milhões de moradias até 2026 deve ampliar ainda mais esses impactos.
Calendário de pagamentos e entregas
Os pagamentos do Minha Casa Minha Vida seguem um cronograma anual baseado no número final do NIS (Número de Identificação Social). Em 2025, as datas previstas são:
- NIS final 1: dia 10 de cada mês;
- NIS final 2: dia 11;
- NIS final 3: dia 12;
- NIS final 4: dia 13;
- NIS final 5: dia 14;
- NIS final 6: dia 17;
- NIS final 7: dia 18;
- NIS final 8: dia 19;
- NIS final 9: dia 20;
- NIS final 0: dia 25.
As entregas de moradias também seguem um ritmo acelerado. Em 2024, 491 mil unidades foram concluídas, e a projeção para 2025 é de 600 mil, com foco em regiões como Norte e Nordeste. O prazo médio entre a aprovação e a entrega varia de 12 a 18 meses, dependendo do porte do empreendimento.
Cuidados para evitar problemas no processo
Evitar contratempos no Minha Casa Minha Vida exige atenção a detalhes. Famílias da Faixa 1 devem verificar regularmente o status do cadastro na prefeitura, já que atrasos na validação afetaram 5% dos inscritos em 2024. Para as demais faixas, é crucial checar o contrato de financiamento, garantindo que as condições, como taxa de juros e prazo, estejam corretas antes da assinatura.
Outro cuidado é com a escolha do imóvel. Em regiões metropolitanas, como São Paulo e Rio de Janeiro, os preços podem exceder os limites do programa, exigindo negociação com construtoras. Em 2023, 25% das reprovações na Faixa 3 ocorreram por esse motivo. Por fim, manter o pagamento das parcelas em dia é essencial: inadimplência superior a 90 dias pode levar à perda do imóvel.

Milhares de famílias brasileiras sonham com a casa própria, e o Minha Casa Minha Vida se mantém como uma das principais portas de entrada para realizar esse desejo. Relançado em 2023 pelo governo federal, o programa habitacional passou por mudanças significativas, ampliando faixas de renda e ajustando condições de financiamento para atender desde os mais vulneráveis até a classe média. Com subsídios que podem chegar a R$ 55 mil e taxas de juros reduzidas, a iniciativa oferece oportunidades para quem busca sair do aluguel ou melhorar as condições de moradia. Em 2025, a expectativa é que mais de 600 mil unidades habitacionais sejam contratadas, beneficiando cerca de 2,5 milhões de pessoas até o fim de 2026.
O programa divide os beneficiários em faixas de renda, cada uma com regras específicas. Famílias com renda mensal de até R$ 2.850 se enquadram na Faixa 1, que oferece os maiores subsídios e condições especiais, como isenção de parcelas para quem recebe Bolsa Família ou Benefício de Prestação Continuada (BPC). Já as Faixas 2 e 3, para rendas de até R$ 4.700 e R$ 8.000, respectivamente, contam com financiamentos facilitados e juros abaixo do mercado. Recentemente, uma nova Faixa 4 foi introduzida, alcançando famílias com renda de até R$ 12 mil, com financiamentos de até 420 meses e imóveis de até R$ 500 mil.
Acessar o Minha Casa Minha Vida exige entender os critérios de elegibilidade e reunir a documentação necessária. O processo varia conforme a faixa de renda: enquanto a Faixa 1 depende de cadastros municipais, as demais podem ser contratadas diretamente com instituições financeiras como a Caixa Econômica Federal ou o Banco do Brasil. Em 2024, mais de 491 mil moradias foram entregues, e o governo investiu R$ 3,5 bilhões só na modalidade Reconstrução, voltada para famílias afetadas por desastres, como as enchentes no Rio Grande do Sul.
Quem pode participar do programa
Famílias interessadas no Minha Casa Minha Vida precisam atender a requisitos claros de renda e situação habitacional. Na Faixa 1, o limite é de R$ 2.850 mensais em áreas urbanas ou R$ 40 mil anuais em zonas rurais. Esse grupo tem acesso a subsídios que podem cobrir até 95% do valor do imóvel, com prestações mínimas de R$ 80 por cinco anos. Para quem recebe Bolsa Família ou BPC, o imóvel é totalmente gratuito, uma medida que beneficia cerca de 25% dos inscritos nessa faixa.
Já a Faixa 2 abrange rendas entre R$ 2.850,01 e R$ 4.700 mensais, enquanto a Faixa 3 vai de R$ 4.700,01 a R$ 8.000. A nova Faixa 4, anunciada em 2025, inclui famílias com renda de R$ 8.001 a R$ 12 mil, oferecendo juros de 10,5% ao ano e prazos longos, mas sem subsídios. Além da renda, é proibido ter outro imóvel no nome ou financiamento ativo pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Em 2023, cerca de 15% das inscrições foram rejeitadas por descumprimento dessas regras.
- Principais critérios de elegibilidade:
- Não possuir imóvel residencial em nenhuma cidade do país;
- Ter idade mínima de 18 anos e máxima que, somada ao prazo do financiamento, não exceda 80 anos e seis meses;
- Residir ou trabalhar na cidade onde o imóvel será financiado;
- Apresentar CPF sem restrições de crédito (exceto na Faixa 1).

Passos para se inscrever no Minha Casa Minha Vida
Inscrever-se no Minha Casa Minha Vida depende da faixa de renda da família. Para a Faixa 1, o processo começa nas prefeituras ou entidades organizadoras, como associações habitacionais. O interessado deve procurar o setor responsável pelo cadastro habitacional, geralmente ligado à secretaria de assistência social, e apresentar documentos como RG, CPF e comprovantes de renda. Após a inscrição, a análise pode levar até 60 dias, seguida de sorteios em cidades com alta demanda.
Nas Faixas 2, 3 e 4, o caminho é mais direto. A família escolhe um imóvel dentro dos limites do programa – até R$ 264 mil para Faixas 1 e 2, R$ 350 mil para Faixa 3 e R$ 500 mil para Faixa 4 – e faz uma simulação de financiamento na Caixa ou no Banco do Brasil. A aprovação depende da análise de crédito, que leva cerca de 30 dias. Em 2024, mais de 70% das contratações nessas faixas foram para imóveis novos, refletindo o foco do governo em estimular a construção civil.
O uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é um diferencial. Famílias das Faixas 2, 3 e 4 podem utilizá-lo para abater a entrada ou amortizar parcelas, reduzindo o custo total. Em 2023, cerca de 1,2 milhão de beneficiários usaram o FGTS, movimentando R$ 15 bilhões no programa.
Benefícios oferecidos pelo programa
O Minha Casa Minha Vida combina subsídios e financiamentos para tornar a casa própria acessível. Na Faixa 1, o governo cobre até 95% do valor do imóvel, com famílias pagando prestações proporcionais à renda. Para a Faixa 2, o subsídio chega a R$ 55 mil, enquanto as Faixas 3 e 4 oferecem taxas de juros entre 4% e 10,5% ao ano, bem abaixo das praticadas no mercado, que podem superar 12%.
Outro benefício é a possibilidade de financiar imóveis novos e usados. Em 2024, o limite para imóveis usados na Faixa 3 caiu de R$ 350 mil para R$ 270 mil, com entradas mínimas de 30% a 50%, dependendo da região. Já os imóveis novos mantêm tetos mais altos, incentivando a construção de 600 mil unidades previstas para 2025. O programa também permite prazos de até 35 anos, ou 420 meses na Faixa 4, aliviando o impacto das parcelas no orçamento familiar.
A inclusão de famílias afetadas por desastres naturais é um destaque. No Rio Grande do Sul, a modalidade Reconstrução entregou mais de 1.100 moradias em 2024, com investimentos de R$ 3,5 bilhões. Esse esforço beneficiou mais de 25 mil famílias, priorizando mulheres chefes de família e vítimas de violência doméstica.
Regras atualizadas para financiamento
Em 2025, o Minha Casa Minha Vida ajustou suas regras para equilibrar o acesso à moradia e a sustentabilidade financeira do programa. A Faixa 1 teve seu teto de renda elevado de R$ 2.640 para R$ 2.850, enquanto a Faixa 2 passou de R$ 4.400 para R$ 4.700. A Faixa 3 permaneceu em R$ 8.000, mas a introdução da Faixa 4, com limite de R$ 12 mil, ampliou o alcance para a classe média. Os valores máximos dos imóveis variam: R$ 264 mil para Faixas 1 e 2, R$ 350 mil para Faixa 3 (novos) e R$ 500 mil para Faixa 4.
As taxas de juros também foram ajustadas. Na Faixa 1, variam de 4% a 4,25% ao ano, dependendo da região, enquanto a Faixa 2 tem taxas entre 4,75% e 7%. A Faixa 3 oferece juros de 6% a 8,16%, e a Faixa 4, 10,5%. Para imóveis usados, o financiamento foi restringido: na Faixa 3, a cota máxima caiu de 80% para 50% nas regiões Sul e Sudeste, e para 70% no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Essas mudanças visam priorizar a construção de novas unidades, que geraram mais de 300 mil empregos diretos em 2024.
O programa exige que as parcelas não ultrapassem 30% da renda mensal. Uma família com renda de R$ 4.000, por exemplo, pode comprometer até R$ 1.200 por mês. Em 2023, cerca de 20% dos financiamentos foram renegociados por inadimplência, o que levou a uma fiscalização mais rigorosa dos cadastros.
Como usar o FGTS no Minha Casa Minha Vida
O FGTS é uma ferramenta poderosa para quem busca financiar um imóvel pelo Minha Casa Minha Vida. Disponível para as Faixas 2, 3 e 4, o fundo pode ser usado de três formas: como entrada, para amortizar o saldo devedor ou para quitar até 80% das parcelas por 12 meses consecutivos. Em 2024, mais de 1,5 milhão de trabalhadores utilizaram o FGTS no programa, injetando R$ 18 bilhões no mercado imobiliário.
Para acessar o benefício, é preciso ter pelo menos três anos de carteira assinada, mesmo que em períodos diferentes, e não possuir outro financiamento ativo no SFH. O saldo do FGTS deve ser informado na simulação de financiamento, que pode ser feita no site da Caixa. Uma família com R$ 10 mil acumulados, por exemplo, pode reduzir significativamente o valor financiado de um imóvel de R$ 200 mil.
- Vantagens de usar o FGTS:
- Redução imediata do valor da entrada;
- Diminuição do total de parcelas a pagar;
- Alívio no orçamento mensal durante o primeiro ano.
Dicas para ser aprovado no financiamento
Garantir a aprovação no Minha Casa Minha Vida exige organização e atenção às exigências. Antes de iniciar o processo, é recomendável simular o financiamento no site da Caixa ou em uma agência, verificando o impacto das parcelas na renda familiar. Famílias da Faixa 1 devem manter o cadastro atualizado na prefeitura, enquanto as demais faixas precisam apresentar score de crédito positivo, exceto na Faixa 1, onde restrições não são impedimento.
Reunir a documentação completa é essencial. RG, CPF, comprovante de residência e renda devem estar em ordem, além de certidões de estado civil e, se aplicável, laudos médicos para pessoas com deficiência. Em 2024, cerca de 10% das reprovações ocorreram por falta de documentos ou inconsistências nos dados. Outra dica é evitar dívidas altas antes da análise, já que bancos avaliam o comprometimento financeiro do solicitante.
Escolher um imóvel dentro dos limites do programa também facilita a aprovação. Para a Faixa 3, por exemplo, o teto de R$ 270 mil para usados exige pesquisa de mercado, especialmente em regiões metropolitanas onde os preços são mais altos. Em 2023, 30% dos financiamentos rejeitados foram por imóveis acima do valor permitido.
Impacto do programa na economia e na sociedade
O Minha Casa Minha Vida vai além da moradia, movimentando a economia e transformando vidas. Em 2024, o programa injetou R$ 139,6 bilhões no setor habitacional, sendo R$ 127,6 bilhões para construção e R$ 11 bilhões em descontos para famílias. Esse investimento gerou mais de 400 mil empregos diretos e indiretos, especialmente na construção civil, que cresceu 5% no último ano.
Socialmente, o programa reduz o déficit habitacional, estimado em 5,8 milhões de moradias em 2023. No Nordeste, onde 40% das famílias beneficiadas vivem, a iniciativa cortou a pobreza extrema em 3% nos últimos dois anos. A prioridade dada a mulheres chefes de família – 60% dos contratos em 2024 – também promove igualdade de gênero, enquanto a modalidade Reconstrução ajuda comunidades vulneráveis a se reerguerem após tragédias.
O comércio local sente os efeitos positivos. Em cidades pequenas, os pagamentos do programa aumentam as vendas em até 15% nos dias de depósito, beneficiando mercados e lojas de materiais de construção. Em 2025, a meta de 2,5 milhões de moradias até 2026 deve ampliar ainda mais esses impactos.
Calendário de pagamentos e entregas
Os pagamentos do Minha Casa Minha Vida seguem um cronograma anual baseado no número final do NIS (Número de Identificação Social). Em 2025, as datas previstas são:
- NIS final 1: dia 10 de cada mês;
- NIS final 2: dia 11;
- NIS final 3: dia 12;
- NIS final 4: dia 13;
- NIS final 5: dia 14;
- NIS final 6: dia 17;
- NIS final 7: dia 18;
- NIS final 8: dia 19;
- NIS final 9: dia 20;
- NIS final 0: dia 25.
As entregas de moradias também seguem um ritmo acelerado. Em 2024, 491 mil unidades foram concluídas, e a projeção para 2025 é de 600 mil, com foco em regiões como Norte e Nordeste. O prazo médio entre a aprovação e a entrega varia de 12 a 18 meses, dependendo do porte do empreendimento.
Cuidados para evitar problemas no processo
Evitar contratempos no Minha Casa Minha Vida exige atenção a detalhes. Famílias da Faixa 1 devem verificar regularmente o status do cadastro na prefeitura, já que atrasos na validação afetaram 5% dos inscritos em 2024. Para as demais faixas, é crucial checar o contrato de financiamento, garantindo que as condições, como taxa de juros e prazo, estejam corretas antes da assinatura.
Outro cuidado é com a escolha do imóvel. Em regiões metropolitanas, como São Paulo e Rio de Janeiro, os preços podem exceder os limites do programa, exigindo negociação com construtoras. Em 2023, 25% das reprovações na Faixa 3 ocorreram por esse motivo. Por fim, manter o pagamento das parcelas em dia é essencial: inadimplência superior a 90 dias pode levar à perda do imóvel.
