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17 Apr 2025, Thu

investigação do Tribunal de Contas e turnê cancelada agitam

Giovanna Ewbank e Titi


Ivete Sangalo, um dos nomes mais emblemáticos da música brasileira, atravessa um período de turbulências que coloca em xeque sua trajetória de três décadas. Conhecida por arrastar multidões no Carnaval de Salvador e por parcerias milionárias com marcas como Brahma, Itaipava e iFood, a cantora enfrenta agora uma série de controvérsias que abalam sua reputação. O cancelamento da turnê “A Festa”, planejada para celebrar 30 anos de carreira, e uma investigação do Tribunal de Contas da Bahia sobre o bloco Coruja, um dos mais tradicionais da folia baiana, são os epicentros dessa crise. Além disso, a transição polêmica entre patrocinadores e suspeitas sobre o uso de verbas públicas intensificam o escrutínio sobre a gestão de seus projetos, desafiando a imagem de uma artista que sempre foi sinônimo de sucesso e carisma.

Aos 52 anos, Ivete consolidou-se como uma potência comercial e cultural, especialmente no Carnaval, onde o bloco Coruja se destaca desde 2002. No entanto, os eventos recentes expõem fragilidades que contrastam com o brilho de suas apresentações. A investigação do Tribunal de Contas, iniciada em março de 2025, foca em possíveis irregularidades no uso de recursos públicos, enquanto o cancelamento da turnê levanta dúvidas sobre a viabilidade financeira de suas empreitadas. Marcas como 99 Táxi, que sofreram prejuízos com acordos não cumpridos, e a troca de Brahma por Itaipava como patrocinadora principal do Coruja alimentam debates sobre ética e transparência nos negócios da cantora.

Apesar dos desafios, Ivete mantém sua força nas ruas. O Carnaval de 2025 viu o bloco Coruja arrastar cerca de 800 mil foliões no circuito Barra-Ondina, com uma lista robusta de patrocinadores e a participação especial de seu filho, Marcelo Sangalo, na percussão. A energia contagiante da artista continua a ser um diferencial, mas os problemas nos bastidores não passam despercebidos. O que era para ser um ano de celebração transformou-se em um teste de resistência para a rainha do axé, que agora precisa responder tanto ao público quanto às autoridades.

Turnê “A Festa” cancelada: expectativas frustradas

Planejada como o maior projeto da carreira de Ivete Sangalo, a turnê “A Festa” prometia shows em estádios e uma produção grandiosa para marcar seus 30 anos de sucesso. Anunciada com entusiasmo, a iniciativa contava com o apoio de marcas como iFood, Avon e TikTok, que investiram pesado na divulgação. No entanto, a baixa venda de ingressos levou ao cancelamento abrupto no início de 2025, surpreendendo fãs e parceiros comerciais. O fracasso expôs vulnerabilidades na estratégia da cantora, que sempre foi associada a multidões fervorosas, e gerou questionamentos sobre o destino dos recursos captados.

Analistas apontam que os preços elevados dos ingressos, que variavam de centenas a milhares de reais, podem ter afastado o público em um mercado saturado de eventos. A concorrência crescente no setor de shows ao vivo no Brasil também pesou contra o projeto. Parceiros como a produtora 30e, responsável pela logística, trocaram acusações públicas com a equipe de Ivete, mas nenhuma explicação oficial esclareceu os detalhes do cancelamento. O impacto foi imediato: a imagem de uma artista imbatível começou a ser questionada, enquanto os prejuízos financeiros se acumulavam.

A dependência de patrocínios para viabilizar a turnê era evidente, mas a resposta do público não correspondeu às expectativas. Empresas que apostaram no evento, como a 99 Táxi, enfrentaram perdas significativas, o que levou a ações emergenciais para mitigar os danos. O episódio não apenas abalou a confiança de investidores, mas também colocou em evidência a necessidade de uma gestão mais alinhada às demandas atuais do mercado musical.

Patrocínios em foco: da Brahma à Itaipava

O rompimento de Ivete Sangalo com a Brahma, em fevereiro de 2025, marcou o fim de uma parceria histórica que por anos associou a marca ao Carnaval de Salvador. A cervejaria, que esteve ao lado da cantora em edições memoráveis do bloco Coruja, foi substituída rapidamente pela rival Itaipava, em um movimento que pegou foliões e parceiros de surpresa. A transição, oficializada em um curto intervalo, gerou críticas entre os fãs, que viam na Brahma um símbolo tradicional da folia baiana, e reacendeu discussões sobre os limites éticos em acordos comerciais.

No Carnaval de 2025, o bloco Coruja desfilou com uma lista impressionante de patrocinadores, incluindo Itaipava, TIM, Amazon e Cheetos. A capacidade de Ivete de atrair marcas de peso permaneceu intacta, mas as restrições impostas pela prefeitura de Salvador complicaram a visibilidade de alguns apoiadores. Regras municipais limitaram a exposição de empresas concorrentes, criando tensões logísticas e financeiras. A troca de Brahma por Itaipava, embora estratégica para manter o fluxo de recursos, foi vista por muitos como uma manobra arriscada, que comprometeu a relação com parceiros de longa data.

A habilidade de Ivete em negociar contratos milionários é inquestionável, mas os episódios recentes sugerem falhas na gestão dessas parcerias. O desconforto gerado pela mudança de patrocinadores se somou às pressões da investigação do Tribunal de Contas, ampliando o debate sobre transparência e conflitos de interesse. Enquanto o Coruja brilhou nas ruas, os bastidores revelaram um cenário de incertezas que desafia o status de “rainha dos patrocínios” da cantora.

Investigação do Tribunal de Contas: verbas públicas sob análise

Aberta em março de 2025, a investigação do Tribunal de Contas da Bahia colocou o bloco Coruja no centro de uma polêmica financeira. O evento, que movimenta milhões a cada edição do Carnaval de Salvador, é alvo de suspeitas sobre o uso irregular de verbas públicas destinadas a projetos culturais. A apuração busca esclarecer discrepâncias entre os lucros declarados e os recursos empregados, analisando contratos firmados com a prefeitura e empresas privadas. A falta de clareza nos relatórios apresentados pela equipe de Ivete intensifica as especulações e pressiona por respostas.

O bloco Coruja, criado em 2002, tornou-se um dos mais disputados da folia baiana sob o comando de Ivete Sangalo. Em 2025, cerca de 800 mil foliões acompanharam o trio elétrico no circuito Barra-Ondina, consolidando sua relevância cultural e comercial. No entanto, o sucesso nas ruas contrasta com as sombras nos bastidores. O Tribunal já solicitou documentos detalhados sobre os custos operacionais e o faturamento do evento, mas a ausência de informações completas mantém o caso em aberto. A suspeita é de que recursos da prefeitura possam ter sido direcionados de forma inadequada para um projeto privado, o que seria uma irregularidade grave.

A investigação representa um risco significativo para a reputação de Ivete, especialmente em um contexto onde o uso de dinheiro público é um tema sensível. O desfecho do processo pode impactar o futuro do Coruja, com possíveis sanções como multas ou restrições ao acesso a verbas públicas. Enquanto as autoridades avançam, a cantora enfrenta o desafio de equilibrar sua imagem pública com as exigências de transparência impostas pelo caso.

Principais momentos da crise de Ivete Sangalo

Os últimos meses trouxeram uma sequência de eventos que marcaram a trajetória de Ivete Sangalo em 2025. Veja os destaques dessa crise:

  • Janeiro: Rumores sobre dificuldades na venda de ingressos da turnê “A Festa” começam a circular, enquanto Ivete se apresenta no Festival de Verão de Salvador.
  • Fevereiro: O rompimento com a Brahma é oficializado, e a parceria com a Itaipava é anunciada, gerando reações mistas entre foliões e parceiros.
  • Março: O Tribunal de Contas inicia a investigação sobre o bloco Coruja, e a 99 Táxi lança uma campanha emergencial para contornar prejuízos.

Essa linha do tempo reflete a rapidez com que os problemas se acumularam, testando a capacidade da artista de gerenciar sua carreira em meio a adversidades.

Bloco Coruja: sucesso nas ruas, sombras nos bastidores

Comandado por Ivete Sangalo desde sua criação em 2002, o bloco Coruja consolidou-se como um dos pilares do Carnaval de Salvador. Em 2025, o evento atraiu cerca de 800 mil foliões ao circuito Barra-Ondina, com quatro quilômetros de percurso repletos de energia e música. A participação de Marcelo Sangalo, filho da cantora, na percussão trouxe um toque familiar ao desfile, emocionando o público e reforçando a conexão da artista com seus fãs. Marcas como Itaipava, iFood, TikTok e Avon investiram pesado, garantindo o sucesso comercial do bloco.

Apesar do brilho nas avenidas, o Coruja enfrenta questionamentos nos bastidores. A investigação do Tribunal de Contas coloca em dúvida a origem de parte de seu faturamento, com suspeitas de que verbas públicas tenham sido usadas de forma irregular. O contraste entre o glamour da festa e as acusações de má gestão financeira mantém o evento sob os holofotes. A cada edição, o bloco movimenta cifras milionárias, mas os detalhes sobre custos e lucros permanecem obscuros, alimentando o escrutínio das autoridades.

A presença de celebridades como Sasha Meneghel e Thaynara OG no trio elétrico ampliou a visibilidade do Coruja em 2025, mas não desviou a atenção das polêmicas. Ivete, que comandou cinco apresentações durante a folia, incluindo quatro trios elétricos e um show no Camarote Salvador, provou sua força como ícone da música brasileira. No entanto, o futuro do bloco pode depender dos resultados da investigação, que continua a analisar os contratos e movimentações financeiras.

Parceria com 99 Táxi: prejuízos e tentativa de reparação

Após o cancelamento da turnê “A Festa”, Ivete Sangalo enfrentou outro revés com a 99 Táxi, parceira promocional do projeto. O acordo original previa ações de divulgação durante os shows, mas o fracasso do evento deixou a empresa sem retorno sobre o investimento. Em resposta, uma campanha emergencial foi lançada em março de 2025, com o objetivo de emplacar um recorde no Guinness Book e associar a marca ao carisma da cantora. A música “O mundo vai” foi escolhida como trilha sonora, mas a iniciativa recebeu críticas por parecer improvisada.

A 99 Táxi, que já havia direcionado recursos para a turnê, precisou investir novamente na nova ação, enquanto a equipe de Ivete trabalhava para minimizar os danos à imagem de ambas as partes. O episódio expôs fragilidades na gestão de parcerias da artista, que afetaram não apenas sua carreira, mas também as empresas que confiaram em seu alcance. Apesar do esforço, o sucesso da campanha segue incerto, refletindo os desafios de reparar prejuízos em meio a uma crise mais ampla.

O descumprimento do contrato original gerou tensões com a 99 Táxi, que cobrou soluções rápidas. A tentativa de transformar a situação em uma jogada de marketing ousada demonstra a resiliência de Ivete, mas também evidencia os custos de uma gestão desorganizada. Enquanto a campanha segue em andamento, os resultados ainda não conseguiram apagar o desgaste provocado pelo cancelamento da turnê.

Carnaval de 2025: força de Ivete em meio às polêmicas

Mesmo enfrentando um ano turbulento, Ivete Sangalo brilhou no Carnaval de Salvador em 2025. O bloco Coruja manteve sua posição como um dos destaques da folia, arrastando milhares de foliões no circuito Barra-Ondina. Foram cinco apresentações ao todo, incluindo quatro trios elétricos e um show no Camarote Salvador, todas marcadas pela energia característica da cantora. A participação de Marcelo Sangalo na percussão e a presença de famosos como Sasha Meneghel e Thaynara OG no trio ampliaram o impacto do evento.

A lista de patrocinadores do Coruja impressionou, com nomes como Itaipava, TIM, Amazon e Cheetos apostando no poder de mercado de Ivete. No entanto, as restrições da prefeitura para limitar a exposição de marcas concorrentes trouxeram desafios logísticos, enquanto a investigação do Tribunal de Contas seguia em curso. O sucesso comercial do bloco contrastou com as suspeitas financeiras, criando um cenário ambíguo para a artista. A cada desfile, Ivete reafirmou sua conexão com o público, mas os problemas nos bastidores continuaram a pairar sobre sua trajetória.

Durante a folia, a cantora demonstrou por que ainda é considerada a rainha do Carnaval baiano. A presença de seu filho na percussão e o apoio de marcas de peso reforçaram sua relevância, mas as controvérsias não foram esquecidas. O Coruja, com seus 800 mil foliões, provou que o carisma de Ivete segue intacto, mesmo em um momento de incertezas que testa sua capacidade de se reinventar.

Gestão de carreira em xeque: desafios além da música

A crise enfrentada por Ivete Sangalo em 2025 vai além das questões artísticas e atinge a gestão de sua carreira. O cancelamento da turnê “A Festa” revelou dificuldades em adaptar-se a um mercado musical em transformação, onde a concorrência e os custos elevados exigem estratégias mais precisas. A baixa procura por ingressos, aliada à dependência de patrocínios, expôs uma desconexão com as expectativas do público, algo raro em uma trajetória marcada por sucessos consistentes.

Ivete Sangalo
Ivete Sangalo – Foto: Instagram

A transição entre Brahma e Itaipava, embora bem-sucedida em termos de continuidade financeira, gerou críticas éticas e logísticas que afetaram a percepção de Ivete como uma negociadora infalível. A investigação do Tribunal de Contas, por sua vez, trouxe à tona a necessidade de maior transparência na administração de seus projetos, especialmente aqueles que envolvem recursos públicos. A combinação desses fatores coloca a cantora em uma posição delicada, exigindo respostas rápidas e eficazes para preservar seu legado.

Enquanto isso, o impacto nas parcerias comerciais é evidente. Empresas como a 99 Táxi, que enfrentaram prejuízos, e marcas como iFood e Avon, que aguardam esclarecimentos sobre os investimentos na turnê, refletem os custos de uma gestão que não conseguiu evitar os tropeços. A habilidade de Ivete em mobilizar multidões e patrocinadores segue como seu maior trunfo, mas os desafios atuais mostram que o sucesso nas ruas não é suficiente para silenciar as polêmicas nos bastidores.

Marcelo Sangalo: um toque familiar no Coruja

A participação de Marcelo Sangalo, filho de Ivete, na percussão do bloco Coruja foi um dos destaques do Carnaval de 2025. Aos 15 anos, o jovem percussionista exibiu talento e gingado ao lado da mãe, conquistando o público e adicionando um elemento pessoal à festa. Sua presença no trio elétrico emocionou os foliões e reforçou a narrativa de continuidade familiar na carreira da cantora, que já o acompanha em apresentações desde 2022.

Marcelo, fruto do casamento de Ivete com o nutricionista Daniel Cady, tem se dedicado à música desde pequeno. Além de tocar bateria e percussão, ele já é creditado como músico em projetos como “Onda Boa”, lançado durante a pandemia. Sua estreia oficial no Coruja em 2025 foi marcada por elogios nas redes sociais, onde fãs destacaram sua desenvoltura e potencial para seguir os passos da mãe. A parceria entre os dois no palco trouxe um momento de leveza em meio às controvérsias que cercam a artista.

O envolvimento de Marcelo no Carnaval não passou despercebido pelos patrocinadores e pelo público. Sua participação fortaleceu a imagem de Ivete como uma figura que une gerações, mas não conseguiu desviar o foco das investigações e dos problemas financeiros. Enquanto o jovem músico brilha, a mãe enfrenta o desafio de manter sua carreira nos trilhos em um ano de altos e baixos.

Impactos financeiros: prejuízos e ajustes emergenciais

O cancelamento da turnê “A Festa” gerou uma onda de prejuízos que atingiu não apenas Ivete Sangalo, mas também seus parceiros comerciais. Marcas como iFood, TikTok e Avon, que investiram na divulgação do projeto, enfrentam incertezas sobre o retorno financeiro, enquanto a 99 Táxi precisou redirecionar recursos para uma campanha emergencial. O custo elevado da produção, somado à baixa venda de ingressos, deixou um rombo que ainda não foi totalmente esclarecido pela equipe da cantora.

A resposta à crise incluiu medidas como a campanha com a 99 Táxi, que buscou um recorde no Guinness Book para minimizar os danos à imagem da empresa e de Ivete. A iniciativa, lançada em março de 2025, usou a música “O mundo vai” como chamariz, mas não escapou das críticas por parecer uma solução improvisada. O esforço reflete a tentativa de ajustar os rumos de uma carreira abalada, mas os resultados financeiros permanecem incertos, com parceiros aguardando explicações sobre os recursos aplicados.

No Carnaval, o bloco Coruja conseguiu manter sua força comercial, mas as restrições municipais e a investigação do Tribunal de Contas adicionaram camadas de complexidade à gestão financeira. A capacidade de Ivete de atrair patrocinadores segue como um diferencial, mas os ajustes emergenciais não foram suficientes para apagar os impactos de um ano marcado por decisões questionáveis e perdas acumuladas.

O que o futuro reserva para o bloco Coruja

Criado em 2002, o bloco Coruja tornou-se um símbolo do sucesso de Ivete Sangalo no Carnaval de Salvador. Em 2025, o evento manteve sua relevância, com 800 mil foliões e uma lista de patrocinadores que inclui Itaipava, iFood e TIM. A participação de Marcelo Sangalo na percussão e o apoio de marcas de peso reforçaram seu apelo, mas a investigação do Tribunal de Contas lança dúvidas sobre sua continuidade. O desfecho do caso pode trazer sanções que afetem o acesso a verbas públicas ou imponham multas, alterando a dinâmica financeira do bloco.

A força do Coruja nas ruas é inegável, com Ivete comandando multidões e entregando apresentações memoráveis. No entanto, o contraste entre o sucesso comercial e as suspeitas de irregularidades mantém o evento em uma posição vulnerável. A prefeitura de Salvador, que já impôs restrições logísticas, pode endurecer as regras caso as acusações sejam confirmadas, impactando a operação do bloco em edições futuras.

Enquanto as autoridades analisam os contratos, Ivete enfrenta o desafio de preservar um dos pilares de sua carreira. O Coruja segue como um ícone da folia baiana, mas seu futuro dependerá da capacidade da cantora de responder às exigências de transparência e adaptar-se a um cenário de maior controle financeiro. A combinação de carisma e controvérsia continua a definir a trajetória da artista em um momento crucial.

Energia intacta: Ivete brilha apesar das adversidades

Mesmo em meio às polêmicas, Ivete Sangalo demonstrou sua força no Carnaval de 2025. Foram cinco apresentações em Salvador, incluindo quatro trios elétricos e um show no Camarote Salvador, que lotaram as ruas do circuito Barra-Ondina. A energia contagiante da cantora, marca registrada de sua carreira, manteve o público cativado, enquanto a participação de Marcelo Sangalo e a presença de celebridades como Sasha Meneghel ampliaram a visibilidade do evento. Marcas como Itaipava e Avon apostaram no sucesso da folia, consolidando o apelo comercial de Ivete.

O bloco Coruja, com seus 800 mil foliões, reafirmou a posição da artista como uma das maiores atrações da festa baiana. A cada desfile, ela provou que sua conexão com os fãs permanece inabalável, mesmo com as investigações e os prejuízos financeiros em curso. As restrições da prefeitura e as suspeitas do Tribunal de Contas não apagaram o brilho de suas apresentações, que continuam a ser um ponto alto do Carnaval.

A resiliência de Ivete é evidente, mas os desafios nos bastidores exigem mais do que carisma para serem superados. Enquanto as ruas celebram, a cantora precisa navegar por um cenário de incertezas que testa sua habilidade de manter o equilíbrio entre o sucesso público e a gestão de uma carreira sob pressão. O Carnaval de 2025 foi um palco de contrastes, onde o talento de Ivete brilhou, mas as sombras das polêmicas permaneceram.



Ivete Sangalo, um dos nomes mais emblemáticos da música brasileira, atravessa um período de turbulências que coloca em xeque sua trajetória de três décadas. Conhecida por arrastar multidões no Carnaval de Salvador e por parcerias milionárias com marcas como Brahma, Itaipava e iFood, a cantora enfrenta agora uma série de controvérsias que abalam sua reputação. O cancelamento da turnê “A Festa”, planejada para celebrar 30 anos de carreira, e uma investigação do Tribunal de Contas da Bahia sobre o bloco Coruja, um dos mais tradicionais da folia baiana, são os epicentros dessa crise. Além disso, a transição polêmica entre patrocinadores e suspeitas sobre o uso de verbas públicas intensificam o escrutínio sobre a gestão de seus projetos, desafiando a imagem de uma artista que sempre foi sinônimo de sucesso e carisma.

Aos 52 anos, Ivete consolidou-se como uma potência comercial e cultural, especialmente no Carnaval, onde o bloco Coruja se destaca desde 2002. No entanto, os eventos recentes expõem fragilidades que contrastam com o brilho de suas apresentações. A investigação do Tribunal de Contas, iniciada em março de 2025, foca em possíveis irregularidades no uso de recursos públicos, enquanto o cancelamento da turnê levanta dúvidas sobre a viabilidade financeira de suas empreitadas. Marcas como 99 Táxi, que sofreram prejuízos com acordos não cumpridos, e a troca de Brahma por Itaipava como patrocinadora principal do Coruja alimentam debates sobre ética e transparência nos negócios da cantora.

Apesar dos desafios, Ivete mantém sua força nas ruas. O Carnaval de 2025 viu o bloco Coruja arrastar cerca de 800 mil foliões no circuito Barra-Ondina, com uma lista robusta de patrocinadores e a participação especial de seu filho, Marcelo Sangalo, na percussão. A energia contagiante da artista continua a ser um diferencial, mas os problemas nos bastidores não passam despercebidos. O que era para ser um ano de celebração transformou-se em um teste de resistência para a rainha do axé, que agora precisa responder tanto ao público quanto às autoridades.

Turnê “A Festa” cancelada: expectativas frustradas

Planejada como o maior projeto da carreira de Ivete Sangalo, a turnê “A Festa” prometia shows em estádios e uma produção grandiosa para marcar seus 30 anos de sucesso. Anunciada com entusiasmo, a iniciativa contava com o apoio de marcas como iFood, Avon e TikTok, que investiram pesado na divulgação. No entanto, a baixa venda de ingressos levou ao cancelamento abrupto no início de 2025, surpreendendo fãs e parceiros comerciais. O fracasso expôs vulnerabilidades na estratégia da cantora, que sempre foi associada a multidões fervorosas, e gerou questionamentos sobre o destino dos recursos captados.

Analistas apontam que os preços elevados dos ingressos, que variavam de centenas a milhares de reais, podem ter afastado o público em um mercado saturado de eventos. A concorrência crescente no setor de shows ao vivo no Brasil também pesou contra o projeto. Parceiros como a produtora 30e, responsável pela logística, trocaram acusações públicas com a equipe de Ivete, mas nenhuma explicação oficial esclareceu os detalhes do cancelamento. O impacto foi imediato: a imagem de uma artista imbatível começou a ser questionada, enquanto os prejuízos financeiros se acumulavam.

A dependência de patrocínios para viabilizar a turnê era evidente, mas a resposta do público não correspondeu às expectativas. Empresas que apostaram no evento, como a 99 Táxi, enfrentaram perdas significativas, o que levou a ações emergenciais para mitigar os danos. O episódio não apenas abalou a confiança de investidores, mas também colocou em evidência a necessidade de uma gestão mais alinhada às demandas atuais do mercado musical.

Patrocínios em foco: da Brahma à Itaipava

O rompimento de Ivete Sangalo com a Brahma, em fevereiro de 2025, marcou o fim de uma parceria histórica que por anos associou a marca ao Carnaval de Salvador. A cervejaria, que esteve ao lado da cantora em edições memoráveis do bloco Coruja, foi substituída rapidamente pela rival Itaipava, em um movimento que pegou foliões e parceiros de surpresa. A transição, oficializada em um curto intervalo, gerou críticas entre os fãs, que viam na Brahma um símbolo tradicional da folia baiana, e reacendeu discussões sobre os limites éticos em acordos comerciais.

No Carnaval de 2025, o bloco Coruja desfilou com uma lista impressionante de patrocinadores, incluindo Itaipava, TIM, Amazon e Cheetos. A capacidade de Ivete de atrair marcas de peso permaneceu intacta, mas as restrições impostas pela prefeitura de Salvador complicaram a visibilidade de alguns apoiadores. Regras municipais limitaram a exposição de empresas concorrentes, criando tensões logísticas e financeiras. A troca de Brahma por Itaipava, embora estratégica para manter o fluxo de recursos, foi vista por muitos como uma manobra arriscada, que comprometeu a relação com parceiros de longa data.

A habilidade de Ivete em negociar contratos milionários é inquestionável, mas os episódios recentes sugerem falhas na gestão dessas parcerias. O desconforto gerado pela mudança de patrocinadores se somou às pressões da investigação do Tribunal de Contas, ampliando o debate sobre transparência e conflitos de interesse. Enquanto o Coruja brilhou nas ruas, os bastidores revelaram um cenário de incertezas que desafia o status de “rainha dos patrocínios” da cantora.

Investigação do Tribunal de Contas: verbas públicas sob análise

Aberta em março de 2025, a investigação do Tribunal de Contas da Bahia colocou o bloco Coruja no centro de uma polêmica financeira. O evento, que movimenta milhões a cada edição do Carnaval de Salvador, é alvo de suspeitas sobre o uso irregular de verbas públicas destinadas a projetos culturais. A apuração busca esclarecer discrepâncias entre os lucros declarados e os recursos empregados, analisando contratos firmados com a prefeitura e empresas privadas. A falta de clareza nos relatórios apresentados pela equipe de Ivete intensifica as especulações e pressiona por respostas.

O bloco Coruja, criado em 2002, tornou-se um dos mais disputados da folia baiana sob o comando de Ivete Sangalo. Em 2025, cerca de 800 mil foliões acompanharam o trio elétrico no circuito Barra-Ondina, consolidando sua relevância cultural e comercial. No entanto, o sucesso nas ruas contrasta com as sombras nos bastidores. O Tribunal já solicitou documentos detalhados sobre os custos operacionais e o faturamento do evento, mas a ausência de informações completas mantém o caso em aberto. A suspeita é de que recursos da prefeitura possam ter sido direcionados de forma inadequada para um projeto privado, o que seria uma irregularidade grave.

A investigação representa um risco significativo para a reputação de Ivete, especialmente em um contexto onde o uso de dinheiro público é um tema sensível. O desfecho do processo pode impactar o futuro do Coruja, com possíveis sanções como multas ou restrições ao acesso a verbas públicas. Enquanto as autoridades avançam, a cantora enfrenta o desafio de equilibrar sua imagem pública com as exigências de transparência impostas pelo caso.

Principais momentos da crise de Ivete Sangalo

Os últimos meses trouxeram uma sequência de eventos que marcaram a trajetória de Ivete Sangalo em 2025. Veja os destaques dessa crise:

  • Janeiro: Rumores sobre dificuldades na venda de ingressos da turnê “A Festa” começam a circular, enquanto Ivete se apresenta no Festival de Verão de Salvador.
  • Fevereiro: O rompimento com a Brahma é oficializado, e a parceria com a Itaipava é anunciada, gerando reações mistas entre foliões e parceiros.
  • Março: O Tribunal de Contas inicia a investigação sobre o bloco Coruja, e a 99 Táxi lança uma campanha emergencial para contornar prejuízos.

Essa linha do tempo reflete a rapidez com que os problemas se acumularam, testando a capacidade da artista de gerenciar sua carreira em meio a adversidades.

Bloco Coruja: sucesso nas ruas, sombras nos bastidores

Comandado por Ivete Sangalo desde sua criação em 2002, o bloco Coruja consolidou-se como um dos pilares do Carnaval de Salvador. Em 2025, o evento atraiu cerca de 800 mil foliões ao circuito Barra-Ondina, com quatro quilômetros de percurso repletos de energia e música. A participação de Marcelo Sangalo, filho da cantora, na percussão trouxe um toque familiar ao desfile, emocionando o público e reforçando a conexão da artista com seus fãs. Marcas como Itaipava, iFood, TikTok e Avon investiram pesado, garantindo o sucesso comercial do bloco.

Apesar do brilho nas avenidas, o Coruja enfrenta questionamentos nos bastidores. A investigação do Tribunal de Contas coloca em dúvida a origem de parte de seu faturamento, com suspeitas de que verbas públicas tenham sido usadas de forma irregular. O contraste entre o glamour da festa e as acusações de má gestão financeira mantém o evento sob os holofotes. A cada edição, o bloco movimenta cifras milionárias, mas os detalhes sobre custos e lucros permanecem obscuros, alimentando o escrutínio das autoridades.

A presença de celebridades como Sasha Meneghel e Thaynara OG no trio elétrico ampliou a visibilidade do Coruja em 2025, mas não desviou a atenção das polêmicas. Ivete, que comandou cinco apresentações durante a folia, incluindo quatro trios elétricos e um show no Camarote Salvador, provou sua força como ícone da música brasileira. No entanto, o futuro do bloco pode depender dos resultados da investigação, que continua a analisar os contratos e movimentações financeiras.

Parceria com 99 Táxi: prejuízos e tentativa de reparação

Após o cancelamento da turnê “A Festa”, Ivete Sangalo enfrentou outro revés com a 99 Táxi, parceira promocional do projeto. O acordo original previa ações de divulgação durante os shows, mas o fracasso do evento deixou a empresa sem retorno sobre o investimento. Em resposta, uma campanha emergencial foi lançada em março de 2025, com o objetivo de emplacar um recorde no Guinness Book e associar a marca ao carisma da cantora. A música “O mundo vai” foi escolhida como trilha sonora, mas a iniciativa recebeu críticas por parecer improvisada.

A 99 Táxi, que já havia direcionado recursos para a turnê, precisou investir novamente na nova ação, enquanto a equipe de Ivete trabalhava para minimizar os danos à imagem de ambas as partes. O episódio expôs fragilidades na gestão de parcerias da artista, que afetaram não apenas sua carreira, mas também as empresas que confiaram em seu alcance. Apesar do esforço, o sucesso da campanha segue incerto, refletindo os desafios de reparar prejuízos em meio a uma crise mais ampla.

O descumprimento do contrato original gerou tensões com a 99 Táxi, que cobrou soluções rápidas. A tentativa de transformar a situação em uma jogada de marketing ousada demonstra a resiliência de Ivete, mas também evidencia os custos de uma gestão desorganizada. Enquanto a campanha segue em andamento, os resultados ainda não conseguiram apagar o desgaste provocado pelo cancelamento da turnê.

Carnaval de 2025: força de Ivete em meio às polêmicas

Mesmo enfrentando um ano turbulento, Ivete Sangalo brilhou no Carnaval de Salvador em 2025. O bloco Coruja manteve sua posição como um dos destaques da folia, arrastando milhares de foliões no circuito Barra-Ondina. Foram cinco apresentações ao todo, incluindo quatro trios elétricos e um show no Camarote Salvador, todas marcadas pela energia característica da cantora. A participação de Marcelo Sangalo na percussão e a presença de famosos como Sasha Meneghel e Thaynara OG no trio ampliaram o impacto do evento.

A lista de patrocinadores do Coruja impressionou, com nomes como Itaipava, TIM, Amazon e Cheetos apostando no poder de mercado de Ivete. No entanto, as restrições da prefeitura para limitar a exposição de marcas concorrentes trouxeram desafios logísticos, enquanto a investigação do Tribunal de Contas seguia em curso. O sucesso comercial do bloco contrastou com as suspeitas financeiras, criando um cenário ambíguo para a artista. A cada desfile, Ivete reafirmou sua conexão com o público, mas os problemas nos bastidores continuaram a pairar sobre sua trajetória.

Durante a folia, a cantora demonstrou por que ainda é considerada a rainha do Carnaval baiano. A presença de seu filho na percussão e o apoio de marcas de peso reforçaram sua relevância, mas as controvérsias não foram esquecidas. O Coruja, com seus 800 mil foliões, provou que o carisma de Ivete segue intacto, mesmo em um momento de incertezas que testa sua capacidade de se reinventar.

Gestão de carreira em xeque: desafios além da música

A crise enfrentada por Ivete Sangalo em 2025 vai além das questões artísticas e atinge a gestão de sua carreira. O cancelamento da turnê “A Festa” revelou dificuldades em adaptar-se a um mercado musical em transformação, onde a concorrência e os custos elevados exigem estratégias mais precisas. A baixa procura por ingressos, aliada à dependência de patrocínios, expôs uma desconexão com as expectativas do público, algo raro em uma trajetória marcada por sucessos consistentes.

Ivete Sangalo
Ivete Sangalo – Foto: Instagram

A transição entre Brahma e Itaipava, embora bem-sucedida em termos de continuidade financeira, gerou críticas éticas e logísticas que afetaram a percepção de Ivete como uma negociadora infalível. A investigação do Tribunal de Contas, por sua vez, trouxe à tona a necessidade de maior transparência na administração de seus projetos, especialmente aqueles que envolvem recursos públicos. A combinação desses fatores coloca a cantora em uma posição delicada, exigindo respostas rápidas e eficazes para preservar seu legado.

Enquanto isso, o impacto nas parcerias comerciais é evidente. Empresas como a 99 Táxi, que enfrentaram prejuízos, e marcas como iFood e Avon, que aguardam esclarecimentos sobre os investimentos na turnê, refletem os custos de uma gestão que não conseguiu evitar os tropeços. A habilidade de Ivete em mobilizar multidões e patrocinadores segue como seu maior trunfo, mas os desafios atuais mostram que o sucesso nas ruas não é suficiente para silenciar as polêmicas nos bastidores.

Marcelo Sangalo: um toque familiar no Coruja

A participação de Marcelo Sangalo, filho de Ivete, na percussão do bloco Coruja foi um dos destaques do Carnaval de 2025. Aos 15 anos, o jovem percussionista exibiu talento e gingado ao lado da mãe, conquistando o público e adicionando um elemento pessoal à festa. Sua presença no trio elétrico emocionou os foliões e reforçou a narrativa de continuidade familiar na carreira da cantora, que já o acompanha em apresentações desde 2022.

Marcelo, fruto do casamento de Ivete com o nutricionista Daniel Cady, tem se dedicado à música desde pequeno. Além de tocar bateria e percussão, ele já é creditado como músico em projetos como “Onda Boa”, lançado durante a pandemia. Sua estreia oficial no Coruja em 2025 foi marcada por elogios nas redes sociais, onde fãs destacaram sua desenvoltura e potencial para seguir os passos da mãe. A parceria entre os dois no palco trouxe um momento de leveza em meio às controvérsias que cercam a artista.

O envolvimento de Marcelo no Carnaval não passou despercebido pelos patrocinadores e pelo público. Sua participação fortaleceu a imagem de Ivete como uma figura que une gerações, mas não conseguiu desviar o foco das investigações e dos problemas financeiros. Enquanto o jovem músico brilha, a mãe enfrenta o desafio de manter sua carreira nos trilhos em um ano de altos e baixos.

Impactos financeiros: prejuízos e ajustes emergenciais

O cancelamento da turnê “A Festa” gerou uma onda de prejuízos que atingiu não apenas Ivete Sangalo, mas também seus parceiros comerciais. Marcas como iFood, TikTok e Avon, que investiram na divulgação do projeto, enfrentam incertezas sobre o retorno financeiro, enquanto a 99 Táxi precisou redirecionar recursos para uma campanha emergencial. O custo elevado da produção, somado à baixa venda de ingressos, deixou um rombo que ainda não foi totalmente esclarecido pela equipe da cantora.

A resposta à crise incluiu medidas como a campanha com a 99 Táxi, que buscou um recorde no Guinness Book para minimizar os danos à imagem da empresa e de Ivete. A iniciativa, lançada em março de 2025, usou a música “O mundo vai” como chamariz, mas não escapou das críticas por parecer uma solução improvisada. O esforço reflete a tentativa de ajustar os rumos de uma carreira abalada, mas os resultados financeiros permanecem incertos, com parceiros aguardando explicações sobre os recursos aplicados.

No Carnaval, o bloco Coruja conseguiu manter sua força comercial, mas as restrições municipais e a investigação do Tribunal de Contas adicionaram camadas de complexidade à gestão financeira. A capacidade de Ivete de atrair patrocinadores segue como um diferencial, mas os ajustes emergenciais não foram suficientes para apagar os impactos de um ano marcado por decisões questionáveis e perdas acumuladas.

O que o futuro reserva para o bloco Coruja

Criado em 2002, o bloco Coruja tornou-se um símbolo do sucesso de Ivete Sangalo no Carnaval de Salvador. Em 2025, o evento manteve sua relevância, com 800 mil foliões e uma lista de patrocinadores que inclui Itaipava, iFood e TIM. A participação de Marcelo Sangalo na percussão e o apoio de marcas de peso reforçaram seu apelo, mas a investigação do Tribunal de Contas lança dúvidas sobre sua continuidade. O desfecho do caso pode trazer sanções que afetem o acesso a verbas públicas ou imponham multas, alterando a dinâmica financeira do bloco.

A força do Coruja nas ruas é inegável, com Ivete comandando multidões e entregando apresentações memoráveis. No entanto, o contraste entre o sucesso comercial e as suspeitas de irregularidades mantém o evento em uma posição vulnerável. A prefeitura de Salvador, que já impôs restrições logísticas, pode endurecer as regras caso as acusações sejam confirmadas, impactando a operação do bloco em edições futuras.

Enquanto as autoridades analisam os contratos, Ivete enfrenta o desafio de preservar um dos pilares de sua carreira. O Coruja segue como um ícone da folia baiana, mas seu futuro dependerá da capacidade da cantora de responder às exigências de transparência e adaptar-se a um cenário de maior controle financeiro. A combinação de carisma e controvérsia continua a definir a trajetória da artista em um momento crucial.

Energia intacta: Ivete brilha apesar das adversidades

Mesmo em meio às polêmicas, Ivete Sangalo demonstrou sua força no Carnaval de 2025. Foram cinco apresentações em Salvador, incluindo quatro trios elétricos e um show no Camarote Salvador, que lotaram as ruas do circuito Barra-Ondina. A energia contagiante da cantora, marca registrada de sua carreira, manteve o público cativado, enquanto a participação de Marcelo Sangalo e a presença de celebridades como Sasha Meneghel ampliaram a visibilidade do evento. Marcas como Itaipava e Avon apostaram no sucesso da folia, consolidando o apelo comercial de Ivete.

O bloco Coruja, com seus 800 mil foliões, reafirmou a posição da artista como uma das maiores atrações da festa baiana. A cada desfile, ela provou que sua conexão com os fãs permanece inabalável, mesmo com as investigações e os prejuízos financeiros em curso. As restrições da prefeitura e as suspeitas do Tribunal de Contas não apagaram o brilho de suas apresentações, que continuam a ser um ponto alto do Carnaval.

A resiliência de Ivete é evidente, mas os desafios nos bastidores exigem mais do que carisma para serem superados. Enquanto as ruas celebram, a cantora precisa navegar por um cenário de incertezas que testa sua habilidade de manter o equilíbrio entre o sucesso público e a gestão de uma carreira sob pressão. O Carnaval de 2025 foi um palco de contrastes, onde o talento de Ivete brilhou, mas as sombras das polêmicas permaneceram.



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