A construção de moradias no Rio Grande do Norte ganhou um novo impulso com a assinatura de contratos entre a CAIXA, o governo estadual e entidades sociais para a entrega de 165 unidades habitacionais. Anunciado no último dia 31 de março, o investimento de R$ 22,8 milhões integra o Programa Minha Casa, Minha Vida e beneficia diretamente os municípios de João Câmara, Santa Cruz, Parelhas e São José de Mipibu. As novas casas, voltadas para famílias de baixa renda, reforçam o compromisso do banco em ampliar o acesso à moradia digna, atendendo tanto áreas urbanas quanto rurais. Desde a retomada do programa em 2023, o estado já contabiliza mais de 4 mil unidades contratadas, consolidando um avanço significativo na redução do déficit habitacional local.
Em João Câmara e Santa Cruz, o foco está na construção de empreendimentos urbanos. João Câmara receberá 50 casas, enquanto Santa Cruz terá 30 unidades, totalizando R$ 12,4 milhões em recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR). Cada moradia terá 44 m², com sala, dois quartos, cozinha, banheiro e área de serviço, projetadas para atender às necessidades básicas das famílias. A seleção dos beneficiários ficará a cargo das prefeituras, que seguirão os critérios de renda estabelecidos pelo programa, priorizando aqueles enquadrados na Faixa 1, com renda mensal bruta de até R$ 2.850.
Já em Parelhas, o investimento de R$ 7,2 milhões, proveniente do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS), viabilizará a construção de 50 casas. Essas unidades contarão com infraestrutura completa, incluindo abastecimento de água, sistema de esgoto, pavimentação, drenagem, iluminação e rede de energia elétrica. A iniciativa destaca o esforço em oferecer não apenas moradia, mas também condições adequadas de saneamento e urbanização, elevando a qualidade de vida dos futuros moradores.
São José de Mipibu, por sua vez, será contemplado com 35 unidades habitacionais voltadas para a população rural. Com R$ 3 milhões do Orçamento Geral da União (OGU), as casas terão 48 m² e seguirão o mesmo padrão de divisão interna, adaptado às demandas de quem vive no campo. Esse recorte rural do Minha Casa, Minha Vida reflete a preocupação em atender agricultores familiares e trabalhadores do interior, grupos historicamente afetados pela falta de acesso a moradias adequadas.

Como as novas moradias chegam às famílias
A execução do projeto envolve uma parceria estratégica entre a CAIXA, o governo do Rio Grande do Norte e as prefeituras locais. Após a assinatura dos contratos, as prefeituras assumem a responsabilidade de identificar e cadastrar as famílias elegíveis, seguindo as diretrizes do programa. Para as unidades urbanas, como as de João Câmara, Santa Cruz e Parelhas, o processo prioriza quem se enquadra na Faixa 1, enquanto no caso rural de São José de Mipibu, a renda anual bruta familiar deve ser de até R$ 40 mil.
O superintendente de rede da CAIXA no estado, Tiago da Silva Neto, destacou o papel do banco como agente transformador. Ele enfatizou que a instituição busca democratizar o acesso à casa própria, promovendo inclusão social e econômica. A governadora Fátima Bezerra, presente no evento de assinatura, também celebrou a iniciativa, apontando que as novas moradias representam um passo concreto para melhorar as condições de vida da população potiguar.
Além disso, o programa traz benefícios adicionais às comunidades. A construção das casas gera empregos diretos e indiretos, movimentando a economia local com a contratação de mão de obra e a compra de materiais. Em áreas rurais, como São José de Mipibu, o impacto vai além, ajudando a fixar famílias no campo e fortalecer a produção agrícola.
- Critérios de elegibilidade urbana: Renda mensal bruta de até R$ 2.850 para a Faixa 1, sem posse de imóvel na mesma cidade.
- Critérios rurais: Renda anual bruta de até R$ 40 mil, com prioridade para famílias sem moradia adequada.
- Infraestrutura garantida: Água, esgoto, energia e pavimentação em Parelhas; padrão básico em demais cidades.
- Seleção: Prefeituras definem beneficiários com base em cadastros locais.
Um programa em evolução no Rio Grande do Norte
Desde que foi retomado em fevereiro de 2023, por meio da Lei nº 14.620, o Minha Casa, Minha Vida passou por mudanças significativas. No Rio Grande do Norte, o impacto é visível: até o momento, 44 empreendimentos foram contratados ou estão em fase de contratação, somando 4.306 unidades habitacionais. Esse número reflete um esforço conjunto para atender tanto a população urbana quanto rural, com investimentos que ultrapassam os R$ 22,8 milhões anunciados para as 165 novas casas.
A governadora Fátima Bezerra tem acompanhado de perto essa expansão. Durante a assinatura dos contratos, ela reforçou a importância de parcerias com a CAIXA e entidades sociais para alcançar os resultados atuais. O estado, que já soma mais de 24 mil contratações desde 2023, destaca-se no Nordeste como um dos que mais avançaram na execução do programa, superando em 60% a meta nacional traçada para 2026.
As melhorias no programa também incluem aspectos estruturais nas moradias. As novas unidades contam com área útil ampliada e, em alguns casos, previsão de varanda, além de localizações estratégicas próximas a comércio, escolas e transporte público. Outro avanço é a isenção de prestações para famílias da Faixa 1 que recebem o Bolsa Família ou o Benefício de Prestação Continuada (BPC), garantindo que o imóvel seja totalmente custeado pelo governo federal.
Benefícios além da moradia
Investir em habitação vai além de construir casas. No caso das 165 unidades anunciadas, o impacto econômico e social é expressivo. Em João Câmara, por exemplo, as 50 casas do FAR devem beneficiar cerca de 200 pessoas, considerando uma média de quatro moradores por família. Já em Parelhas, a infraestrutura completa eleva o padrão de vida, reduzindo problemas como falta de saneamento, que afetam a saúde pública.
A modalidade rural, aplicada em São José de Mipibu, tem um papel crucial na permanência das famílias no campo. Com 35 casas de 48 m², o projeto atende trabalhadores rurais e agricultores familiares, grupos que muitas vezes vivem em condições precárias. A iniciativa fortalece a agricultura local, essencial para a economia do estado, e reduz o êxodo rural, um desafio histórico no Nordeste.
O programa também prevê a participação ativa das comunidades. Em Parelhas, as entidades sociais envolvidas na gestão do empreendimento garantem que as famílias selecionadas sejam aquelas com maior necessidade. Esse modelo de organização popular é um dos pilares do Minha Casa, Minha Vida, especialmente nas modalidades financiadas pelo FDS e OGU.
Detalhes das unidades por município
Cada município contemplado tem características específicas que moldam os projetos habitacionais. Em João Câmara, as 50 casas do FAR atendem a uma demanda urbana crescente, impulsionada pelo aumento populacional e pela necessidade de moradias acessíveis. As unidades de 44 m² são compactas, mas funcionais, projetadas para famílias pequenas ou em início de formação.
Santa Cruz, com 30 casas, segue o mesmo modelo, mas em menor escala. A cidade, conhecida por sua vocação religiosa e turística, ganha um reforço na infraestrutura habitacional, beneficiando trabalhadores locais que antes dependiam de aluguéis ou moradias improvisadas. O investimento de R$ 12,4 milhões, dividido entre as duas cidades, reflete a prioridade dada às áreas urbanas de menor porte.
Parelhas se destaca pela qualidade do empreendimento. As 50 unidades, custeadas com R$ 7,2 milhões do FDS, incluem pavimentação e saneamento completo, diferenciais que elevam o custo por casa, mas garantem durabilidade e conforto. A cidade, localizada no Seridó potiguar, enfrenta desafios de acesso à água, o que torna o sistema de abastecimento um ganho significativo para os moradores.
São José de Mipibu, com suas 35 casas rurais, representa um investimento mais modesto, de R$ 3 milhões, mas igualmente impactante. As unidades de 48 m² são maiores que as urbanas, atendendo às necessidades de famílias que utilizam o espaço para atividades ligadas ao campo. O uso de recursos do OGU reforça o compromisso do governo federal com o desenvolvimento rural.
- João Câmara: 50 casas, 44 m², R$ 12,4 milhões (com Santa Cruz), foco urbano.
- Santa Cruz: 30 casas, 44 m², parte do mesmo investimento, perfil semelhante.
- Parelhas: 50 casas, infraestrutura completa, R$ 7,2 milhões, urbanização avançada.
- São José de Mipibu: 35 casas, 48 m², R$ 3 milhões, prioridade rural.
Impacto estadual e perspectivas futuras
O Rio Grande do Norte tem se consolidado como um dos estados mais beneficiados pelo Minha Casa, Minha Vida desde sua retomada. As 4.306 unidades contratadas até agora representam um investimento robusto, que vai além dos R$ 22,8 milhões das 165 casas recém-anunciadas. Esse volume coloca o estado em uma posição de destaque no Nordeste, região que já soma mais de 309 mil contratações no programa.
A parceria entre a CAIXA e o governo estadual tem sido fundamental para esse avanço. A governadora Fátima Bezerra, ao lado de Tiago da Silva Neto, da CAIXA, enfatizou que os projetos habitacionais são uma resposta direta ao déficit habitacional, estimado em cerca de 7,9 milhões de moradias no Brasil desde 2008. No estado, a meta é atender pelo menos 15,5 mil pessoas com as unidades já selecionadas ou em construção.
Outro ponto positivo é a geração de empregos. Cada empreendimento mobiliza dezenas de trabalhadores, desde pedreiros até fornecedores de materiais, aquecendo a economia local. Em cidades como Parelhas e São José de Mipibu, o efeito multiplicador é ainda maior, pois as obras atraem investimentos em serviços e comércio.
Passo a passo do processo de entrega
O cronograma para a entrega das 165 unidades segue etapas bem definidas. Após a assinatura dos contratos, as prefeituras iniciam o cadastro das famílias, que pode levar até 30 dias para análise e aprovação pela CAIXA. Em seguida, as obras são licitadas e executadas por construtoras parceiras, com prazos que variam conforme o porte do empreendimento.
Em João Câmara e Santa Cruz, a previsão é que as obras comecem ainda neste semestre, com entrega estimada para o próximo ano. Parelhas, por conta da infraestrutura mais complexa, pode ter um cronograma ligeiramente mais longo, enquanto São José de Mipibu, com menos unidades, tende a avançar mais rápido. A CAIXA acompanha cada fase, garantindo que os padrões de qualidade sejam cumpridos.
- Cadastro: Prefeituras identificam beneficiários em até 30 dias.
- Licitação: Construtoras são selecionadas para executar as obras.
- Construção: Prazos variam entre 12 e 18 meses, dependendo do município.
- Entrega: Chaves são repassadas às famílias após vistoria final.
Ampliação do acesso à casa própria
A isenção de prestações para beneficiários do Bolsa Família e do BPC é uma das novidades mais celebradas do programa. Em São José de Mipibu, por exemplo, famílias rurais que se enquadram nessa condição receberão as casas sem custo adicional, apenas com a contrapartida de 1% do valor da obra para os demais. Nas áreas urbanas, o subsídio também reduz significativamente o valor das parcelas, tornando o financiamento acessível.
A ampliação da renda máxima para a Faixa 1, de R$ 2.640 para R$ 2.850 mensais em áreas urbanas, e o teto de R$ 40 mil anuais no meio rural, permitem que mais famílias sejam contempladas. Além disso, o valor máximo dos imóveis subiu para R$ 350 mil nas faixas mais altas, embora as unidades anunciadas estejam dentro de limites menores, adequados à realidade local.
O programa também incentiva o uso do FGTS para quitar parte do financiamento, uma opção disponível para quem tem pelo menos três anos de contribuição. Essa flexibilidade é um atrativo para trabalhadores formais que buscam reduzir o custo total da casa própria.
Transformação social em foco
A entrega das 165 unidades habitacionais é mais do que um número. Em João Câmara, famílias que vivem em condições precárias terão a chance de mudar de vida. Em Santa Cruz, o projeto reforça o desenvolvimento de uma cidade em crescimento. Parelhas ganha um bairro planejado, enquanto São José de Mipibu fortalece sua zona rural, essencial para a economia agrícola do estado.
Tiago da Silva Neto, da CAIXA, reforçou que o banco não mede esforços para cumprir seu papel social. A instituição, responsável por mais de 1,26 milhão de contratações no país desde 2023, vê no Rio Grande do Norte um exemplo de sucesso na execução do Minha Casa, Minha Vida. A governadora Fátima Bezerra complementou, destacando que cada casa entregue é um passo rumo à dignidade e à cidadania.
O impacto dessas moradias vai além das famílias beneficiadas. Escolas, unidades de saúde e comércio local ganham com a chegada de novos moradores, criando um ciclo virtuoso de desenvolvimento. Em áreas rurais, a permanência no campo ajuda a preservar a cultura e a produção de alimentos, um benefício que se estende a toda a sociedade.
Dados que mostram o avanço
No Rio Grande do Norte, o Minha Casa, Minha Vida já contratou 24,3 mil unidades entre 2023 e 2024, superando expectativas nacionais. As 165 casas anunciadas são uma fração desse total, mas simbolizam o ritmo acelerado do programa no estado. No país, o número de contratações ultrapassa 1,26 milhão, com o Nordeste respondendo por 309 mil delas.
O investimento total no estado, somando todos os projetos, já ultrapassa centenas de milhões de reais, com destaque para os recursos do FAR, FDS e OGU. A meta nacional de 2 milhões de moradias até 2026 está cada vez mais próxima, e o Rio Grande do Norte contribui significativamente para esse objetivo.
A variedade de modalidades – urbana, rural e por entidades – permite atender diferentes perfis de beneficiários, desde trabalhadores urbanos até agricultores familiares. Essa flexibilidade é um dos diferenciais do programa, que busca alcançar quem mais precisa, independentemente de onde viva.
O que esperar das próximas etapas
Com as obras das 165 unidades prestes a começar, o foco agora é na agilidade da execução. A CAIXA planeja intensificar o acompanhamento dos projetos, garantindo que os prazos sejam cumpridos e que as famílias recebam as chaves o quanto antes. Em paralelo, novos contratos devem ser assinados nos próximos meses, ampliando ainda mais o alcance do programa no estado.
A governadora Fátima Bezerra já sinalizou que o governo estadual trabalha para identificar outras áreas prioritárias, especialmente em municípios menores e zonas rurais. A parceria com a CAIXA e as entidades sociais será mantida, com o objetivo de superar as 24,3 mil unidades já contratadas e atender um número ainda maior de potiguares.
Para as famílias selecionadas, o sonho da casa própria está mais próximo. Em João Câmara, Santa Cruz, Parelhas e São José de Mipibu, a expectativa é alta, e os benefícios das novas moradias devem ser sentidos em breve, tanto na vida dos moradores quanto nas comunidades ao redor.

A construção de moradias no Rio Grande do Norte ganhou um novo impulso com a assinatura de contratos entre a CAIXA, o governo estadual e entidades sociais para a entrega de 165 unidades habitacionais. Anunciado no último dia 31 de março, o investimento de R$ 22,8 milhões integra o Programa Minha Casa, Minha Vida e beneficia diretamente os municípios de João Câmara, Santa Cruz, Parelhas e São José de Mipibu. As novas casas, voltadas para famílias de baixa renda, reforçam o compromisso do banco em ampliar o acesso à moradia digna, atendendo tanto áreas urbanas quanto rurais. Desde a retomada do programa em 2023, o estado já contabiliza mais de 4 mil unidades contratadas, consolidando um avanço significativo na redução do déficit habitacional local.
Em João Câmara e Santa Cruz, o foco está na construção de empreendimentos urbanos. João Câmara receberá 50 casas, enquanto Santa Cruz terá 30 unidades, totalizando R$ 12,4 milhões em recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR). Cada moradia terá 44 m², com sala, dois quartos, cozinha, banheiro e área de serviço, projetadas para atender às necessidades básicas das famílias. A seleção dos beneficiários ficará a cargo das prefeituras, que seguirão os critérios de renda estabelecidos pelo programa, priorizando aqueles enquadrados na Faixa 1, com renda mensal bruta de até R$ 2.850.
Já em Parelhas, o investimento de R$ 7,2 milhões, proveniente do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS), viabilizará a construção de 50 casas. Essas unidades contarão com infraestrutura completa, incluindo abastecimento de água, sistema de esgoto, pavimentação, drenagem, iluminação e rede de energia elétrica. A iniciativa destaca o esforço em oferecer não apenas moradia, mas também condições adequadas de saneamento e urbanização, elevando a qualidade de vida dos futuros moradores.
São José de Mipibu, por sua vez, será contemplado com 35 unidades habitacionais voltadas para a população rural. Com R$ 3 milhões do Orçamento Geral da União (OGU), as casas terão 48 m² e seguirão o mesmo padrão de divisão interna, adaptado às demandas de quem vive no campo. Esse recorte rural do Minha Casa, Minha Vida reflete a preocupação em atender agricultores familiares e trabalhadores do interior, grupos historicamente afetados pela falta de acesso a moradias adequadas.

Como as novas moradias chegam às famílias
A execução do projeto envolve uma parceria estratégica entre a CAIXA, o governo do Rio Grande do Norte e as prefeituras locais. Após a assinatura dos contratos, as prefeituras assumem a responsabilidade de identificar e cadastrar as famílias elegíveis, seguindo as diretrizes do programa. Para as unidades urbanas, como as de João Câmara, Santa Cruz e Parelhas, o processo prioriza quem se enquadra na Faixa 1, enquanto no caso rural de São José de Mipibu, a renda anual bruta familiar deve ser de até R$ 40 mil.
O superintendente de rede da CAIXA no estado, Tiago da Silva Neto, destacou o papel do banco como agente transformador. Ele enfatizou que a instituição busca democratizar o acesso à casa própria, promovendo inclusão social e econômica. A governadora Fátima Bezerra, presente no evento de assinatura, também celebrou a iniciativa, apontando que as novas moradias representam um passo concreto para melhorar as condições de vida da população potiguar.
Além disso, o programa traz benefícios adicionais às comunidades. A construção das casas gera empregos diretos e indiretos, movimentando a economia local com a contratação de mão de obra e a compra de materiais. Em áreas rurais, como São José de Mipibu, o impacto vai além, ajudando a fixar famílias no campo e fortalecer a produção agrícola.
- Critérios de elegibilidade urbana: Renda mensal bruta de até R$ 2.850 para a Faixa 1, sem posse de imóvel na mesma cidade.
- Critérios rurais: Renda anual bruta de até R$ 40 mil, com prioridade para famílias sem moradia adequada.
- Infraestrutura garantida: Água, esgoto, energia e pavimentação em Parelhas; padrão básico em demais cidades.
- Seleção: Prefeituras definem beneficiários com base em cadastros locais.
Um programa em evolução no Rio Grande do Norte
Desde que foi retomado em fevereiro de 2023, por meio da Lei nº 14.620, o Minha Casa, Minha Vida passou por mudanças significativas. No Rio Grande do Norte, o impacto é visível: até o momento, 44 empreendimentos foram contratados ou estão em fase de contratação, somando 4.306 unidades habitacionais. Esse número reflete um esforço conjunto para atender tanto a população urbana quanto rural, com investimentos que ultrapassam os R$ 22,8 milhões anunciados para as 165 novas casas.
A governadora Fátima Bezerra tem acompanhado de perto essa expansão. Durante a assinatura dos contratos, ela reforçou a importância de parcerias com a CAIXA e entidades sociais para alcançar os resultados atuais. O estado, que já soma mais de 24 mil contratações desde 2023, destaca-se no Nordeste como um dos que mais avançaram na execução do programa, superando em 60% a meta nacional traçada para 2026.
As melhorias no programa também incluem aspectos estruturais nas moradias. As novas unidades contam com área útil ampliada e, em alguns casos, previsão de varanda, além de localizações estratégicas próximas a comércio, escolas e transporte público. Outro avanço é a isenção de prestações para famílias da Faixa 1 que recebem o Bolsa Família ou o Benefício de Prestação Continuada (BPC), garantindo que o imóvel seja totalmente custeado pelo governo federal.
Benefícios além da moradia
Investir em habitação vai além de construir casas. No caso das 165 unidades anunciadas, o impacto econômico e social é expressivo. Em João Câmara, por exemplo, as 50 casas do FAR devem beneficiar cerca de 200 pessoas, considerando uma média de quatro moradores por família. Já em Parelhas, a infraestrutura completa eleva o padrão de vida, reduzindo problemas como falta de saneamento, que afetam a saúde pública.
A modalidade rural, aplicada em São José de Mipibu, tem um papel crucial na permanência das famílias no campo. Com 35 casas de 48 m², o projeto atende trabalhadores rurais e agricultores familiares, grupos que muitas vezes vivem em condições precárias. A iniciativa fortalece a agricultura local, essencial para a economia do estado, e reduz o êxodo rural, um desafio histórico no Nordeste.
O programa também prevê a participação ativa das comunidades. Em Parelhas, as entidades sociais envolvidas na gestão do empreendimento garantem que as famílias selecionadas sejam aquelas com maior necessidade. Esse modelo de organização popular é um dos pilares do Minha Casa, Minha Vida, especialmente nas modalidades financiadas pelo FDS e OGU.
Detalhes das unidades por município
Cada município contemplado tem características específicas que moldam os projetos habitacionais. Em João Câmara, as 50 casas do FAR atendem a uma demanda urbana crescente, impulsionada pelo aumento populacional e pela necessidade de moradias acessíveis. As unidades de 44 m² são compactas, mas funcionais, projetadas para famílias pequenas ou em início de formação.
Santa Cruz, com 30 casas, segue o mesmo modelo, mas em menor escala. A cidade, conhecida por sua vocação religiosa e turística, ganha um reforço na infraestrutura habitacional, beneficiando trabalhadores locais que antes dependiam de aluguéis ou moradias improvisadas. O investimento de R$ 12,4 milhões, dividido entre as duas cidades, reflete a prioridade dada às áreas urbanas de menor porte.
Parelhas se destaca pela qualidade do empreendimento. As 50 unidades, custeadas com R$ 7,2 milhões do FDS, incluem pavimentação e saneamento completo, diferenciais que elevam o custo por casa, mas garantem durabilidade e conforto. A cidade, localizada no Seridó potiguar, enfrenta desafios de acesso à água, o que torna o sistema de abastecimento um ganho significativo para os moradores.
São José de Mipibu, com suas 35 casas rurais, representa um investimento mais modesto, de R$ 3 milhões, mas igualmente impactante. As unidades de 48 m² são maiores que as urbanas, atendendo às necessidades de famílias que utilizam o espaço para atividades ligadas ao campo. O uso de recursos do OGU reforça o compromisso do governo federal com o desenvolvimento rural.
- João Câmara: 50 casas, 44 m², R$ 12,4 milhões (com Santa Cruz), foco urbano.
- Santa Cruz: 30 casas, 44 m², parte do mesmo investimento, perfil semelhante.
- Parelhas: 50 casas, infraestrutura completa, R$ 7,2 milhões, urbanização avançada.
- São José de Mipibu: 35 casas, 48 m², R$ 3 milhões, prioridade rural.
Impacto estadual e perspectivas futuras
O Rio Grande do Norte tem se consolidado como um dos estados mais beneficiados pelo Minha Casa, Minha Vida desde sua retomada. As 4.306 unidades contratadas até agora representam um investimento robusto, que vai além dos R$ 22,8 milhões das 165 casas recém-anunciadas. Esse volume coloca o estado em uma posição de destaque no Nordeste, região que já soma mais de 309 mil contratações no programa.
A parceria entre a CAIXA e o governo estadual tem sido fundamental para esse avanço. A governadora Fátima Bezerra, ao lado de Tiago da Silva Neto, da CAIXA, enfatizou que os projetos habitacionais são uma resposta direta ao déficit habitacional, estimado em cerca de 7,9 milhões de moradias no Brasil desde 2008. No estado, a meta é atender pelo menos 15,5 mil pessoas com as unidades já selecionadas ou em construção.
Outro ponto positivo é a geração de empregos. Cada empreendimento mobiliza dezenas de trabalhadores, desde pedreiros até fornecedores de materiais, aquecendo a economia local. Em cidades como Parelhas e São José de Mipibu, o efeito multiplicador é ainda maior, pois as obras atraem investimentos em serviços e comércio.
Passo a passo do processo de entrega
O cronograma para a entrega das 165 unidades segue etapas bem definidas. Após a assinatura dos contratos, as prefeituras iniciam o cadastro das famílias, que pode levar até 30 dias para análise e aprovação pela CAIXA. Em seguida, as obras são licitadas e executadas por construtoras parceiras, com prazos que variam conforme o porte do empreendimento.
Em João Câmara e Santa Cruz, a previsão é que as obras comecem ainda neste semestre, com entrega estimada para o próximo ano. Parelhas, por conta da infraestrutura mais complexa, pode ter um cronograma ligeiramente mais longo, enquanto São José de Mipibu, com menos unidades, tende a avançar mais rápido. A CAIXA acompanha cada fase, garantindo que os padrões de qualidade sejam cumpridos.
- Cadastro: Prefeituras identificam beneficiários em até 30 dias.
- Licitação: Construtoras são selecionadas para executar as obras.
- Construção: Prazos variam entre 12 e 18 meses, dependendo do município.
- Entrega: Chaves são repassadas às famílias após vistoria final.
Ampliação do acesso à casa própria
A isenção de prestações para beneficiários do Bolsa Família e do BPC é uma das novidades mais celebradas do programa. Em São José de Mipibu, por exemplo, famílias rurais que se enquadram nessa condição receberão as casas sem custo adicional, apenas com a contrapartida de 1% do valor da obra para os demais. Nas áreas urbanas, o subsídio também reduz significativamente o valor das parcelas, tornando o financiamento acessível.
A ampliação da renda máxima para a Faixa 1, de R$ 2.640 para R$ 2.850 mensais em áreas urbanas, e o teto de R$ 40 mil anuais no meio rural, permitem que mais famílias sejam contempladas. Além disso, o valor máximo dos imóveis subiu para R$ 350 mil nas faixas mais altas, embora as unidades anunciadas estejam dentro de limites menores, adequados à realidade local.
O programa também incentiva o uso do FGTS para quitar parte do financiamento, uma opção disponível para quem tem pelo menos três anos de contribuição. Essa flexibilidade é um atrativo para trabalhadores formais que buscam reduzir o custo total da casa própria.
Transformação social em foco
A entrega das 165 unidades habitacionais é mais do que um número. Em João Câmara, famílias que vivem em condições precárias terão a chance de mudar de vida. Em Santa Cruz, o projeto reforça o desenvolvimento de uma cidade em crescimento. Parelhas ganha um bairro planejado, enquanto São José de Mipibu fortalece sua zona rural, essencial para a economia agrícola do estado.
Tiago da Silva Neto, da CAIXA, reforçou que o banco não mede esforços para cumprir seu papel social. A instituição, responsável por mais de 1,26 milhão de contratações no país desde 2023, vê no Rio Grande do Norte um exemplo de sucesso na execução do Minha Casa, Minha Vida. A governadora Fátima Bezerra complementou, destacando que cada casa entregue é um passo rumo à dignidade e à cidadania.
O impacto dessas moradias vai além das famílias beneficiadas. Escolas, unidades de saúde e comércio local ganham com a chegada de novos moradores, criando um ciclo virtuoso de desenvolvimento. Em áreas rurais, a permanência no campo ajuda a preservar a cultura e a produção de alimentos, um benefício que se estende a toda a sociedade.
Dados que mostram o avanço
No Rio Grande do Norte, o Minha Casa, Minha Vida já contratou 24,3 mil unidades entre 2023 e 2024, superando expectativas nacionais. As 165 casas anunciadas são uma fração desse total, mas simbolizam o ritmo acelerado do programa no estado. No país, o número de contratações ultrapassa 1,26 milhão, com o Nordeste respondendo por 309 mil delas.
O investimento total no estado, somando todos os projetos, já ultrapassa centenas de milhões de reais, com destaque para os recursos do FAR, FDS e OGU. A meta nacional de 2 milhões de moradias até 2026 está cada vez mais próxima, e o Rio Grande do Norte contribui significativamente para esse objetivo.
A variedade de modalidades – urbana, rural e por entidades – permite atender diferentes perfis de beneficiários, desde trabalhadores urbanos até agricultores familiares. Essa flexibilidade é um dos diferenciais do programa, que busca alcançar quem mais precisa, independentemente de onde viva.
O que esperar das próximas etapas
Com as obras das 165 unidades prestes a começar, o foco agora é na agilidade da execução. A CAIXA planeja intensificar o acompanhamento dos projetos, garantindo que os prazos sejam cumpridos e que as famílias recebam as chaves o quanto antes. Em paralelo, novos contratos devem ser assinados nos próximos meses, ampliando ainda mais o alcance do programa no estado.
A governadora Fátima Bezerra já sinalizou que o governo estadual trabalha para identificar outras áreas prioritárias, especialmente em municípios menores e zonas rurais. A parceria com a CAIXA e as entidades sociais será mantida, com o objetivo de superar as 24,3 mil unidades já contratadas e atender um número ainda maior de potiguares.
Para as famílias selecionadas, o sonho da casa própria está mais próximo. Em João Câmara, Santa Cruz, Parelhas e São José de Mipibu, a expectativa é alta, e os benefícios das novas moradias devem ser sentidos em breve, tanto na vida dos moradores quanto nas comunidades ao redor.
