O abono salarial PIS/PASEP, benefício aguardado por milhões de trabalhadores brasileiros, já tem cronograma definido para 2025, com pagamentos que iniciam em fevereiro e prometem injetar R$ 30,7 bilhões na economia. Administrado pela Caixa Econômica Federal para empregados do setor privado e pelo Banco do Brasil para servidores públicos, o programa contempla cerca de 25,8 milhões de pessoas que trabalharam formalmente em 2023. O valor máximo do benefício será de R$ 1.518,00, equivalente ao salário mínimo vigente, mas varia conforme o tempo de serviço no ano-base. Para receber, é preciso atender a requisitos específicos, como ter atuado por pelo menos 30 dias com carteira assinada e possuir renda média de até dois salários mínimos em 2023.
Em um movimento que aquece o consumo, especialmente entre famílias de baixa renda, o governo federal organiza o calendário pelo mês de nascimento, começando com os nascidos em janeiro, que terão acesso ao dinheiro a partir de 17 de fevereiro. O montante total supera os R$ 27 bilhões pagos em 2024, quando 25,6 milhões de trabalhadores foram beneficiados, refletindo o ajuste ao novo salário mínimo e o impacto econômico do programa. A gestão do benefício passou por atualizações, com a Dataprev garantindo mais agilidade no processamento e o Ministério do Trabalho e Emprego assumindo a coordenação completa, oferecendo consultas práticas via Carteira de Trabalho Digital.
A facilidade de acesso também marca essa edição do abono. Trabalhadores com conta na Caixa receberão o crédito automaticamente, enquanto outros poderão usar o aplicativo Caixa Tem. Já os servidores públicos contam com opções como PIX e TED pelo Banco do Brasil. Até o fim do calendário, em 29 de dezembro, o dinheiro estará disponível, mas exige atenção aos prazos e à regularidade dos dados informados pelos empregadores. Erros em sistemas como o eSocial já afetaram cerca de 860 mil servidores neste ano, adiando benefícios para alguns até outubro.
Quem pode sacar o abono salarial em 2025
Elegibilidade ao PIS/PASEP exige critérios claros, aplicáveis tanto a empregados da iniciativa privada quanto a servidores públicos. Ter trabalhado formalmente por pelo menos 30 dias em 2023, consecutivos ou não, é o ponto de partida. Além disso, a remuneração média mensal no ano-base não pode ultrapassar R$ 2.640,00, equivalente a dois salários mínimos da época. O cadastro no programa PIS/PASEP deve ter ao menos cinco anos, contados desde o primeiro vínculo formal, e os dados precisam ter sido enviados corretamente pelo empregador à Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) até 15 de maio de 2024 ou ao eSocial até 19 de agosto de 2024.
Para os que atendem a esses requisitos, o benefício representa um alívio financeiro significativo. Cerca de 22 milhões de trabalhadores do setor privado receberão o PIS, enquanto 3,8 milhões de servidores, incluindo militares e empregados de estatais, terão direito ao PASEP. O programa, criado na década de 1970 para integrar trabalhadores ao desenvolvimento econômico, hoje foca em complementar a renda de quem ganha menos, com impacto notável em regiões como Norte e Nordeste, onde o consumo local ganha fôlego com esses repasses.
Valores do benefício: como calcular o que você recebe
O cálculo do abono salarial em 2025 é simples e proporcional ao tempo trabalhado em 2023. Baseado no salário mínimo de R$ 1.518,00, o valor é dividido por 12 meses, resultando em R$ 126,50 por mês de serviço. Quem atuou o ano inteiro leva o montante máximo, enquanto períodos menores rendem frações. Por exemplo, seis meses de trabalho garantem R$ 759,00, e três meses, R$ 379,50. Períodos iguais ou superiores a 15 dias contam como um mês cheio, o que pode beneficiar quem teve contratos curtos ao longo do ano.
- 1 mês trabalhado: R$ 126,50
- 3 meses trabalhados: R$ 379,50
- 6 meses trabalhados: R$ 759,00
- 9 meses trabalhados: R$ 1.138,50
- 12 meses trabalhados: R$ 1.518,00
Esse sistema assegura que o benefício seja justo e alinhado ao esforço de cada trabalhador, oferecendo desde um suporte básico até um reforço considerável no orçamento doméstico. Os valores ficam disponíveis até o fim do calendário, mas a falta de saque até 29 de dezembro devolve o dinheiro ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), reforçando a importância de acompanhar as datas.
Calendário oficial de pagamentos em 2025
Definido pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) em dezembro de 2024, o calendário de 2025 organiza os pagamentos pelo mês de nascimento, começando em 17 de fevereiro e terminando em 15 de agosto. São sete lotes que distribuem os R$ 30,7 bilhões ao longo do ano, com saques liberados até o encerramento em dezembro. Confira as datas:
- Nascidos em janeiro: 17 de fevereiro
- Nascidos em fevereiro: 17 de março
- Nascidos em março e abril: 15 de abril
- Nascidos em maio e junho: 15 de maio
- Nascidos em julho e agosto: 16 de junho
- Nascidos em setembro e outubro: 15 de julho
- Nascidos em novembro e dezembro: 15 de agosto
Os nascidos em janeiro foram os primeiros a receber, com cerca de 2 milhões de trabalhadores contemplados logo no início, somando R$ 2,3 bilhões. Em março, mais 1,9 milhão de pessoas nascidas em fevereiro acessaram o benefício, mantendo o ritmo de liberação que impacta diretamente a economia local.
Como o dinheiro chega até você
A forma de pagamento varia conforme o perfil do trabalhador e a instituição responsável. Na Caixa Econômica Federal, quem tem conta corrente, poupança ou digital recebe o crédito automaticamente na data prevista. Para os sem conta, uma Poupança Social Digital é aberta e o valor pode ser movimentado pelo aplicativo Caixa Tem, com opções como transferências gratuitas, pagamento de contas ou saques em terminais, lotéricas e agências. No Banco do Brasil, servidores com conta ativa recebem o depósito direto, enquanto os demais podem optar por PIX, TED ou retirada presencial nas agências.
A digitalização facilitou o acesso, mas exige atenção. Trabalhadores sem conta na Caixa contam com a praticidade do Caixa Tem, que permite gerenciar o dinheiro sem custos adicionais. Já os beneficiários do PASEP têm flexibilidade com transferências rápidas via PIX, um avanço em relação a anos anteriores, quando o atendimento presencial era mais comum. Em ambos os casos, o Cartão do Cidadão ou um documento oficial é suficiente para saques, desde que dentro do prazo estipulado.
Passo a passo para consultar seu benefício
Verificar se você tem direito ao abono salarial é um processo simples e acessível. Desde 5 de fevereiro, as informações estão disponíveis em plataformas digitais e canais de atendimento. O aplicativo Carteira de Trabalho Digital, disponível para Android e iOS, é uma das opções mais práticas: basta fazer login com o CPF, acessar a aba “Benefícios” e clicar em “Abono Salarial” para conferir valores, datas e o banco responsável. O portal Gov.br oferece o mesmo serviço, enquanto a Central Alô Trabalho, pelo número 158, atende gratuitamente das 7h às 22h, de segunda a sábado.
Quem prefere atendimento presencial pode buscar as Superintendências Regionais do Trabalho. Para trabalhadores do setor privado, os aplicativos Caixa Trabalhador e Caixa Tem também detalham o benefício, incluindo o status do pagamento. Servidores públicos consultam o PASEP diretamente no site do Banco do Brasil ou pelo mesmo telefone 158, garantindo que todos tenham meios de acompanhar o processo sem complicações.

Por que alguns trabalhadores podem ficar sem o benefício
Falhas no envio de dados pelos empregadores são um obstáculo recorrente. Em 2025, cerca de 860 mil servidores públicos enfrentaram atrasos devido a erros no eSocial, com correções previstas apenas para outubro. A RAIS, com prazo até 15 de maio de 2024, e o eSocial, até 19 de agosto de 2024, são essenciais para confirmar a elegibilidade. Dados incorretos ou enviados fora do prazo excluem o trabalhador do calendário regular, adiando o pagamento para o próximo exercício.
Além disso, quem não sacar até 29 de dezembro perde o direito ao valor, que retorna ao FAT. Em 2024, R$ 218,9 milhões ficaram sem saque, afetando 239.142 trabalhadores, um alerta para a importância de conferir as informações e respeitar os prazos. A regularidade cadastral junto ao empregador é responsabilidade compartilhada, mas cabe ao trabalhador monitorar o processo para evitar contratempos.
Impacto econômico do abono salarial
Com R$ 30,7 bilhões distribuídos, o PIS/PASEP em 2025 reforça o poder de compra de milhões de famílias, especialmente nas regiões mais pobres do país. O programa injeta recursos diretamente na base da economia, aquecendo o comércio local e ajudando a equilibrar as finanças domésticas de trabalhadores de baixa renda. Em 2024, o impacto foi sentido com R$ 27 bilhões pagos, e o aumento neste ano reflete o ajuste ao salário mínimo e a manutenção da política de apoio aos trabalhadores formais.
O efeito cascata beneficia pequenos negócios, como mercados e lojas de bairro, que veem o consumo crescer nos meses de pagamento. Especialistas apontam que o abono tem papel crucial em momentos de instabilidade econômica, funcionando como um suporte imediato para quem depende de salários modestos. A abrangência de 25,8 milhões de beneficiários amplia esse alcance, tornando o programa uma ferramenta estratégica para o governo federal.
Diferenças entre PIS e PASEP
Embora compartilhem o mesmo propósito, PIS e PASEP atendem públicos distintos. O Programa de Integração Social (PIS) é voltado para trabalhadores da iniciativa privada, gerido pela Caixa Econômica Federal, e alcança a maioria dos beneficiários – cerca de 85% do total em 2025. Já o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP) é destinado a servidores civis, militares e empregados de estatais, com pagamentos administrados pelo Banco do Brasil.
Os critérios de elegibilidade são idênticos, mas o pagamento segue lógicas diferentes. Enquanto o PIS usa o mês de nascimento para o calendário, o PASEP tradicionalmente considerava o dígito final da inscrição, embora em 2025 ambos estejam unificados pelo nascimento. A origem histórica também diverge: o PIS surgiu para integrar empregados ao desenvolvimento das empresas, e o PASEP, para gerar patrimônio aos servidores, mas hoje ambos focam no suporte anual à renda.
Dicas práticas para não perder o benefício
Garantir o recebimento do abono exige atenção a alguns detalhes simples. Manter os dados atualizados junto ao empregador é o primeiro passo, especialmente para evitar erros na RAIS ou no eSocial. Consultar o direito ao benefício a partir de 5 de fevereiro, usando o aplicativo Carteira de Trabalho Digital ou o portal Gov.br, ajuda a identificar pendências com antecedência. Anotar a data de pagamento conforme o mês de nascimento e planejar o saque até 29 de dezembro são medidas essenciais para não deixar o dinheiro voltar ao FAT.
- Verifique seus dados no empregador antes dos prazos da RAIS e eSocial.
- Baixe o aplicativo Carteira de Trabalho Digital ou Caixa Tem para consultas rápidas.
- Confirme a data de pagamento no calendário oficial e organize-se para sacar.
- Use o número 158 para tirar dúvidas ou buscar suporte em caso de atrasos.
Essas ações evitam surpresas e garantem que o trabalhador aproveite o benefício no momento certo, seja para quitar dívidas, investir ou cobrir despesas essenciais.
O que fazer se o pagamento atrasar
Atrasos no recebimento do abono podem ocorrer por falhas nos sistemas ou envio tardio de informações pelos empregadores. Caso o dinheiro não esteja disponível na data prevista, o trabalhador deve checar o status no aplicativo Carteira de Trabalho Digital ou nos canais da Caixa e do Banco do Brasil. Se o problema for confirmado, o contato com a Central Alô Trabalho, pelo 158, ou uma visita às Superintendências Regionais do Trabalho pode esclarecer a situação e indicar os próximos passos.
Para servidores afetados por erros no eSocial, como os 860 mil identificados em 2025, o pagamento pode ser reagendado para outubro, após correções. Já os empregados do setor privado devem verificar se o empregador cumpriu os prazos da RAIS. Em ambos os casos, a paciência é necessária, mas a persistência em buscar informações oficiais evita a perda definitiva do benefício, que só ocorre se não for sacado até o fim do ano.
Histórico do programa e sua evolução
Criado na década de 1970 pelas Leis Complementares 07/70 e 08/70, o PIS/PASEP tinha como meta inicial integrar trabalhadores ao crescimento econômico, com empresas e órgãos públicos depositando cotas em um fundo. Até 1988, esses recursos formavam um patrimônio individual, mas a Constituição de 1988 redirecionou o programa para o abono salarial, focado em complementar a renda anual de quem ganha até dois salários mínimos. O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) passou a financiar o benefício, que também sustenta o seguro-desemprego.
Ao longo dos anos, o programa enfrentou mudanças. Antes de 2020, os pagamentos ocorriam entre julho e junho do ano seguinte, mas a pandemia da Covid-19 atrasou o calendário, fixando a diferença de dois anos entre o ano-base e o pagamento. Em 2025, a unificação pelo mês de nascimento e a digitalização via Carteira de Trabalho Digital e Caixa Tem modernizaram o acesso, enquanto o aumento para R$ 30,7 bilhões reflete o compromisso com o suporte aos trabalhadores formais.
Curiosidades sobre o PIS/PASEP
O abono salarial guarda histórias e particularidades que poucos conhecem. Até 1988, trabalhadores de empresas privadas e servidores públicos tinham cotas acumuladas no fundo PIS/PASEP, que ainda podem ser sacadas por quem atuou entre 1971 e 1988, desde que não o tenha feito até maio de 2025. Outro dado interessante é o volume de recursos não sacados: em 2024, R$ 218,9 milhões retornaram ao FAT por falta de retirada, um montante que poderia ter beneficiado mais de 239 mil pessoas.
- Cerca de 99% dos beneficiários sacaram o abono em 2024, um recorde de adesão.
- O PIS representa 85% dos pagamentos, contra 15% do PASEP, devido ao tamanho do setor privado.
- Regiões como Norte e Nordeste concentram o maior impacto econômico do programa.
- O valor de R$ 126,50 por mês trabalhado é ajustado anualmente pelo salário mínimo.
Esses números mostram a relevância do benefício e sua capacidade de alcançar milhões de trabalhadores, além de destacar a necessidade de atenção aos prazos e processos para não perder essa oportunidade anual.

O abono salarial PIS/PASEP, benefício aguardado por milhões de trabalhadores brasileiros, já tem cronograma definido para 2025, com pagamentos que iniciam em fevereiro e prometem injetar R$ 30,7 bilhões na economia. Administrado pela Caixa Econômica Federal para empregados do setor privado e pelo Banco do Brasil para servidores públicos, o programa contempla cerca de 25,8 milhões de pessoas que trabalharam formalmente em 2023. O valor máximo do benefício será de R$ 1.518,00, equivalente ao salário mínimo vigente, mas varia conforme o tempo de serviço no ano-base. Para receber, é preciso atender a requisitos específicos, como ter atuado por pelo menos 30 dias com carteira assinada e possuir renda média de até dois salários mínimos em 2023.
Em um movimento que aquece o consumo, especialmente entre famílias de baixa renda, o governo federal organiza o calendário pelo mês de nascimento, começando com os nascidos em janeiro, que terão acesso ao dinheiro a partir de 17 de fevereiro. O montante total supera os R$ 27 bilhões pagos em 2024, quando 25,6 milhões de trabalhadores foram beneficiados, refletindo o ajuste ao novo salário mínimo e o impacto econômico do programa. A gestão do benefício passou por atualizações, com a Dataprev garantindo mais agilidade no processamento e o Ministério do Trabalho e Emprego assumindo a coordenação completa, oferecendo consultas práticas via Carteira de Trabalho Digital.
A facilidade de acesso também marca essa edição do abono. Trabalhadores com conta na Caixa receberão o crédito automaticamente, enquanto outros poderão usar o aplicativo Caixa Tem. Já os servidores públicos contam com opções como PIX e TED pelo Banco do Brasil. Até o fim do calendário, em 29 de dezembro, o dinheiro estará disponível, mas exige atenção aos prazos e à regularidade dos dados informados pelos empregadores. Erros em sistemas como o eSocial já afetaram cerca de 860 mil servidores neste ano, adiando benefícios para alguns até outubro.
Quem pode sacar o abono salarial em 2025
Elegibilidade ao PIS/PASEP exige critérios claros, aplicáveis tanto a empregados da iniciativa privada quanto a servidores públicos. Ter trabalhado formalmente por pelo menos 30 dias em 2023, consecutivos ou não, é o ponto de partida. Além disso, a remuneração média mensal no ano-base não pode ultrapassar R$ 2.640,00, equivalente a dois salários mínimos da época. O cadastro no programa PIS/PASEP deve ter ao menos cinco anos, contados desde o primeiro vínculo formal, e os dados precisam ter sido enviados corretamente pelo empregador à Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) até 15 de maio de 2024 ou ao eSocial até 19 de agosto de 2024.
Para os que atendem a esses requisitos, o benefício representa um alívio financeiro significativo. Cerca de 22 milhões de trabalhadores do setor privado receberão o PIS, enquanto 3,8 milhões de servidores, incluindo militares e empregados de estatais, terão direito ao PASEP. O programa, criado na década de 1970 para integrar trabalhadores ao desenvolvimento econômico, hoje foca em complementar a renda de quem ganha menos, com impacto notável em regiões como Norte e Nordeste, onde o consumo local ganha fôlego com esses repasses.
Valores do benefício: como calcular o que você recebe
O cálculo do abono salarial em 2025 é simples e proporcional ao tempo trabalhado em 2023. Baseado no salário mínimo de R$ 1.518,00, o valor é dividido por 12 meses, resultando em R$ 126,50 por mês de serviço. Quem atuou o ano inteiro leva o montante máximo, enquanto períodos menores rendem frações. Por exemplo, seis meses de trabalho garantem R$ 759,00, e três meses, R$ 379,50. Períodos iguais ou superiores a 15 dias contam como um mês cheio, o que pode beneficiar quem teve contratos curtos ao longo do ano.
- 1 mês trabalhado: R$ 126,50
- 3 meses trabalhados: R$ 379,50
- 6 meses trabalhados: R$ 759,00
- 9 meses trabalhados: R$ 1.138,50
- 12 meses trabalhados: R$ 1.518,00
Esse sistema assegura que o benefício seja justo e alinhado ao esforço de cada trabalhador, oferecendo desde um suporte básico até um reforço considerável no orçamento doméstico. Os valores ficam disponíveis até o fim do calendário, mas a falta de saque até 29 de dezembro devolve o dinheiro ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), reforçando a importância de acompanhar as datas.
Calendário oficial de pagamentos em 2025
Definido pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) em dezembro de 2024, o calendário de 2025 organiza os pagamentos pelo mês de nascimento, começando em 17 de fevereiro e terminando em 15 de agosto. São sete lotes que distribuem os R$ 30,7 bilhões ao longo do ano, com saques liberados até o encerramento em dezembro. Confira as datas:
- Nascidos em janeiro: 17 de fevereiro
- Nascidos em fevereiro: 17 de março
- Nascidos em março e abril: 15 de abril
- Nascidos em maio e junho: 15 de maio
- Nascidos em julho e agosto: 16 de junho
- Nascidos em setembro e outubro: 15 de julho
- Nascidos em novembro e dezembro: 15 de agosto
Os nascidos em janeiro foram os primeiros a receber, com cerca de 2 milhões de trabalhadores contemplados logo no início, somando R$ 2,3 bilhões. Em março, mais 1,9 milhão de pessoas nascidas em fevereiro acessaram o benefício, mantendo o ritmo de liberação que impacta diretamente a economia local.
Como o dinheiro chega até você
A forma de pagamento varia conforme o perfil do trabalhador e a instituição responsável. Na Caixa Econômica Federal, quem tem conta corrente, poupança ou digital recebe o crédito automaticamente na data prevista. Para os sem conta, uma Poupança Social Digital é aberta e o valor pode ser movimentado pelo aplicativo Caixa Tem, com opções como transferências gratuitas, pagamento de contas ou saques em terminais, lotéricas e agências. No Banco do Brasil, servidores com conta ativa recebem o depósito direto, enquanto os demais podem optar por PIX, TED ou retirada presencial nas agências.
A digitalização facilitou o acesso, mas exige atenção. Trabalhadores sem conta na Caixa contam com a praticidade do Caixa Tem, que permite gerenciar o dinheiro sem custos adicionais. Já os beneficiários do PASEP têm flexibilidade com transferências rápidas via PIX, um avanço em relação a anos anteriores, quando o atendimento presencial era mais comum. Em ambos os casos, o Cartão do Cidadão ou um documento oficial é suficiente para saques, desde que dentro do prazo estipulado.
Passo a passo para consultar seu benefício
Verificar se você tem direito ao abono salarial é um processo simples e acessível. Desde 5 de fevereiro, as informações estão disponíveis em plataformas digitais e canais de atendimento. O aplicativo Carteira de Trabalho Digital, disponível para Android e iOS, é uma das opções mais práticas: basta fazer login com o CPF, acessar a aba “Benefícios” e clicar em “Abono Salarial” para conferir valores, datas e o banco responsável. O portal Gov.br oferece o mesmo serviço, enquanto a Central Alô Trabalho, pelo número 158, atende gratuitamente das 7h às 22h, de segunda a sábado.
Quem prefere atendimento presencial pode buscar as Superintendências Regionais do Trabalho. Para trabalhadores do setor privado, os aplicativos Caixa Trabalhador e Caixa Tem também detalham o benefício, incluindo o status do pagamento. Servidores públicos consultam o PASEP diretamente no site do Banco do Brasil ou pelo mesmo telefone 158, garantindo que todos tenham meios de acompanhar o processo sem complicações.

Por que alguns trabalhadores podem ficar sem o benefício
Falhas no envio de dados pelos empregadores são um obstáculo recorrente. Em 2025, cerca de 860 mil servidores públicos enfrentaram atrasos devido a erros no eSocial, com correções previstas apenas para outubro. A RAIS, com prazo até 15 de maio de 2024, e o eSocial, até 19 de agosto de 2024, são essenciais para confirmar a elegibilidade. Dados incorretos ou enviados fora do prazo excluem o trabalhador do calendário regular, adiando o pagamento para o próximo exercício.
Além disso, quem não sacar até 29 de dezembro perde o direito ao valor, que retorna ao FAT. Em 2024, R$ 218,9 milhões ficaram sem saque, afetando 239.142 trabalhadores, um alerta para a importância de conferir as informações e respeitar os prazos. A regularidade cadastral junto ao empregador é responsabilidade compartilhada, mas cabe ao trabalhador monitorar o processo para evitar contratempos.
Impacto econômico do abono salarial
Com R$ 30,7 bilhões distribuídos, o PIS/PASEP em 2025 reforça o poder de compra de milhões de famílias, especialmente nas regiões mais pobres do país. O programa injeta recursos diretamente na base da economia, aquecendo o comércio local e ajudando a equilibrar as finanças domésticas de trabalhadores de baixa renda. Em 2024, o impacto foi sentido com R$ 27 bilhões pagos, e o aumento neste ano reflete o ajuste ao salário mínimo e a manutenção da política de apoio aos trabalhadores formais.
O efeito cascata beneficia pequenos negócios, como mercados e lojas de bairro, que veem o consumo crescer nos meses de pagamento. Especialistas apontam que o abono tem papel crucial em momentos de instabilidade econômica, funcionando como um suporte imediato para quem depende de salários modestos. A abrangência de 25,8 milhões de beneficiários amplia esse alcance, tornando o programa uma ferramenta estratégica para o governo federal.
Diferenças entre PIS e PASEP
Embora compartilhem o mesmo propósito, PIS e PASEP atendem públicos distintos. O Programa de Integração Social (PIS) é voltado para trabalhadores da iniciativa privada, gerido pela Caixa Econômica Federal, e alcança a maioria dos beneficiários – cerca de 85% do total em 2025. Já o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP) é destinado a servidores civis, militares e empregados de estatais, com pagamentos administrados pelo Banco do Brasil.
Os critérios de elegibilidade são idênticos, mas o pagamento segue lógicas diferentes. Enquanto o PIS usa o mês de nascimento para o calendário, o PASEP tradicionalmente considerava o dígito final da inscrição, embora em 2025 ambos estejam unificados pelo nascimento. A origem histórica também diverge: o PIS surgiu para integrar empregados ao desenvolvimento das empresas, e o PASEP, para gerar patrimônio aos servidores, mas hoje ambos focam no suporte anual à renda.
Dicas práticas para não perder o benefício
Garantir o recebimento do abono exige atenção a alguns detalhes simples. Manter os dados atualizados junto ao empregador é o primeiro passo, especialmente para evitar erros na RAIS ou no eSocial. Consultar o direito ao benefício a partir de 5 de fevereiro, usando o aplicativo Carteira de Trabalho Digital ou o portal Gov.br, ajuda a identificar pendências com antecedência. Anotar a data de pagamento conforme o mês de nascimento e planejar o saque até 29 de dezembro são medidas essenciais para não deixar o dinheiro voltar ao FAT.
- Verifique seus dados no empregador antes dos prazos da RAIS e eSocial.
- Baixe o aplicativo Carteira de Trabalho Digital ou Caixa Tem para consultas rápidas.
- Confirme a data de pagamento no calendário oficial e organize-se para sacar.
- Use o número 158 para tirar dúvidas ou buscar suporte em caso de atrasos.
Essas ações evitam surpresas e garantem que o trabalhador aproveite o benefício no momento certo, seja para quitar dívidas, investir ou cobrir despesas essenciais.
O que fazer se o pagamento atrasar
Atrasos no recebimento do abono podem ocorrer por falhas nos sistemas ou envio tardio de informações pelos empregadores. Caso o dinheiro não esteja disponível na data prevista, o trabalhador deve checar o status no aplicativo Carteira de Trabalho Digital ou nos canais da Caixa e do Banco do Brasil. Se o problema for confirmado, o contato com a Central Alô Trabalho, pelo 158, ou uma visita às Superintendências Regionais do Trabalho pode esclarecer a situação e indicar os próximos passos.
Para servidores afetados por erros no eSocial, como os 860 mil identificados em 2025, o pagamento pode ser reagendado para outubro, após correções. Já os empregados do setor privado devem verificar se o empregador cumpriu os prazos da RAIS. Em ambos os casos, a paciência é necessária, mas a persistência em buscar informações oficiais evita a perda definitiva do benefício, que só ocorre se não for sacado até o fim do ano.
Histórico do programa e sua evolução
Criado na década de 1970 pelas Leis Complementares 07/70 e 08/70, o PIS/PASEP tinha como meta inicial integrar trabalhadores ao crescimento econômico, com empresas e órgãos públicos depositando cotas em um fundo. Até 1988, esses recursos formavam um patrimônio individual, mas a Constituição de 1988 redirecionou o programa para o abono salarial, focado em complementar a renda anual de quem ganha até dois salários mínimos. O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) passou a financiar o benefício, que também sustenta o seguro-desemprego.
Ao longo dos anos, o programa enfrentou mudanças. Antes de 2020, os pagamentos ocorriam entre julho e junho do ano seguinte, mas a pandemia da Covid-19 atrasou o calendário, fixando a diferença de dois anos entre o ano-base e o pagamento. Em 2025, a unificação pelo mês de nascimento e a digitalização via Carteira de Trabalho Digital e Caixa Tem modernizaram o acesso, enquanto o aumento para R$ 30,7 bilhões reflete o compromisso com o suporte aos trabalhadores formais.
Curiosidades sobre o PIS/PASEP
O abono salarial guarda histórias e particularidades que poucos conhecem. Até 1988, trabalhadores de empresas privadas e servidores públicos tinham cotas acumuladas no fundo PIS/PASEP, que ainda podem ser sacadas por quem atuou entre 1971 e 1988, desde que não o tenha feito até maio de 2025. Outro dado interessante é o volume de recursos não sacados: em 2024, R$ 218,9 milhões retornaram ao FAT por falta de retirada, um montante que poderia ter beneficiado mais de 239 mil pessoas.
- Cerca de 99% dos beneficiários sacaram o abono em 2024, um recorde de adesão.
- O PIS representa 85% dos pagamentos, contra 15% do PASEP, devido ao tamanho do setor privado.
- Regiões como Norte e Nordeste concentram o maior impacto econômico do programa.
- O valor de R$ 126,50 por mês trabalhado é ajustado anualmente pelo salário mínimo.
Esses números mostram a relevância do benefício e sua capacidade de alcançar milhões de trabalhadores, além de destacar a necessidade de atenção aos prazos e processos para não perder essa oportunidade anual.
