O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) planeja apertar o cerco em 2025 com uma revisão rigorosa dos benefícios por incapacidade, ação que pode impactar a vida de milhares de brasileiros. Conhecido como pente-fino, o processo já vem sendo implementado desde o ano passado, mas agora ganha força com a meta de reavaliar cerca de 800 mil segurados que recebem aposentadoria por invalidez ou outros auxílios relacionados à saúde. A iniciativa tem como objetivo principal verificar se os beneficiários ainda atendem aos critérios legais para manter os pagamentos, além de ajustar as contas públicas e reduzir gastos considerados desnecessários. Estima-se que até 600 mil benefícios possam ser suspensos ou cancelados caso irregularidades sejam detectadas, como falta de atualização cadastral ou ausência de comprovação da condição que justifica o recebimento.
A convocação para essa revisão não será aleatória. O foco está em grupos específicos, como aqueles que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) sem atualização no Cadastro Único há mais de 48 meses, além de segurados com auxílio-doença ativo por mais de dois anos sem reavaliação médica. Outra categoria visada inclui quem tem aposentadoria por invalidez e não passa por perícia há um longo período. A medida reflete uma preocupação do governo em garantir que os recursos sejam direcionados apenas a quem realmente precisa, mas também gera apreensão entre os beneficiários, que temem perder uma fonte essencial de renda.
Para evitar transtornos, os segurados precisam estar atentos às notificações enviadas pelo INSS, que podem chegar por carta, SMS ou até mesmo no extrato bancário. Após receber o comunicado, o prazo para agir varia entre 45 e 90 dias, dependendo do caso, e envolve o agendamento de uma perícia médica por meio do portal Meu INSS. O processo exige organização e rapidez, já que a falta de resposta dentro do período estipulado pode levar ao bloqueio imediato do benefício.

Alvos do pente-fino: quem deve se preparar
Diferentes perfis de beneficiários estão na mira dessa operação do INSS. Aqueles que recebem o BPC, por exemplo, precisam manter seus dados atualizados no Cadastro Único, sistema que reúne informações sobre famílias de baixa renda. Quem está fora desse registro ou não renova as informações há mais de quatro anos pode ser convocado para justificar a situação. Já os segurados com auxílio-doença ativo por mais de dois anos sem passar por nova avaliação médica também entram na lista, pois a legislação exige comprovação periódica da incapacidade.
Outro grupo significativo é formado por aposentados por invalidez que, em muitos casos, não foram submetidos a perícias recentes. A aposentadoria por invalidez é concedida a quem comprova incapacidade permanente para o trabalho, mas o INSS quer verificar se essas condições ainda persistem. A ausência de exames médicos atualizados ou documentos que atestem a continuidade do problema de saúde pode resultar na suspensão do pagamento.
Passo a passo para não perder o benefício
Receber a notificação do INSS é o primeiro sinal de alerta para os segurados. O comunicado detalha o prazo exato para resposta, que pode variar entre 45 e 90 dias, e orienta sobre os próximos passos. O agendamento da perícia é feito exclusivamente pelo portal Meu INSS, uma plataforma digital que exige login com CPF e senha. Após acessar o sistema, o beneficiário deve buscar a opção “Novo requerimento”, digitar “Agendar perícia médica” e preencher os dados solicitados, escolhendo data e horário disponíveis em uma agência próxima.
É fundamental reunir toda a documentação exigida antes do atendimento, como laudos médicos recentes, exames, receitas e outros comprovantes da condição de saúde. A perícia será realizada por médicos do INSS, que avaliarão se a incapacidade ainda justifica o benefício. Caso o segurado não compareça ou não apresente os documentos necessários, o pagamento pode ser suspenso automaticamente.
Números que impressionam
O pente-fino do INSS em 2025 traz consigo estatísticas que chamam a atenção. Veja alguns dados que mostram a dimensão dessa operação:
- 800 mil segurados com aposentadoria por invalidez devem ser convocados para reavaliação.
- 600 mil benefícios podem ser cortados se irregularidades forem confirmadas.
- 48 meses é o limite de desatualização no Cadastro Único que pode levar à convocação de beneficiários do BPC.
- 2 anos é o período máximo que um auxílio-doença pode ficar sem perícia antes de entrar na lista de revisão.
Esses números refletem o esforço do governo em revisar os pagamentos e garantir a sustentabilidade do sistema previdenciário, mas também evidenciam o impacto potencial na vida de quem depende desses recursos.
Por que o pente-fino ganhou força agora
A intensificação do pente-fino em 2025 não acontece por acaso. Nos últimos anos, o governo federal vem enfrentando pressões para equilibrar o orçamento, especialmente diante do aumento dos gastos com benefícios previdenciários. A revisão dos auxílios por incapacidade é vista como uma forma de identificar casos em que o pagamento não se justifica mais, seja por recuperação da capacidade de trabalho, seja por falhas no cadastro ou na comprovação documental. Além disso, a digitalização de serviços, como o uso do Meu INSS, facilitou o cruzamento de dados e a identificação de possíveis inconsistências.
Outro fator que contribui para essa medida é a necessidade de abrir espaço no orçamento para outras prioridades, como investimentos em infraestrutura e programas sociais. Com a redução de benefícios irregulares, o INSS espera redirecionar recursos e melhorar a eficiência na gestão pública. No entanto, o processo exige cuidado para evitar erros que possam prejudicar quem realmente precisa do suporte.
Impactos na vida dos segurados
Para muitos brasileiros, o benefício do INSS é a principal ou única fonte de renda. A possibilidade de perder esse valor gera preocupação, especialmente entre os mais vulneráveis, como idosos e pessoas com doenças crônicas. A convocação para o pente-fino exige que os segurados organizem documentos e, em alguns casos, enfrentem deslocamentos até agências, o que pode ser um desafio para quem tem mobilidade reduzida ou vive em áreas remotas.
A suspensão de um benefício, mesmo que temporária, também pode afetar o planejamento financeiro de famílias inteiras. Por outro lado, o governo argumenta que a revisão é essencial para manter a justiça no sistema, garantindo que os recursos cheguem a quem tem direito. O equilíbrio entre fiscalização e proteção social é, portanto, um dos maiores desafios dessa operação.
Como funciona a perícia médica
A perícia médica é o coração do processo de revisão. Após o agendamento pelo Meu INSS, o segurado comparece à agência indicada com todos os documentos em mãos. O médico perito avalia os laudos apresentados e realiza um exame clínico para verificar se a incapacidade persiste. No caso do auxílio-doença, o foco está em confirmar se o beneficiário ainda não pode retornar ao trabalho. Já para a aposentadoria por invalidez, a análise busca determinar se a condição permanece permanente.
Os resultados da perícia são enviados ao sistema do INSS, e o segurado recebe uma resposta oficial, que pode manter o benefício, suspendê-lo ou cancelá-lo. Em caso de negativa, é possível recorrer da decisão administrativamente ou, se necessário, na Justiça, desde que haja provas consistentes da incapacidade.
Dicas para se organizar antes da convocação
Estar preparado para o pente-fino pode fazer toda a diferença. Algumas ações simples ajudam a evitar problemas:
- Mantenha o Cadastro Único atualizado, especialmente se você recebe o BPC.
- Reúna laudos médicos recentes que comprovem sua condição de saúde.
- Acesse regularmente o Meu INSS para verificar notificações ou pendências.
- Confirme que seus dados pessoais, como endereço e telefone, estão corretos no sistema.
- Agende a perícia assim que receber o comunicado, respeitando o prazo informado.
Esses cuidados reduzem o risco de bloqueio e garantem que o processo ocorra sem surpresas.
Calendário da revisão: o que esperar em 2025
O INSS planeja realizar as convocações ao longo de 2025, mas o cronograma exato depende da capacidade operacional das agências e da quantidade de segurados chamados por mês. A expectativa é que o processo comece logo nos primeiros meses do ano, com notificações enviadas de forma gradual. Beneficiários do BPC devem ser os primeiros na lista, seguidos por aqueles com auxílio-doença e aposentadoria por invalidez. A operação deve se estender até o fim do ano, com resultados divulgados progressivamente.
Quem já foi notificado desde o ano passado e ainda não agendou a perícia precisa agir rapidamente, pois os prazos continuam valendo. O acompanhamento pelo Meu INSS é a melhor forma de saber quando e como a revisão afetará cada caso específico.
Histórico de revisões no INSS
Operações como o pente-fino não são novidade. Desde 2016, o INSS já realizou diversas ondas de revisões, com resultados significativos. Naquele ano, por exemplo, mais de 500 mil benefícios foram analisados, e cerca de 80% dos auxílios-doença revisados acabaram suspensos ou cancelados. Em 2019, outra etapa do programa identificou irregularidades em milhares de pagamentos, gerando economia de bilhões aos cofres públicos.
A diferença agora está na escala e na tecnologia empregada. Com sistemas mais avançados de cruzamento de dados e a obrigatoriedade do uso do Meu INSS, o governo espera agilizar o processo e alcançar um número maior de beneficiários em menos tempo. O histórico mostra que essas ações costumam gerar controvérsias, mas também revelam a necessidade de ajustes no sistema previdenciário.
Desafios para o INSS na execução
Implementar uma revisão desse porte não é tarefa simples. O INSS enfrenta dificuldades como a falta de peritos médicos em algumas regiões, o que pode atrasar o atendimento aos convocados. Além disso, a infraestrutura das agências nem sempre suporta a demanda, especialmente em cidades menores, onde filas e esperas prolongadas são comuns. A digitalização ajuda, mas muitos segurados, sobretudo os mais idosos, têm dificuldade em acessar o Meu INSS ou entender as exigências do processo.
Outro ponto crítico é a comunicação. Nem todos recebem as notificações a tempo, seja por mudanças de endereço não informadas, seja por falhas no envio de SMS ou cartas. Esses obstáculos exigem que o INSS invista em melhorias logísticas e na capacitação de seus funcionários para garantir que a revisão seja justa e eficiente.
Alternativas para quem perder o benefício
Caso o benefício seja suspenso, os segurados não ficam completamente desamparados. O primeiro passo é entrar com um recurso administrativo no próprio INSS, apresentando novos documentos ou laudos que reforcem o direito ao pagamento. O prazo para isso geralmente é de 30 dias após a notificação do corte. Se o recurso for negado, a Justiça é outra opção, especialmente em casos de aposentadoria por invalidez ou BPC, que frequentemente chegam aos tribunais.
Programas sociais, como o Bolsa Família, também podem ser uma alternativa para quem se enquadra nos critérios de renda. Além disso, algumas prefeituras oferecem auxílios emergenciais locais, embora os valores e a disponibilidade variem bastante de acordo com a região.

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) planeja apertar o cerco em 2025 com uma revisão rigorosa dos benefícios por incapacidade, ação que pode impactar a vida de milhares de brasileiros. Conhecido como pente-fino, o processo já vem sendo implementado desde o ano passado, mas agora ganha força com a meta de reavaliar cerca de 800 mil segurados que recebem aposentadoria por invalidez ou outros auxílios relacionados à saúde. A iniciativa tem como objetivo principal verificar se os beneficiários ainda atendem aos critérios legais para manter os pagamentos, além de ajustar as contas públicas e reduzir gastos considerados desnecessários. Estima-se que até 600 mil benefícios possam ser suspensos ou cancelados caso irregularidades sejam detectadas, como falta de atualização cadastral ou ausência de comprovação da condição que justifica o recebimento.
A convocação para essa revisão não será aleatória. O foco está em grupos específicos, como aqueles que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) sem atualização no Cadastro Único há mais de 48 meses, além de segurados com auxílio-doença ativo por mais de dois anos sem reavaliação médica. Outra categoria visada inclui quem tem aposentadoria por invalidez e não passa por perícia há um longo período. A medida reflete uma preocupação do governo em garantir que os recursos sejam direcionados apenas a quem realmente precisa, mas também gera apreensão entre os beneficiários, que temem perder uma fonte essencial de renda.
Para evitar transtornos, os segurados precisam estar atentos às notificações enviadas pelo INSS, que podem chegar por carta, SMS ou até mesmo no extrato bancário. Após receber o comunicado, o prazo para agir varia entre 45 e 90 dias, dependendo do caso, e envolve o agendamento de uma perícia médica por meio do portal Meu INSS. O processo exige organização e rapidez, já que a falta de resposta dentro do período estipulado pode levar ao bloqueio imediato do benefício.

Alvos do pente-fino: quem deve se preparar
Diferentes perfis de beneficiários estão na mira dessa operação do INSS. Aqueles que recebem o BPC, por exemplo, precisam manter seus dados atualizados no Cadastro Único, sistema que reúne informações sobre famílias de baixa renda. Quem está fora desse registro ou não renova as informações há mais de quatro anos pode ser convocado para justificar a situação. Já os segurados com auxílio-doença ativo por mais de dois anos sem passar por nova avaliação médica também entram na lista, pois a legislação exige comprovação periódica da incapacidade.
Outro grupo significativo é formado por aposentados por invalidez que, em muitos casos, não foram submetidos a perícias recentes. A aposentadoria por invalidez é concedida a quem comprova incapacidade permanente para o trabalho, mas o INSS quer verificar se essas condições ainda persistem. A ausência de exames médicos atualizados ou documentos que atestem a continuidade do problema de saúde pode resultar na suspensão do pagamento.
Passo a passo para não perder o benefício
Receber a notificação do INSS é o primeiro sinal de alerta para os segurados. O comunicado detalha o prazo exato para resposta, que pode variar entre 45 e 90 dias, e orienta sobre os próximos passos. O agendamento da perícia é feito exclusivamente pelo portal Meu INSS, uma plataforma digital que exige login com CPF e senha. Após acessar o sistema, o beneficiário deve buscar a opção “Novo requerimento”, digitar “Agendar perícia médica” e preencher os dados solicitados, escolhendo data e horário disponíveis em uma agência próxima.
É fundamental reunir toda a documentação exigida antes do atendimento, como laudos médicos recentes, exames, receitas e outros comprovantes da condição de saúde. A perícia será realizada por médicos do INSS, que avaliarão se a incapacidade ainda justifica o benefício. Caso o segurado não compareça ou não apresente os documentos necessários, o pagamento pode ser suspenso automaticamente.
Números que impressionam
O pente-fino do INSS em 2025 traz consigo estatísticas que chamam a atenção. Veja alguns dados que mostram a dimensão dessa operação:
- 800 mil segurados com aposentadoria por invalidez devem ser convocados para reavaliação.
- 600 mil benefícios podem ser cortados se irregularidades forem confirmadas.
- 48 meses é o limite de desatualização no Cadastro Único que pode levar à convocação de beneficiários do BPC.
- 2 anos é o período máximo que um auxílio-doença pode ficar sem perícia antes de entrar na lista de revisão.
Esses números refletem o esforço do governo em revisar os pagamentos e garantir a sustentabilidade do sistema previdenciário, mas também evidenciam o impacto potencial na vida de quem depende desses recursos.
Por que o pente-fino ganhou força agora
A intensificação do pente-fino em 2025 não acontece por acaso. Nos últimos anos, o governo federal vem enfrentando pressões para equilibrar o orçamento, especialmente diante do aumento dos gastos com benefícios previdenciários. A revisão dos auxílios por incapacidade é vista como uma forma de identificar casos em que o pagamento não se justifica mais, seja por recuperação da capacidade de trabalho, seja por falhas no cadastro ou na comprovação documental. Além disso, a digitalização de serviços, como o uso do Meu INSS, facilitou o cruzamento de dados e a identificação de possíveis inconsistências.
Outro fator que contribui para essa medida é a necessidade de abrir espaço no orçamento para outras prioridades, como investimentos em infraestrutura e programas sociais. Com a redução de benefícios irregulares, o INSS espera redirecionar recursos e melhorar a eficiência na gestão pública. No entanto, o processo exige cuidado para evitar erros que possam prejudicar quem realmente precisa do suporte.
Impactos na vida dos segurados
Para muitos brasileiros, o benefício do INSS é a principal ou única fonte de renda. A possibilidade de perder esse valor gera preocupação, especialmente entre os mais vulneráveis, como idosos e pessoas com doenças crônicas. A convocação para o pente-fino exige que os segurados organizem documentos e, em alguns casos, enfrentem deslocamentos até agências, o que pode ser um desafio para quem tem mobilidade reduzida ou vive em áreas remotas.
A suspensão de um benefício, mesmo que temporária, também pode afetar o planejamento financeiro de famílias inteiras. Por outro lado, o governo argumenta que a revisão é essencial para manter a justiça no sistema, garantindo que os recursos cheguem a quem tem direito. O equilíbrio entre fiscalização e proteção social é, portanto, um dos maiores desafios dessa operação.
Como funciona a perícia médica
A perícia médica é o coração do processo de revisão. Após o agendamento pelo Meu INSS, o segurado comparece à agência indicada com todos os documentos em mãos. O médico perito avalia os laudos apresentados e realiza um exame clínico para verificar se a incapacidade persiste. No caso do auxílio-doença, o foco está em confirmar se o beneficiário ainda não pode retornar ao trabalho. Já para a aposentadoria por invalidez, a análise busca determinar se a condição permanece permanente.
Os resultados da perícia são enviados ao sistema do INSS, e o segurado recebe uma resposta oficial, que pode manter o benefício, suspendê-lo ou cancelá-lo. Em caso de negativa, é possível recorrer da decisão administrativamente ou, se necessário, na Justiça, desde que haja provas consistentes da incapacidade.
Dicas para se organizar antes da convocação
Estar preparado para o pente-fino pode fazer toda a diferença. Algumas ações simples ajudam a evitar problemas:
- Mantenha o Cadastro Único atualizado, especialmente se você recebe o BPC.
- Reúna laudos médicos recentes que comprovem sua condição de saúde.
- Acesse regularmente o Meu INSS para verificar notificações ou pendências.
- Confirme que seus dados pessoais, como endereço e telefone, estão corretos no sistema.
- Agende a perícia assim que receber o comunicado, respeitando o prazo informado.
Esses cuidados reduzem o risco de bloqueio e garantem que o processo ocorra sem surpresas.
Calendário da revisão: o que esperar em 2025
O INSS planeja realizar as convocações ao longo de 2025, mas o cronograma exato depende da capacidade operacional das agências e da quantidade de segurados chamados por mês. A expectativa é que o processo comece logo nos primeiros meses do ano, com notificações enviadas de forma gradual. Beneficiários do BPC devem ser os primeiros na lista, seguidos por aqueles com auxílio-doença e aposentadoria por invalidez. A operação deve se estender até o fim do ano, com resultados divulgados progressivamente.
Quem já foi notificado desde o ano passado e ainda não agendou a perícia precisa agir rapidamente, pois os prazos continuam valendo. O acompanhamento pelo Meu INSS é a melhor forma de saber quando e como a revisão afetará cada caso específico.
Histórico de revisões no INSS
Operações como o pente-fino não são novidade. Desde 2016, o INSS já realizou diversas ondas de revisões, com resultados significativos. Naquele ano, por exemplo, mais de 500 mil benefícios foram analisados, e cerca de 80% dos auxílios-doença revisados acabaram suspensos ou cancelados. Em 2019, outra etapa do programa identificou irregularidades em milhares de pagamentos, gerando economia de bilhões aos cofres públicos.
A diferença agora está na escala e na tecnologia empregada. Com sistemas mais avançados de cruzamento de dados e a obrigatoriedade do uso do Meu INSS, o governo espera agilizar o processo e alcançar um número maior de beneficiários em menos tempo. O histórico mostra que essas ações costumam gerar controvérsias, mas também revelam a necessidade de ajustes no sistema previdenciário.
Desafios para o INSS na execução
Implementar uma revisão desse porte não é tarefa simples. O INSS enfrenta dificuldades como a falta de peritos médicos em algumas regiões, o que pode atrasar o atendimento aos convocados. Além disso, a infraestrutura das agências nem sempre suporta a demanda, especialmente em cidades menores, onde filas e esperas prolongadas são comuns. A digitalização ajuda, mas muitos segurados, sobretudo os mais idosos, têm dificuldade em acessar o Meu INSS ou entender as exigências do processo.
Outro ponto crítico é a comunicação. Nem todos recebem as notificações a tempo, seja por mudanças de endereço não informadas, seja por falhas no envio de SMS ou cartas. Esses obstáculos exigem que o INSS invista em melhorias logísticas e na capacitação de seus funcionários para garantir que a revisão seja justa e eficiente.
Alternativas para quem perder o benefício
Caso o benefício seja suspenso, os segurados não ficam completamente desamparados. O primeiro passo é entrar com um recurso administrativo no próprio INSS, apresentando novos documentos ou laudos que reforcem o direito ao pagamento. O prazo para isso geralmente é de 30 dias após a notificação do corte. Se o recurso for negado, a Justiça é outra opção, especialmente em casos de aposentadoria por invalidez ou BPC, que frequentemente chegam aos tribunais.
Programas sociais, como o Bolsa Família, também podem ser uma alternativa para quem se enquadra nos critérios de renda. Além disso, algumas prefeituras oferecem auxílios emergenciais locais, embora os valores e a disponibilidade variem bastante de acordo com a região.
