como acessar benefícios e atendimentos essenciais em poucos passos

Milhões de famílias brasileiras em situação de vulnerabilidade encontram no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) uma porta de entrada para serviços, programas e benefícios que ajudam a superar desafios como pobreza, insegurança alimentar e fragilidade nos vínculos familiares. Em 2025, o CRAS segue como um pilar do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), oferecendo atendimento gratuito em mais de 8.300 unidades espalhadas pelo país, desde grandes cidades até comunidades rurais e ribeirinhas. Responsável por ações preventivas, o CRAS acolhe pessoas de todas as idades, incluindo idosos, crianças, adolescentes e indivíduos com deficiência, com foco em fortalecer a convivência comunitária e familiar. A digitalização avançou nos últimos anos, permitindo que serviços como o Cadastro Único sejam agendados online em muitos municípios, mas o atendimento presencial continua essencial, especialmente para quem não tem acesso à internet. Com equipes formadas por assistentes sociais, psicólogos e outros profissionais, essas unidades públicas trabalham para garantir direitos e encaminhar os cidadãos a políticas de saúde, educação e assistência social, reduzindo a burocracia e oferecendo suporte em momentos críticos.

O principal serviço oferecido é o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF), que promove a escuta qualificada e o acompanhamento de famílias em risco social. Além disso, o CRAS facilita o acesso a benefícios como o Bolsa Família, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e auxílios eventuais, como cestas básicas e apoio em casos de natalidade ou morte. Em 2024, mais de 15 milhões de famílias estavam inscritas no Cadastro Único, base para programas sociais federais, e o CRAS foi responsável por grande parte dessas inscrições e atualizações. Para populações em áreas remotas, equipes volantes, muitas vezes utilizando lanchas em regiões ribeirinhas, levam atendimento a comunidades isoladas, garantindo que ninguém fique fora da rede de proteção.

Acessar esses serviços é simples e não exige custos. Basta procurar a unidade mais próxima da residência, levando documentos básicos como CPF e RG, embora o atendimento inicial possa ocorrer sem papelada em casos de demanda espontânea. Em 2025, com o salário mínimo ajustado para R$ 1.518,00 e o teto do INSS em R$ 8.157,41, os benefícios ligados ao CRAS ganham ainda mais relevância para quem depende dessa renda extra. Seja para resolver conflitos familiares, buscar apoio alimentar ou garantir direitos trabalhistas, o CRAS se mantém como um recurso essencial para milhões de brasileiros.

• PAIF: atendimento e acompanhamento familiar.
• Cadastro Único: acesso a programas como Bolsa Família.
• Benefícios eventuais: cestas básicas e auxílios específicos.

Quem tem direito ao atendimento

Famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade ou risco social podem buscar o CRAS. Isso inclui pessoas com renda familiar de até três salários mínimos, em condição de pobreza ou extrema pobreza, além de casos de desemprego, violência doméstica ou acesso precário a serviços públicos. Idosos acima de 65 anos, pessoas com deficiência, crianças retiradas do trabalho infantil e beneficiários de programas como Bolsa Família e BPC estão entre os públicos prioritários.

O atendimento não exige vínculo prévio com o INSS ou outros órgãos, mas a inscrição no Cadastro Único é frequentemente recomendada para acessar benefícios federais. Em áreas urbanas, o CRAS funciona como ponto de referência para comunidades carentes, enquanto em zonas rurais ou isoladas, equipes itinerantes ampliam o alcance.

Principais serviços oferecidos

O CRAS atua na proteção social básica, com foco em prevenir situações de risco. Além do PAIF, que envolve visitas domiciliares e oficinas de convivência, há o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), voltado a atividades culturais, esportivas e de lazer para diferentes faixas etárias. Em 2024, 86% das unidades ofereciam esse serviço, impactando mais de 2 milhões de participantes.

Outras ações incluem a inscrição no Cadastro Único, orientação sobre direitos e encaminhamentos para serviços de saúde e educação. Benefícios eventuais, como auxílio-natalidade de R$ 200,00 por criança ou apoio funeral, também são concedidos em casos de vulnerabilidade temporária.

Como acessar os serviços do CRAS

Procurar o CRAS mais próximo é o primeiro passo para quem precisa de atendimento. Em geral, as unidades operam de segunda a sexta, das 8h às 17h ou 18h, dependendo do município. Não é necessário agendamento para demandas espontâneas, como orientação inicial, mas serviços como atualização do Cadastro Único podem exigir marcação prévia, feita presencialmente ou por canais digitais da prefeitura.

Levar CPF, RG ou outro documento de identificação agiliza o processo, mas a falta de documentos não impede o acolhimento. Em 2025, muitas cidades já permitem agendamento online, reduzindo filas e facilitando o acesso em áreas urbanas densamente povoadas.

Benefícios eventuais disponíveis

Famílias em situações emergenciais podem contar com benefícios eventuais oferecidos pelo CRAS. O auxílio-natalidade, por exemplo, concede R$ 200,00 em dinheiro por criança nascida ou natimorta, além de itens de enxoval, enquanto o auxílio-funeral cobre despesas com enterro. Em 2023, mais de 300 mil famílias receberam esses apoios, segundo dados oficiais.

Outro benefício comum é a cesta básica, distribuída em casos de insegurança alimentar. Esses auxílios exigem documentos como certidão de nascimento, óbito ou comprovante de residência, mas a análise é rápida, geralmente concluída em poucos dias.

• Auxílio-natalidade: R$ 200,00 por criança.
• Auxílio-funeral: suporte para despesas de enterro.
• Cesta básica: ajuda em crises alimentares.

Atendimento em áreas remotas

Comunidades ribeirinhas, indígenas, quilombolas e rurais contam com equipes volantes que levam o CRAS até elas. Em 2025, mais de 200 lanchas da Assistência Social operam em regiões como o Amazonas e o Pantanal, transportando profissionais e materiais para atender populações isoladas. Essas equipes fazem busca ativa, identificando famílias em extrema pobreza ainda não inscritas no Cadastro Único.

Esse esforço ampliou o alcance do SUAS, com mais de 500 mil atendimentos registrados em áreas remotas em 2024. As lanchas, fruto de parcerias entre o governo federal e a Marinha, garantem que direitos cheguem a quem mais precisa, mesmo em locais sem acesso por terra.

Cadastro Único: porta de entrada

O Cadastro Único é um dos serviços mais procurados no CRAS, essencial para programas como Bolsa Família, Tarifa Social de Energia Elétrica e Minha Casa Minha Vida. Em 2025, famílias com renda de até meio salário mínimo per capita ou total de até três salários mínimos podem se inscrever, levando CPF, RG e comprovante de residência.

A atualização cadastral, obrigatória a cada dois anos, também é feita no CRAS, evitando a suspensão de benefícios. Em 2024, mais de 1 milhão de cadastros foram ajustados, garantindo a continuidade de apoios a 15 milhões de famílias.

Fortalecimento de vínculos comunitários

O SCFV promove atividades que reforçam laços familiares e sociais. Crianças de 6 a 15 anos participam de oficinas artísticas e esportivas, enquanto adolescentes de 15 a 17 anos têm grupos de reflexão sobre trabalho e cidadania. Idosos e pessoas com deficiência também contam com ações específicas, como encontros intergeracionais.

Em 2023, cerca de 1,8 milhão de pessoas passaram por essas atividades, com 70% das unidades oferecendo pelo menos duas oficinas semanais. Esse trabalho reduz o isolamento social e fortalece a rede de apoio nas comunidades.

Suporte em situações de vulnerabilidade

Famílias enfrentando crises, como desemprego ou violência doméstica, encontram no CRAS um espaço de acolhimento. Assistentes sociais fazem visitas domiciliares para avaliar condições de vida e traçar planos de superação, enquanto psicólogos oferecem escuta qualificada. Em 2024, mais de 600 mil visitas foram realizadas, priorizando áreas de alta vulnerabilidade.

O atendimento também inclui encaminhamentos para serviços de saúde mental e abrigos, quando necessário. Esse suporte preventivo evita que situações de risco evoluam para violações graves de direitos, foco do CREAS.

Papel das equipes do CRAS

As equipes do CRAS, compostas por assistentes sociais, psicólogos e técnicos, são regulamentadas pela Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS. Cidades pequenas têm pelo menos um assistente social e dois técnicos, enquanto metrópoles podem contar com até oito profissionais por unidade. Em 2025, mais de 50 mil trabalhadores atuam nessas equipes nationwide.

Esses profissionais acolhem, orientam e acompanham as famílias, garantindo que os serviços sejam contínuos e eficazes. A formação multidisciplinar permite abordagens integradas, atendendo desde crianças até idosos com necessidades específicas.

• Assistente social: escuta e planejamento.
• Psicólogo: apoio emocional e social.
• Técnicos: suporte operacional e encaminhamentos.

Impacto econômico dos benefícios

Os benefícios distribuídos pelo CRAS injetam bilhões na economia local. O Bolsa Família, por exemplo, movimentou R$ 14 bilhões mensais em 2024, beneficiando 21 milhões de famílias. O BPC, com 4,8 milhões de recebedores, adicionou R$ 7 bilhões ao fluxo econômico, enquanto auxílios eventuais atenderam emergências pontuais.

Esses valores, ajustados em 2025 com o salário mínimo de R$ 1.518,00, ajudam a reduzir a desigualdade e estimulam o comércio em regiões vulneráveis, como o Nordeste, onde 40% dos beneficiários vivem.

Agendamento e acesso facilitado

Em 2025, o agendamento online avançou em mais de 60% dos municípios, disponível nos sites das prefeituras ou aplicativos locais. Para quem prefere o presencial, as unidades atendem por ordem de chegada em demandas urgentes, como pedidos de cestas básicas. Em média, cada CRAS atende até 5.000 famílias, com filas organizadas por senhas em dias de maior movimento.

A digitalização reduziu o tempo de espera em 25% desde 2023, mas o atendimento presencial segue vital para populações sem acesso à tecnologia, como idosos e moradores de áreas rurais.

CRAS versus CREAS: diferenças

Enquanto o CRAS foca na prevenção, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) atua em casos de direitos já violados, como violência física, negligência ou abuso. O CRAS trabalha para evitar essas situações, oferecendo suporte antes que o risco se agrave, enquanto o CREAS lida com as consequências, acompanhando vítimas por tempo indeterminado.

Em 2024, os CREAS atenderam mais de 1 milhão de casos graves, complementando o trabalho preventivo do CRAS, que registrou 10 milhões de atendimentos gerais no mesmo período.