confira datas e valores extras de até R$ 150

A partir do dia 15 de abril, milhões de famílias brasileiras começam a receber o Bolsa Família, um dos principais programas de transferência de renda do país. O pagamento deste mês, que segue até o dia 30, beneficia cerca de 20,7 milhões de famílias, garantindo um valor mínimo de R$ 600 por unidade familiar. Além disso, o programa oferece adicionais que podem elevar o repasse, como R$ 150 por criança de até sete anos e R$ 50 para gestantes ou adolescentes. Neste mês, o Auxílio Gás também será liberado, com um valor estimado em R$ 108, cobrindo o custo médio de um botijão de 13 quilos. Os repasses são organizados pelo último dígito do Número de Identificação Social (NIS), começando com o final 1 no dia 15 e terminando com o final 0 no dia 30.

O cronograma escalonado facilita o acesso ao benefício, evitando filas em agências da Caixa Econômica Federal e lotéricas. Para receber, as famílias precisam estar inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e ter renda per capita de até R$ 218 mensais, além de cumprir condições como frequência escolar e acompanhamento de saúde. O Bolsa Família, relançado em 2023 com novas regras, integra políticas públicas que vão além da renda, promovendo acesso a direitos básicos como educação e assistência social. Em abril, o programa coincide com o pagamento do Auxílio Gás, reforçando o suporte às famílias mais vulneráveis.

Neste mês, os valores médios pagos por família devem girar em torno de R$ 678,46, considerando os adicionais. O Auxílio Gás, por sua vez, atinge cerca de 5,5 milhões de beneficiários, ajudando a aliviar o impacto do preço do gás de cozinha no orçamento doméstico. Os depósitos são feitos automaticamente na conta digital Caixa Tem, mas saques presenciais também estão disponíveis em canais como terminais de autoatendimento e correspondentes bancários.

Critérios para receber o Bolsa Família

Famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza têm direito ao Bolsa Família, desde que atendam a requisitos específicos. A renda mensal por pessoa não pode ultrapassar R$ 218, valor que define a linha de elegibilidade. Além disso, é necessário estar inscrito no CadÚnico, com dados atualizados nos últimos dois anos. O programa exige ainda o cumprimento de condicionalidades, como a frequência mínima de 60% nas aulas para crianças de 4 a 5 anos e de 75% para jovens de 6 a 18 anos, além do acompanhamento de saúde, incluindo vacinação e pré-natal.

A estrutura do benefício é composta por uma base de R$ 142 por integrante da família. Quando esse montante não alcança os R$ 600 mínimos, um valor complementar é adicionado para garantir o piso. Famílias com crianças pequenas, gestantes ou adolescentes recebem adicionais que aumentam o total pago, tornando o programa flexível às diferentes composições familiares.

Datas de pagamento em abril

Os pagamentos do Bolsa Família em abril seguem um calendário fixo, baseado no último dígito do NIS:

• Final 1: 15 de abril
• Final 2: 16 de abril
• Final 3: 17 de abril
• Final 4: 22 de abril
• Final 5: 23 de abril
• Final 6: 24 de abril
• Final 7: 25 de abril
• Final 8: 28 de abril
• Final 9: 29 de abril
• Final 0: 30 de abril

Esse escalonamento ocorre nos últimos dez dias úteis do mês, exceto em dezembro, quando os repasses são antecipados. O Auxílio Gás segue as mesmas datas, garantindo que os beneficiários recebam ambos os valores de forma integrada.

Como funcionam os valores adicionais

Além do repasse mínimo de R$ 600, o Bolsa Família oferece benefícios extras que variam conforme a composição da família. Cada criança de até 7 anos dá direito a R$ 150, enquanto gestantes, adolescentes de 7 a 18 anos e bebês de até 6 meses recebem R$ 50 cada. Esses adicionais visam atender às necessidades específicas de cada grupo, como alimentação infantil e cuidados pré-natais. Por exemplo, uma família com duas crianças pequenas pode receber R$ 900, somando o valor base e os R$ 300 extras.

O Auxílio Gás, pago a cada dois meses, complementa o programa em abril. Seu valor é ajustado ao preço médio nacional do botijão de 13 quilos, que em outubro de 2024 foi de R$ 104, mas deve subir para R$ 108 neste mês, refletindo a variação de mercado. Cerca de 5,5 milhões de famílias estão elegíveis para esse benefício, que exige os mesmos critérios do Bolsa Família.

Impacto do programa na economia

Com um investimento estimado em R$ 14,25 bilhões apenas em abril, o Bolsa Família movimenta a economia local em todo o país. Os 20,7 milhões de famílias beneficiadas representam mais de 54 milhões de pessoas, sendo 30% delas crianças de até 11 anos. O dinheiro injetado circula rapidamente em pequenos comércios, como mercados e padarias, especialmente em regiões de baixa renda, onde o consumo imediato é comum.

O Auxílio Gás também desempenha um papel importante, reduzindo o peso das despesas com energia no orçamento familiar. Em um cenário de preços altos para itens básicos, como alimentos e combustíveis, esses repasses ajudam a manter o poder de compra das famílias mais pobres, contribuindo para a estabilidade econômica em nível municipal.

Como consultar o benefício

Verificar o direito ao Bolsa Família é simples e pode ser feito pelo aplicativo Caixa Tem ou pelo Bolsa Família, disponível para Android e iOS. Basta acessar a conta com o CPF do responsável familiar e conferir as informações de pagamento, como data e valor. Outra opção é ligar para o número 121, do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, ou para o 111, da Caixa, ambos com atendimento gratuito.

Para quem prefere o atendimento presencial, os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) oferecem suporte e orientação. A consulta antecipada é recomendada para evitar surpresas, como bloqueios por dados desatualizados ou falta de cumprimento das condicionalidades.

Diferenças entre Bolsa Família e Auxílio Gás

Embora pagos juntos em abril, o Bolsa Família e o Auxílio Gás têm propósitos distintos. O primeiro é um programa de transferência de renda mensal, focado em garantir um valor mínimo para despesas gerais, enquanto o segundo, bimestral, é específico para a compra de gás de cozinha. O Bolsa Família abrange 20,7 milhões de famílias, mas o Auxílio Gás alcança apenas 5,5 milhões, devido a critérios mais restritivos de vulnerabilidade.

O pagamento de ambos é feito pela Caixa Econômica Federal, via conta digital ou cartão do programa. O Bolsa Família exige condicionalidades de saúde e educação, enquanto o Auxílio Gás depende apenas da inscrição no CadÚnico e da renda per capita de até R$ 218.

Benefícios para famílias numerosas

Famílias com mais integrantes têm vantagens no Bolsa Família, já que o cálculo considera o número de pessoas. Uma família de cinco membros, por exemplo, receberia R$ 710 apenas pelo valor base de R$ 142 por pessoa, mas o programa garante o mínimo de R$ 600 mesmo para grupos menores. Com os adicionais, esse total pode crescer significativamente. Um casal com três filhos, sendo dois menores de 7 anos e um adolescente, receberia R$ 950: R$ 600 de base, R$ 300 pelas crianças pequenas e R$ 50 pelo jovem.

Esse modelo beneficia especialmente famílias numerosas em áreas rurais ou periferias urbanas, onde o custo de vida é pressionado por itens como alimentação e transporte. O Auxílio Gás, ao cobrir o botijão, reduz ainda mais as despesas fixas dessas casas.

Regras de acesso ao Auxílio Gás

O Auxílio Gás é direcionado a famílias já inscritas no Bolsa Família, mas com prioridade para as de menor renda. O benefício é pago a cada dois meses, e em abril cerca de 5,5 milhões de pessoas devem recebê-lo. O valor, estimado em R$ 108, é depositado junto com o Bolsa Família, seguindo o mesmo calendário do NIS. Não há inscrição específica para o Auxílio Gás; a seleção é automática com base nos dados do CadÚnico.

A iniciativa foi criada em 2021 para mitigar o impacto do aumento do preço do gás de cozinha, essencial para a preparação de alimentos. Famílias em situação de calamidade, como as afetadas por enchentes, podem ter o pagamento antecipado, mas isso depende de decisões municipais.

Canais de movimentação do dinheiro

Os valores do Bolsa Família e do Auxílio Gás são depositados na conta digital Caixa Tem, que permite transferências, pagamentos e compras no débito com o cartão do programa. Para quem precisa de dinheiro em espécie, o saque está disponível em agências da Caixa, lotéricas e terminais de autoatendimento. O prazo para retirada é de 120 dias após o depósito, garantindo flexibilidade aos beneficiários.

Em áreas urbanas, o uso do aplicativo é predominante, enquanto em regiões remotas os saques presenciais ainda são comuns. A diversidade de opções facilita o acesso, especialmente para famílias sem familiaridade com ferramentas digitais.

Histórico do Bolsa Família

Lançado em 2003, o Bolsa Família unificou programas sociais anteriores, como o Bolsa Escola e o Vale Gás, para criar uma política mais ampla de combate à pobreza. Em 2021, foi substituído pelo Auxílio Brasil, que elevou o valor mínimo para R$ 400 e, depois, R$ 600. Com a volta do nome original em 2023, o programa foi reformulado, adicionando benefícios variáveis e mantendo o piso de R$ 600, além de integrar condicionalidades mais rigorosas.

Hoje, o programa é reconhecido internacionalmente por reduzir a desigualdade e a fome, beneficiando mais de 50 milhões de pessoas desde sua criação. O Auxílio Gás, por sua vez, surgiu como resposta à crise de preços de 2021, tornando-se um complemento essencial.

O que fazer em caso de problemas

Erros no pagamento, como valores menores que o esperado ou bloqueios, podem ocorrer por dados desatualizados no CadÚnico ou descumprimento das condições do programa. Nessas situações, o responsável familiar deve procurar o CRAS para regularizar o cadastro ou esclarecer dúvidas. O atendimento telefônico pelo 121 também é uma alternativa rápida para verificar o status do benefício.

Famílias que não recebem o Auxílio Gás, mesmo estando no Bolsa Família, devem conferir se atendem aos critérios de prioridade, como renda mais baixa ou maior número de dependentes. A atualização cadastral é fundamental para evitar interrupções.

Importância do prazo de saque

Os valores depositados em abril ficam disponíveis até 120 dias após a liberação. Após esse período, o dinheiro não sacado retorna aos cofres públicos, e o beneficiário perde o direito àquele repasse. Em 2024, milhares de famílias deixaram de retirar o benefício por desconhecimento do prazo, o que levou o governo a intensificar campanhas de alerta.

Planejar o saque logo após a data de pagamento evita transtornos, como filas no fim do ano. O aplicativo Caixa Tem também envia notificações para lembrar os usuários sobre os prazos, ajudando a reduzir o número de perdas.

Volume de beneficiários em abril

Cerca de 20,7 milhões de famílias recebem o Bolsa Família em abril, totalizando mais de 54 milhões de pessoas impactadas. Desse total, 5,5 milhões também têm direito ao Auxílio Gás, o que representa um quarto dos beneficiários do programa principal. A distribuição reflete a alta concentração de pobreza em regiões como o Nordeste e o Norte, onde o programa é mais presente.

O número de crianças beneficiadas pelos adicionais é significativo: cerca de 9,5 milhões recebem os R$ 150 do Benefício Primeira Infância, enquanto 15 milhões de jovens de 7 a 18 anos estão na faixa dos R$ 50. Esses dados mostram o foco do programa em proteger as novas gerações.

Alternativas para não elegíveis

Quem não se qualifica para o Bolsa Família, como trabalhadores informais com renda acima de R$ 218 per capita, pode buscar outros benefícios. O FGTS, com saques liberados em casos como demissão sem justa causa, é uma opção para quem já teve emprego formal. O seguro-desemprego também atende a quem perdeu o vínculo recentemente, desde que cumpra os requisitos de tempo de contribuição.

Para famílias em extrema vulnerabilidade, mas fora do CadÚnico, os CRAS oferecem programas locais de assistência, como cestas básicas e auxílio emergencial municipal. Essas alternativas complementam o Bolsa Família em cenários de crise.

Suporte disponível aos beneficiários

Dúvidas sobre o pagamento podem ser resolvidas pelo telefone 121, que funciona de segunda a sexta, ou pelo 111, da Caixa, disponível todos os dias. O aplicativo Bolsa Família é a ferramenta mais prática, permitindo consultas 24 horas por dia. Para casos complexos, como bloqueios ou recadastramento, o atendimento presencial nos CRAS é a melhor escolha.

Esses canais são essenciais para garantir que os beneficiários recebam o suporte necessário, especialmente em meses como abril, quando o volume de pagamentos é alto. A orientação precoce evita atrasos e assegura o acesso ao dinheiro.

Calendário anual de pagamentos

O Bolsa Família segue um cronograma fixo em 2025, com datas escalonadas pelo NIS. Veja as liberações ao longo do ano:

• Janeiro: 20 a 31
• Fevereiro: 17 a 28 (com Auxílio Gás)
• Março: 18 a 31
• Abril: 15 a 30 (com Auxílio Gás)
• Maio: 19 a 30
• Junho: 16 a 30 (com Auxílio Gás)
• Julho: 18 a 31
• Agosto: 18 a 29 (com Auxílio Gás)
• Setembro: 17 a 30
• Outubro: 20 a 31 (com Auxílio Gás)
• Novembro: 14 a 28
• Dezembro: 10 a 23 (com Auxílio Gás)

Esse planejamento permite que as famílias se organizem com antecedência, sabendo exatamente quando o dinheiro estará disponível.

Preparativos para o pagamento de abril

Com o início dos repasses em 15 de abril, os beneficiários devem verificar suas contas no Caixa Tem e atualizar o cadastro, se necessário. Confirmar o cumprimento das condicionalidades, como vacinação e frequência escolar, também é crucial para evitar bloqueios. Para saques presenciais, planejar a ida a lotéricas ou agências logo após a data de liberação reduz o risco de filas.

O Bolsa Família e o Auxílio Gás representam um suporte vital para milhões de brasileiros, especialmente em tempos de alta nos preços de itens básicos. Com valores que podem chegar a R$ 900 ou mais, dependendo da família, o programa segue como um pilar no combate à pobreza e na garantia de direitos fundamentais.